Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
6
TRATAMENTO DA
PERIODONTITE APICAL
CAR LO S EST R E LA
INTRODUÇÃO
duzidos pelos vasos sangüíneos presentes na re- cidade de espécies individuais variam considera-
gião periapical (membrana periodontal). Quando velmente e podem ser afetadas por outros mi-
os microrganismos atravessam o forame apical, crorganismos. Embora, espécies isoladas da micro-
as células de defesa tentam bloquear o seu avan- biota endodôntica sejam de baixa virulência, em
ço. A resposta da batalha entre o agressor e a associação (dado à combinação de fatores) po-
defesa caracteriza o estágio patológico periapical. dem ser patogênicas. Entre os fatores, têm-se:
Assim, dois fatores devem ser considerados na interações com outros microrganismos no canal
natureza da lesão periapical: o grau de virulência radicular (sinergismo benéfico); liberação de en-
dos microrganismos e a resistência orgânica. dotoxinas; síntese de enzimas que danificam te-
cidos do hospedeiro; habilidade de interferir e
evadir das defesas do hospedeiro135. Sundqvist193
REAÇÃO PERIAPICAL AOS discute os fatores ecológicos (interações nutriti-
AGENTES AGRESSORES vas bacterianas) da microbiota endodôntica favo-
ráveis à manutenção da infecção endodôntica. O
A presença e distribuição de microrganismos intercâmbio na cadeia nutritiva (presença de
em canais radiculares infectados e sua influência substâncias similares ao soro, menadiona, peptí-
como expressivos precursores das reações infla- deos, succinato, vitamia K, hemina, e outros) fa-
matórias da polpa dentária e dos tecidos periapi- vorece o crescimento e a colonização da micro-
cais estabeceleram a importante associação de biota endodôntica (Esquema 6.1).
causa e efeito, definindo melhor alguns parâme- As agregações microbianas representam re-
tros de respostas a diferentes agentes agresso- curso valioso para a viabilidade de determinados
res61. A dinâmica existente entre microrganismo, microrganismos. No entanto, alguns microrga-
virulência e resposta orgânica incentivou o nismos apresentam capacidade de evitar as defe-
desenvolvimento de pesquisas que proporcio- sas do hospedeiro, bloqueando o primeiro im-
nam explicações e definições mais compreensí- portante passo da resposta inflamatória135,193,194.
veis e convincentes sobre a íntima relação entre O mecanismo de formação da lesão periapi-
microbiologia e patologia. Os microrganismos re- cal é complexo. Bactérias, como as anaeróbias
presentam importante papel no estabelecimento Gram-negativas, por apresentarem o lipopolissa-
da lesão periapical. Entre os mecanismos pato- carídio (LPS) como constituinte da parede celu-
gênicos bacterianos na doença periapical, encon- lar, desempenham importante papel nesse meca-
tram-se: invasão; produção de exotoxinas; cons- nismo 1-24,27-38,45-53,57-59,73-77,79-85,88-97,99-105,107-112,114-
164,166-226
tituintes celulares (endotoxinas, componentes de .
superfície, cápsulas); produção de enzimas (cola- O LPS apresenta a propriedade de incentivar
genase, hialuronidase, fosfatase ácida, fibrinolisi- os macrófagos a produzirem mediadores (poli-
na, coagulase, protease, enzima degradadora de peptídios ou glicoproteínas) denominados citoci-
fibronectina); produtos do metabolismo micro- nas. As citocinas são proteínas de baixo peso
biano (ácidos graxos – ácido propiônico, butírico, molecular, que atuam como mediadores interce-
acético; amônia, compostos sulfurados (H2S), in- lulares, produzidos por uma variedade de células
dol); evasão das respostas imunológicas do hos- hematopoiéticas e estruturais, com efeitos pleo-
pedeiro. A combinação dos efeitos bacterianos di- trópicos em células alvo na regulação da defesa
retos (enzimas, toxinas, produtos metabólicos) e imunológica, resposta inflamatória, crescimento
indiretos (estimulação da liberação de mediado- celular e diferenciação, remodelação e reparo te-
res, como os constituintes celulares – lipopolis- ciduais135. Estas citocinas foram insistentemente
sacarídio, peptidioglicano, ácido lipoteicóico) in- chamadas de linfocinas, antes que sua produção
fluencia as defesas do hospedeiro e determina a fosse reconhecida por outras células. Apresentam
resposta periapical. O trajeto mais freqüente de o papel de auxiliar na regulação e desenvolvi-
invasão microbiana no canal radicular e tecidos mento das células imunes efetivas, comunicação
periapicais é por meio da via coronária – cárie de célula a célula e funções efetivas diretas. As
dentária, debilidade no selamento coronário, etc.). citocinas eram denominadas em função das ati-
Os microrganismos ao infectarem o canal ra- vidades biológicas, como: fator de ativação dos
dicular apresentam o potencial de estimular a macrófagos, fator de inibição da migração de
inflamação periapical. A virulência e a patogeni- macrófagos, fator de atração de osteoclastos, lin-
178 CIÊNCIA EN DODÔNTICA
ESQUEMA 6.1
Interações nutritivas de bactérias do canal radicular (adaptado de Sundqvist193).
ESQUEMA 6.2
Representação simplificada de resposta do hospedeiro em periodontite apical (Adaptado de Nair135).
180 CIÊNCIA EN DODÔNTICA
Quadro 6.1
REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DE FATORES DE AGRESSÃO MICROBIANA IN FLUENTES NO
DESENVOLVIMENTO DA PERIODONTITE APICAL
AÇÃO DIRETA
MICRORGANISMOS
䉴 Ligamento Periodontal
䉴 Osso Alveolar
ENZIMAS
䉴 Colagenase
䉴 Hialuronidase
䉴 Fosfatase Ácida
䉴 Outras enzimas
TOXINAS
䉴 Lipopolissacarídio
䉴 Ác. Teicoico/ Ác. Lipoteicoico
䉴 Peptideoglicano
PRODUTOS METABÓLICOS
䉴 Ác. Graxos, ác. butírico, ác. acético, amônia, compostos sulfurados, indol etc.
AÇÃO INDIRETA
LIPOPOLISSACARÍDEO
CITOCINAS
䉴 Interleucina 1 α
䉴 Interleucina 1 β
䉴 Fator de Necrose Tumoral α
䉴 Fator de migração de macrófagos
䉴 Fator de ativação de osteoclastos
䉴 Produtos metabólicos do ácido aracdônico
䉴 Prostaglandina E 2
INFLUÊNCIA DOS
MICRORGANISMOS NA
PATOGÊNESE E MANUTENÇÃO
DA LESÃO PERIAPICAL
pares (com ou sem lesão periapical) não subme- tralizar o poderio bélico microbiano. A anti-sep-
tidas a tratamento, ocorre predomínio de infec- sia austera e local (exercida no ato da modela-
ção polimicrobiana com anaeróbios Gram-nega- gem), muitas vezes permanece aquém do ponto
tivos. Nas infecções secundárias (em que o dente de satisfação. Alguns obstáculos parecem deixar
foi submetido a tratamento, e o resultado final essa primeira linha de combate microbiano vul-
indica insucesso e necessita de retratamento) nerável, como a dificuldade de acesso da cânula
ocorre predomínio de bactérias Gram-positivas irrigadora e, conseqüentemente, da substância
(destaque aos facultativos, como o Enterococcus irrigante neutralizadora – assim como o não es-
faecalis). tabelecimento do limite apropriado para a lim-
Os sinalizadores naturais da presença mi- peza. Outro aspecto negativo, diz respeito à se-
crobiana (expressos por condições sintomáticas leção e emprego inadequado da solução irrigan-
ou por manutenção de infecção pós-tratamento te, da técnica de preparo e da medicação intra-
endodôntico) incentivaram muitos estudos que canal.
buscaram as reais causas que influenciaram, de Por conseguinte, o esvaziamento e o alarga-
modo negativo, o processo de cura21-24,46-52,74- mento do canal radicular, auxiliado pelo empre-
77,122-127,131-150,152,166,178-183,191-200,226
. O controle da go de uma efetiva solução irrigante (como por
infecção endodôntica, primeira atitude regula- exemplo o hipoclorito de sódio), e uma medica-
dora, deve privilegiar o esvaziamento e alarga- ção intracanal (como o hidróxido de cálcio),
mento do canal radicular, o que permite neu- têm conduzido a percentual de sucesso elevado.
Quadro 6.2
MICRORGANISMOS DE IMPORTÂNCIA NAS I NFECÇÕES ENDODÔNTICAS
Anaeróbios Aero-Micro-Facultativos**
Actinomyces Actinomyces
Bastonetes Gram + Eubacterium Bastonetes Gram + Lactobacillus
Propionibacterium Corynebacterium
Espiroquetas Treponema
Levedura Cândida
* Adaptado de Nair131
** Aerotolerantes-Microaerófilos-Facultativos
186 CIÊNCIA EN DODÔNTICA
FIG. 6.1
Microbiota endodôntica no terço apical do canal radicular de dente humano com periodontite apical (GR). As
áreas entre as duas setas superiores e as duas inferiores em “a” são ampliadas em “b e c”, respectivamente. Observe os
densos agregados bacterianos (BA) aderidos (b) à parede dentinária (D) e também suspensos entre os neutrófilos (NG).
Os neutrófilos parecem formar uma parede defensiva frente a proliferação bacteriana. Vista através de microscopia
eletrônica de transmissão (d) da interface dentinopulpar mostra a condensação bacteriana na superfície da parede
dentinária formando uma espessa placa (d). Aumento- a: X46; b: X600; c: X370; d: X2350. (Permissão, De: Nair
PNR131 Periodontolgy 2000, 1997; 13:121-148).
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PERIODONTITE APICAL 187
FIG. 6.2
Fungo como potencial agente etiológico na patogênese e manutenção de periodontite apical em dente humano.
a - Vista de um dente sobreobturado (RF) com lesão periapical (GR) resistente ao tratamento. As áreas demarcadas
pelo retângulo em “a e d” apresentam maior aumento em “d e b”, respectivamente. Observe duas colônias microbianas
(entre as setas em “b”). Elas estão mais ampliadas em “c”. A região oval em “d” é uma vista de microscopia eletrônica
de transmissão de microrganismos. Eles apresentam de 3 a 4 µm de diâmetro e revelam uma parede celular (CW),
núcleo (N) e forma germinada (BU). Aumento - a: X35; b: X130; c: X330; d: X60; região oval: X3400. (Permissão,
De: Nair PNR131 Periodontolgy 2000, 1997; 13:121-148).
188 CIÊNCIA EN DODÔNTICA
FIG. 6.3
Estrutura de um abscesso periapical. a - Vista ampliada da área demarcada da lesão mostrada na Figura 6.2b. A
área abscedada (AB) contém focos de neutrófilos (NG) em “a”. Observe a bactéria fagocitada em um dos neutrófilos
que está ampliado na área demarcada em “b”. O abscesso periapical é formado por bactérias (BA) na área oval,
provenientes do terço apical do canal radicular (RC). Evoluindo para periodontite apical crônica (b). Observe a necrose
tecidual na região foraminal e as bactérias no corpo da lesão, (setas na região demarcada inferior). (D- dentina, BV-
vaso sangüíneo), Aumento- a: X 130; b: X I 00; região oval: X400, destaque em a: X2680, destaque superior em b:
X4900, e destaque inferior em b: X250 (Permissão, De: Nair PNR131 Periodontolgy 2000, 1997; 13:121-148).
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PERIODONTITE APICAL 189
se transformar em crônico pela redução da in- inflamatórios crônicos justifica-se pelo fato de
tensidade de irritação ou aumento das defesas que muitos agentes etiológicos são antigênicos, o
orgânicas. que demonstra a importância do sistema imune
Além da resposta inflamatória crônica, os no processo crônico. As células mais importantes
macrófagos e linfócitos provocam uma resposta da inflamação crônica são os macrófagos e linfó-
imune. O sistema imunológico objetiva neutrali- citos T. Os macrófagos podem se tornar células
zar, inativar ou destruir um estímulo (antígeno gigantes multinucleadas. Nas lesões ósseas, os
ou microrganismo), e pode ser realizado pela: a) osteoblastos podem ser ativados por mediadores,
neutralização direta do estímulo pela ligação ao como: a interleucina-1 e fator de necrose tumo-
anticorpo e/ou destruição do estímulo pelos lin- ral, levando à reabsorção óssea214.
fócitos sensibilizados; b) ativação dos sistemas Microscopicamente a lesão crônica se carac-
mediadores bioquímicos e celulares que possam teriza por predominância de linfócitos, plasmó-
destruir o antígeno175. citos e macrófagos cercados por cápsula fibrosa,
No processo inflamatório crônico observa-se composta de colágeno, fibroblastos e novos ca-
persistência dos fatores etiológicos que o organis- pilares. Esta lesão não é de natureza simples-
mo apresenta dificuldade para eliminação. Entre mente crônica, pois células polimorfonucleadas
estes, destacam-se: agentes infecciosos, remanes- podem ser encontradas por toda a lesão. O
centes de microrganismos mortos, corpos estra- Quadro 6.3 demonstra a seqüência de eventos
nhos, produtos do metabolismo e reações imu- patológicos pulpares e periapicais, que origina-
nes, etc. A presença de linfócitos nos processos ram de microrganismos da cárie dentária.
Quadro 6.3
SEQÜÊNCIA DE EVENTOS PATOLÓGICOS, PULPARES E PERIAPICAIS
Microrganismos
CÁRIE
Pulpalgia Hiper-reativa
Pulpite Pulpite
Sintomática Assintomática
Necrose Pulpar
Periodontite Periodontite
Apical Sintomática Apical Assintomática
6.4 6.5
6.6
6.7
6.8 6.9
6.10 6.11
Quadro 6.4
CLASSIFICAÇÃO CLÍN ICA DAS IN FLAMAÇÕES PERIAPICAIS
de zinco e eugenol (FillCanal). Decorridas 24 uma ou duas sessões foi de 85,7% e 82,3%,
horas da execução do tratamento definitivo, os respectivamente. Em todos os grupos empre-
pacientes retornaram para a avaliação do pós- gou-se o hipoclorito de sódio a 1%, alternado
operatório, quando foi registrada a presença ou nas duas irrigações finais com EDTA (trissódico,
ausência de dor pós-operatória, de acordo com 17%, pH neutro) e instrumentados com a técni-
os seguintes critérios: ausente, quando o pacien- ca de preparo cervical. Os Gráficos 6.1 e 6.2
te não relatou nenhuma sintomatologia; leve a demonstram a prevalência de dor pós-operató-
moderada, quando o paciente relatou uso não ria em dentes tratados em sessão única e duas
constante de analgésico para o alívio da dor; e sessões, tendo como influência final o cimento
severa, quando o emprego do analgésico foi obturador. Frente à análise do número de ses-
constante pelo paciente e a dor não foi aliviada. sões, nota-se elevado percentual de ausência de
Os dentes obturados com Sealapex mostraram dor pós-operatória, independente do número
um percentual de 87,5% e 88,6% de ausência de de sessões, uma ou duas, havendo ausências de
dor após o tratamento endodôntico, realizado diferenças significativas entre si. Deve-se consi-
em uma e duas sessões, respectivamente. Quan- derar, além do número de sessões, a influência
do o cimento utilizado foi o FillCanal, o percen- dos fatores inerentes à terapêutica propriamen-
tual de ausência de dor com o tratamento em te dita.
GRÁFICO 6.1
Prevalência (%) de dor pós-operatória de dentes tratados em sessão única (influência do cimento obturador –
Sealapex/Fillcanal)
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PERIODONTITE APICAL 197
GRÁFICO 6.2
Prevalência (%) de dor pós-operatória de dentes tratados em duas sessões (influência do cimento obturador –
Sealapex/Fillcanal)
O número de sessões (uma ou duas) para a em 80% dos canais obturados com Sealapex (Figura
realização do tratamento endodôntico, histologica- 6.13 e 6.14) e 40% com óxido de zinco e eugenol
mente parece não demonstrar diferenças expressi- (Figura 6.15 e 6.16);
vas, desde que se adote uma técnica de preparo do 3. Usando hidróxido de cálcio como medicação, não fo-
canal radicular atraumática, e se empregue um ram observadas diferenças em relação aos pequenos
material obturador biologicamente compatível. canais acessórios entre os dois cimentos obturadores;
Frente a situações de periodontite apical 4. Quando a medicação foi o Otosporin, os canais aces-
traumática, Holland et al.98 analisaram em dentes sórios mostraram alta incidência de fechamento
de cães os efeitos biológicos do hidróxido de cál- quando o material obturador foi o Sealapex;
cio e do corticosteróide-antibiótico (Otosporin), 5. Quando partículas do Sealapex alcançaram o li-
como medicação intracanal em pulpectomias, gamento periodontal, elas causaram suave reação in-
após sobre-instrumentação, empregando dois flamatória, caracterizada principalmente pela reação
materiais obturadores – o óxido de zinco e euge- macrofágica. Na ausência do fechamento biológico o
nol e o Sealapex. Posterior à 180 dias, as óxido de zinco e eugenol freqüentemente produziu su-
interpretações dos resultados permitiram chegar ave reação inflamatória crônica.
às seguintes conclusões (Gráfico 6.3):
As vantagens para a realização do tratamen-
1. Usando o Otosporin como medicação intracanal, o fe- to endodôntico em dentes com vitalidade pulpar
chamento biológico do forame apical principal foi ob- em sessão única são obtidas com a diminuição
servado em 73,35% dos casos quando o material ob- das possibilidades de contaminação entre as con-
turador foi o Sealapex (Figura 6.12) e 20% com o sultas, com as vantagens técnicas do profissional,
óxido de zinco e eugenol; observadas com a familiarização da anatomia e
2. Usando o hidróxido de cálcio como medicação o fe- em decorrência de fatores econômicos envolvi-
chamento biológico do forame apical foi observado dos no número de consultas.
198 CIÊNCIA EN DODÔNTICA
Quadro 6.5
PERIODONTITE APICAL SINTOMÁTICA TRAUMÁTICA
GRÁFICO 6.4
Prevalência de dor pós-operatória –
dentes sintomáticos.
GRÁFICO 6.5
Prevalência de dor pós-operatória –
dentes assintomáticos.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PERIODONTITE APICAL 203
GRÁFICO 6.6
Prevalência de dor pós-operatória nos retratamentos
endodônticos - dentes sintomáticos.
GRÁFICO 6.7
Prevalência de dor pós-operatória nos retratamentos
endodônticos - dentes assintomáticos.
204 CIÊNCIA EN DODÔNTICA
A dor proveniente da infecção periapical, pos- mento dos defensores que deixam dentes fecha-
terior à exacerbação aguda frente ao tratamento dos em necroses pulpares associados a dor, e a
de processo inflamatório crônico e assintomático, diminuição no uso do monoclorofenol canforado,
coloca em risco a reputação do profissional res- com aumento do uso do hidróxido de cálcio.
ponsável. Nestas situações, a lesão inflamatória De outra parte, em relação à administração
crônica pode estar adaptada ao irritante, e quando profilática de penicilina, com vistas a prevenir o
o tratamento é realizado, novos agentes agresso- flare-up ou outras seqüelas indesejáveis após o tra-
res (microrganismos, dentina infectada, medica- tamento de canais radiculares infectados, Walton
mentos, soluções irrigantes, proteínas teciduais & Chiappinelli219 relataram que, após estudo em
alteradas quimicamente) podem ser introduzidos 80 pacientes com diagnóstico de necrose pulpar e
dentro da lesão, promovendo reação violenta, periodontite apical assintomática, seu emprego
constituindo uma alteração de adaptação local. não foi relacionado à incidência da severidade dos
Além do exposto, uma baixa na resistência orgâ- sintomas pós-operatórios. Argumentaram, toda-
nica do hospedeiro pode representar o início do via, contra a prescrição profilática de antibióticos
processo sintomático. A exteriorização de uma nas situações descritas, visto sua inefetividade
fase assintomática subclínica é imprevisível. Por para a contaminação pré-existente.
esse motivo, o paciente deve sempre ser esclareci- O perfeito esvaziamento com o completo pre-
do e informado de um possível quadro de pós- paro na primeira sessão, em canal radicular com
operatório sintomático, impossível de se prever. necrose pulpar associado ou não à presença de
Sundqvist et al.195 analisaram a capacidade de dor, não favorece o aumento das chances de exa-
bactérias provenientes de necroses pulpares indu- cerbação aguda. Ao contrário, a eliminação da mi-
zirem infecções purulentas. Advogaram, contudo, crobiota endodôntica presente, com a remoção de
que certas exacerbações agudas são causadas por vários fatores de virulência bacteriana (endo-
infecções polimicrobianas, nas quais importantes toxinas, substratos, possíveis interações destes
microrganismos tornam-se patogênicos por ação microrganismos) constitui, certamente, conduta
sinérgica, o que pode explicar porque não ocor- muito promissora, decorrente da própria limpeza
rem com mais freqüência. e sanificação do canal radicular infectado. Outro
Notoriamente, a dor pós-operatória, constitui ponto favorável é o combate local e direto aos
um sério problema ao bom andamento do trata- microrganismos ali sediados, por meio da ação das
mento endodôntico. A completa limpeza e mode- substâncias químicas (hipoclorito de sódio,
lagem do canal radicular na primeira sessão cons- hidróxido de cálcio), em função do efeito antimi-
titui uma boa opção terapêutica frente à elimina- crobiano, da ação biológica, e ainda por atuar
ção do agente agressor responsável pela dor, mui- como selador temporário (preenchimento físico
to embora, possa também ocorrer quadro indese- do canal radicular, como observado com a pasta
jável de dor. de hidróxido de cálcio)60-71.
Balaban et al.7 não encontraram diferenças O fato da manutenção do dente fechado só
estatísticas comparando a incidência de exacerba- tem a contribuir no controle de possível superin-
ções agudas frente a essas duas opções de trata- fecção, que absolutamente conduz a conseqüências
mento: pré-medicação ou limpeza completa na desagradáveis. Assim, estas medidas locais e a pos-
primeira sessão. sível adoção de procedimentos gerais, como o em-
Trope212, comparando o efeito de três medica- prego de medicação sistêmica, contribuem de for-
ções intracanais (Formocresol, Ledermix e hidró- ma eficaz nos resultados do pós-operatório de den-
xido de cálcio), na incidência de flare-up pós-ins- tes sintomáticos com necrose pulpar, cujos canais
trumentação, relata que sua incidência independe radiculares são instrumentados na primeira sessão.
da medicação utilizada, e que ocorreram nos den- Entretanto, ao estabelecer o tratamento clíni-
tes com sinais radiográficos de periodontite apical. co, há os defensores da pré-medicação (aldeídos,
Gatewood et al.80, verificando mudanças nas derivados fenólicos) e os defensores da completa
condutas clínicas no tratamento de emergência limpeza e modelagem na primeira sessão, objeti-
endodôntica nos Estados Unidos, de 1977 para vando minimizar a incidência de exacerbações
1988, observaram que houve aumento nos defen- agudas após o tratamento inicial destes dentes
sores da instrumentação completa, indiferente à com polpas necrosadas e patologias periapicais.
condição de emergência. Notou-se também, au- Outra polêmica é percebida diante da conduta de
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PERIODONTITE APICAL 205
se manter o dente aberto ou fechado no trata- do-se em duas condições de aparecimento: fase
mento de inflamações periapicais agudas (perio- prévia assintomática ou sintomática.
dontite apical sintomática infecciosa e abscesso Na primeira situação, pode-se caracterizar a
apical sem fístula). fase prévia que apresenta-se assintomática (necro-
Embora, ainda hoje haja defensores da pré- se pulpar ou periodontite apical assintomática) e
medicação, acredita-se que para a eliminação de ocorreu o desencadeamento da periodontite api-
qualquer agente agressor, especialmente de ori- cal sintomática infecciosa durante o tratamento.
gem microbiana, a primeira conduta seja direcio- No tratamento endodôntico inicial foi realizada
nada no sentido de promover sua completa des- penetração desinfetante, com o esvaziamento do
truição, que ocorre por meio da penetração canal radicular até o vértice apical radiográfico, o
desinfetante, esvaziamento e preparo do canal preparo do canal 1mm aquém, a colocação da
radicular, quando também se observa a ação das medicação intracanal (hidróxido de cálcio) e o se-
substâncias químicas irrigadoras, dotadas de ex- lamento coronário. O paciente ao retomar com
celentes propriedades antimicrobianas. A manu- quadro álgico (dor no dente em tratamento),
tenção do controle microbiano ocorre paralela- deve-se avaliar as condutas realizadas e, na certe-
mente quando da permanência da medicação in- za de se ter obedecido todos os procedimentos
tracanal. Quando a situação clínica mostra-se condizentes com a moderna terapêutica endodôn-
sintomática e está associada à presença de infec- tica, realizado pelo mesmo profissional, mantém-
ção, além das condutas locais, deve-se adotar se o dente fechado e prescreve-se medicação sistê-
medidas gerais, como o controle microbiano sis- mica, analgésico e antibiótico. Caso persista o
têmico, pelo emprego de antimicrobianos. Desta quadro sintomatológico, abre-se o dente, esvazia-
forma, pode-se minimizar a evolução de um se o canal radicular, avalia-se a presença ou au-
quadro infeccioso indesejável. sência de exsudato e, coloca-se novamente a me-
Tem sido relatado também bacteremia asso- dicação intracanal (hidróxido de cálcio) e man-
ciada ao tratamento endodôntico. Debelian et tém-se o dente fechado. O emprego do hidróxido
al.56, analisando a bacteremia durante e após o de cálcio fica condicionado ao alargamento do ca-
tratamento endodôntico em dentes com perio- nal radicular, fato que nem sempre é possível.
dontite apical assintomática, compararam mi- Considerando essa impossibilidade, e levando-se
crorganismos isolados a partir do canal radicular em conta as características antimicrobianas da clo-
e do sangue por meio de diferentes característi- rexidina (especialemnte frente a alguns microrga-
cas fenotípicas. A partir de testes bioquímicos e nismos, como Staphylococcus aureus), pode-se optar
sensibilidade antimicrobiana dos microrganismos por sua utilização (clorexidina 2%).
isolados dos canais radiculares e do sangue, que Na segunda situação, o paciente procura
mostraram-se os mesmos perfis, foi possível su- atendimento de urgência com sintomatologia, em
gerir que os microrganismos isolados do sangue que o diagnóstico foi periodontite apical sintomá-
tiveram como fonte de origem o canal radicular. tica infecciosa (em que já está instalado o quadro
Quanto à seleção da medicação intracanal, o de dor). No quadro anterior, o tratamento prévio
hidróxido de cálcio tem sido a melhor opção, foi feito pelo próprio profissional. Nesta situação,
devido às excelentes propriedades antimicrobia- o paciente chegou com infecção e presença de
nas (inativação de enzimas bacterianas) e bioló- dor, ou foi previamente atendido por outro profis-
gicas (ativação de enzimas teciduais )60-67,69- sional e chegou para o novo atendimento com
71,98,187
. Porém, existem situações que a impossibi- queixa de dor. Deve-se abrir o dente, promover
lidade de ampliação do canal radicular impede seu esvaziamento associado à penetração desinfe-
sua colocação. Em outros momentos, pode-se tante. Pode-se deparar com presença ou ausência
notar até impedimento da adoção de medidas de exsudato, sendo pouco comum nesta fase.
locais, como no abscesso periapical sem fístula Deve-se esvaziar o canal radicular até o instru-
(na presença de trismo). Deve-se entender que o mento de no 20 (nos molares), ou até o de no 25
tratamento aqui desenvolvido ocorre em caráter (nos dentes anteriores). Caso seja acrescentados
de urgência, uma ação especial para o alívio da mais 2 ou 3 instrumentos, de calibres superiores,
dor e controle de infecção odontogênica. praticamente conclui-se o preparo do canal radi-
O tratamento da periodontite apical sinto- cular; desde que haja a possibilidade deve-se optar
mática infecciosa pode ser estabelecido basean- pela conclusão do preparo do canal radicular. Ao
206 CIÊNCIA EN DODÔNTICA
6.21 6.22
6.23 6.24
6.25 6.26
6.27
6.28
Quadro 6.6
PERIODONTITE APICAL SINTOMÁTICA INFECCIOSA
Quadro 6.7
OPÇÕES TERAPÊUTICAS DE ANALGÉSICOS, ANTIINFLAMATÓRIOS E ANTIMICROBIANOS
ANALGÉSICOS
NOME GENÉRICO NOME COMERCIAL POSOLOGIA (ADULTO)
ANTIINFLAMATÓRIOS
NOME GENÉRICO NOME COMERCIAL POSOLOGIA (ADULTO)
ANTIBIÓTICOS
NOME GENÉRICO NOME COMERCIAL POSOLOGIA (ADULTO)
nal pasta de hidróxido de cálcio, conduziu ao mais específicos e uniformes, que certamente en-
percentual de 94% de sucesso com acompanha- contram-se na superfície das células, ou como
mento clínico-radiográfico por período mínimo constituinte da membrana celular das próprias cé-
de 1 ano após a obturação definitiva. lulas epiteliais. Em indivíduo que apresenta o sis-
A relação de dentes tratados ou não endo- tema imunológico eficiente, a regressão não cirúr-
donticamente, com a regressão não cirúrgica, de gica pode ocorrer. Quando houver alteração desse
cistos periodontais apicais foi estudada através sistema, ou o caso se apresente precário, a evolu-
de microscopia e imunohistoquímica por Rocha164. ção natural da lesão cística acontece.
Posterior à eliminação dessa fonte antigênica, o As Figuras 6.30 a 6.33 mostram aspectos
organismo tem condições de reestimular o sistema radiográficos de tratamento endodôntico de peri-
imunológico para direcioná-lo não mais para uma odontite periapical assintomática, com regressão
variedade de antígeno, mas sim, para antígenos da lesão periapical.
Quadro 6.8
INCI DÊNCIA (%) DE CISTOS RADICULARES EM LESÕES PERIAPICAIS
Sommer 6 84 10 170
Winstock 8 83 9 9804
Wais 14 84 2 50
Simon 17 54 23 35
Bhaskar 42 48 10 2308
Seltzer et al. 51 45 4 87
(Nair et al.137)
212 CIÊNCIA EN DODÔNTICA
FIG. 6.29
A periodontite apical mediante análise histopatológica pode ser classificada em abscesso (AB, “a, b”), granuloma
(GR; “c, d”), e cisto (“e, f”). Dependendo da presença ou ausência de epitélio (EP), o granuloma pode ser dividido em
lesão epiteliada (“b e d”) e não epiteliada (“a, c”). Os cistos podem ser diferenciados em cisto periapical verdadeiro (“e”)
e com lúmem completo (LU) e cisto periapical em bolsa (“f”) com cavidades abertas ao canal radicular (RC). Aumento
- a-c, e: X15; d: X23; f: X20 (Permissão, De: Nair PNR131 Periodontolgy 2000, 1997; 13:121-148).
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PERIODONTITE APICAL 213
6.30 6.31
6.32 6.33
Quadro 6.9
PERIODONTITE APICAL ASSI NTOMÁTICA
uma primeira conduta clínica, a administração evolução da cárie dentária resultaram na necrose
da terapêutica antibiótica é parte essencial do pulpar, que posteriormente evolui para periodon-
manejo do paciente com abscessos periapicais e tite apical infecciosa. Outras manobras durante o
suas complicações. preparo do canal radicular de dentes com necrose
De modo geral, o aspecto histológico como pulpar podem conduzir microrganismos para esta
resposta aguda (de caráter exsudativo), evidencia região, com aumento do número e virulência, fa-
a presença de leucócitos polimorfonucleares, cilitado pelas interações microbianas e debilidade
neutrófilos, que a partir da liberação de enzimas na resistência orgânica. Da mesma maneira, a pe-
lisossômicas no espaço tecidual e sua degrada- riodontite apical assintomática pode sofrer agude-
ção, surge o abscesso. Na região central com li- cimento e caminhar para o abscesso periapical.
quefação encontram-se neutrófilos degradados, Entre os aspectos clínicos característicos, en-
restos celulares circundados por macrófagos, lin- contram-se a presença de dor intensa, localizada,
fócitos e alguns plasmócitos. A pressão do exsu- dor à palpação, percussão e mobilidade dentária.
dato sobre a lâmina dura e osso esponjoso pode O acúmulo de exsudato no espaço do ligamento
resultar em reabsorção óssea periapical. No en- periodontal promove compressão da lâmina dura,
tanto, nem sempre o aspecto radiográfico da re- determinando a extrusão dentária, a compressão
gião periapical evidencia destruição óssea visível. de fibras nervosas, além da ação de vários media-
Em algumas situações observa-se alargamento dores, intensificando o quadro de dor. O grau de
do espaço da membrana periodontal embora, tumefação é variável, dependendo da extensão,
possa ocorrer interrupção da lâmina dura alveo- evolução e difusão do abscesso. Além da dor e do
lar. No processo crônico, observa-se radioluscên- edema, pode aparecer febre e debilidade. O abs-
cia apical difusa ou circunscrita. cesso periapical pode ser avaliado em 3 diferentes
Os fatores etiológicos responsáveis pelo fases de evolução (abscesso inicial, abscesso em
aparecimento do abscesso periapical estão comu- evolução e abscesso evoluído), o que caracteriza
mente envolvidos com microrganismos, que pela melhor o diagnóstico e favorece o tratamento.
Quadro 6.10
DISTRIBUIÇÃO DE GÊNEROS BACTERIANOS DE 289 ABSCESSOS PERIAPICAIS
Aeróbios Anaeróbios
Streptococcus a-Hemolitic 13.9 Streptococcus 7.6
Streptococcu b-Hemolitic 2.0 Peptostreptococcus 18.0
Enterococcus 1.1 Veillonella 8.0
Staphylococcus aureus 1.0 Propionibacterium 1.1
Staphylococcus epidermidis 1.5 Actinomyces 2.7
Neisseria 0.6 Arachnia 0.1
Corynebacterium 0.6 Eubacterium 3.8
Eikenella corrodens 0.4 Lactobacillus 3.5
Haemophilus 0.6 Bifidobacterium 0.9
Enterobacterium 0.1 Prevotella or Porphyromonas 26.0
Capnocytophaga 0.9 24.0 Fusobacterium 4.5
Spirochetes 0.7 76.0
mina dura alveolar, é comum a mobilidade den- file), dependendo do dente, sendo ultrapas-
tária. O aspecto radiográfico de destruição peria- sado em 1mm;
pical é pouco evidente, variando da normalidade 6. Considerando que com mais 2 ou 3 instru-
ao aumento do espaço do ligamento periodontal. mentos, pode-se concluir o preparo do ca-
A conduta terapêutica adotada nessa fase inicial nal, e se assim o fizer, mais efetiva será a
é dividida em local e sistêmica. penetração desinfetante e fácil a inserção da
Novamente, deve ser realçado que as condu- medicação intracanal. Concluído o preparo
tas para esta situação clínica são especiais e de do canal radicular, retoma-se o último ins-
urgência para o alívio da dor e controle do pro- trumento utilizado no esvaziamento e
cesso infeccioso. Nem sempre a oportunidade procede-se a recapitulação. Em alguns casos
permite a melhor opção de tratamento local, o devido ao grau de dor, mobilidade e o inco-
que impõe um controle geral (sistêmico). modo e resistência do paciente, esta conduta
é praticamente impossível;
Terapêutica Local e Sistêmica 7. Frente a esses procedimentos, analisa-se a
(Fase 1) ocorrência ou não de drenagem. Quando
presente, muitas vezes, é desprezível;
1. Anestesia, isolamento absoluto e profilaxia 8. Nos casos em que ocorre drenagem é co-
do campo operatório. Nos casos em que não mum o alívio da dor imediatamente. Inde-
surtir efeito a anestesia, a abertura coronária pendente do afloramento do exsudato, des-
pode ser realizada mantendo-se o dente o de que o canal radicular esteja seco, é con-
mais firme possível, apoiando-o com os de- veniente que o dente permaneça fechado e
dos do profissional, sendo que, o paciente com medicação intracanal;
relata alívio de dor no momento da abertura 9. Com a terapêutica local descrita, presume-se
ou do alargamento foraminal seguido de que o problema não mais esteja situado no
drenagem; âmbito do canal radicular, o que impera o
2. Alívio oclusal; emprego da terapêutica sistêmica, com anti-
3. Abertura coronária; microbiano e analgésico;
4. Farta irrigação-aspiração com hipoclorito de 10. Deve-se dar atenção especial e constante ao
sódio-1 a 2,5%; paciente até o término de todo o quadro de
5. Esvaziamento do conteúdo do canal radicu- urgência.
lar, com conseqüente penetração desinfetan- O Quadro 6.11 apresenta, de modo resumi-
te, auxiliado por instrumento de calibre fino do, as características clínicas, os aspectos radio-
e hipoclorito de sódio a 1%. O forame apical gráficos e as alternativas terapêuticas do abscesso
é ampliado até a lima de no 20-25 (tipo K- periapical sem fístula (fase inicial).
Quadro 6.11
ABSCESSO PERIAPICAL SEM FÍSTULA (FASE 1 – INICIAL)
Quadro 6.12
ABSCESSO PERIAPICAL SEM FÍSTULA (FASE 2 – EM EVOLUÇÃO)
6.46 6.47
Quadro 6.13
ABSCESSO PERIAPICAL SEM FÍSTULA (FASE 3 – EVOLUÍDO)
FIG. 6.48
Necrose Pulpar.
FIG. 6.49
Periodontite Apical Sintomática Infecciosa.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PERIODONTITE APICAL 223
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 7. Balaban FS, Skidmore AE, Griffin JA. Acute exa-
cerbations following initial treatment of necrotic
1. Abou-Rass M, Bogen G. Microorganisms in closed pulps. J Endod 1984; 10:78-81.
periapical lesions. Int Endod J 1998; 31:39-47. 8. Barbakow FH, Cleaton JPE. Treatment of teeth with
2. Allen RK, Newton CW, Brown CE. A statiscal periapical radiolucent areas in general dental practi-
analysis of surgical and nonsurgical endodontic re- ce. O Surg O Med O Pathol 1981; 51:552-559.
treatment cases. J Endod 1989; 15:261-66. 9. Barnett F, Axelrod P, Tronstad L, Graziani A, Slots
3. Ando N, Hoshino E. Predominant obligate anaero- J, Talbott G. Ciprofloxacin treatment of periapical
bis invading the deep layers root canal dentine. Int Pseudomonas aeruginosa infection. Endod Dent Trau-
Endod J 1990; 23:20-27. matol 1988; 4:132-137.
4. August DS. Managing the abscessed tooth: instru- 10. Barnett F, Tronstad L. The prevalence of flare-ups
ment and close? Part 1. J Endod 1977; 3:316-318. following endodontic treatment. J Dent Res 1989;
5. August DS. Managing the abscessed tooth: instru- 68:1253.
ment and close? Part 2. J Endod 1977; 8:364-366. 11. Baumann L, Rossman SK. Clinical, roentgenologic,
6. Baker PT, Evans RT, Slots J, Genco RJ. Antibiotic and histologic findings in teeth with apical radiolu-
susceptibility of anaerobic bacteria from the human cent areas. O Surg O Med O Pathol 1956; 9:1330-
oral cavity. J Dent Res 1985; 64:1233-44. 1336.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PERIODONTITE APICAL 227
12. Baumgartner JC. Microbiologic and pathologic as- 30. Brook I, Frazier EH, Gher ME. Microbiology of pe-
pects of endodontics. Current Opinion in Dentistry riapical abscesses and associated maxillary sinusitis.
1991; 1:737-43. J Periodontal 1996; 67:608-10.
13. Baumgartner JC, Falkler WA. Bacteria in the apical 31. Brook I, Frazier EH, Gher ME. Aerobic and anaero-
5mm of the infected root canals. J Endod 1991; bic microbiology of periapical abscesses. Oral Mi-
17:380-3. crobiol Immunol 1991; 6:123-5.
14. Baumgartner JC, Heggers JP, Harrison JW. Inciden- 32. Brown JH, Brenn L. A method for the differential
ce of bacteremias related to endodontic procedures. staining Gram-positive and Gram-negative bacteria
II. Surgical endodontics. J Endod 1977; 3:399-402. in tissue section. Bull J Hork Hosp 1931; 48:69-73.
15. Baumgartner JC, Huter JW. Endodontic microbio- 33. Burnett GW, Schuster GS. Microbiologia Oral e En-
logy and treatment of infections. In: Pathways of fermidades infecciosas. Panamericana: Buenos Ai-
the pulp. Cohen S, Burns RC. St. Louis: Mosby; res; 1982. p.31-70.
2001. 34. Byström A, Claesson R, Sundqvist G. The antibac-
16. Baumgartner JC, Watkins BJ, Bae KS, Xia T. Asso- terial effect of camphorated paramonochlorophe-
ciation of black-pigmented bacteria with endodon- nol, comphorated phenol and calcium hydroxide in
tic infection. J Endod 1999; 25:413-15. the treatment of infected root canals. Endod Dent
17. Baumgartner JC, Xia T. Antibiotic susceptibility of Traumatol 1985; 1:170-175.
bacteria associated with endodontic abscesses. J 35. Byström A, Happonen RP, Sjögren U, Sundqvist
Endod 2002; 29:44-47. G. Healing of periapical lesions of pulpless teeth after
18. Beck JD, Offenbacher S, Williams R, Gibbs P, Garcia endodontic treatment with controlled assepsis. En-
R. Periodontitis: a risk factor for coronary heart di- dod Dent Traumatol 1987; 3:58-63.
sease? Ann Periodontol 1998; 3:127. 36. Byström A, Sundqvist G. Bacteriologic evaluation
19. Bender IB, Seltzer S. Combination of antibiotics of the effects of 0,5% sodium hypochlorite in en-
and fungicides used in treatment of the infected dodontic therapy. O Surg O Med O Pathol 1983;
pulpless tooth. J Amer Dent Ass 1952; 45:293-300. 55:307-312.
20. Bergenholtz G. Effect of bacterial products on in- 37. Byström A, Sundqvist G. Bacteriologic evaluation
flammatory reaction in the dental pulp. Scand J of the efficacy of mechanical root canal instrumen-
Dent Res 1977; 85:122-129. tation in endodontic therapy. Scand J Dent Res
21. Bergenholtz G. Micro-organisms from necrotic pulp 1981; 89:321-328.
of traumatized teeth. Odont Revy 1974; 25:347- 38. Byström A, Sundqvist G. The antibacterial action of
358. sodium hypoclorite and EDTA in 60 cases of endo-
22. Bergenholtz G, Lekholm U, Liljenberg B, Lindhe J. dontic therapy. Int Endod J 1985; 18:35-40.
Morphometric analysis of chronic inflammatory 39. Campos GM. Patologia Bucal. Ribeirão Preto; 1978.
periapical lesions in root-filled teeth. O Surg O Med (Apostila).
O Pathol 1983; 55:295-301. 40. Carranza FA, Newman MG. Periodontia Clínica. 8.ed.
23. Bergenholtz G, Lekholm U, Milthon R, Engström Guanabara Koogan: Rio de Janeiro; 1997. 832p.
B. Influence of apical overinstrumentation and 41. Cheung GSP. Endodontic failures – changing the
overfilling on re-treated root canals. J Endod 1979; approach. Int Dent J 1996; 46:131-18.
5:310-14. 42. Consolaro A. Reabsorções dentárias. Maringá: Den-
24. Bergenholtz G, Lekholm U, Milthon R, Heden G, tal Press, 2002. 447p.
Odesjo B, Engström B. Retreatment of endodontic 43. Costa CAS, Pamplona FC. Mecanismos de formação
fillings. Scand J dent Res 1979; 87:217-24. de lesões periapicais – granuloma e cistos. Rev
25. Bhaskar SN. Histologia e Embriologia Oral de Or- Odontol Brasil Central 2002; 11:34-41.
ban. Artes Médicas: São Paulo; 1978. 44. Crump MC. Diagnóstico diferencial del fracasso en-
26. Bhaskar SN. Periapical lesion: types, incidence, and dodontica. Clin Odontol Amer Norte 1979; 4:613-
clinical features. Oral Surg O Med O Pathol 1966; 31.
21:657-71. 45. Dahle UR, Tronstad L, Olsen I. Observation of an
27. Block RM, Bushell A, Rodrigues H, Langeland K. A unusually large spirochete in endodontic infection.
histologic, histobacteriologic, and radiographic stu- Oral Microbiol Immunol 1993; 8:251-53.
dy of periapical endodontic surgical specimens. O 46. Dahlén G. Studies on lipopolysaccharides from oral
Surg O Med O Pathol 1976; 42:656-678. Gram-negative anaerobic bacteria in relation to
28. Bohórquez Avila SP, Rocha RSS, Consolaro A. Avali- apical periodontitis. (Doctoral thesis). Götemborg:
ação da presença e localização de bactérias nos ca- University of Götemborg, Sweden; 1980.
nais radiculares e nas lesões periapicais crônicas 47. Dahlén H, Bergenholtz G. Endotoxic activity in tee-
pelo método de coloração de Brown e Brenn. Rev th with necrotic pulps. J Dent Res 1980; 59:1233-
Fac Odontol Bauru 1995; 3:25-31. 40.
29. Brook I, Frazier E. Clinical features and aerobic and 48. Dahlén G, Fabricius L, Heydem G, Holm SE, Möller
anaerobic microbiological characteristics of celluli- AJR. Apical periodontitis induced by selected bac-
tes. Arch Surg 1995; 130:786-92. terial strains in root canals of immunized and non-
228 CIÊNCIA EN DODÔNTICA
immunized monkeys. Scand J Dent Res 1982; 65. Estrela C, pesce hf, Silva MT, Fernandes JMA, Sil-
90:207-216. veira HP. Análise da redução da dor pós-tratamento
49. Dahlén G, Haapasalo M. Microbiology of apical pe- da hipersensibilidade dentinária. Rev Odontol Bra-
riodontitis. In: Essential endodontology. Ørstavik D, sil Central 1996; 6:4-9.
Pitt-Ford TR. Oxford: Black Well; 1998. 66. Estrela C, pesce hf, stephan iw. Proposição de uma
50. Dahlén G, Hofstad T. Endotoxic activities of lipopo- técnica de preparo do terço cervical para canais ra-
lysaccharide of microorganisms isolated from an diculares curvos. Rev Odontol Brasil Central 1995;
infection root canal in Macaca cynomolus. Scand J 2:21-24.
Dent Res 1977; 85:272-278. 67. Estrela C, Pimenta FC, Ito IY, Bammann LL. Anti-
51. Dahlén G, Magnusson BC, Möller AJR. Histological microbial evaluation of calcium hydroxide in infec-
and histochemical study of the influence of lipopo- ted dentinal tubules. J Endod 1999; 26:416-8.
lysaccharide extracted from Fusobacterium nucleatum 68. Estrela C, Ribeiro RG, Estrela CRA, Pécora JD, Sou-
on the periapical tissues in the monkey Macaca fas- za-Neto MD. Antmicrobial effect of 2% sodium
cicularis. Arch Oral Biol 1981; 26:591. hypochlorite and 2% chlorhexidine tested by diffe-
52. Dahlén G, Möller AJR. Microbiology of endodontic rent methods. Braz Dent J 2003; 14:58 – 62.
infections. In: Slots J, Taubman MA. Contemporary 69. Estrela C, Siqueira RM, Resende EV, Silva SA, Silva
microbiologigy and immunology. St Louis: Mosby, FC. Influência da substância química, do cimento
1992. p.444-75. obturador e do número de sessões na prevalência
53. Daum RS et al. A model of Staphylococcus aureus bac- de pericementite traumática. Rev Odontol Brasil
teremia, septic arthritis, and osteomyelitis in chi- Central 1996; 6:9-13.
ckens. J Orthop Res 1990; 8:804-13. 70. Estrela C, sydney gb, bammann ll, fellipe-jr O. Me-
54. Debelian GJ. Bacteremia and fungenia in pacients chanism of action of calcium and hydroxil ions of
undergoing endodontic therapy. (Doctoral thesis). calcium hydroxide on tissue and bacteria. Braz
Oslo: University of Oslo, Norway; 1997. Dent J 1995; 6:85-90.
55. Debelian GJ, Olsen I, Tronstad L. Profiling of Propi- 71. Estrela CRA, Estrela C, Reis C, Bammann LL, Pécora
onibacterium acnes recovered from root canal and JD. Control of microorganisms in vitro by endodontic
blood during and after endodontic treatment. En- irrigants. Braz Dent J 2003; 14 (in press).
dod Dent Traumatol 1992; 8:248-54. 72. Evans M, Davies JK, Sundqvist G, Fidgor D. Me-
56. Debelian GJ, Olsen I, Tronstad L. Bacteremia in chanism involved in the resistance of Enterococcus
conjuction with endodontic therapy. Endod Dent faecalis to calcium hydroxide. Int Endod J 2002;
Traumatol 1995; 11:142-149. 35:221-28.
57. Dziak R. Biochemical and molecular mediators of 73. Faber PA, Seltzer S. Endodontic microbiology - I –
bone metabolism. J Periodontol 1993; 65:407-415. Etiology. J Endod 1988; 14:363-71.
58. Engström B. The significance of Enterococci in root ca- 74. Fabricius L. Oral bacteria and apical periodontitis.
nal treatment. Odontologisk Revy 1964; 15:87-106. An experimental study in monkeys. (Doctoral The-
59. Engström B, Frostell G. Experiences of bacteriologi- sis). Göteborg: University of Göteborg, Sweden;
cal root canal control. Acta Odontol Scand 1964; 1982.
22:43-69. 75. Fabricius L, Dahlén G, Öhman AE, Möller AJR. In-
60. Estrela C. Análise química de pastas de hidróxido fluence of combinations of oral bacteria on periapi-
de cálcio, frente à liberação de íons de cálcio, de cal tissues of monkeys. Scand J Dent Res 1982;
íons hidroxila e ação do carbonato de cálcio na pre- 90:200-206.
sença de tecido conjuntivo de cão. (Tese de Douto- 76. Fabricius L, Dahlén G, Öhman AE, Möller AJR.
rado). São Paulo: Faculdade de Odontologia da Predominant indigenous oral bacteria isolated from
Universidade de São Paulo; 1994. 140p. infected root canals after varied times of clousure.
61. Estrela C. Eficácia antimicrobiana de pastas de hi- Scand J Dent Res 1982; 90:134-144.
dróxido de cálcio. (Tese de Livre-Docência). Ribei- 77. Figdor D, Sjögren U, Sorlin S, Sundqvist G, Nair
rão-Preto: Faculdade de Odontologia da Universi- PNR. Pathogenicity of Actinomyces israelii and Arach-
dade de São Paulo; 1997. 142 p. nia propionica: experimental infection in guinea pigs
62. Estrela C, Camapum FF, Lopes HP. Prevalência de and phagocytosis and intracellular killing by hu-
dor nos retratamentos endodônticos. Rev Bras man polymorphonuclear leukocyties in vitro. Oral
Odontol 1998; 55:18-24. Microbiol Immunol 1992; 7:129.
63. Estrela C, César OVS, sydney gb, Lopes HP, Pesce 78. Figueiredo CRLV, Santos JN, Albuquerque-Jr RLC.
HF. Incidência de dor frente ao tratamento da infla- Mecanismos imunopatológicos de formação e ex-
mação periapical aguda e crônica. Rev Bras Odon- pansão do cisto radicular: uma abordagem atual.
tol 1996; 53:21-25. Rev Pos Grad 1999; 6:180-7.
64. Estrela C, Estrela CRA, Dirceu RF, Mamede-Neto I. 79. Fukushima H, Yamamoto K, Sagawa H, Leung KP,
Considerações sobre a periodontite apical assinto- Walker CB. Localization and identification of root
mática com extensa rarefação óssea. Rev Fac Oodn- canal bacteria in clinically asymptomatic periapical
tol UFG 1998; 2:25-30. pathosis. J Endod 1990; 11:534-38.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PERIODONTITE APICAL 229
80. Gatewood RS, Himel VT, Dorn SO. Treatment of 97. Hoshino E, Ando N, Sato M, Kota K. Bacterial in-
the endodontic emergency: A decade later. J Endod vasion of nonexposed dental pulp. Int Endod J
1990; 16:284-291. 1992; 25:2-5.
81. Gomes BPFA, Drucker DB, Lilley JD. Association of 98. Holland R, Otoboni-Filho JA, Souza V, Mello W,
endodontic signs and symptoms with particular Nery MJ, bernabé PFE, Dezan Jr. E. Calcium
combinations of specific bacteria. Int Endod J 1996; hydroxide and corticosteroid-antibiotic association
29:69-75. as dressing in cases of biopulpectomy. A comparati-
82. Gomes BPFA, Drucker DB, Lilley JD. Association of ve study in dog’s teeth. Braz Dent J 1998; 9:67-76.
specific bacteria with some endodontic signs and 99. Horiba N, Maekawa Y, Ito M, Matsumoto T, Naka-
symptoms. Int Endod J 1994; 27:291-98. mura H. Correlations between endotoxin and clini-
83. Gomes BPFA, Drucker DB, Lilley JD. Clinical signi- cal symptoms or radiolucent areas in infected root
ficance of dental root canal microflora. J Endod canals. O Surg O Med O Pathol 1991; 71:492-495.
1996; 24:47-55. 100. Iwu C, MacFarlane TW, Mackenzie D, Stenhouse
84. Gomes BPFA, Lilley JD, Drucker DB. Variations in D. The microbiology of periapical granulomas. O
the susceptibilities of components of the endodon- Surg O Med O Pathol 1990; 69:502-5.
tic microflora to biomechanical procedures. Int En- 101. Kakehashi S, Stanley HR, Fitzgerald RJ. The effects
dod J 1996; 29:235-41. of surgical exposures of dental pulps in germ-free
85. Griffee MB, Patterson SS, Miller, Kafrawy A, and conventional laboratory rats. Oral Surg Oral
Newton CW. The relation of Bacteroides melaninoge- Med Oral Pathol 1965; 20:340-349.
nicus to symptoms associated to pulpal necrosis. O 102. Kettering JD, Torabinejad M. Presence of natural
Surg O Med O Pathol 1980; 50:457-61. killer cells in human chronic periapical lesions. Int
86. Grossman LI. Endodontic Failures. Dent Clin North Endod J 1993; 26:344-347.
Amer 1972; 16:59-70. 103. Kiryu T, Hoshino E, Iwaku M. Bacteria invading
87. Guimarães SAC. Patologia básica da cavidade bucal. periapical cementum. J Endod 1994; 20:169-172.
Guanabara Koogan: Rio de Janeiro; 1982. 419p. 104. Kiryu T, Tronstad L. Long term results of endodon-
88. Haapasalo M. The genus Bacteroides in human den- tic treatment perfomed with a standardized techni-
tal root canal infections. (Dissertation - Master). que. J Endod 1979; 5:83-90.
Finland: University of Helsinki; 1986. 87p. 105. Laux M, Abbott P, Pajarola G, Nair PNR. Apical
89. Haapasalo M, Ørstavik D. In vitro infection and di- inflammatory root resorption: a correlative radio-
sinfection of dentinal tubules. J Dent Res 1987; graphic and histological assessement. Inter Endod J
66:1375-1379. 2000; 33:483-93.
90. Hancock HH, Sigurdsson A, Trope M, Moiseiwits- 106. Leles JLR, Estrela C. Dor como complicação pós-
ch J. Bacteria isolated after unsuccessful endodon- cirúrgica. In: Estrela C. Dor odontogênica. São Pau-
tic treatment in a North American population. Oral lo: Artes Médicas, 2001. p.227-42.
Surg Oral Med Oral Pathol 2001; 5:579-86. 107. Lewis M, McGowen D. Antibiotic susceptibilities of
91. Happonen RP. Periapical actinomycosis: a follow-up bacteria isolated from acute dentoalveolar absces-
study of 16 surgically treated cases. Endod Dent ses. J Antimicrob Chemother 1989; 23:69-77.
Traumatol 1986; 2:205. 108. Lim CG, Torabinejad M, Kettering J, Linkhardt TA,
92. Harrison JW, Baumgartner JC, Svek TA. Incidence Finkelman RD. Interleukin 1_ in symptomatic and
of pain associated with clinical factors during and asymptomatic human periradicular lesions. J En-
after root canal therapy. Part 1. Interappointment dod 1994; 20:225-7.
Pain. J Endod 1983; 9:384-387. 109. Lin ML, Pascon EA, Skribner J, Gängler P, Lange-
93. Harrison JW, Baumgartner JC, Svek TA. Prevalence land K. Clinical, radiographic and histologic study
of pain associated with clinical factors during and of endodontic treatment failures. O Surg O Med O
after root canal therapy. Part 2. Post obturations Pathol 1991; 11:603-11.
pain. J Endod 1983; 9:434-438. 110. Love MR. Enterococcus faecalis – a mechanism for its
94. Harrison JW, Baumgartner JC, Zielke DR. Analysis role in endodontic failure. Int Endod J 2001;
of interappointment pain associated with the com- 34:399-405.
bined use of endodontic irrigants and medica- 111. Love MR, McMillan MD, Jenkinson HF. Invasion of
ments. J Endod 1981; 7:272-276. dentinal tubules by oral Streptococci is associated
95. Hashioka K, Suzuki K, Yoshida T, Nakame A, Ho- with collagen regeneration mediated by the anti-
riba N, Nakamura H. Relationship between clinical gen I-II family of polypeptides. Infect Immun 1997;
symptoms and enzyme-producing bacteria isola- 65:51-57.
ted from infected root canals. J Endod 1994; 112. Maddox DL, Walton RE, Davis CO. Incidence of
20:75-77. post treatment endodontic pain related to medica-
96. Hashioka K, Yamasaki W, Nakane A, Horiba N, Naka- ments an other factors. J Endod 1977; 3:447-52.
mura H. The relationship between clinical symp- 113. Malassez ML. Sur L’existence de masses épitheliales
toms and anaerobic bacteria from infected root ca- dans le ligament alveolodentaire. Compt Rend Soc
nals. J Endod 1992; 18:558-61. Biol 1884; 36:241-244.
230 CIÊNCIA EN DODÔNTICA
114. Marrie TJ, Nelligan J, Costerton JW. A scanning 131. Nair PNR. Apical periodontitis: a dynamic encoun-
and transmission electron microscopic study of an ter between root canal infection and host response.
infected endocardial pacemaker lead. Circulation Periodontology 2000 1997; 13:29-39.
1982; 66:1339-41. 132. Nair PNR. Cholesterol as an aetiological agent in
115. Marshall JG, Liesinger AW. Factors associated with endodontic failures – a review. Australian Endod J
endodontic post-treatment pain. J Endod 1993; 1999; 25:19.
19:573-75. 133. Nair PNR. Light and electron microscopic studies
116. Martin IC, Harrison JD. Periapical actinomycosis. on root canal flora and periapical lesions. J Endod
Br Dent J 1984; 156:169. 1987; 13:29-39.
117. Mata E, Koren LZ, Morse DR, Sinai IH. Prophylac- 134. Nair PNR. New perspectives on radicular cysts: do
tic use of penicillin V in teeth with necrotic pulps they heal? Int Endod J 1998; 31:155-60.
and asymptomatic periapical radiolucencies. O Surg 135. Nair PNR. Pathobiology of the periapex. In: Pa-
O Med O Pathol 1985; 60:201-207. thways of the pulp. Cohen S, Burns RC. St. Louis:
118. Michelich VJ, Schuster GS, Pashley DH. Bacterial Mosby; 2001.
penetration of human dentin in vitro. J Dent Res 136. Nair PNR. Pathology of apical periodontitis. In: Es-
1980; 59:1398-1403. sential Endodontology. Ørstavik D, Pitt-Ford DR.
119. Miller WD. An introduction to the study of the Oxford: Black Well; 1998.
bacteriopathology of the dental pulp. Dental Cos- 137. Nair PNR, Pajarola G, Schroeder HE. Types and in-
mos 1894; 36:505-528. cidence of human periapical lesions obtained with
120. Miller WD. The microorganisms of the human extracted teeth. O Surg O Med O Pathol 1996;
mounth. S.S.White Dental Mfgo. CO.: Philadelphia; 81:93-102.
1890. 138. Nair PNR, Schmid-Meier E. An apical granuloma
121. Mjor IA, Fejerskov O. Embriologia e Histologia Oral with epithelial integument. O Surg O Med O Pathol
Humana. Panamericana: São Paulo; 1990. 1986; 62:698-703.
122. Molander A, Lundquist P, Papapanou PN, Dahlén 139. Nair PNR, Schroeder HE. Epithelial attachment at
G, Reit C. A protocol for polymerase chain reacti- diseased human tooth-apex. J Periodontol Res
on detection of Enterococcus faecalis and Enterococcus 1985; 20:293-300.
faecium from the root canal. Int Endod J 2002; 140. Nair PNR, Schroeder HE. Periapical Actinomycosis.
35:1-6. J Endod 1984; 10:567-70.
123. Molander A, Reit C, Dahlen G, Kvist T. Microbiolo- 141. Nair PNR, Sjögren U, Fidgor D, Sundqvist G. Persis-
gical status of root-filled teeth with apical perio- tent periapical radiolucencies of root-filled human
dontitis. Int Endod J 1998; 31:1-7. teeth, failed endodontics treatments, and periapical
124. Molander A, Reit C, Dahlén G. Microbiologic eva- scars. O Surg O Med O Pathol 1999; 87:617-27.
luation of clindamycim as root canal dressing in 142. Nair PNR, Sjögren U, Krey G, Kahnberg KE, Sund-
teeth with apical periodontitis. Int Endod J 1990; qvist G. Intraradicular bacteria and fungi in root-
23:113-18. filled, asymptomatic human teeth with therapy-re-
125. Möller AJR. Microbiological examination of root sistant periapical lesions: A long-term light and
canals and periapical tissues of human teeth. electron microscopic follow-up study. J Endod
Odontologisk Tidskrift 1966; 74:1-38. 1990; 16:580-588.
126. Möller AJR, Fabricus L, Dahlén G, Öhman AE, 143. Nair PNR, Sjögren U, Krey G, Sundqvist G. Thera-
Heyden G. Influence on periapical tissues of indi- py-resistant foreign body giant cell granuloma at
geneous oral bacteria and necrotic pulp tissue in the periapex of a root-filled human tooth. J Endod
monkeys. Scand J Dent Res 1981; 89:475-484. 1990; 16:589-95.
127. Möller O, Möller AJR. Some methodological consi- 144. Nair PNR, Sjögren U, Schumacher E, Sundqvist
derations for anaerobic cultivation. Acta Pathol Mi- G. Radicular cyst affecting a root-filled human too-
crobiol Scand 1961; 51:245-47. th: a long-term post-treatment follow-up. Int En-
128. Mor C, Rotstein I, Friedman S. Prevalence of inte- dod J 1993; 26:225-33.
rappointment emergency associated with endodon- 145. Nair PNR, Sjögren U, Sundqvist G. Cholesterol
tic therapy. J Endod 1992; 18:509-511. crystals as an etiological factor in non-resolving
129. Morse DR, Furst M, Belott R, Lefkowitz R, Spritzer chronic inflammation: an experimental study in
I, Sideman B. Infections flare-up and serious se- guines pigs. Eur J Oral Sci 1998; 106:644-50.
quelae following endodontic treatment: a prospec- 146. Newman HN. Foccal infection. J Dent Res 1996;
tive randomizes trial efficacy of antibiotic prophyla- 75:1912.
xis in cases of asymptomatic pulpal-periapical lesi- 147. Nisengard RJ, Newman MG. Oral Microbiology and
ons. O Surg O Med O Pathol 1987; 64:96-109. Immunilogy. 2.ed. Philadelphia: Sauders; 1994. 477p.
130. Morse DR, Koren LZ, Eposito SV, Goldberg JM, 148. Nori Y, Ehara A, Kawahara T, Takemura N, Ebisu S.
Belott RM, Sinai IH, Furst MC. Infections flare-ups: Participation of bacterial biofilms in refractory and
induction and prevention. Int J Psychsom 1986; chronic periapical periodontitis. J Endod 2002;
33:5-17. 28:679-683.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PERIODONTITE APICAL 231
149. Oppenheim JJ. Forward. In: The cytokine hand- Bauru: Faculdade de Odontologia de Bauru-USP;
book. Thomson AW. 2.ed. London: Academic Press; 1991. 149p.
1994. 165. Rubin E, Farber JL. Patologia. 1.ed. Rio de Janeiro:
150. Ørstavik D, Pitt-Ford TR. Apical periodontitis: mi- Interlivros; 1990.
crobial infection and host response. In: Essential 166. Safavi KE, Rossomando ER. Tumor necrosis factor
Endodontology. ______. Oxford: Blackwell, 1998. identified in periapical tissue exsudates of teeth
151. Osborn JW, Ten Cate AR. Histologia Dental Avan- with apical periodontitis. J Endod 1991; 17:12.
çada. 4.ed. São Paulo: Quintessence Books; 1988. 167. Seltzer S, Bender ID. Epithelial proliferation in pe-
p.81-95. riapical lesions. O Surg O Med O Pathol 1969;
152. Paz EC, Dahlén G, Molander A, Möller A, Berge- 27:111-21.
nholtz G. Bacteria recovered from teeth with apical 168. Seltzer S, Bender ID, Turkenkopf S. Factors affec-
periodontitis after antimicrobial endodontic treat- ting successful repair after root canal treatment. J
ment. I Endod J 2003; 36:500-508. Am Dent Assoc 1963; 67:651-62.
153. Peciuliene V, Reynaud AH, Balciuniene I, Haapsalo 169. Seltzer S, Farber PA. Microbiologic factors in endo-
M. Isolation of yeasts and enteric bacteria in root- dontology. O Surg O Med O Pathol 1994; 78:634-
filled teeth with chronic apical periodontitis. Int 45.
Endod J 2001; 34:429-43. 170. Seltzer S, Naidorf IS. Flare-ups in Endodontics. I.
154. Pickenpaugh L, Reader A, Beck M, Meyers W, Pe- Etiological factors. J Endod 1985; 11:472-76.
terson L. Effect of prophylactic amoxicilin on endo- 171. Seltzer S, Naidorf IS. FLare-ups in Endodontics. II.
dontic flare-up in asymptomatic, necrotic teeth. J Therapeutic measures. J Endod 1985; 11:559-565.
Endod 2001; 27:53-6. 172. Sen BH, Safavi KE, Spangberg LSW. Growth pat-
155. Pierce A. Pathophysiological and therapeutic as- terns of Candida albicans in relation to radicular
pects of dentoalveolar resorption. Australian Dent J dentin. O Surg O Med O Pathol 1997; 84:68-73.
1989; 34:437-448. 173. Shovelton DS. The presence and distribuition of
156. Pitt-Ford TR. The effects of the periapical tissues of microorganisms within non vital Teeth. British
bacterial contamination of the filled root canal. Int Dental J 1964; 117:101-107.
Endod J 1982; 15:16-20. 174. Simon JHS. Incidence of periapical cysts in relation
157. Ranta H, Haapasalo M, Kontiainem S, Kerosuo to root canal. J Endod 1980; 6:845-848.
E, Valtonem V. Bacteriology of odontogenic apical 175. Simon JHS. Patologia Periapical. In: Caminhos da
periodontitis and effect of penicillin treatment. Polpa. Cohen S, burns rc. 6.ed. Guanabara Koogan:
Scan J Infect Dis 1988; 20:187-92. Rio de Janeiro; 1997.
158. Ray HA, Trope M. Periapical status of endodonti- 176. Siqueira-Jr JF. A etiology of root canal treatment
cally treated teeth in relation to the technical qua- failure: why well-treated teeth can fail. Int Endod J
lity of the root filling and the coronal restoration. 2001; 34:1-10.
Int Endod J 1995; 28:12-18. 177. Siqueira-Jr JF. Microbial causes of endodontic fla-
159. Reit C. Decision strategies in endodontics: on the re-ups. Int Endod J 2003; 36:453-63.
design of a recall program. Endod Dent Traumatol 178. Siren EK, Haapasalo PP, Ranta K, Salmi P, Kerosuo
1987; 3:233-39. ENJ. Microbiological findings and clinical treatment
160. Reit C, Dahlén G. Decision making analysis of en- procedures in endodontic cases selected for micro-
dodontic treatment strategies in teeth with apical biological investigation. Int Endod J 1997; 30:91-
periododontitis. Int Endod J 1988; 16:207-10. 95.
161. Ribeiro FC. Distribuição das bactérias nas estru- 179. Sjögren U, Fidgor D, Pearsson S, Sundqvist G. Influ-
turas mineralizadas de dentes com necrose pul- ence of infection at the time of root filling on the
par e granuloma apical. (Dissertação de Mestra- outcome of endodontic treatment of teeth with api-
do). Bauru: Faculdade de Odontologia de Bauru; cal periodontitis. Int Endod J 1997; 30:297-306.
1997. 180. Sjögren U, Hägglund B, Sundqvist G, Wing K. Fac-
162. Ribeiro FC, Consolaro A. Aspectos morfológicos dos tors affecting the long-term results of endodontoc
biofilmes microbianos na osteomielite crônica su- treatment. J Endod 1990; 16:498-504.
purativa e correlações endodôntica e parendodônti- 181. Sjögren U, Hanstrom L, Happonen RP, Sundqvist
ca. Rev Fac Odontol Bauru 1999; 7:41-7. G. Extensive bone loss associated with periapical
163. Ribeiro-Sobrinho AP, Barros MHM, Nicoli JR, Car- infection with Bacteroides gingivalis: a case report.
valho MAR, Farias LM, Bambirra EA, Bahia MGA, Int Endod J 1990; 23:254-62.
Vieira EC. Experimental root canal infection in 182. Sjögren U, Happonen RP, Kahnberg KE, Sundqvist
conventional and germ-free mice. J Endod 1998; G. Survival of Arachinia propionica in periapical tis-
24:405-8. sue. Inter Endod J 1988; 21:277-82.
164. Rocha MJC. Estudo microscópico e imuno-histo- 183. Sjögren U, Sundqvist G, Nair PNR. Tissue reaction
químico dos cistos periodontais apicais de dentes to gutta-percha of various sizes when implanted
tratados ou não endodonticamente. Sua relação subcutaneously in guinea pigs. Eur J Oral Sci 1995;
com a regressão não cirúrgica. (Tese de Doutorado). 103:313-18.
232 CIÊNCIA EN DODÔNTICA
184. Slavikin HC. Emerging and re-emerging infectious 202. Sydney GB, Estrela C. The influence of root canal
diseases: a biological evolutionary drama. J Amer preparation on anaerobic bacteria in teeth with
Dent Assoc 1997; 128:108-12. asymptomatic apical periodontitis. Braz Endod J
185. Slots J, Taubman MA. Contemporany Oral Micro- 1996; 1:12-15.
biology and Immunology. Mosby; 1992. 649p. 203. Takahashi K. Microbiological, pathological, inflam-
186. Socransky SS, Haffajee AD. Microbial mechanisms matory, immunological and molecular biological
in the pathogenesis of destructive periodontal dise- aspects of periradicular disease. Int Endod J 1998;
ase: a critical assessement. J Periodont Res 1991; 31:311-25.
26:195-212. 204. Ten Cate AR. The epithelial cells rests of Malassez
187. Souza V, Bernabé PFE, Holland R, Nery MJ, Mello and the genesis of the dental cysts. O Surg O Med
W, Otoboni-Filho JA. Tratamento não-cirúrgico de O Pathol 1972; 34:957-62.
dentes lesões periapicais. Rev Bras Odontol 1989; 205. Torabinejad M, Dorn SO, Eleazer PD, Frankson M,
46:39-46. Jouhari B, Mullin RK, Soluti A. Effectiveness of va-
188. Stashenko P. The role of imunne cytokines in the rious medications on post-operative pain following
pathogenesis of periapical lesions. Endod Dent root canal obturation. J Endod 1994; 20:427-431.
Traumatol 1990; 6:86-96. 206. Torabinejad M, Eby WC, Naidorf IJ. Inflammatory
189. Stashenko P, Wang CY. Characterization of bone and immunological aspects of the pathogenesis of
resorptive mediators in active periapical lesions. Proc human periapical lesions. J Endod 1985; 11:479-
Finn Dent Soc 1992; 88:427-32. 88.
190. Stheeman SE, Mileman PA, Van’t Hof MA, Van Der 207. Torabinejad M, Kettering JD, McGraw JC, Cum-
Stelt PF. Diagnostic confidence and the accuracy of mings RR, Dwyer TG, Tobias TG, Tobias TS. Factors
reatment decisions for radiopaque periapical lesi- assocciated with endodontic interappointment
ons. Int Endod J 1995; 28:121-128. emergencies of teeth with necrotic pulps. J Endod
191. Sundqvist G. Associations between microbial speci- 1988; 14:261-266.
es in dental root canal infections. Oral Microbiol 208. Tronstad L, Asbjornsen K, Doving L, Pedersen
Immunol 1992; 7:257-262. I, Eriksen HM. Influence of coronal restorations
192. Sundqvist G. Bacteriological studies of necrotic on the periapical health of endodontically treated
dental pulps. (Dissertation Master). Umea: Univer- teeth. Endod Dent Traumatol 2000; 16:218-221.
sity of Umea, Sweden; 1976. 94p. 209. Tronstad L, Barnett F, Cervone F. Periapical bacte-
193. Sundqvist G. Ecology of the root canals flora. J rial plaque in teeth refratory to endodontic treat-
Endod 1992; 18:427-30. ment. Endod Dent Traumatol 1990; 6:73-77.
194. Sundqvist G. Taxonomy, ecology and pathogenicity 210. Tronstad L, Barnett F, Riso K, Slots J. Extra-radicu-
of the root canal flora. O Surg O Med O Pathol lar infections. Endod Dent Traumatol 1987; 3:86-
1994; 78:522-30. 90.
195. Sundqvist G, Eckerbom MI, Larsson AP, Sjögren 211. Tronstad L, Kreshtool D, Barnett F. Microbiological
UT. Capacity of anaerobic bacteria from necrotic monitoring and results of treatment of extraradicu-
dental pulps to induce purulent infections. Infec lar endodontic infection. Endod Dent Traumatol
Immun 1979; 25:685-693. 1990; 6:129-136.
196. Sundqvist G, Figdor D. Endodontic treatment of 212. Trope M. Relationship of intracanal medicaments
apical periodontitis. In: Essential Endodontology. to endodontic flare-ups. Endod Dent Traumatol
Ørstavik D, Pitt-Ford TR. Oxford: Black Well; 1990; 6:226-229.
1998. 213. Trope M, Pettigrew J, Petras J, Barnett F, Tronstad
197. Sundqvist G, Figdor D, Persson S, Sjögren U. Micro- L. Differentiation of radicular cyst and granulomas
biologic analysis of teeth with failed endodontic treat- using computerized tomography. Endod Dent Trau-
ment and the outcome of conservative retreatment. matol 1989; 5:69-72.
O Surg O Med O Pathol 1998; 85:86-93. 214. Trowbridge HO, Emling RC. Inflamation – A review
198. Sundqvist G, Johansson E. Neutrophil chemotaxis of the process. 4.ed. Quintessence books: Illinois;
induced by anaerobic bacteria isolated from necro- 1993. 172p.
tic dental pulps. Scand J Dent Res 1980; 88:113- 215. Vaes G. Cellular biology and biochemical of bone
121. resorption: a review of recent developments on
199. Sundqvist G, Johansson E, Sjögren U. Prevalence the formation and mode of action of osteoclasts.
of black-pigmented Bacteroides species in root canal Clin Ortp Related Res 1985; 231:239-271.
infections. J Endod 1989; 15:13-19. 216. Vigil GV, Wayman BE, Dazey SE, Fowler CB, Brad-
200. Sundqvist G, Reuterving CO. Isolation of Acti- ley-Jr DV. Identification and antibiotic sensitivity of
nomyces israelli from periapical lesions. J Endod bacteria isolated from periapical lesions. J Endod
1980; 6:602-6. 1997; 23:110-4.
201. Swartz DB, Skidmore AE, Griffin JA. Twenty years 217. Waltimo TMT, Siren EK, Orstavik D, Haapasalo MPP.
of endodontic success and failure. J Endod 1983; Susceptibility of oral Candida species to calcium
9:198-202. hydroxide in vitro. Int Endod J 1999; 32:94-98.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA PERIODONTITE APICAL 233
218. Waltimo TMT, Siren EK, Torkko HLK, Olsen I, Ha- 223. World Health Organization. Application of the Inter-
apasalo MPP. Fungi in therapy-resistant apical peri- national Classification of Diseases to Dentistry and
odontitis. Int Endod J 1997; 30:96-101. Stomatology. 3.ed. Geneva: WHO; 1995. p.66-67.
219. Walton RE, Chiappinelli J. Prophylactic penicillin: 224. Yamamoto K, Fukushima H, Tsuchiya H, Sagawa H.
Effect on Post-treatment symptoms following root Antimicrobial susceptibilities of Eubacterium, Peptos-
canal treatment of asymptomatic periapical patho- treptococcus, and Bacteroides isolated from root canals
sis. J Endod 1993; 19:466-470. of teeth with periapical pathosis. J Endod 1989;
220. Walton RE, Torabinejad M. Principles and practice 15:112-6.
of Endodontics. 2.ed. Saunders Company: Philadel- 225. Yared GM, Bou Dagher FE. Influence of apical enlar-
phia; 1996. 558p. gement of on bacterial infection during treatment of
221. Wayman BE, Murata SM, Almeida RJ, Fowler CB. A apical periodontitis. J Endod 1994; 20:535-7.
bacteriological and histological evaluation of 58 peria- 226. Yoshida M, Fukushima H, Yamamoto K, Ogawa K,
pical lesions. J Endod 1992; 18:152-55. Toda T, Sagawa H. Correlation between clinical
222. Wittgow-Jr WC, Sabiston-Jr CB. Microorganisms symptoms and microorganisms isolated from canals
from pulpal chambers of intact teeth with necrotic of teeth with periapical pathosis. J Endod 1987;
pulps. J Endod 1975; 1:168. 13:24-28.