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O MODELO

BIOPSICOSSOCIAL
O Modelo Biopsicossocial
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Em 1977, Engel publicou o modelo biopsicossocial. 10 anos depois, em 1987, Waddell adaptou
o modelo à dor lombar crônica. Para o paciente e muitos profissionais há um certo impacto
desta quebra de paradigmas no contexto causa-efeito, associando fatores psicológicos,
biológicos e sociais. Biopsicossocial, vamos falar de forma mais detalhada?

A dor realionada com a parte “BIO” está associada à uma lesão. A fase aguda pode durar até 3
meses e nesse caso, tem inflamação dos tecidos. Com essa inflamação é normal que sinta-se
dor, geralmente essa dor está associada com o fator de proteção.

Dependendo da sua reação perante à lesão, essa dor pode se tornar “PISICO”, causando
depressão e ansiedade. Dentro de um sistema que se retroalimenta.

Questões do “SOCIAL” é como a família, amigos e pessoas do trabalho interferem na


proporção da dor. Geralmente as pessoas duvidam da pessoa que sofre com a dor crônica.
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5 dicas biopsicossociais para o alívio da sua dor.
1-Entenda que fatores psicológicos interferem na proporção da dor.

2-Aceite que você desenvolveu dor crônica. Esse é passo principal.

3-Saia da rotina. Quem tem dor crônica geralmente entra no ciclo do medo, evitação e dor.

4-Seja positivo. Uma atitude confiante e colaborativa é fundamental para o controle da dor.

5-Se atente aos pequenos ganhos. Dessa forma você estimula o sistema de recompensas no
cérebro, produzindo substâncias que aliviam as dores crônicas.

Cirurgia VS Modelo Biopsicossocial


Fortes evidências sugerem que o tratamento da dor crônica seja holístico, com uma visão
multidimensional e não unidimensional. Ter uma hérnia no seu exame de imagem não serve
para definir se o seu caso é cirúrgico.

Lembre-se! Fatores psicossomáticos podem interferir na proporção da dor e sua dor pode nem
mesmo, estar associada com seu exame de imagem!

Imagine! Se a sua dor tem uma causa emocional e você é convencido de operar. Cirurgias, não
apresentam bons desfechos e provavelmente sua ansiedade aumentaria.

Ansiedade, gera 4x mais dor lombar do que uma hérnia de disco.

Porquê não operar? 7 motivos.


1- 94% das hérnias extrusas se recuperam sozinhas;

2- 96% das hérnias com sequestro se recuperam sozinhas;

3- 90% das dores lombares são inespecíficas;

4- 70% das dores da coluna melhoram com movimento;

5- A cada 5 pessoas que operam, 1 precisa refazer a cirurgia;

6- 2% das pessoas precisam de cirurgia;

7- 2 anos de fisioterapia, iguala resultados de uma cirurgia, para quem tem indicação cirurgica.

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