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Eurípedes: “Os deuses criaram todos os homens livres; ninguém é escravo por
natureza”;
Sócrates: Centra-se no estudo da pessoa humana, pela dádiva da razão que esta tem.
Reconhece limitações intelectuais (“conhece-te a ti mesmo”: é no conhecimento dos
próprios limites que reside a sabedoria do homem, incluindo a raiz das limitações dos
próprios governantes).
Sócrates: Através da obediência à lei, leva o exemplo máximo de entrega total na luta
pela liberdade e pela dignidade – Mártir.
Sócrates: Opta pela morte para que se respeitassem todas as leis. através da obediência
à lei, leva o exemplo máximo de entrega total na luta pela liberdade e pela dignidade
– mártir.
Magabizo: Ideia contrária – “As deliberações dos melhores homens são, sem dúvida,
as melhores”.
Diódoto: Tolerância – “O que é mais prudente nas suas decisões é mais poderoso
diante do inimigo do que aquele que procede insensatamente apoiado na força”
Aristóteles:
- “O problema está em saber se será mais vantajoso para o Estado ser governado
por um homem muito eminente em virtude ou por ótimas leis”
Exceções aristotélicas:
O Estado não pode cair nas mãos de uma multidão indigente, que
desprezará a lei;
A escravatura é uma instituição natural: “há homens feitos para a liberdade
e outros para a escravidão”
Séneca: Só os que vivem para a filosofia estão realmente vivos. O sábio, apoiado
na razão, passará pelas situações humanas com ânimo divino. Os escravos
também são homens. O soberano deve ser tolerante e clemente, nega a
crueldade. Ideia de centralidade do indivíduo
Cícero: Há uma lei natural que transcende aquilo que o soberano decide –
participação através da razão do divino. Igualdade: todos os homens, tendo a
natureza por guia, conseguirão chegar à virtude. Qualquer ato que contrarie a lei
natural não poderá ser considerado como lei, nem mesmo receber esse nome.
Preconiza o modelo misto: combinação governativa entre a monarquia,
aristocracia e povo. A ordem político-constitucional só é bem-sucedida se suceder
em defender os direitos e liberdades individuais. Estado existe para assegurar
direitos naturais: propriedade.
A revolução judaico-cristã e o seu impacto:
O homem assume um papel de reflexo da própria divindade. A relevância do valor
da liberdade vai ao ponto de o próprio Deus respeitar sempre a liberdade humana,
isto mesmo que isso signifique o desrespeito da própria vontade divina (Adão e
Eva). Validação divina do valor da dignidade.
A liberdade exige dignidade. Há uma evolução do pensamento e agora a dignidade
presente no ser humano exige liberdade: direitos inatos, adquiridos por sermos
pessoas, mesmo que contra o Estado, por isso o mesmo esta a disposição do
cidadão e não o contrário. - Jesus Cristo morreu por todos, por isso, somos todos
iguais.
Santo Agostinho: Identifica a liberdade como bem que Deus no deu. Rejeita a
escravatura: só os animais irracionais é que podem ser domados (Partilha a
filosofia estoica nesse sentido). Dentro do Estado tem de haver justiça: “O que
distingue o Estado de um bando de ladrões? É a justiça” – O que se faz
injustamente não se pode fazer conforme o direito – A justiça é o fundamento da
validade do Direito.
Santo Isidoro de Sevilha: “Será lei todo o que esteja garantido pela razão” – A lei
tem de ser honesta, justa e possível de acordo com a Natureza, em consonância
com os costumes. “quando se perde a liberdade ao mesmo tempo perde-se tudo”.
Ius gentium: Os povos estrangeiros são membros da comunidade internacional de
povos, possuindo direitos naturais fundados no ius gentium.
São Tomás de Aquino: A pessoa significa razão. Cada pessoa, sendo dotada de
uma substancialidade, individualidade e racionalidade, goza de uma entidade cuja
existência é independente e distinta de todos os demais seres. “Persona significat
quod est perfectissimum in tota natura”. A dignidade assume um papel
preponderante para a natureza humana. Aceita escravatura: O corpo físico não é
livre, mas a alma não é aprisionável (Caso de semi estoicismo). Defende a igual
dignidade entre homem e a mulher (São ambos de origem divina). Bem individual
subordinado ao bem comum, não obstante de, para se chegar ao bem comum, ter
de haver uma salvaguarda dos bem particular de cada membro da sociedade, de
forma que o indivíduo não perca a sua essência e substancialidade. Não admite
tiranicídio, mas aceita que se exerçam direitos de resistência e desobediência com
o fim de o destituir – Depende do critério da proporcionalidade no que diz respeito
à desobediência da lei (Às leis contrárias à lei divina nunca é lícito obedecer). Para
uma lei ser justa tem de: Prosseguir o bem comum; Não deve excluir os poderes
do autor que a instituiu; Encargos devem ser distribuídos pelos súbditos
proporcionalmente – Repetição da ideia do bem comum (Recupera o pensamento
de Santo Isidoro de Sevilha): Limite ao poder do soberano.
Marsílio de Pádua: Principais características do pensamento: Defende a laicização
do Estado; Persecução do bem comum; Formulação do princípio de solidariedade:
Não praticar atos injustos; Formulação de um princípio geral de liberdade religiosa;
Governo das leis: “Todos os governantes devem exercer o seu cargo de acordo
com a lei e não além do que esta determina”; Governante tem de ser justo
(Oposto de Maquiavel). Valorização da forma de legitimação popular do
governante: Soberania popular (As leis, que devem existir em função do bem
comum, devem ser decididas por aqueles que o povo [O destinatário das mesmas,
assim como instrumento e fim do bem comum] designar) – Pacificidade na
aceitação das leis, é +/- percussor de Rosseau. Supremacia do poder legislativo –
Percussor de Locke. Em suma, Marsílio de Pádua é o pai da modernidade
constitucional.
Terceira questão da defesa dos direitos dos Índios das Américas- Principais
filósofos:
Kant: Propriedade privada = Paz. Governo das leis: Poder limitado pela lei.
Obediência à lei uma vez que o legislador só expressa a vontade do povo, tendo
sido legitimado pelo mesmo (Rosseau). Pressupõe que a lei nunca é injusta (Posição
utópica). “Age externamente de tal modo que o uso livre do teu arbítrio possa
coexistir com a liberdade de cada um segundo uma lei universal” + Igualdade
(Noção formal). Princípio do imperativo categórico e universalidade. Afirmação da
dignidade humana: O homem nunca pode ser uma coisa, nem um meio; é um fim
em si mesmo – Natureza absoluta do valor dignidade. A irrenunciabilidade por
cada homem à sua própria dignidade, tal como a inviolabilidade dessa mesma
dignidade por quaisquer terceiros, torna-se hoje uma regra nuclear na resolução de
novas interrogações suscitas pelo progresso da ciência e tecnologia.
Papa Pio IX: Quanta Cura e Syllabus. Insurgência contra a liberdade de consciências e
de culto, uma vez que se trata de uma opinião errónea que acaba por conduzir à
liberdade e perdição, tal como condena a existência de uma sociedade subtraída às leis
da religião e da verdadeira justiça e o propósito laico de afastar a Igreja da instrução e
educação da juventude.
Papa Leão XIII: Rerum Novarum crítica ao liberalismo e edificação da doutrina social da
Igreja. Defesa de um modelo solidário de cooperação e concórdia baseado no princípio
de que não pode haver capital sem trabalho, nem capital sem capital. O Estado
encontra-se vinculado a servir o bem-comum: justiça distributiva. Propriedade privada
é inviolável: fruto do trabalho pertence ao trabalhador. Subordinação das leis humanas
ao direito natural.
Mussolini: Tudo reside no Estado e nada que seja humano ou espiritual existe ou
tem valor fora do Estado. Valor absoluto do Estado perante a pessoa. É dentro do
Estado que a pessoa pode ser livre.
Ius cogens: O Ius cogens representa princípios e normas que são tão
fundamentais para a comunidade internacional que não podem ser violados ou
renunciados pelos estados por meio de tratados ou acordos. Exemplos comuns de
normas de ius cogens incluem a proibição da tortura, o genocídio, a escravidão e
outros crimes internacionais graves. Essas normas são consideradas uma parte
fundamental do ordenamento jurídico internacional e são reconhecidas como
obrigatórias para todos os Estados, independentemente de sua aceitação
expressa. O conceito de ius cogens desempenha um papel importante no
desenvolvimento e na aplicação do direito internacional. O ius cogens é um dos
limites ao poder do legislador constituinte e ao Estado de Direitos Humanos.
Karl Jasper: O homem deve relativizar as suas certezas justificando a aceitação das
certezas dos outros, segundo um modelo de igual flexibilidade de aceitação pelos
outros das nossas certezas. Liberdade pluralista e relativismo; Modelo social de
tolerância e de humildade de quem sabe nunca poder ter a certeza das suas
próprias certezas.
Modelo Totalitário
- Platão
- Hobbes (Na prática)
- Rousseau (Democracia totalitária)
- Hegel (Hipervalorização do estado)
- Nietzsche
PRINCIPAIS TEMAS
Princípio da Subsidiariedade: o que pode ser feito por uma realidade social
menor não deve ser feito por uma superior, e vice-versa.
Isto é, o que pode ser feito pelas autarquias não deve ser feito pelo governo, ou o
que as famílias não podem fazer deve ser feito pelo Estado;
Ideia de Estado Social.
Totalitarismo
Estado Omnipresente; Indivíduo < Estado
Individuo apenas como parte integrante do Estado, realizando-se neste;
Estado como fim em si mesmo – Transpersonalista;
Instrumentalização do Terror;
Recusa do Direito à Resistência;
Concentração de Poderes;
Instrumentalização da educação para servirem ao Estado (Rousseau);
Recusa de Direitos Inatos ou de Dignidade da Pessoa Humana;
Os Fins justificam quaisquer meios.
Princípio do Bem-Estar
Vertente Material: + condições sociais e qualidade de vida;
Vertente Imaterial: + condições políticas, culturais e educacionais;
Vertente Temporal: preocupação com as gerações futuras;
Impossível desassociar um sistema jurídico fundado na dignidade humana e uma
clausula constitucional de bem-estar;
Ultrapassagem do modelo liberal;
Concretização Jurídica:
o Reconhecimento constitucional de direitos sociais como fundamentais;
o Opção do Legislador, sem imposição constitucional;
o Modelo misto – Como é o caso da CRP.
Cláusula do Bem-estar refém da Administração Pública – É A alocação de fundos
por parte da administração que cabe a implementação e (in)sucesso desta
cláusula
Crise da Cláusula do Bem-Estar:
o Hiper intervencionismo
o Redução de Liberdades
o Esquecimento do princípio da Subsidiariedade
o Excessiva regulamentação pelo Direito
ESTADO DE DIREITOS HUMANOS
Internacionalização
o Criação das Nações Unidas / DUDH: Texto revelador de uma síntese
axiológica de direitos da pessoa humana;
o Ius cogens: DUDH assume uma imperatividade própria que vincula todos os
Estados, revelando o reconhecimento heterovinculativo de tais direitos
humanos, gozando assim de uma força normativa superior a quaisquer atos
internos ou internacionais;
o Constitucionalismo Transnacional – Normas de natureza constitucional
comuns a todos os Estados, ou uma “constituição global dos direitos
fundamentais”;
DEMOCRACIA HUMANA
Direitos Humanos como alicerce da democracia;
A dignidade da pessoa humana como limite à democracia;
Pessoa como fundamento e limite da democracia;
Estado de Direito material, comprometimento axiológico