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TEORIA GERAL DO DIREITO

Normatividade social e jurídica


Conceitos
Validade
Vigência
Eficácia
Aula:06/07
Professor: Carlos
• Miguel Reale expôs que, os fenômenos sociais são tão relevantes na
história da humanidade que, por serem expressão espontânea e
comum de agir do homem desde tempos imemoriais, acabam
deixando de ser objeto primordial de sua atenção.
• Dentre eles nenhum sobreleva em termos de importância o
da normatividade, apesar de constituir uma das notas essenciais e
distintivas do próprio ser humano, podendo-se dizer que onde está o
homem, aí está a regra.
• Ela não é mero produto de nenhuma vontade exterior mesmo no início de
nossa formação cultural, porque com ela se confunde, desde quando o
homem passou a agir como algo de distinto no seio da natureza,
diversificando-se dos outros animais.
• Temos as diversas formas de normatização social, a saber:
• Normas éticas: são as que disciplinam o comportamento do homem, quer
o íntimo e subjetivo, quer o exterior e social;
• Normas religiosas: são aquelas consideradas, pelos crentes de
determinada confissão religiosa, como emanada da divindade, ou por
ela sancionadas;
• Normas morais: são aquelas endereçadas à consciência das pessoas,
cuja efetividade depende da aceitação individual, uma vez que são
normas desprovidas de coerção;
• Norma jurídica: são aquelas que regulam, coercitivamente, as relações
das pessoas, em interferência uma com as outras, sob a chancela do
Estado;
• Normas de trato social: normas convencionais de padrões de conduta
social elaborados pela sociedade.
CONCEITOS
• A norma jurídica um preceito de direito estabelecido pela sociedade e que
em um determinado momento da dinâmica social transforma-se em
conduta obrigatória, ou seja, se torna um preceito comum obrigatório,
emanado do poder competente e provido de sanção.
• Em um sentido formal e toda disposição de caráter imperativo, emanada da
autoridade competente que, no Estado, se reconhece como a função
legislativa.
• Em um sentido material seria toda disposição imperativa, de caráter geral,
que contiver uma regra de direito positivo.
• O que busca ou a finalidade da norma jurídica, instituir regras ou normas de
caráter permanente e universal, reguladoras ou aplicáveis a todos os casos
que se apresentem dentro de seu alcance.
Validade, Vigência, Eficácia.
VALIDADE

• A validade tem relação com o ingresso da norma no ordenamento jurídico,


ou seja, uma norma será válida quando não contradizer norma superior e
tenha ingressado no ordenamento atendendo ao processo legislativo pré-
estipulado.
• Para Hans Kelsen, a validade da norma está relacionada com o fato de
haver uma norma que prescreva se uma conduta “deve ou não deve ser,
deve ou não ser feita”.
• Tércio Sampaio Ferraz Júnior afirma que a explicação Kelseniana da
validade sugere que “a norma é um signo, meio para outro signo, e a
relação signo/signo, norma/norma, é uma relação de validade”, havendo
um excesso de formalismo, e reduzindo a validade “a uma categoria formal
do pensamento”, o que denomina de validade condicional.
VALIDADE
• Para Miguel Reale a “Validade formal ou vigência é, em suma, uma
propriedade que diz respeito à competência dos órgãos e aos processos
de produção e reconhecimento do Direito no plano normativo”.
• Para Tércio Sampaio Ferraz Júnior a validade não deve ser condicionante,
mas sim finalística, ou seja, é preciso “saber se uma norma vale,
finalisticamente, é preciso verificar se os fins foram atingidos conforme os
meios prescritos”, reconhecendo a relação íntima entre direito e moral.
• A validade da norma pode ser estudada sob dois enfoques: primeiramente,
analisando a norma com relação a forma de ingresso no ordenamento
jurídico e em relação a sua relação com a moral, mantendo o direito
sempre associado a este.
VIGÊNCIA

• Equivale ao período de vida, ou seja, desde o início de sua


obrigatoriedade e observância até a sua revogação, quando deixa
de existir no mundo jurídico, pelo surgimento de outra norma que
disponha sobre a mesma matéria em sentido contrário, ou quando o
ordenamento jurídico prevê a sua anulação, devido a algum vício que
ela tenha o que é feito por meio de processos específicos, ou, ainda
quando a própria norma prevê o período determinado para a
sua existência.
• Tem relação com a sua “existência específica”.
VIGÊNCIA
• A lei começa a vigorar em todo o País quarenta e cinco dias depois
de oficialmente publicada.
• “Um termo com o qual se demarca o tempo de validade de uma
norma, é a norma válida (pertencente ao ordenamento) cuja
autoridade já pode ser considerada imunizada, sendo exigíveis os
comportamentos prescritos”.
• A norma será vigente quando puder ser exigida.
EFICÁCIA JURÍDICA
• A eficácia é a efetiva aplicação e observância da norma, no que se
refere aos seus efeitos ou às suas consequências, que podem ser
jurídicas ou sociais.
• Está relacionada com a produção de efeitos.
• Com o “fato real a norma ser efetivamente aplicada e observada, da
circunstância de uma conduta humana conforme à norma se verificar
na ordem dos fatos”.
• Para Miguel Reale: “A eficácia, ao contrário, tem um caráter
experimental, porquanto se refere ao cumprimento efetivo do Direito
por parte de uma sociedade, ao reconhecimento do Direito pela
comunidade, no plano social, ou, mais particularizadamente aos efeitos
sociais que uma regra suscita através de seu cumprimento.”
EFICÁCIA JURÍDICA
• A eficácia jurídica está relacionada, para Hans Kelsen, com a validade
da norma, isso porque, a “eficácia é condição no sentido de que uma
ordem jurídica como um todo e uma norma jurídica singular já não são
consideradas como validas quando cessam de ser eficazes”. Assim, para
que uma norma seja eficaz ela tem que ter validade, que é “a resposta à
questão de saber por que devem as normas desta ordem jurídica ser
observadas e aplicadas”.
• Exemplo, a norma que estabeleceu a obrigatoriedade de aparelho de
segurança em automóveis para criança (as cadeirinhas), que apesar de
válida e vigência, por um tempo não teve eficácia em virtude da
ausência dos mesmos para a venda, o que impedia que as pessoas
pudesse adquirir os mesmos.
• A eficácia jurídica tem relação com o fato de o Estado ter aparato jurídico
para fazer a norma ser cumprida. Isto é, se os agentes estatais tem
condições de fazer a norma ser exigida.
Validade Existência

Vigência Força

Eficácia Aplicação

A verificação desses atributos depende da atividade


de interpretação.

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