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RESPOSTA AO OFÍCIO

BENEFÍCIO 87/702.548.367-3
AMPARO SOCIAL À PESSOA COM DEFICIÊNCIA
PROTOCOLO: XXXXXXXXXXX

BENEFICIÁRIA: MARIA XXXXXXXXXXXX

MARIA XXXXXXXXXXXXXX vem apresentar sua


DEFESA quanto ao ofício de n.º XXXXXXXXXXXX, o qual atesta que após
revisão do benefício de n.º 87/702.548.367-3 foi identificado indício de
irregularidade que consiste em renda per capita superior às regras
estabelecidas do BPC e ainda alegando que se for o caso terá que devolver as
quantias recebidas indevidamente. Ocorre que, conforme ficará demonstrado, a
beneficiária sempre recebeu o benefício de boa-fé, fazendo jus, inclusive, na
sua manutenção.

Conforme sempre se fez constar no Cadastro Único,


compõe o grupo familiar:

 Maria do XXXXXXXXXXX; e
 Rosinete XXXXXXXXXXXXXX.

Sendo a primeira, beneficiária do BPC o que não pode


constar na renda o salário mínimo que recebe, por ser decorrente de benefício
assistencial e ainda, a segunda, sua filha e cuidadora, não recebe nenhum tipo
de benefício previdenciário e está atualmente desempregada, mas chegou a
verter contribuições ao INSS no passado, as quais são questionadas pela
Autarquia, mas serão logo esclarecidas abaixo:
No período curto de 03/01/2017 a 02/04/2017 trabalhou
como serviços gerais, e entre 01/10/2017 a 31/12/2020 verteu contribuições
como contribuinte individual. (AQUI FOI O PERIODO QUE A FILHA DA
CLIENTE PAGOU ERRADO).

DO PAGAMENTO ERRADO DAS CONTRIBUIÇÕES

Ocorre que, ambas as componentes não possuem


qualquer conhecimento acerca da legislação e da proibição de cumulação das
referidas rendas com o BPC, sendo a beneficiária, inclusive, analfabeta e sua
filha, também com baixo grau de instrução, verteu tais contribuições de forma
equivocada, pois, na verdade, queria contribuir para a previdência social como
segurado FACULTATIVO, já que se encontrava completamente impossibilitada
de trabalhar fora por que cuida em tempo integral de sua genitora, que é idosa
e debilitada por conta de vários problemas de saúde como epilepsia,
deficiência na perna esquerda, diabete, hipertensão, entre outros, conforme
comprovado na documentação médica em anexo.

Ressalta-se que a Sra. Maria do Carmo não aufere renda,


pois é uma senhora de 70 anos de idade, e sua filha ao ser atendida na
agência, mesmo explicando sua situação, teve seu cadastro realizado de forma
equivocada como se realizasse serviço de faxineira. Mas na verdade a
modalidade que pensou estar contribuindo seria a FACULTATIVO, que é
permitida pela legislação, pelo código 1473, motivo pelo qual solicitará
retificação dessas contribuições em ação própria, Art. 8º, III, c e 29 da portaria
03/2018 – possibilidade de contribuir como FACULTATIVO.

Conforme documentos em anexo, prova se faz de que a


beneficiária faz jus ao benefício, vez que a renda familiar é de apenas um
salário mínimo, JUSTAMENTE DO BENEFICIO QUE A BENEFICIÁRIA
RECEBE, e ainda conforme documentação médica, a beneficiária necessita de
uso de medicamentos, consultas e exames regulares SENDO QUE TODOS
OS MEDICAMENTOS, INSUMOS, ALIMENTAÇÃO E CONSULTAS/EXAMES
SÃO ADQUIRIDOS DE FORMA PARTICULAR, vez que não são fornecidos na
rede pública.
DA BOA FÉ DA REQUERENTE

E mais, o que se admite por argumentação, a notificação


recebida pela beneficiária do BPC traz a ameaça de cobrança dos valores
recebidos indevidamente. Ocorre que nenhum valor foi recebido
indevidamente, TODOS OS VALORES FORAM RECEBIDOS DE BOA-FÉ. O
fato da filha ter contribuições como contribuinte individual foi por total falta de
conhecimento, não pode ser cobrado os valores já recebidos sob esse
argumento, vez que não fez nenhuma alegação falso ou omissão.

Diante do exposto, requer que o INSTITUTO NACIONAL


DO SEGURO SOCIAL leva em conta os argumentos aqui descritos e a defesa
tempestiva, no sentido de manter o benefício de BPC ou se for o caso de
cessação, que não seja condenada a beneficiária à devolução dos valores, pois
não ocorreu má-fé na superação da renda, e sim, total desconhecimento da lei.

Castanhal/PA, 28/07/2021

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