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SELETIVIDADE ALIMENTAR

A motivação é o caminho para auxiliar a criança a experimentar um novo alimento.

A primeira motivação não é necessariamente para comer, mas para participar, se


envolver, interagir com o alimento. Você pode incentivar a criança a preparar uma
refeição junto com você, brincando, conversando, assim ela estará regulando a
emoção intensa desagradável que sente diante do novo alimento.

O brincar é a principal ferramenta trabalhada com a criança. O brincar exerce um


papel regulador, motivador e executivo. Então, sempre que for trabalhar a
seletividade alimentar, lembre-se de utilizar o lúdico.

SOBRE O NOJO
Vamos entender um pouquinho mais sobre o NOJO? O nojo é uma emoção
associada ao desprazer por alguma coisa.
Essa emoção tem uma função protetiva, ou seja, serve para nos proteger da
contaminação, faz com que evitemos comida estragada, nos ajudando a reconhecer
pelo cheiro ou pela aparência. Quando essa emoção aparece de forma excessiva,
faz com que você evite
experimentar um alimento novo, mesmo ele não estando estragado.

Além disso, é importante explicar para a criança que O NOJO muitas vezes é um
alarme falso. Funciona assim: de acordo com a experiência que tivemos com as
sensações de alguns alimentos, interpretamos outros como aversivos, mas à
medida que nos familiarizamos com eles, o nojo tende a reduzir, pois nos
habituamos e encontramos uma outra forma de nos relacionar

Orientações básicas:
● Organizar uma rotina alimentar com horários definidos, inclusive com tempo
máximo de refeição;
● Não obrigar a criança a comer tudo o que está no prato;
● Evitar a monotonia alimentar.
● Não oferecer alimento com a criança cansada ou excitada;
● Respeitar os sinais de fome e saciedade da criança;
● Evitar oferecer alimentos muito calóricos antes do almoço e janta.

Mariana Figueiroa - CRP: 02/28053


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Após esses passos, é importante trabalhar aspectos psicológicos durante as
refeições e tornar esses momentos seguros e tranquilos, criando uma relação de
atenção e confiança.

SUBSTITUIÇÕES POSITIVAS E RESPEITOSAS NA HORA DE FALAR SOBRE


COMIDA.

Troque: "Pare de brincar e coma logo a sua comida."


Por: "Agora é hora de comer, depois você brinca."
Lembre-se: você pode ser firme de forma adequada.
Evite gritar.

Troque: "Se você comer cenoura vai ganhar mais sobremesa."


Por: "Se você comer cenoura pode acabar gostando dela."
Auxilie a criança a perceber o alimento como algo prazeroso, e não como um
sacrifício a ser enfrentado para receber um prêmio.

Troque: "Se você não comer, vai ficar de castigo."


Por: "Se você não comer, vai ficar com fome."
Evite punir a criança por não ter comido, alerte sobre as consequências naturais de
quando não come.

Troque: "Experimente a salada, não deixe a mamãe triste."


Por: "Temos salada no seu prato, pode provar se quiser."
Respeite a autonomia da criança, não a pressione a provar algo novo.

MELHORANDO A RIGIDEZ DE COMPORTAMENTO

Algumas mudanças podem ser estimuladas na hora das refeições, sem ter relação
diretamente com a comida.

1) Variar o local das refeições.


2) Mudar o próprio local na mesa.
3) Incentivar o uso de novos utensílios e talheres.
4) Conhecer lugares novos, restaurantes, feiras, sem obrigar a criança a comer.
5) Mudar percursos no dia a dia.
6) Pequenas mudanças na rotina.

Toda mudança deve ser pequena e gradual, garantindo que os desafios sejam
suficientespara estimular a mudança e não provocar ainda mais rigidez.
Não mude tudo de uma vez, pode ser difícil para a criança elaborar muitas situações

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diferentes. Lembre-se de fazer tudo no tempo da criança.

Dentro da análise do comportamento, iremos trabalhar como?


O Plano de Intervenção Comportamental inclui:
● Modificando o antecedente;
● Ensinando um novo comportamento;
● Substituindo o comportamento problemático;
● Adquirindo uma nova habilidade;
● Modificando consequências;
● Reforçando o novo comportamento.
● Reforço positivo
● Extinção de fuga

● Reforço positivo diferencial: Envolve fornecer à criança acesso a pequenas


mordidas do alimento desejado pela criança quando ela aceita ou engole
pequenos pedaços de outro alimento. O alimento desejado pela criança é
usado como um reforço positivo, sozinho ou em combinação com elogios
sociais. À medida que aumenta o consumo de alimentos não preferidos pela
criança, a proporção de alimentos preferidos e não preferidos é gradualmente
alterada. Por exemplo, a criança pode ter que dar duas mordidas na comida
não preferida para receber uma mordida na comida preferida.

● Reforço positivo não contingente: Envolve fornecer um estímulo preferido


(por exemplo, um pequeno brinquedo ou atividade) continuamente ao longo
da refeição. Um exemplo de tal tratamento pode ser fornecer à criança um
brinquedo durante a refeição.

● Apresentação simultânea: envolve a apresentação de um alimento menos


preferido ao mesmo tempo que um alimento mais preferido é apresentado.
Os alimentos podem ser apresentados juntos ou misturados, ou o alimento
não preferido pode estar dentro ou cobrindo o alimento preferido.

● Desvanecimento do estímulo: Envolve a alteração gradual da proporção ou


concentração do alimento ou líquido preferencial e não preferencial
emparelhado. Por exemplo, isso pode envolver primeiro a apresentação de
uma proporção de um alimento desejado (90%) para o alimento indesejado

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(10%). O protocolo de desbotamento envolveria diminuir gradualmente a
comida desejada e aumentar a proporção de comida indesejada.

ATENÇÃO, ESSES PROTOCOLOS SOMENTE DEVEM SER INTRODUZIDOS


COM O ACOMPANHAMENTO DE UM PROFISSIONAL HABILITADO.

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