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A L DA P O R T U G A L ( A L DA . P O R T U G A L @ STA F F. U M A .

P T )
SUMÁRIO
• Avaliação em contexto escolar;

• Orientação vocacional;

• Alguns instrumentos de Avaliação:


• Questionário de Interesses Vocacionais;
• Inventário de Interesses e Preferências Profissionais;
• Escolha de Cartões Ocupacionais.
AVALIAÇÃO EM CONTEXTO ESCOLAR
• A AP em contexto escolar é muito semelhante da AP em qualquer outro
contexto;

Talvez porque a AP moderna se iniciou precisamente nas escolas;

• As principais diferenças relativamente a outros contextos prende-se com:


• População;
• Problemas;
• Procedimentos.

(Graham, Naglieri & Weiner, 2012)


AVALIAÇÃO EM CONTEXTO ESCOLAR
• A AP em contexto escolar tem como público-alvo (em 1ª instância):
AS CRIANÇAS
• Alargando-se, depois, às suas famílias e educadores/professores;

• Uma vez que as escolas são locais de eleição por onde passam diversas
problemáticas, é importante que a AP dê resposta à diversidade:
• Desenvolvimental;
• Cultural;
• Linguística; Refletidas na população escolar.
• De aptidões
• De diferenças individuais.

(Graham, Naglieri & Weiner, 2012)


AVALIAÇÃO EM CONTEXTO ESCOLAR
• Ainda que o psicólogo, em contexto escolar, possa ter de dar resposta a
questões relacionadas com desenvolvimento social, emocional e aspetos
do comportamento, as principais problemáticas prendem-se com:

Problemas de aprendizagem E Dificuldades de ajustamento

• (Crianças que apresentem outros tipos de problemas são, habitualmente,


reencaminhadas para serviços sediados fora da escola);

• A AP em contexto escolar, mais do que dar resposta a um problema, tem


como objetivo prevenir a ocorrência de problemas.

(Graham, Naglieri & Weiner, 2012)


AVALIAÇÃO EM CONTEXTO ESCOLAR
• A AP em contexto escolar procura responder essencialmente a 5 objetivos:

Screening/Triagem

Diagnóstico

Intervenção

Avaliação

Seleção

(Graham, Naglieri & Weiner, 2012)


Sc re e ni ng/ AVALIAÇÃO EM CONTEXTO
Triagem ESCOLAR
• Diz respeito à deteção atempada de problemas educativos e psicológicos;

• Habitualmente priveligiam-se programas de prevenção (mais do que


instrumentos de medida) para o cumprimento deste objetivo;
Porquê?
Programas de prevenção = não só permitem a identificação de problemas, como
exercem antecipadamente uma intervenção; existe validação empírica dos benefícios
destes programas; são um tipo de avaliação/intervenção menos custosa;

• Limitações: dificuldade em diferenciar os falsos positivos e falsos


negativos; parecem ajustar-se melhor a algumas problemáticas que a
outras; não garante a motivação de todos os alunos.

(Graham, Naglieri & Weiner, 2012)


Sc re e ni ng/ AVALIAÇÃO EM CONTEXTO
Triagem ESCOLAR
Programa: “Construir o Futuro –
Quem faz o quê?”
• Autoras: Helena Rebelo Pinto e Maria João Magalhães (2004);
• Público-alvo: crianças com idades entre os 6 e os 10 anos;
• Objetivos:
• Mobilizar a curiosidade através da observação e da interação com as figuras-
chave e contextos de vida mais importantes para as crianças;
• Aquisição de informações relevantes;
• Aprendizagem de estratégias de desempenho de papéis atuais e futuros.

• Encontra-se dividido em 4 módulos: “Quem faz o quê…” “na escola?”, “na


família?”, “na comunidade?” e “nas profissões?”.

(CEGOC, s/d)
AVALIAÇÃO EM CONTEXTO
i ag n óstico
D ESCOLAR
• A realização de um diagnóstico precoce cumpre 2 objetivos:
• Identificação dos alunos que necessitam de intervenção especializada (a
diferentes níveis; p.ex.: diagnóstico de dislexia);
• Seleção das intervenções mais ajustadas (existem programas governamentais ou
escolares que apoiam esse diagnóstico?); necessidades educativas especiais;

• Por vezes existe um gap entre aquilo que é o diagnóstico e os sistemas de


elegibilidade para incluir a criança/jovem em alguma condição especial
(e.g., problemas de ansiedade, de vinculação, … são mais dificilmente elegíveis
quando comparados a problemas de linguagem, atraso desenvolvimental, …);

• É importante que o psicólogo se oriente pelas categorias de diagnóstico


consideradas pelos sistemas de elegibilidade.

(Graham, Naglieri & Weiner, 2012)


ção
AVALIAÇÃO EM CONTEXTO
In ter ven
ESCOLAR
• Os resultados da AP em contexto escolar pretende guiar a seleção da
intervenção mais ajustada;

• Esta orientação é particularmente útil em problemas específicos (e.g.,


criança com dificuldades de leitura) mas, de acordo com alguns autores,
pouco relevante em avaliações mais latas (i.e., quando se registam ligeiras
diferenças em resultados compósitos de subtestes ou até em avaliações da
personalidade);

• Por este motivo, alguns autores indicam que é suficiente fazer entrevistas,
observações e análise do cv do aluno para delinear uma intervenção;
outros consideram essencial conhecer os processos cognitivos.

(Graham, Naglieri & Weiner, 2012)


o
AVALIAÇÃO EM CONTEXTO
Avaliaçã ESCOLAR
• A AP pode também ser utilizada para avaliar os resultados de
intervenções, programas ou outros processos educativos/psicológicos;

Um dos mais expectáveis é o sucesso/melhoria académica;

• Uma vez que os psicólogos escolares dependem de outros (e.g., aqueles


que implemetam os programas, os professores que acompanham os alunos, …), é
necessário que procurem avaliar a aceitação da intervenção antes de
tecerem conclusões sobre a sua eficácia. Devem por isso:
• Ouvir os adultos envolvidos no processo de intervenção;
• Obter medidas diretas da melhoria dos alunos em contexto escolar.

(Graham, Naglieri & Weiner, 2012)


AVALIAÇÃO EM CONTEXTO
Seleção
ESCOLAR
• Prática histórica (1º teste de inteligência, desenvolvido por Binet e Simon, teve
como objetivo selecionar estudantes para integrarem programas educativos/
vocacionais específicos) que se tornou controversa;

• Alguns autores consideram ser injusto limitar a escolha dos estudantes


através da AP (particularmente quando é feito tendo por base medidas de
inteligência);

• No entanto, existe evidência científica de que a AP para seleção pode ser


particularmente relevante para aqueles que não têm qualquer preferência
e se sentem perdidos quanto às escolhas vocacionais/académicas.

(Graham, Naglieri & Weiner, 2012)


AVALIAÇÃO EM CONTEXTO ESCOLAR

• As práticas de AP variam em função dos objetivos e das competências do


psicólogo. Destacam-se:
Entrevistas e consulta de registos
Observações

Questionários de autorresposta e checklists

Técnicas projetivas

Testes standardizados/normalizados

Abordagens de resposta à intervenção

(Graham, Naglieri & Weiner, 2012)


ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

• A orientação vocacional desde há muito que tem espaço na AP,


especialmente depois da industrialização massiva (surgimento de novas
profissões) e de processos de migração;

Foco nas capacidades do indivíduo;

• No início do século XX, orientação vocacional tinha como principais


objetivos:
• Apoiar a transição da escola para o emprego;
• Adaptar as características de cada individuo às características para cada
profissão.

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

• Tornara-se essencial que cada pessoa tivesse consciência das suas


aptidões e em funções delas arranjasse um emprego que fosse ajustado a
si mesmo (Parsons, 1909);

• É nos E.U.A que se começa a utilizar a terminologia educational guidance


e vocational guidance e na Europa generaliza-se o termo orientação
escolar e profissional;

Permite obter um conhecimento mais amplo e concreto das capacidades de


um indivíduo, aspeto importante para o próprio, como também para as
entidades empregadoras.

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL

• A OCDE (2004, p. 14) define a Orientação Escolar e Profissional como:

Serviços e atividades que pretendem apoiar as pessoas, de qualquer idade e em


qualquer ponto ao longo do seu ciclo de vida, nas escolhas escolares, formativas e
profissionais e na gestão das suas carreiras;

Esses serviços podem funcionar em escolas, universidades e escolas superiores, em


instituições de formação, em centros públicos de emprego, no local de trabalho, no
setor do voluntariado ou comunitário e no setor privado;

É importante mencionar que a orientação escolar e profissional pode realizar-se de


forma individual, ou grupal, podem ser desenvolvidas numa interação próxima ou à
distância.

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS

• A orientação vocacional está subjacente a diferentes abordagens teóricas


que refletem a evolução desta área da AP, das quais se destacam:

Modelo Traço-Fator de Parsons;

Modelo Desenvolvimentista de Super;

Teoria dos Interesses e das Escolhas Vocacionais de Holland.

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - PARSONS

• Parsons: Considerado o “pai” da orientação vocacional;

• O autor considerava que ao ajudar os indivíduos a identificar as suas


vocações, estaria também a contribuir para que estes se tornassem mais
mais felizes;

• A teoria traço-fator contemplava 3 aspetos essenciais para realizar a


escolha vocacional, nomeadamente:
(a) análise pessoal;
(b) análise de trabalho;
(c) raciocínio.

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - PARSONS

(a) • As pessoas devem compreender os seus atributos pessoais (pontos


fracos, pontos fortes, aptidões, capacidades e interesses);

• Devem obter informações sobre as condições para atingir o sucesso


(b) num determinado leque de profissões (para tal é necessário conhecer:
requisitos, vantagens, desvantagens, remunerações, oportunidades, …);

• Devem fazer uma escolha racional tendo por base todas as


(c) informações anteriormente obtidas.
Para o autor, todos os jovens necessitam de orientação nestes pontos.

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - PARSONS

• Trata-se de uma teoria simplista, com foco no senso comum, que fornece
uma base para as escolhas vocacionais;

• Porém:
• Tende a ser reducionista (pois considera a existência de uma profissão ideal);
• Tem sido criticada por não considerar a etnia e o sexo na escolha da carreira;
• Não contempla variáveis como: preferência geográfica, eventuais
deficiências, necessidades pessoais, …

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - SUPER

• Super (1980) apresenta um modelo desenvolvimentista relativamente à


escolha da carreira;

Como um processo dinâmico e


contínuo;
• O autor considerava que, mais importante do que perceber o encaixe
entre as características pessoais e uma determinada profissão numa
determinada altura da vida, seria fundamental encarar a escolha
profissional num contínuo, ao longo da vida, considerando diferentes
contextos sociais;
A escolha profissional passa a ser entendida como produto de um conjunto de decisões.

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - SUPER

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - HOLLAND
• A teoria de Holland é, atualmente, a mais popular ao nível da escolha
profissional;

• Inspirou o desenvovlimento de diversos instrumentos de avaliação;

• Trata-se de uma teoria influenciada pela traço-fator de Parsons, visto que


assume a necessidade de ajustar os indivíduos ao trabalho tendo por
base a avaliação pessoal e a análise do trabalho;

• Holland considerava que as escolhas profissionais resultam da


manifestação da personalidade, diferenciando 6 tipologias: realista,
inteletual, artista, social, empreendedor e convencional.

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - HOLLAND
• Assenta numa premissa-chave:
Os interesses vocacionais são expressões ou
manifestações da personalidade dos indivíduos

• Assim, os inventários de interesses com indutores vocacionais


(habitualmente os nomes das profissões) são, geralmente, instrumentos de
personalidade a partir dos quais é possível conhecer disposições
fundamentais:
• Que tipo de pessoa é
• Quais as atividades profissionais e vocacionais preferidas;
• Objetivos de vida;
• …

(Silva, 2007; Silva, 2013)


ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - HOLLAND
4 premissas-base do modelo:

(1) A maioria das pessoas pode ser classificada em função do seu grau de
semelhança com os 6 tipos de personalidade (RIASEC = a 1ª letra de cada um
dos tipos);
• Cada tipo de personalidade possui um conjunto característico de atitudes e
habilidades que usa para responder aos problemas encontrados nos
ambientes e cada um incorpora preferências diferenciadas acerca de
atividades vocacionais, de lazer, objetivos, valores de vida, estilo de
resolução de problemas, …
(2) Os ambientes onde as pessoas vivem podem ser igualmente
classificados em função da sua semelhaça om 6 tipos de ambientes RIASEC.

(Silva, 2007; Silva, 2013)


ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - HOLLAND
4 premissas-base do modelo:

(3) As pessoas procuram os ambientes que lhes permitam fazer uso das suas
habilidades e capacidades, exprimir as suas atitudes e valores e assumir os
problemas e os papéis que lhes são convenientes (“pássaros da mesma espécie
voam juntos”);

(4) A interação entre a pessoa e o ambiente determina o comportamento do


indivíduo;
• Se os ambientes correspondem ao tipo de personalidade da pessoa, estas
sentir-se-ão reforçadas e satisfeitas.

(Silva, 2007; Silva, 2013)


ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - HOLLAND

Tipo Realista
• Tem preferência por atividades que impliquem ordem ou manipulação de
objetos;

• Prevalência das capacidades mecânicas sobre as competências sociais;

• Indivíduos que tendem a dar maior ênfase à resolução prática de


problemas.

P.ex.: carpinteiro

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - HOLLAND

Tipo Investigador
• Prevalência de capacidades matemáticas e científicas;

• Indivíduo descrito como alguém analítico, prudentes, precisos e racionais;

• Tendem a gostar de profissões como biologia, química, antrolpologia,


geologia, medicina.

P.ex.: químico

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - HOLLAND

Tipo Artístico
• Indivíduos que apreciam atividades criativas (e.g., construção de algo);

• Gostam da manipulação de recursos físicos;

• Descritos como tendo capacidades artísticas, musicais e literárias;

• Não se identificam com atividades sistemáticas e que exijam ordem.

P.ex.: joalheiro

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - HOLLAND

Tipo Social
• Preferência por atividades que envolvam o relacionamento com os outros;

• Por norma, tendem a identificar-se com profissões como professor,


psicólogo, terapeuta da fala…

• Indivíduos que apresentam capacidades sociais e interpessoais,


demonstrando pouco interesse por atividades que exijam esforço físico.

P.ex.: barman

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - HOLLAND

Tipo Empreendedor
• Preferência por atividades cujo principal objetivo é obter ganhos
económicos;

• São descritos como indivíduos com capacidade de liderança e de fácil


expressão;

• Apresentam défice ao nível das competências científicas.

P.ex.: diretor de
vendas

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - HOLLAND

Tipo Convencional
• Preferência por atividades que envolvam a manipulação de dados;

• Contudo, apresentam aversão a atividades ambíguas, livres ou de


exploração;

• Estes indivíduos apresentam capacidades para o trabalho de escritório e


ou aritmética.

P.ex.: contabilista

(Silva, 2013)
ORIENTAÇÃO VOCACIONAL
PERSPETIVAS TEÓRICAS - HOLLAND

Modelo de Holland
representado num
hexágono:

As semelhanças entre os
tipos de personalidade são
proporcionais à distância a
que se encontram aqui
representadas.

(Silva, 2013)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
QUESTIONÁRIO DE INTERESSES VOCACIONAIS
• Autor: José Tomás da Silva (2007/versão revista em 2010);
• Alicerçado na teoria de Holland;
Pode ser aplicado a partir
do 7º ano de escolaridade

“Pretende-se prosicionar como uma medida breve, fiável e válida das seis
disposições do modelo de Holland”
(Silva, 2006)

• Composto por 30 itens, no total, correspondentes a profissões;


• Estrutura fatorial: seis fatores, 5 itens por fator;
• Escala de Likert: 1 – Desagrada muito; 5 – Agrada muito.

(Silva, 2007)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
QUESTIONÁRIO DE INTERESSES VOCACIONAIS

• Medida construída de raiz com o objetivo de poder ser administrada com


rapidez e facilidade a jovens desde idades precoces (12-13 anos),
ajudando-os a fazer um diagnóstico dos seus interesses e, assim,
encaminhando-os posteriormente para a exploração orientada de
distintas opções de formação (pós 9º anos);

• Foi escolhida a tipologia de Holland para sustentar o instrumento por se


tratar de um dos modelos mais conhecidos do comportamento
vocacional, possuindo um enorme suporte empírico.

(Silva, 2007)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
QUESTIONÁRIO DE INTERESSES VOCACIONAIS
• Realista: 1 Carpinteiro; 7 Engenheiro Mecânico; 13 Canalizador; 19 Topógrafo; 25
Pasteleiro;
• Investigador: 2 Biólogo; 8 Químico; 14 Médico; 20 Veterinário; 26 Técnico de
Laboratório (Análises Fisícas);
• Artístico: 3 Pianista; 9 Restaurador; 15 Pintor de Cerâmica; 21 Pintor de Arte; 27
Desenhador de Moda para a Indústria;
• Social: 4 Professor do Ensino Básico; 10 Animador Sociocultural; 16 Assistente Social;
22 Esteticista; 28 Terapeuta da Fala;
• Empreendedor: 5 Director/a de Vendas; 11 Vendedor Demonstrador; 17 Advogado; 23
Director de Recursos Humanos; 29 Técnico de Publicidade e Maketing;
• Convencional: 6 Operador de Caixa de Loja (de comércio); 12 Contabilista; 18
Secretário de Administração; 24 Operador de Registo de Dados; 30 Operador de Caixa
de Banco.

(Silva, 2007)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
QUESTIONÁRIO DE INTERESSES VOCACIONAIS
Cotação e interpretação
• 2 formas de cotação:
• A pontuação bruta (PB) para cada dimensão obtém-se somando os itens
1) respetivos;
• Teoricamente a PB situa-se entre 5 (mínimo) e 25 (máximo) = quanto > a
pontuação do sujeito, >a preferência do sujeito a respeito do tipo de Holland
em causa;

• Dividir o total de cada diemensão por 5 (nº de itens); o resultado bruto ficará
2) recentrado no intervalo da escala de tipo Likert usado (1-5), sendo 3 o valor que
corresponde a uma posição preferência neutra.

(Silva, 2007)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
QUESTIONÁRIO DE INTERESSES VOCACIONAIS
• Ainda não existem Normas para o QIV;

• O autor sugere que as respostas dos respondentes sejam analisadas


tendo como referência os próprios respondentes;

• Assim, deve-se atender sobretudo à forma do perfil de Personalidade


Vocacional obtido pelo respondente:
• Quais os tipos mais preferidos (vs. menos preferidos);
• O perfil está suficientemente diferenciado (vs. indiferenciado);
• O perfil é congruente (vs. incongruente).

(Silva, 2007)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
QUESTIONÁRIO DE INTERESSES VOCACIONAIS
Dado
s
• Amostra: 300 jovens de ambos os sexos (49,7% Explo Estudo
raparigas e 50.3% rapazes); 10º e 11º anos de escolaridade; ratór
io

(Silva, 2007)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
QUESTIONÁRIO DE INTERESSES VOCACIONAIS
Dado
s
Explo Estudo
ratór
io

(Silva, 2007)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
QUESTIONÁRIO DE INTERESSES VOCACIONAIS
Conclusões gerais

• Resultados moderadamente satisfatórios;


• Valores aceitáveis de consistência interna;
• Grau de ajustamento medíocre dos itens ao modelo dimensional
hipotético com 6 fatores;

- Necessidade de aprofundar a análise dos itens;


- Necessidade de prosseguir com outras análises de validação
(particularmente validade concorrente).

(Silva, 2007)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
QUESTIONÁRIO DE INTERESSES VOCACIONAIS
Exercício:

• Aplicação e cotação do teste.


ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
INTERESSES E PREFERÊNCIAS PROFISSIONAIS-R

• Autor: Mª Victoria de la Cruz;

• Adaptação portuguesa: Carla Ferreira (2014);


Papel e lápis
• Administração: individual ou coletiva;
Online (através da CEGOC)

• Público-alvo: a partir dos 14 anos;

30 minutos

(CEGOC, s/d)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
INTERESSES E PREFERÊNCIAS PROFISSIONAIS-R

Para que serve?

• Avalia os interesses e as preferências profissionais dos jovens, tomando


em consideração:
• Profissões representativas de cada campo profissional;
• As principais tarefas que lhes estão subjacentes;

• Permite, também, avaliar o conhecimento dos sujeitos em relação às


profissões e atividades mencionadas.

(CEGOC, s/d)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
INTERESSES E PREFERÊNCIAS PROFISSIONAIS-R

• Os itens que integram o IPP-R encaixam em 2 categorias:

Os que requerem que o sujeito Os que requerem que o sujeito


expresse as suas preferências em expresse as suas preferências
relação a um determinado conjunto relativamente a um conjunto de
de profissões tarefas e atividades

(são apresentadas designações de (são apresentadas descrições de


profissões consideradas representativas algumas das tarefas que fazem parte
de cada um dos campos profissionais) das profissões propostas)

(CEGOC, s/d)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
INTERESSES E PREFERÊNCIAS PROFISSIONAIS-R
• A comparação entre estes 2 tipos de itens permite recolher informações
sobre o grau de conhecimento que o sujeito tem acerca das profissões;

• Serve, também, como indicador de validade do questionário;

Se o padrão de escolhas de atividades e profissões, de um ou vários campos


profissionais, se revelar pouco coerente então passa-se a um processo de exploração
vocacional, p.ex., apresentação ou construção de um programa de conteúdos
informativos sobre diferentes profissões e atividades profissionais;
Esta informação poderá ser distribuída pelo grupo (e.g., turma) ou individualmente
(aos jovens que evidenciaram grandes discrepâncias entre as 2 categorias).

(CEGOC, s/d)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
INTERESSES E PREFERÊNCIAS PROFISSIONAIS-R
Normas:

• Por ano escolar:


• 9º ano do 3º Ciclo do Ensino Básico;
• 12º ano do Ensino Secundário;

• Por sexo:
• Feminino;
• Masculino.

(CEGOC, s/d)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
INTERESSES E PREFERÊNCIAS PROFISSIONAIS-R
• São avaliados 15 campos profissionais;

• A autora procurou que os campos integrassem exemplos de profissões


obtidas através de diferentes vias do sistema educativo e formativo
(formação superior e formação profissional);

(CEGOC, s/d)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
INTERESSES E PREFERÊNCIAS PROFISSIONAIS-R

(CEGOC, s/d)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
INTERESSES E PREFERÊNCIAS PROFISSIONAIS-R

(CEGOC, s/d)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
INTERESSES E PREFERÊNCIAS PROFISSIONAIS-R

(CEGOC, s/d)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
INTERESSES E PREFERÊNCIAS PROFISSIONAIS-R

(CEGOC, s/d)
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
ESCOLHA DE CARTÕES OCUPACIONAIS
• Autor: Dolliver (1988);
• Adaptação portuguesa: Lígia Mexia Leitão (2000);

• Público-alvo: adolescentes (> 14 anos) e adultos;

• Administração: individual e tempo variável (habitualmente faz-se numa só


sessão);

A ECO utiliza uma metodologia de identificação e clarificação dos interesses


vocacionais, assente no desempenho de várias tarefas de escolha, seriação
e seleção.

(CEGOC, s/d; Leitão, 2000)


ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
ESCOLHA DE CARTÕES OCUPACIONAIS
• Materiais:
• Manual;
• Folha de registo, avaliação e balanço;
• 6 Cartões com tipos de personalidade de Holland;
• 120 cartões com descrições das profissões (Classificados de acordo com a
classificação nacional de profissões);
• 3 cartões com designações “Gosto”, “Não gosto” e “em dúvida”.

(CEGOC, s/d; Leitão, 2000)


ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
ESCOLHA DE CARTÕES OCUPACIONAIS
ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
ESCOLHA DE CARTÕES OCUPACIONAIS
• A aplicação do teste passa por 5 fases:

• 1º fase: o sujeito deverá autoavaliar-se e identificar-se com os 6 cartões


de tipos de personalidade (Realista, Intelectual, Artístico, Social, Empreendedor
e Convencional):
• Explicar o que são os cartões;
• Pedir para ler cada um deles;
• Pedir para ordenar por ordem decrescente de acordo com a proximidade ou
afastamento relativamente à sua maneira de ser (o último cartão deverá ser o que
menos descreve o sujeito);
• Registar na folha de registo a ordenação dos cartões (através da indicação da letra
correspondente ao tipo de Holland).

(CEGOC, s/d; Leitão, 2000, Silva, 2015)


ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
ESCOLHA DE CARTÕES OCUPACIONAIS
• 2ª fase: exploram-se várias hipóteses vocacionais, através da
classificação de 120 cartões com descrições de ocupações profissionais:

“Gosto”, “Não gosto” e “Em dúvida” – organizados em


grupos e numa sequência lógica;

• Explicar para que serve cada um dos cartões;


• Dar ao sujeito os cartões ocupacionais de forma a que ele coloque sobre cada
um dos cartões “Gosto”, “Não gosto” ou “Em dúvida” as ocupações pelas quais
acha que se sente atraído, nada atraído ou em dúvida;
• Informar o sujeito que pode consultar no verso de cada cartão informações
mais detalhadas sobre aquela profissão.

(CEGOC, s/d; Leitão, 2000; Silva, 2015)


ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
ESCOLHA DE CARTÕES OCUPACIONAIS
• 3ª fase: classificação das escolhas em grupos de semelhança lógica:
• Após a escolha dos cartões ocupacionais, dividi-los em grupos de semelhança
lógica, começando pelo grupo “Não gosto”;
• Pedir o sujeito que atribua um título a cada grupo com base naquilo que lhe
parece que têm em comum e escolher uma profissão típica para cada grupo;
• Assinalar na folha de registo: o título assinalado pelo sujeito, a profissão típica
e as razões dessas opções;
• Fazer o mesmo para o grupo do “Gosto” e para “Em dúvida” no entanto, neste,
deve perguntar-se ao sujeito:
• Se há cartões que queira colocar na pilha “Gosto”;
• Se gostaria de obter mais informação sobre alguma profissão;
• Porque motivo aquelas ocupações estão em dúvida.

(CEGOC, s/d; Leitão, 2000; Silva, 2015)


ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
ESCOLHA DE CARTÕES OCUPACIONAIS
• 3ª fase: classificação das escolhas em grupos de semelhança lógica:
• Ainda nesta fase, deve pedir-se ao sujeito que selecione do grupo “Gosto” as
10 profissões que mais prefere, dispondo os cartões por ordem de preferência;
• Começar pela profissão que mais gosta e depois pelas outras (= ordem
decrescente de preferência);
• Assinalar as preferências na folha de registo e à frente de cada uma, indicar a
classificação de Holland e a classificação nacional de profissões para cada
ocupação.

(CEGOC, s/d; Leitão, 2000; Silva, 2015)


ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
ESCOLHA DE CARTÕES OCUPACIONAIS
• 4ª fase: compreensão dos resultados:
• Pensar com o sujeito sobre os tipos de personalidade e a sua relação com as
profissões selecionadas;
• Refletir sobre as profissões em dúvida;
• Reflexão anteciptaória sobre eventuais obstáculos (em termos das características
da perosnalidade ou outros aspetos) para a concretização das preferências;
• Refletir sobre o processo utilizado para escolher as 10 profissões preferidas;
• Verificar se essas 10 opções são coerentes entre si ou se se agrupam em
subgrupos;
• Identificar aptidões/características inerentes a cada uma dessas preferências,
refletindo sobre o encaixe entre as aptidões do sujeito e cada uma dessas
profissões.

(CEGOC, s/d; Leitão, 2000; Silva, 2015)


ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
ESCOLHA DE CARTÕES OCUPACIONAIS

Porquê recorrer à ECO?

• Recomendada para situações problemáticas em que o sujeito tem


necessidade de recorrer a um apoio mais personalizado;

• Esta técnica de exploração possibilita uma clarificação dos interesses do


sujeito, ajudando-o a resolver o seu potencial problema;

• Enfatiza a exploração da subjetividade própria de cada sujeito, bem como


da sua própria realidade pessoal e de carreira.

(CEGOC, s/d; Leitão, 2000)


ALGUNS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
ESCOLHA DE CARTÕES OCUPACIONAIS
• Vantagens:
• Promove um maior envolvimento e interesse no processo de aconselhamento
(tanto por parte dos psicólogos como dos clientes);

• Alguns autores consideram esta técnica efetiva, envolvente e inovadora;


• Técnica que permite captar o sentido da informação através da resposta do
cliente;
• Dolliver considera que este tipo de técnica permite ao sujeito estar mais atento
às razões implícitas às suas preferências e valores;
• Propõe uma simulação da situação da escolha profissional, favorecendo o
ensaio de escolhas afetivas e só posteriormente uma reflexão sobre as
implicações dessas escolhas.

(CEGOC, s/d; Leitão, 2000)

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