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NOVAS CORRENTES DO PENSAMENTO JURIDICO (HDP + IAD 2)

POSTIVISMO JURIDICO

A) A visão de que o Direito se identificava com a lei (legalismo) – que era a positivação do
Direito ideal pela visão de inspiração racionalista;
B) A Ordem Jurídica era um todo acabado;
C) A perfeição da OJ seria alcançada através de um conjunto de códigos modernos,
sistemáticos e completos;

Com a adoção desta perspetiva assistiu-se ao Afastamento do costume (exceto na Escola


Histórica); À subalternização do papel da jurisprudência e da doutrina; Centralização do Direito
no Estado;

SUBPRESPETIVAS DENTRO DO POSITIVISMO

Escola da Exegese (Francesa) = Positivismo Legalista

 Associada ao movimento codificador, surgida no século XIX;


 Tinha como pressupostos fulcrais: O Jusnaturalismo moderno-iluminista (inspiração no
Direito Natural Racionalista); Legalismo Demoliberal (junção do caráter regulador das
leis, mas respeitante das liberdades do homem); Movimento codificador pós-revolução
francesa;
 A lei era a expressão da volonté génerale, e a única fonte de Direito – apenas o Estado
pode produzir Direito – identificação por isso do Direito com a lei;
 Nos momentos de interpretação e aplicação da lei, a mesma é o único critério
normativo-jurídico – Suficiência da Lei;
 Tinha como princípios metodológicos: Fidelidade aos textos legais; Admissão da
autointegração da lei – normas análogas; a Aplicação da lei pelo Juiz foca-se no recurso
ao silogismo judiciário.
 O ensino do Direito dirigia-se ao estudo exegético-analítico dos códigos.

Escola Histórica (Alemã) = Positivismo Conceitual

 Surgiu no início do século XIX, e assentava na ideia de que o Direito decorria, como
manifestação cultural, do espírito do povo, criado espontaneamente pela consciência
coletiva.
 Os axiomas que constituem a essência dos postulados teóricos da Escola Histórica são:
O Direito provinha do Volksgeist (consciência do povo); A evolução do Direito provinha
da natureza cultural de cada povo, não se admitindo a idealização de um Direito
Universal; O costume tinha supremacia sobre a lei; O movimento codificador era
avesso à intencionalidade prática da Escola Histórica; Interpretar o costume
encontrando o seu sentido normativo – momento histórico; Converter-se a matéria
recolhida em conceitos jurídicos – momento cientifico;

JURISPRUDÊNCIA DOS CONCEITOS


Procurou organizar o Direito num sistema de conceitos completo e fechado *. Incumbia à
ciência jurídica a construção de uma teoria das instituições; o jurista apenas explicava as
normas legais e sistematizava as ditas instituições.

Era fundamental alcançar para cada norma um sentido em abstrato; isto era conseguido com a
sua interpretação e consequente inserção numa rede de conceitos*

JURISPRUDÊNCIA DOS INTERESSES

Impôs-se no início do século XX (Phillip Heck). Tal escola recorria a fatores prático-socias (os
interesses) para sustentar que a extração de uma “vontade normativa” – como produto da
intenção do legislador (interpretação cingida ao elemento gramatical) – seria crucial para
prosseguir em direção a uma solução justa.

Postulados:
 O Juiz deve obediência (não é cega, mas pensante/ inteligente) à lei;
 A lei fornece sempre uma resolução de conflitos de interesses – regular
interesses diferentes;
 Possibilidade de interpretação corretiva da lei, tendo em conta que a
obediência é pensante.

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