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A administração pública agira sempre em nome e no exclusivo 2.

*Mediação e Conciliação:* Em processos de mediação ou


do interesse público, atentos em sua natureza jurídica da sua conciliação, a administração pode atuar como mediadora entre
criação em nenhuma coexistências prosseguirá interesse não partes em conflito, buscando resolver disputas de forma
privado ou de situação individual. Comente! amigável e sem o uso de sua autoridade coercitiva.

Essa afirmação reflecte o princípio da supremacia do interesse


público na administração pública, destacando que suas acções
devem estar sempre alinhadas com o bem-estar da sociedade 3. *Prestação de Serviços Voluntários:* Em algumas situações,
como um todo, sem favorecer interesses privados ou individuais. a administração pública pode prestar serviços voluntários à
Isso é fundamental para garantir a imparcialidade, transparência comunidade sem a necessidade de impor sua autoridade.
e eficiência na gestão dos recursos públicos e na prestação de
serviços à população.

4. *Ações de Assistência Social:* Em programas de assistência


social e ajuda humanitária, a administração pública pode agir
Determinar se uma atividade da administração pública age no sem o uso do poder coercitivo, visando fornecer apoio e suporte
interesse público ou privado envolve considerar alguns às pessoas em situação de vulnerabilidade.
critérios:

Em resumo, a administração pública pode agir sem seu "ius


1. *Finalidade:* A atividade deve estar alinhada com os imperium" em situações em que a cooperação, a negociação e o
objetivos e metas estabelecidos para o bem-estar da sociedade voluntariado são suficientes para alcançar seus objetivos, sem a
como um todo. necessidade de impor sua autoridade coercitiva.

2. *Transparência:* As ações da administração pública devem Na Constituição da República de Moçambique, os órgãos de


ser claras e públicas, sem favorecer interesses específicos em soberania são fundamentais para a organização e
detrimento do interesse geral. funcionamento do Estado. Aqui está um resumo das funções dos
órgãos de soberania de acordo com a Constituição de
Moçambique:

3. *Imparcialidade:* As decisões devem ser tomadas de forma


imparcial, sem privilegiar indivíduos ou grupos.
1. *Presidente da República:*

- O Presidente da República é o Chefe de Estado e representa a


4. *Legalidade:* A atividade deve estar em conformidade com a unidade nacional.
legislação vigente, respeitando os princípios e normas
estabelecidos. - Suas funções incluem garantir o cumprimento da Constituição,
a defesa da independência nacional e a integridade territorial.

- Ele exerce o poder executivo, sendo responsável pela


5. *Benefício coletivo:* A atividade deve resultar em benefícios nomeação do Primeiro-Ministro e pela designação dos membros
para a sociedade como um todo, e não apenas para determinados do Conselho de Ministros.
grupos ou indivíduos.
- Além disso, o Presidente da República é o Comandante-Chefe
Ao analisar esses critérios, é possível determinar se uma das Forças de Defesa e Segurança.
atividade da administração pública está realmente agindo no
interesse público ou se há influência de interesses privados.

2. *Assembleia da República:*

A administração pública geralmente age com o seu "ius - A Assembleia da República é o órgão legislativo e representa o
imperium", que é o poder coercitivo que lhe é conferido para povo moçambicano.
impor suas decisões e fazer cumprir a lei. No entanto, há
situações em que ela pode agir sem esse poder coercitivo, como: - Suas funções principais incluem a elaboração, revisão e
aprovação de leis, bem como o controlo da atividade
governamental.

1. *Negociações e Acordos:* Quando a administração pública - Os membros da Assembleia da República são eleitos por
está envolvida em negociações ou acordos voluntários com sufrágio universal, direto e secreto, e representam os interesses
outras entidades, sem a necessidade de imposição coercitiva. do povo moçambicano nas questões legislativas e de
fiscalização do governo.
- A Assembleia da República também tem o poder de aprovar o atue de acordo com a lei e dentro dos limites legais
orçamento do Estado e de ratificar tratados internacionais. estabelecidos.

3. *Tribunais:* Quanto às acepções do termo "Administração Pública", a


orgânica refere-se à estrutura e organização dos órgãos estatais
- Os tribunais são responsáveis pela administração da justiça em responsáveis pela administração, enquanto a funcional diz
Moçambique e pela proteção dos direitos e liberdades dos respeito às atividades desempenhadas por esses órgãos.
cidadãos. Elementos distintivos incluem:

- Eles são independentes e imparciais, garantindo o acesso à - Orgânica: Estrutura hierárquica, divisão de competências, e
justiça para todos os cidadãos. órgãos responsáveis pela tomada de decisão.

- O sistema judicial é composto por vários tribunais, incluindo o - Funcional: Atividades como planejamento, execução e controle
Tribunal Supremo, tribunais de recurso, tribunais provinciais e das políticas públicas, regulação e prestação de serviços à
tribunais distritais. sociedade.

- Os tribunais têm o poder de interpretar e aplicar a lei, resolver


litígios e julgar casos criminais e civis de acordo com a
Constituição e as leis de Moçambique. O direito constitucional violado relativamente aos interesses dos
particulares é o direito à propriedade, uma vez que o requerente
Esses órgãos desempenham papéis fundamentais na estrutura do teve seu direito sobre os talhões revogado e está enfrentando
Estado moçambicano, garantindo a separação de poderes e o ocupações ilegais em sua propriedade.
funcionamento democrático do país.

O princípio da legalidade norteia o funcionamento e autuação


do estado e por consequência da administração pública, porém
este princípio pode ser posto em causa restringindo a sua
estabilidade. Encontre os momentos explicando um desses
momentos a sua escolha.

Um exemplo de momento em que o princípio da legalidade pode


ser posto em causa, restringindo sua estabilidade, é quando
ocorrem conflitos entre leis ou quando a interpretação da lei não
é clara.

Por exemplo, em situações em que há ambiguidade ou falta de


clareza na legislação, pode haver dificuldades na aplicação
consistente da lei pelos órgãos da administração pública. Isso
pode levar a interpretações variadas da lei e ações que não estão
em conformidade com os princípios legais, resultando em
incerteza jurídica e instabilidade.

Além disso, mudanças frequentes na legislação ou lacunas legais


também podem desafiar a estabilidade do princípio da
legalidade. Se as leis forem alteradas com frequência ou se
houver falta de regulamentação em áreas importantes, isso pode
criar incerteza sobre quais normas devem ser seguidas pela
administração pública, afetando sua consistência e estabilidade.

Portanto, garantir a clareza, consistência e estabilidade da


legislação é fundamental para preservar o princípio da
legalidade e assegurar o funcionamento adequado e a autuação
correta do Estado e da administração pública.

O princípio do Direito Administrativo violado nesta hipótese é o


princípio da legalidade, que exige que a Administração Pública

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