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CONTROLO DE INFEÇÕES

hospitalizados contraiam infeções


nosocomiais
IACS -A cada momento, mais de 1,4 milhões de
pessoas em todo o mundo sofrem de
 Infeção Nosocomial complicações infeciosas adquiridas no
hospital
-É toda a infeção que se desenvolve no
- As IN mais frequentes são as infeções da
hospital
ferida cirúrgica, das vias urinárias e as vias
-É causada por microrganismos adquiridos
respiratórias inferiores
durante o internamento (não presente ou a
-Prevalência IN é mais elevada em UCI
incubar na admissão) (ex. entrou com uma
(serviços cirúrgicos e ortopédicos e
perna partida e acabou por falecer com
pediátricos)
uma infeção respiratória)
 IACS
-É uma infeção adquirida pelos doentes em
consequência dos cuidados e
procedimentos de saúde prestados e que  A taxa de IN é maior em doentes
pode também afetar os profissionais de com aumento da suscetibilidade
saúde como idade avançada,
-Mais abrangente que a infeção comorbilidades ou quimioterapia)
nasocomial
-Problema de saúde pública, apesar dos
avanços tecnológicos
-Causa maior de morbilidade e  5 Passos
mortalidade -As mãos são o veículo mais comum de
-Vários fatores favorecem a infeção transmissão cruzada de agentes infeciosos
 Depressão da imunidade associados às IACS
 Número, cada vez maior, de
procedimentos e técnicas invasivas -A transmissão de microrganismos de um doente a
que criam potencias portas de outro, através das mãos dos profissionais implica
entrada para a infeção 5 passos sequencias
 Hospitais sobrelotados -Transmissão cruzada de agentes infeciosos
 Deficientes práticas de controlo da associados às IACS
infeção facilitam a transmissão de
bactérias multirresistentes entre os  Passo 1 – microrganismos
doentes presentes na pele ou nas superfícies
da unidade do doente
-Uma taxa elevada de infeção nosocomiais  Passo 2 – Transmissão para as
evidencia uma má qualidade na prestação de mãos
saúde e conduz a gastos evitáveis  Passo 3 – Sobrevivência de
microrganismos nas mãos
 CONTROLO DE  Passo 4 – Lavagem das mãos não
INFEÇÃO eficaz (manutenção das mãos
-IACS existem tanto nos países contaminadas)
desenvolvidos como nos países pobres  Passo 5 – Mãos
-Um inquérito de prevalência realizado em contaminadas/infeções cruzadas
55 hospitais de 14 países, em 4 regiões,
mostrou que uma média de 8,7 dos doentes
 PASSO 1 (Microrganismos presentes na
pele ou nas superfícies da unidade do
doente)
-Microrganismos presentes em áreas
intactas da pele do doente
-O ambiente envolvente do doente fica
contaminado pelos microrganismos do
próprio doente, especialmente por
Staphylococcus e por Enterococcus
-PRINCIPAL FONTE DE
CONTAMINAÇÃO NO AMBIENTE
RESULTA DA DESCAMAÇÃO DA
PELE DAS PESSOAS PRESENTES
 PASSO 2 (Transmissão para as mãos)
-Os profissionais de saúde podem
contaminar as mãos durante as atividades
“limpas” (ex. avaliação de pulso)
-Num hospital, 29% dos profissionais
transportam nas mãos Staphulococcus  MEDIDAS DE
aureus
 PASSO 3 (Sobrevivência de PREVENÇÃO DAS IACS
microrganismos nas mãos) -Precauções básicas
-Ao longo do contacto com os doentes ou  1 – Higienização das mãos (as
com as superfícies contaminadas, os mãos são as maiores responsáveis
microrganismos podem sobreviver nas pela transmissão de
mãos por períodos de tempo que variam microrganismos, desta forma uma
entre 2-60minutos boa higiene antes e depois de
 A ausência de higienização das contactar com o doente e antes e
mãos depois de contactar com material
 Duração dos cuidados contaminado)
 Grau do risco de contaminação das  2 – Colocação de doentes
mãos (Acomodar o paciente de acordo
 PASSO 4 (Lavagem das mãos não com o risco de modo a que não
eficaz contaminadas – manutenção haja contágio a outros pacientes)
das mãos)  3 – Utilização de equipamentos de
-Quantidade de produto proteção individual
insuficiente e/ou duração da  4 – Cuidado e precaução na
higiene das mãos leva a uma utilização de materiais corto-
deficiente descontaminação perfurantes
-A flora transitória pode  5 – Higiene e limpeza do ambiente
permanecer nas mãos com a  6 – Controlo de visitas
lavagem -> enquanto que a ficção
 7 – Higiene respiratória
com solução alcoólica demonstrou
 8 – Boas práticas nos
ser mais efetiva
procedimentos invasivos, como
 PASSO 5 (Mãos
utilização de técnica asséptica
contaminadas/Infeções cruzadas)
 9 – Limpeza, desinfeção e
-Em vários surtos, foi demonstrado
esterilização dos dispositivos
que a transmissão de
médicos
microrganismos entre doentes e
 10 – Uso racional de microbianos
pelo ambiente, ocorreu através das
(antibióticos)
mãos dos profissionais de saúde
 11 – Encaminhamento correto após como veículo principal as mãos dos
exposição profissionais de saúde
 12 – Correto programa de  20% a 25% podem ser resultado da
vacinação terapêutica antibiótica sucessiva e
prolongada
-PELO MENOS 30% DE IACS PODEM  20% a 25% podem resultar com
SER PREVENIDAS contato com microrganismos
adquiridos na comunidade
 20% têm origem desconhecida
-Crescente aumento na exigência na prestação de
cuidados de enfermagem
-A DGS reconhece que as IACS são um problema
-A sociedade encontra-se cada vez mais informada nacional de grande cuidado, que afeta:
e como tal, espera enfermeiros capazes de
contribuírem para a resolução dos seus problemas  A qualidade da prestação dos cuidados
e prestarem cuidados seguros e de elevada  A qualidade de vida dos doentes
qualidade  A segurança dos doentes e dos
profissionais (aumentando
-Os enfermeiros são responsáveis por assegurar e
exponencialmente os custos diretos e
providenciar um aumento da qualidade, de
indiretos do SNS)
acessibilidade, de equidade e da eficiência dos
cuidados de saúde dirigidos para os direitos e -2008, PORTUGAL ADERIU OFICIALMENTE
necessidades das pessoas de quem cuidam AO DESAFIO DA OMS COM UM EVENTO
NACIONAL DE LAÇAMENTO DA
-Na maioria dos países da Europa, as IACS
CAMPANHA NACIONAL DE HIGIENE DAS
constituem uma das maiores preocupações dos
MÃO
gestores dos sistemas de saúde, uma vez que a sua
prevalência oscila entre os 5% e os 10%
-1 em cada 4 doentes internados num UCI tem um
risco acrescido de adquirir uma IACS, e esta
 ALIANÇA MUNDIAL
estimativa pode duplicar nos países menos PARA A SEGURANÇA
desenvolvidos
DO DOENTE
-IACS constituem-se como uma das maiores
causas de morte em todo o mundo -A OMS através da abordagem baseada na
evidência, criou 5 componentes
 Mais frequentes:
estratégicas para promoção da higiene das
 Infeções da ferida cirúrgica
mãos nas unidades de saúde:
 Infeções das vias urinárias
 Mudança do sistema
 Infeções das vias respiratórias inferiores (Disponibilização da SABA nos
- Os microrganismos causadores de IACS podem locais de prestação de cuidados)
ser transmitidos à comunidade através de doentes,  Formação e treino dos profissionais
dos profissionais de saúde e das visitas. Se forem de saúde
multirresistentes, podem causar doença  Observação da higiene das mãos e
significativa na comunidade informação de retorno aos
profissionais
-Em Portugal, os valores de MRSA
 Disponibilização de Posters e
(Staphylococcus aureus meticilina-resistente)
Cartazes no local de trabalho
atingiram, em 2004, cerca de 50%, segundo o tipo
 Estabelecimento de um clima de
de internamento:
segurança
 30% a 40% são resultado da  Participação individual e suporte
colonização e infeção cruzada, tendo institucional
 IACS – RESERVATÓRIOS -2 INFEÇÕES AMBIENTAIS
E TRANSMISSÃO (exógenas endémicas ou
-1 INFEÇÃO ENDÓGENA epidémica)
Adquirida através da Flora do ambiente da
 Adquirida através da Flora
instituição.
permanente ou transitória do
Vários tipos de microrganismos
doente
sobrevivem bem em ambiente hospitalar,
As bactérias presentes na flora
na água, áreas húmidas e ocasionalmente
normal causam infeções através da
em produtos estéreis ou desinfetantes
transmissão a outros locais fora do
seu habitat natural (vias urinárias),  AS PESSOAS SÃO O
lesão de um tecido (ferida) ou CENTRO DO FENÓMENO
terapêutica antibiótica inapropriada
-Como principal reservatório e fonte de
que facilita o crescimento
microrganismos
excessivo (fungos)
-Como principal transmissor,
Ex. bactérias GRAM-
especialmente durante tratamentos
NEGATIVAS do aparelho
-Como recetor de microrganismos,
digestivo frequentemente causam
tornando-se então um novo reservatório
infeções do local cirúrgico, após
cirurgia abdominal, ou infeções  FATORES QUE
urinárias em doentes algaliados.
INFLUENCIAM AS IACS
-2 INFEÇÃO EXÓGENA,
CRUZADA -O agente microbiano
Adquirida através da Flora de outro doente  Bactérias, vírus, fungos e parasitas
ou dos profissionais podem causar IACS
As bactérias transmitem-se entre doentes  O contacto entre o doente e o
por: microrganismo não resulta na
 Contacto direito (mãos, gotículas doença clínica
da saliva ou de outros fluídos A probabilidade que a exposição
corporais)
 Ar (gotículas ou poerias leve a infeção depende:
contaminadas com as bactérias do  Resistência aos agentes
doente) antimicrobianos
 Profissionais contaminados durante  Virulência intrínseca
os cuidados do doente (mãos,  Quantidade (inóculo) de
roupa, nariz e garganta) que se material infecioso
torna um portador transitório ou
AGENTE PATOGÉNICO- age de modo
permanente, transmitindo
diferente, dependendo das circunstâncias e
subsequentemente as bactérias a
resposta do hospedeiro
outros doentes através do contacto
direto, na prestação de cuidados PATOGÉNIOS CONVENCIONAIS- elevada
 Objetos contaminados pelo doente patogenicidade, capazes de produzir doença em
(incluindo equipamento), pelas pessoas saudáveis
mãos dos profissionais das visitas
Transmitem-se através de casos infetados ou
ou por outra fonte ambiental (ex.
portadores
água, outros fluídos, alimentos)
PAROGÉNEOS CONDICIONAIS- de
patogenicidade potencial, causam infeção em
determinadas circunstâncias
Fazem parte da flora comensal, mas fora do seu internados no hospital, representam fontes
local habitual podem causar infeções noutros potenciais de infeção
locais  As situações que originam grande
concentração de doentes (sobrelotação) no
(EX. Escherichia coli e do Staphylococcus aureus
hospital, transferências frequentes de um
que são habitantes normais do intestino e da pele e
serviço para o outro e a concentração,
podem causar infeções graves)
numa dada área, de doentes altamente
PATOGÉNEOS OPORTUNISTAS- de suscetíveis à infeção (RN, queimados,
patogenicidade baixa, causam doença só em casos cuidados intensivos), contribuem para o
de diminuição de resistência do organismo desenvolvimento de infeções
 A flora microbiana pode contaminar
Fazem parte da flora indígena ou são comensais
objetos, dispositivos e materiais que
seguidamente irão contactar com locais
suscetíveis do doente
-Suscetibilidade do doente  Continuam a ser identificadas novas
infeções associadas a bactérias
Os fatores que influenciam a aquisição de infeção:
 Idade -Resistência bacteriana
 Infância e terceira idade estão  A utilização generalizada de
associados a uma menor resistência antimicrobianos para terapêutica e
à infeção profilaxia (incluindo na forma tópica) é a
 Estado imunitário maior determinante da resistência
 Portadores de doenças crónicas  Algunas agentes antimicrobianos estão a
(tumores malignos, leucemia, tornar-se menos eficazes devido a
diabetes mellitus, Insuf Renal ou a resistências
SIDA, têm suscetibilidade  Quando um antimicrobiano começa a ser
aumentada a infeções por agentes mais amplamente utilizado emerge,
oportunistas. eventualmente, a resistência bacteriana e
 Fármacos imunossupressores ou a esse fármaco, e pode disseminar-se na
irradiação podem diminuir a instituição
resistência à infeção  Várias estirpes de pneumococos,
 Intervenções diagnósticas e terapêuticas: estafilococos, enterococos e BK (Bacilo de
 Biópsias, exames endoscópicos, Kock) são atualmente resistentes à maior
cateterizações, parte, ou a todos, os antimicrobianos que
intubação/ventilação e aspiração e eram anteriormente eficazes
os procedimentos cirúrgicos,
aumentam o risco de infeção As IACS são importantes contributos para a
 Objetos ou substâncias morbilidade e a mortalidade
contaminadas podem ser Problema de saúde pública, com importante
introduzidas diretamente nos impacto humano e económico acrescido devido a:
tecidos ou em locais habitualmente
estéreis, tais como as vias urinárias  Aumento do número e da concentração de
ou via respiratória inferior pessoas
 Alterações mais frequentes da imunidade
(idade, doenças, terapêuticas)
-Fatores ambientais  Novos microrganismos
 Hospital congrega pessoas infetadas e
 Maior resistência bacteriana aos
pessoas com risco elevado de contrair
antibióticos
infeção
 Os doentes com infeções ou portadores de
microrganismo patogénicos que são
 Meio
 COMO SE TRANSMITEM através
microrganismos
do
saem
qual
do
AS IACS? reservatório
Os agentes infeciosos propagam-se ao ser  Os agentes infeciosos podem sair
humano ou aos animais através duma série através do sangue, esperma,
de passos conhecidos por “cadeia de secreções vaginais, leite materno,
infeção” lágrimas, urina, fezes, expetoração,
São seis passos, ao ser quebrado um dos frenagem de feridas abertas e
elos da cadeia, interrompe-se o ciclo através barreiras placentárias entre
 Reservatório (Ar, água, ambiente outros
nas US, Redores, Insetos e o
Homem)
 Via de
 Porta de Saída (Como o agente Transmissão
deixa o reservatório. Fezes, sangue,  É a forma como os
água, saliva de inseto) microrganismos se propagam
 Transmissão (Contato direto, de pessoa para pessoa
indireto, vetores, via aérea)
 Porta de entrada (Como o agente
entra no hospedeiro. Inalação,
 1- Contacto
picada, pele lesada) (direto/indireto)
 Hospedeiro (idades extremas,
C. direto ou contacto físico (mais frequente de
imunodeprimido, má nutrição,
transmissão)
exposição ocupacional)
 Agente infecioso (Bactérias,  Uma pessoa infetada ou
víruso, fungos, parasitas, colonizada transfere o
Ricketsias) microrganismo, causando
 ELOS DA CADEIA DE infeção no outro (troca de
fluidos orgânicos, sangue,
INFEÇÃO expetoração, limpeza de feridas
-Agentes infecioso.: ou outros)
 Bactéria, um vírus, um protozoário,  As mãos contaminadas são a
um fungo ou uma rickettsia forma mais comum de propagar
 Deve ser especialmente virulento, as infeções (A lavagem das
existir em quantidade suficiente mãos previne a propagação das
(inoculo) e ser especialmente apto infeções)
para determinados tecidos  Numa unidade de cuidados, a
transmissão de microrganismos
- Reservatório
por contacto direto pode
 Local onde estão alojados os ocorrer entre utentes e o
microrganismos pessoal de saúde durante a
execução de pensos, cuidados
Podem ser animais, insetos, O
no domicílio, palpação ou
homem, objetos, superfícies, outros procedimentos que
equipamento ou o meio envolvente requeiram contacto direto com
incluindo os alimentos, água ou até o utente
o ar que respiramos
C. indireto ou através de objetos inanimados,
-Porta de saída águas, etc
 Numa unidade de cuidados o contacto
ocorre sempre que haja um contato pessoal
com um equipamento contaminado, respiratório pela inalação do ar
instrumentos, roupa suja ou outros objetos contaminado e na circulação através
contaminados. de lesões na pele, picadas
 Estetoscópio contaminado é o exemplo de
transmissão indireta mais comum -Porta de entrada
 Pessoa ou pessoas que ficam
 2- Veículo contaminadas ou infetadas se
 Os microrganismos patogénicos podem as suas defesas estão
também disseminar-se através de um
deficientes
veículo
 Ex. propagação da hepatite ou HIV,  Fatores tais como a idade,
através de sangue contaminado fatores genéticos, estado
nutricional, higiene pessoal,
níveis de stress, a presença de
3- Via aérea
outras doenças, a
 Ocorrem quando um individuo o inala ou imunodepressão, as técnicas
contacta com um microrganismo que está invasivas, podem contribuir
suspenso no ar ou poeira, através de uma significativamente para a
pessoa que tenha tossido, espirrado, rido
suscetibilidade pessoal a um
ou falado
 Os microrganismos suspensos entram no dado microrganismo
aparelho respiratório quando a pessoa patogénico
inalar o ar contaminado
 Os microrganismos transmitidos por via
aérea propagam-se rapidamente, podem  PRECAUÇÕES
ser os responsáveis por grandes epidemias
ou até pandemias entre pessoas suscetíveis
BÁSICAS DE CI
 Ex. gripe ou tuberculose pulmonar -Regras de boa prática que devem ser
adotadas por todos os profissionais na
prestação de cuidados de saúde, com vista a
minimizar o risco de infeção e a
 4- Vetores transmissão cruzada e incidem sobre 10
padrões de qualidade
Insetos como pulgas e mosquitos 1. Avaliação individual do risco de
transportam microrganismos infeção na admissão do utente e
patogénicos e transmitem-nos ao colocação/isolamento dos utentes
potencial hospedeiro através de 2. Higiene das mãos
picadas não suspeitas 3. Etiqueta respiratória
4. Utilização de equipamento de
proteção individual (EPI)
-Porta de entrada 5. Descontaminação do equipamento
clínico
 Forma de um agente infecioso 6. Controlo ambiental a
encontrar um novo hospedeiro e descontaminação adequada das
reservatório superfícies
 Os microrganismos podem entrar 7. Manuseamento seguro da roupa
através de lesões na pele, através da 8. Gestão adequada dos resíduos
mucosa dos olhos, boca ou nariz, 9. Práticas seguras na preparação e
através do aparelho digestivo por administração de injetáveis
ingestão de alimentos contaminados,
através do trato urinário e trato
10. Prevenção da exposição a agentes Lavagem -> 40 a 60 segundos
microbianos no local de trabalho
Fricção com SABA-> 20 a 30 segundos
 Causas mencionadas pelos
profissionais de saúde par a
baixa adesão à prática da higiene
das mãos
 Irritação e secura da pele
 Carência de pessoal/excesso de
lotação
 O uso de luvas cria a sensação que
não é necessária a higiene das mãos
 Não pensam nisso

O tempo = Principal obstáculo para a higiene das


mãos
Adequada lavagem das mãos com água e sabão
requer 40-60 seg
Tempo médio despendido pelos profissionais é de
<10 seg
-Outros obstáculos relevantes em alguns contextos
e em alguns países:
 A falta de equipamentos
 Acesso permanente a água potável
 Sabão e toalhas de papel
 Ausência de dispensadores de Saba
A Fricção das mãos com SABA é a solução para
os obstáculos e para aumentar a taxa de
cumprimento à Higiene das mãos
SABA – SOLUÇÃO ANTI-SÉPTICA DE BASE
ALCOÓLICA
 PORQUE DEVEMOS
HIGIENIZAR AS MÃOS NOS
- A Higiene das mãos por fricção com SABA é a
medida preconizada para todas as outras situações CUIDADOS DE SAÚDE?
clínicas 1. Para proteger o doente de
microrganismos prejudiciais
- Mãos transportados nas suas mãos ou
visivelmente presentes na pelo do doente
sujas ou 2. Para proteger o profissional de
após saúde e o ambiente envolvente dos
exposição a microrganismos prejudicais
sangue ou
fluidos
orgânicos -
Higiene das
 REGRAS DE OURO DA
mãos com HIGIENE DAS MÃOS!!!
água e sabão
-Deve ser efetuada exatamente onde se está a 5. APÓS CONTACTO COM O AMBIENTE
prestar cuidados ao doente (no local de ENVOLVENTE DO DOENTE
prestação de cuidados) -EX. Mudar roupa da cama, ajustar a
perfusão, desligar alarme de perfusoras,
-É essencial proceder à higiene das mãos: 5
limpar as mesas de cabeceira, manipular as
momentos
barras da cama…
-Deve preferir a fricção com a SABA
 É mais acessível no  O USO DAS LUVAS E
local de prestação de HIGIENE DAS MÃOS
cuidados -O uso de luvas obriga à higienização
 É mais rápido prévia das mãos (não substitui a
 Mais efetiva necessidade de higienizar as mãos)
 É melhor tolerada -Após o uso/entre a troca de luvas deve
higienizar sempre as mãos
-Devem ser usadas as luvas apenas quando
 LOCAL DE PRESTAÇÃO DE indicado

CUIDADOS -O seu uso inadequado torna-se um risco


- Local onde ocorrem simultaneamente 3 acrescido de transmissão de
elementos: o doente, o profissional de microrganismos
saúde e o procedimento/tratamento
-A SABA deve estar acessível e o mais
próxima possível
-Assim os profissionais são capazes de
higienizar as mãos de acordo com os “5
momentos” preconizados pela OMS

1. ANTES DO CONTACTO COM O


DOENTE CONTROLO
-EX. dar um aperto de mão, posicionar,
auscultar, proceder à palpação abdominal
AMBIENTAL
2. ANTES DE PROCEDIMENTOS  PRECAUÇÕES BÁSICAS
LIMPOS/ASSÉPTICOS  Higienização das mãos
-EX. aspiração de secreções, Realização de  Equipamento de proteção individual (EPI)
pensos, Injeções. Punção venosa, abertura  Luvas
de sistema de acesso vascular ou de  Máscaras, óculos ou máscaras com
drenagem, preparação e administração de viseira
medicação, preparação de alimentação  Batas ou aventais
 Isolamento- colocação dos doentes
3. APÓS O RISCO DE EXPOSIÇÃO A conforme a cadeia epidemiológica da
FLUIDOS ORGÂNICOS infeção
-EX. Aplicação de colírios, realização de
pensos, limpeza de material/áreas (wc,
dispositivos médicos)
 Controlo ambiental (ambiente,
material, resíduos, roupas,
4. APÓS CONTACTO COM O DOENTE alimentação, desinfestação,
-EX. Aperto de mão, ajudar a posicionar, transporte de doentes)
cuidados de higiene, avaliação de tensão  Prevenção acidentes por picada/corte
arterial, palpação abdominal, auscultação  Ensino ao doente e visitantes
cardíaca
-Contempla todas as áreas relativas ao ambiente  ANTI-SÉPTICO- substância
inanimado química que pode ser aplicado em
tecidos vivos (pele ou mucosas), no
 A manutenção da imagem das instituições
sentido de reduzir, eliminar ou
com aparência de “limpo”, transmite às
inativar agente patogénicos antes
pessoas um ambiente melhor, mais seguro
e/ou depois de um procedimento,
e de maior confiança
com o objetivo de prevenir ou
 A limpeza e manutenção das superfícies
controlar uma infeção
estruturais do ambiente são medidas
fundamentais do controlo do ambiente em  DESINFECTANTE- substância
cuidados de saúde química capaz de eliminar por ação
direta os microrganismos. Utiliza-se
 Boa higiene do ambiente nas unidades de
na desinfeção de superfícies inertes
saúde é uma componente integral e
e equipamentos. Alguns podem ser
importante da estratégia de prevenção das
utilizados em tecidos vivos, logo
infeções
com ação antisséptica simultânea
(ex. álcool 70)
 CONCEITOS  DETERGENTE- são substâncias
 MATERIAL tensioativas que desagregam a
CONTAMINADO- material sujidade das superfícies mantendo
usado ou exposto a uma situação as em suspensão na solução de
clínica e esteja poluído com matéria lavagem que é a água. Esta ação
orgânica, microrganismos outras elimina a sujidade e favorece a
substâncias inorgânicas redução da concentração de
indesejáveis, como pó, resíduos microrganismos. Não têm ação
químicos, entre outros desinfetante
 DESCONTAMINAÇÃO-  ESTERILIZAÇÃO- Processo
destruição ou remoção da que resulta na completa eliminação
contaminação microbiana de modo e destruição de todas as formas
a tornar o matéria seguro para ser vivas de microrganismos incluindo
manipulado esporos bacterianos
Implica, limpeza e desinfeção ou Todos os dispositivos médicos que
simplesmente limpeza penetram em locais do corpo
 LIMPEZA- remoção mecânica da estéreis, ou para fluidos parentéricos
sujidade (matéria orgânica e/ou e medicações devem ser
inorgânica) usando água e sabão ou esterilizados
detergente Estéril: Desprovido de
Com uma eficácia de cerca de 80% microrganismos vivos
na remoção de microrganismos
A limpeza é um processo PRINCIPAIS MÉTODOS DE
fundamental, que condiciona a ESTERILIZAÇÃO
desinfeção/antissepsia  Esterilização térmica
Limpo: livre de sujidade ou
matérias visíveis -Calor húmido:
exposição a vapor saturado
 DESINFEÇÃO/ANTI-SEPSIA com água a 121ºC durante
15 minutos, ou 135ºC
– processo do qual resulta a durante 3 minutos em
redução, eliminação ou inativação
autoclave
momentânea de microrganismos
indesejáveis, com uma eficácia de
-Exterilização química:
90 a 99%
O óxido de etileno utilizado Todos os artigos que penetram em tecidos sue
para esterilização está a ser epiteliais, sistema vascular ou outros órgãos
retirada em vários países, isentos de flora microbiana própria (estéreis), bem
por razões de segurança e como todos os que lhes estejam diretamente
por questões de emissão de ligados
gases e efeito de estufa.
Devem ser submetidos a um processo de
O ácido paracético é
esterilização
largamente utilizado no
Estados Unidos e noutros -MARTERIAL SEMI-CRITICO OU DE
países, em sistemas MÉDIO RISCO:
automáticos
Todos os artigos que entram em contacto com
 ESTERILIZAÇÃO
membranas mucosas ou pele não íntegra
-Os procedimentos a efetuar no processo
são Este tipo de material deve sofrer um processo de
1. Recolha de dispositivos sujos nas diferentes desinfeção
unidades
2. Lavagem dos dispositivos médicos -MATERIAL NÃO CRITICO OU
3. Inspeção (verificação e lubrificação dos DE BAIXO RISCO:
dispositivos médicos)
Todos os artigos que entram em contato apenas
4. Empacotamento
com a pele íntegra ou não entram em contato com
5. Esterilização
o utente
6. Entrega de pacotes esterilizados
Devem sofrer um processo de limpeza ou
 O EQUIPAMENTO limpeza e desinfeção

CLÍNICO É
CLASSIFICADO COMO:
-Uso único
 A embalagem apresenta o respetivo
símbolo
Usar uma vez e eliminar
-Uso num único doente
 Pode ser reutilizado no mesmo doente
-Reutilizável
 Destinado a ser usado mais do que uma
vez e/ou em mais do que um doente,
devendo ser descontaminado
obrigatoriamente entre doentes, e entre
utilizações no mesmo doente
CLASSIFICAÇÃO DO MATERIAL SEGUNFO
O RISCO (classificação de Spaulding)

-MATERIAL CRITICO OU DE
ALTO RISCO:

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