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BEIRA
2020
RAINITO JOSÉ ANTÓNIO MADEIRA
na Universidade Zambeze,
Orientador:
–––––––––––––––––––––––––––––––––––––
BEIRA
2020
Índice
DEDICATÓRIA...........................................................................................................................i
AGRADECIMENTOS................................................................................................................ii
EPÍGRAFE.................................................................................................................................iii
DECLARAÇÃO.........................................................................................................................iv
RESUMO.....................................................................................................................................v
ABSTRACT................................................................................................................................vi
LISTA DE TABELAS...............................................................................................................vii
LISTA DE GRÁFICOS............................................................................................................viii
LISTA DE FIGURA...................................................................................................................ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS..................................................................................x
CAPITULO I: INTRODUÇÃO...................................................................................................1
1.1 Introdução..............................................................................................................................1
1.2 Justificativa............................................................................................................................2
1.3 Definição de problema...........................................................................................................3
1.4 Objectivos..............................................................................................................................3
1.4.1 Objectivo Geral...................................................................................................................4
1.4.2 Objectivos específicos.........................................................................................................4
1.5 Questões de Pesquisa.............................................................................................................4
1.6 Delimitações do tema.............................................................................................................4
1.6.1. Espacial..............................................................................................................................4
1.6.2 Temporal.............................................................................................................................4
CAPITULO II: REVISÃO DE LITERATURA..........................................................................5
2.1 Introdução..............................................................................................................................5
2.2 Revisão Teórica......................................................................................................................5
2.2.1 Historial de vendas á créditos e seu conceito......................................................................5
2.2.1.1 História e sua origem.......................................................................................................5
2.2.1.2 Vendas á crédito...............................................................................................................5
2.2.2 Gestão de risco....................................................................................................................6
2.2.3 Tipos de Riscos...................................................................................................................7
2.2.4 Importância da gestão de risco dentro de uma empresa......................................................8
2.2.5 Risco de Crédito..................................................................................................................8
2.2.6 Análise de Risco de Crédito................................................................................................9
2.2.6.1 Crédito............................................................................................................................10
2.2.7 Modelos de risco de créditos.............................................................................................12
2.2.8 Política de Crédito.............................................................................................................12
2.2.8.1 Obectivo de uma politica de Crédito..............................................................................13
2.2.8.2 Razões para a implementação de políticas de crédito....................................................14
2.2.8.3 Tipos de Politica de Crédito...........................................................................................15
2.2.8.4 Impacto das politicas de Crédito....................................................................................15
2.2.9 Politica de cobrança de crédito.........................................................................................16
2.2.10 Rácios financeiros usados para análise de crédito..........................................................17
2.2.10.1 Rácios de Liquidez: liquidez geral...............................................................................17
2.2.10.2 Rácios de prazo de segurança de liquidez....................................................................18
2.2.10.3 Rácios de Rotação: rotação de contas á receber...........................................................18
2.2.10.4 Prazo médio de Recebimento.......................................................................................18
2.2.10.5 Prazo médio de Pagamento..........................................................................................19
2.2.10.6 Rácios de Rendibilidade...............................................................................................19
2.3 Revisão de Literatura Empírica.............................................................................................................19
2.3.1 Importância da Gestão de Risco em Portugal...................................................................19
2.3.2 Importância da Gestão de Risco em Brasil.......................................................................20
2.4 Revisão de Literatura Focalizada.........................................................................................21
2.4.1 Importância da Gestão de Risco em Moçambique............................................................21
CAPITULO III: METODOLOGIA...........................................................................................23
3.1 Método de trabalho..............................................................................................................23
3.1.1 Métodos de Pesquisa.........................................................................................................23
3.1.1.1 Quanto á forma de abordagem.......................................................................................23
3.1.1.2 Quanto aos objectivos...................................................................................................24
3.1.1.2.1 Pesquisas exploratórias..............................................................................................24
3.1.1.2.2 Pesquisa descritiva.....................................................................................................24
3.1.1.3 Quanto á procedimentos técnicos..................................................................................24
3.1.2 Técnicas de recolha de dados............................................................................................25
3.2 População e Amostra...........................................................................................................25
3.2.1 População em estudo.........................................................................................................25
3.2.2 Processo de Amostragem..................................................................................................25
3.2.3 Amostra.............................................................................................................................25
3.3. Métodos de apresentação, análise e interpretação de dados...............................................26
i
AGRADECIMENTOS
Agradeço a senhor meu Deus, pelo dom da vida que tem mi concedido, pelas suas obras e
milagres impostas em mim no seu dia- á- dia, por toda sua bênção depositada em minha vida,
pois sem o senhor nada seria realizado, foi por sua graça que tudo se chegou ao fim.
Agradeço ao meu supervisor Mestre Dick Maguengue pela sua disponibilidade em supervisionar
o meu trabalho, pela sua paciência, pela sua sabedoria, sobre tudo pela transmissão do seu
conhecimento durante a execução e orientação da presente Monografia.
Á todos docentes da UZ-FCSH, do curso de Contabilidade e Finanças pelos seus ensinamentos,
pela partilha de conhecimentos durante a sala de aulas.
Agradeço também a toda minha família que contribuíram para a materialização da minha
formação, em especial agradeço a minha irmã Minelcha Madeira pela ajuda financeira e não se
esquecendo também da minha Avo Lucinda Matambo pelo suporte.
É merecido também a minha gratidão ao meu Tio Carlos Matambo de Pina por acreditar no meu
potencial e pelas ideias dadas no meu caminhar.
E por final endereço os meus agradecimentos a todos os meus amigos e colegas da Universidade
nomeadamente: Lucidio Cleófas, Manuel Geraldes, Assomane Andremane, Rashid Artur Fortes,
Afonso de Mateus, Nelson Marcelino, Crispino Basílio Ouanho, Anibal de Casimiro e Victor
Luís Magalhães pelo companheirismo durante a minha formação Académica.
ii
EPÍGRAFE
“Buscai primeiro o reino de Deus e os restos das coisas vos serão acrescentadas”.
Bíblia Sagrada
iii
DECLARAÇÃO
Rainito José António Madeira, estudante do Curso de Contabilidade e Finanças na Faculdade de
Ciências Sociais e Humanidades, por este meio declaro que o trabalho do fim de curso intitulado
Importância da Gestão de Riscos na venda á Crédito: Estudo de caso na Empresa OK
Mobiliário (2015 á 2017), foi por mim preparado, sob a supervisão de Mestre Dick Maguengue
como requisito no cumprimento de culminação.
Declaro ainda que o trabalho não foi submetido anteriormente a qualquer Instituto/ Universidade
para obtenção de qualquer grau ou diploma.
O Autor
___________________________________
O Supervisor
___________________________________
iv
RESUMO
A gestão de riscos tem vindo a ganhar grandes ênfases nas empresas, ela tornou-se uma
ferramenta bastante importante para minimizar os riscos existentes dentro da empresa.
A presente monografia tem como objectivo analisar a importância da gestão de riscos nas vendas
á crédito na empresa OK Mobiliário num período correspondente 2015 á 2017. O problema desta
pesquisa verificou-se nas dificuldades por parte dos clientes no acto de pagamento que se
consideram incobrável de também o pagamento tardio das dividas onde que gera um risco nas
vendas á crédito. Para a materialização do objectivo geral alcançou-se os seguintes objectivos
específicos: Identificar as razões da implementação do sistema de gestão de riscos e as políticas
de crédito usadas na empresa OK Mobiliário, analisar as causas das perdas dos lucros proveninte
na empresa nos ultimos ano da sua venda á crédito e propor as medidas correctas para a gestão
de risco nas vendas á crédito. Na revisão teórica foram feitas debates acerca de conceitos das
vendas a crédito, gestão de riscos, Riscos de crédito, Tipos de riscos, Importância da gestão de
Riscos, Modelos de riscos de crédito, Politicas de concessão de crédito. A metodologia usada na
presente pesquisa quanto a forma de abordagem é qualitativa, quanto ao objectivo é exploratória
e descritiva, quanto ao procedimento técnicos usou-se a pesquisa Bibliográfica e estudo de caso,
a técnica usada para a interpretação de dados da pesquisa foi por meio de um questionário que
foi submetido à empresa OK Mobiliário. A amostra em estudo é gestores de vendas a crédito,
contabilistas, e vendedores Normais. O estudo foi realizado numa empresa de vendas de
Mobiliário, localizada na província de Tete. Depois do estudo concluiu-se que a Gestão de risco
na empresa OK Mobiliário esta sendo implementada, mas não duma forma adequada devido às
dificuldades encaradas na empresa. Desse jeito recomenda-se que a empresa invista mais nas
capacidades de gestão de riscos de modo a ganhar melhorias nas gerências dos riscos e ter um
controlo aos clientes mais adequado e sistematizado.
v
ABSTRACT
Risk management has been gaining major emphasis in companies; it has become a very
important tool to minimize the existing risks within the company.
This monograph aims to analyze the risk management in credit sales al OK Furniture in period
corresponding to 2015 to 2017. The problem of this research was the difficulties faced by
customers in the act of payment that consider themselves unobtainable and also the late payment
of debts where there is a risk in credit sales. In order to materialize the general objective, the
following specific objectives were achieved: Identify the reasons for the implementation of the
risk management system and the credit policies used by OK Furniture, Evaluate the costs and
benefits of the implementation of the credit policy at OK Furniture company furniture, and
propose the right risk management measures for credit sales. In the theoretical review there were
debates about concepts of credit risks, types of risks, importance of risk management, credit risk
models, and credit granting policy. The methodology used in the present research as the
approach is qualitative, the objective is exploratory and descriptive, the technical procedure was
used Bibliographic research and case study, the technique used for the interpretation of research
date was through a questionnaire that was submitted to the company OK Furniture. The sample
under study is credit sales managers, Accountants, Normal salespeople. The study was conducted
at a Furniture sales company located in Tete province. After the study it was concluded that risk
management in OK Furniture is being implemented but not properly due to the difficulties faced
by the company. Thus, it is recommended that the company invest more in risk management
capabilities in order to gain improvements in risk management and have more appropriate and
systematized customer control.
vi
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Número de funcionários Inqueridos.............................................................................29
vii
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Responsável pela Gestão de Riscos na Empresa.........................................................30
viii
LISTA DE FIGURA
ix
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AGR- Análise da Gestão de Riscos
DEFAULT- Incumprimento
x
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1 Introdução
A presente pesquisa tem como tema “Importância da Gestão de risco nas vendas á crédito”.
Este constitui um tema muito importante que se vive na actualidade na vida de muitas empresas,
sobre tudo nas empresas de venda de mobiliária, e elas encontram-se a passar grandes
dificuldades ao nível das suas situações financeiras. As empresas no seu dia-á-dia estão a encarar
esse desafio de modo a reverter esta situação para o lado positivo, visto que existem milhares de
problemas que compactuam para essa baixa nas suas situações financeira.
Feita a análise geral no sentido minimizar o problema em causa, chegou-se a constatar que gerir
os riscos nas vendas a crédito é muito importante na vida das empresas e com esta gerência irá
ajudar a minimizar ou evitar os riscos existentes na origem das empresas de venda de mobiliário.
Também é sabido que todas as empresas de vendas á crédito tende de implementar uma política
de crédito que torna objectiva em viabilizar a concessão de crédito, não existe uma política
padrão para as empresas, cada empresa adopta a sua política de modo a conquistar mais clientes
na aderência das suas vendas.
Para tal segundo Baptista (2004, p.43) diz que “políticas de crédito são regras de condutas
comerciais e financeiras que servem de orientação para a concessão de créditos”.
Esta pesquisa é composta por (5) cinco capítulos, no primeiro capítulo estão patentes a
justificativa do tema, definição de problema, objectivos do estudo, hipóteses, e resultados
esperados. É neste capitulo que serão apresentados o porquê da aplicação deste tema e problema
existênte e as respectivas questões de pesquisa para ajudar a minimizar os problemas existentes.
No segundo capítulo abordou se acerca da revisão da literatura, onde foram feito levantamentos
bibliográficos e debates dos autores acerca das informações que dizem respeito ao tema patente
na pesquisa, nos quais constam conceitos de vendas á créditos, relatando a sua origem e fazendo
um breve histórico, diferença de risco da incerteza e indesejabilidade, conceito de risco de
crédito, tipos de riscos, conceito de gestão de risco, sua importância, fases do processo de
decisão de risco e politicas adoptadas na concessão de crédito.
1
O terceiro capítulo desta pesquisa esta descrita a metodologia de como foi realizada a pesquisa, e
neste caso a pesquisa é exploratória quanto ao Objectivo. Segundo Lakatos & Marconi (2015)
diz que assume, em geral, as formas de pesquisas Bibliográficas e Estudo de Caso.
1.2 Justificativa
A presente pesquisa constitui um tema bastante importante, visto que trata-se de uma situação
vivida na maioria de empresas de vendas de mobiliária. A escolha deste tema pretende trazer
ideias para contribuir na solução dos problemas inerentes de forma a garantir uma boa gestão dos
riscos e fazer evitar o desperdício nas cobranças praticadas nas vendas á créditos da empresa, a
partir desta análise e gestão de risco poderá contribuir para o crescimento das vendas e da
lucratividade da empresa.
No entanto, as empresas no geral têm um propósito que é de melhorar as suas vendas em cada
exercício económico para tal, as empresas de vendas de mobiliário tende de reparar esta situação
com um alto nível de seriedade porque para além de ser importante neste sentido, também irá
contribuir para um sucesso no departamento de venda e criação de um ambiente favorável ao
nível do crescimento dos lucros.
Sob ponto de vista Social, esta pesquisa considera-se importante para as empresa, assim como
para sociedade em geral porque com uma boa gestão de riscos torna-se benéfico para sociedade,
deste jeito a pesquisa irá ajudar vários utentes a lidar-se com os riscos, de modo a minimizar os
riscos e para que não aconteça com grande frequência, visto que ela dificulta a situação
financeira da própria empresa.
Sob ponto de vista Científica, a pesquisa considera-se importânte porque poderá contribuir para
apoiar os estudantes de outras gerações na leitura de modo a obter mais conhecimento acerca da
importância da gestão de risco nas vendas á crédito, também irá contribuir para o enriquecimento
2
da literatura existentes para o uso nas bibliotecas Académicas, servindo como material de
consultas na realização de trabalhos futuros.
Sob ponto de vista pessoal, a pesquisa foi desenvolvida porque terá uma grande relevância na
vida pessoal do pesquisador, contribuindo cada vez mais para o crescimento do conhecimento
acerca da gestão de riscos, visto que pretende-se tardiamente dedicar-se num plano de negócio
em que a sua actividade será praticada por uma venda á crédito.
Sendo de carácter pertinente a análise da gestão de risco nas vendas á crédito para a empresa,
torna-se necessário responder a seguinte questão de partida:
“De que forma a análise da gestão de risco irá contribuir para a minimização dos riscos
financeiros na empresa OK Mobiliário?”
1.4 Objectivos
No que se entende para a materialização da presente pesquisa serão apresentados os objectivos
relacionados á execução da pesquisa:
3
1.4.1 Objectivo Geral
Analisar a importância da gestão de riscos das vendas á créditos na empresa OK Mobiliário.
• Analisar as causas das perdas dos lucros provenientes na empresa nos últimos anos das suas
vendas á créditos.
• Propor as medidas correctas para a gestão de risco nas vendas a crédito na empresa OK
Mobiliário.
1.6.1. Espacial
Para a realização desta pesquisa limitou-se em fazer uma análise da gestão de riscos nas vendas á
créditos, o estudo foi feito numa empresa de venda de mobiliário, designadamente a OK
mobiliário, com domicílio na cidade de Tete, bairro Francisco Manyanga, na Avenida da
Independência.
1.6.2 Temporal
A presente investigação foi feita concretamente num período correspondente a 3 anos, no
intervalo de 2015 á 2017. Em relação a este tempo de actuação foi devido a verificação da maior
constância do problema existente na empresa.
4
CAPITULO II: REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Introdução
Neste presente capítulo serão abordados aspectos relevantes da revisão da literatura teórica,
empirica e focalizada, acerca da gestão de riscos nas vendas á créditos, tais como definições,
conceitos da gestão de riscos e da sua importância para as empresas, tipos de riscos, também
alguns conceitos fornecidos pelos diversos autores de risco de créditos e alguns modelos, noções
básicas acerca de política de cobrança, política de concessão de créditos e por último serão
indicadas algumas importâncias da gestão de riscos descritas dentro e fora do País.
Segundo Ferrando & Mulier (2012) define que venda á crédito é quando existe um atraso entre a
entrega dos bens e serviços e o pagamento do mesmo. Na mesma linha do pensamento do Ross,
Westerfield & Jordan (2013, p.660) afirma que “quando uma empresa vende bens e/ou serviços,
ela pode exigir o pagamento no momento, antes da data da entrega dos mesmos ou permitir
alguns atrasos no pagamento concedendo assim, um crédito”.
Em sob ponto de análise feito de acordo com os conceitos dados acima pode-se chegar a concluir
que Venda á crédito é a entrega de um bem e/ou serviço ao cliente no momento para um
pagamento á um prazo de tempo.
5
2.2.2 Gestão de risco
Gerir o risco tornou-se uma prática muito importante para as empresas, porque o risco tem a sua
existência a partir do momento da abertura da empresa, isto é, podem ocorrer vários riscos desde
o momento da sua instalação. Portanto antes de conhecermos o conceito da gestão de risco temos
que conhecer a noção do risco.
Segundo Cruz (2011, p.30) diz que “Risco é a probabilidade de determinada perda ocorrer”.
Enquanto para o IIA (2004) o Risco é a possibilidade da ocorrência de um evento que tenha um
impacto sobre o alcance de objectivos. De acordo com as ideias acima citadas podemos concluir
que risco é a possibilidade de ocorrer um resultado não desejado segundo os objectivos esperado.
Como já vimos que o risco é uma situação presente desde abertura da empresa, para tal a gestão
desde risco desempenha e assume um papel indispensável e alta responsabilidade na vida das
empresas.
Segundo o Beja (2004) diz que Gestão de Risco é um conjunto de meios utilizados na
identificação, avaliação, e relato de risco empresarial.
Para o COSO (2004, p.4) a “Gestão de risco consiste num processo desenvolvido pela
administração, gestão e outras pessoas, aplicado na definição estratégia ao longo da organização,
desenhado para identificar potenciais eventos que podem afectar a entidade, e gerir os riscos para
níveis aceitáveis, fornecendo uma garantia razoável de que os objectivos da organização serão
alcançados”.
Para além das ideias acima surge uma definição muito pertinente para as organizações na tomada
de decisão e no seu desempenho.
De acordo Cicco (2010) Gestão de risco é desenvolvida como um processo interactivo, que
permite a melhoria contínua da tomada de decisão e do desempenho da organização.
Em todas definições dadas a mais aceitável e inovadora é a linha do pensamento que considera a
Gestão de Risco como o processo que pretende ajudar as organizações a compreender, avaliar e
actuar sobre todos os seus riscos, para aumentar a probabilidade de sucesso e reduzir a de
fracasso (Willsher, 2007).
6
2.2.3 Tipos de Riscos
Segundo a Escola de Risco (2017) existem vários riscos que a empresa pode estar sujeita, neste
caso são:
Segundo Paiva (1997) apud Ramos (2008), o risco de crédito pode ser também dividido em
três subgrupos:
O risco político, quando são aplicadas restrições ao fluxo livre de capitais entre os
agentes que compõe o sistema financeiro tanto nacional como internacional;
O risco do país em relação ao outro, está associado ao risco que uma instituição
financeira que trabalha com clientes estrangeiros poderá incorrer, caso os governos
desses países (estrangeiros) coloquem restrições à saída de fundos para fora;
O risco da falta de pagamento que é basicamente a possibilidade de o cliente faltar
com as suas obrigações.
7
2.2.4 Importância da gestão de risco dentro de uma empresa
Um risco mal administrado é uma ameaça sempre constante: com grandes probabilidades de
gerar custos financeiros, diminuir as margens de operação e tirar a eficiência de toda a empresa
(Escola de Risco, 2017).
Uma das maneiras mais eficazes de evitar isso é exactamente por meio da gestão de risco. O seu
papel cumpre exactamente o papel de maximizar as oportunidades e principalmente minimizar as
ameaças que podem atingir a empresa. É uma forma de administrar com inteligência esse
problema.
Segundo Escola de Risco (2017) as vantagens de uma boa gestão de riscos são:
É importante ressaltar que risco não é a mesma coisa que problema – já que este é um evento
existente, que ocorre no momento e já ameaça directamente a geração de valor envolvida.
Um problema deve ser corrigido ou evitado. Já um risco deve ser administrado. Uma boa gestão
de riscos planeja uma resposta certa para eventos incertos, blindando a empresa de maiores
danos e a deixando pronta para agir ao invés de ser pega de surpresa.
Neste caso este pagamento em uma data futura pode vir causar um risco para a empresa na
expectativa de não cumprimento do cliente.
8
Cauoette at al. (1999, p.1) afirma que “o risco de crédito é a chance de que essa expectativa não
se cumpra. De uma forma detalhada, o risco de crédito pode ser entendido -como a possibilidade
de o credor incorrer em perdas, em razão de as obrigações assumidas pelo tomador não serem
liquidadas nas condições pactuais”. Enquanto Bessis (1998, p.81), define o risco de créditos
sendo “perdas geradas por um evento de default do tomador ou pela deterioração da sua
qualidade de crédito”. Existêm várias situações que podem caracterizar um evento de default de
um tomador. O autor cita como no exemplo o atraso no pagamento de uma obrigação.
Segundo Jorion (1997), o risco de crédito pode ser definido como a perda inesperada decorrente
de erro no processo de avaliação da probabilidade de incumprimento, podendo ser classificado
em dois tipos: (i) risco de crédito específico, associado à ocorrência de não pagamento de um
determinado agente; (ii) risco de crédito sistemático, associado às alterações ocorridas nos níveis
gerais de incumprimento na económia.
Nas organizações que operam com crédito, a análise das informações necessárias para o
deferimento dos limites de seus clientes têm sido uma preocupação constante, por ser a área de
crédito uma parte importante no relacionamento comercial, e também por proporcionar i
incremento dos negócios e o próprio desenvolvimento do País (Silva, 1997)
É muito importante que as empresas tenham políticas de vendas bem definidas de preços, para as
vendas á prazo. Além disso, é fundamental que a política de crédito trilhe no mesmo caminho.
Ou seja, a definição das politicas de crédito tem que se baseia em critérios técnicos e objectivos,
pois a partir do processo de estabilização económica terão, entre outros aspectos,
necessariamente que:
9
Uma das finalidades de crédito em empresas é estar constantemente se adequando as
necessidades dos seus clientes. Por isso, é preciso conhecê-lo detalhadamente quanto á situação
financeira e patrimonial, para oferecer-lhe uma linha de crédito compatível com suas
necessidades de financiamento e capacidade de Amortização.
Nos Bancos: É uma das “pontas” do negócio básico do banco, que é a intermediação financeira.
O banco capta dinheiro com clientes que tem recursos disponíveis e os repassa aos tomadores de
recursos. Seu lucro é obtido com diferença entre oque ele recebe do tomador e quanto ele paga
do aplicador/Investidor.
2.2.6.1 Crédito
Na actualidade as empresas para venderem seus produtos precisam do “crédito” para efectuar as
suas vendas e acaba tendo que enfrentar dificuldades para conceder crédito, por falta de
comprometimentos de alguns não honrando com os seus compromissos o que gera por parte das
empresas retracção nos negócios para poder ter menos prejuízos oque vem reforçar Santos
(2000) “Crédito em finanças, é definido como a modalidade de financiamento destinada a
possibilitar a realização de transacção comerciais entre empresas e seus clientes”. Ainda
complementa Beckman (1949) um dos pioneiros a pesquisar a importância de crédito na
actividade económica “a oferta de crédito por parte das empresas e instituições financeiras deve
ser vista como um importânte recurso estractégico para alcançar a meta principal da
administração financeira, ou seja, a de atender as necessidades de todos os supridores de capital e
agregar valor ao património dos accionistas comuns”.
10
Enquanto Schrickel (1997) conceitua:
Esta análise é baseada, nas principais características do proponente de crédito, que poderão
afectar o seu integral pagamento. Sendo essas características enunciadas por Weston e Brigham,
(Weston, et al., 1996), comummente indicadas como “Os 5 C´s do Crédito”. Compostas por 5
dimensões distintas:
b) Capacidade: Avalia o potencial do cliente para pagar o crédito solicitado. Analisa a taxa de
esforço do cliente, evidenciando se o rácio despesas/receitas permite gerar margem financeira
para o pagamento do crédito.
d) Colateral: Avalia os activos que o cliente coloca à disposição com o objectivo de garantir o
crédito. Nomeadamente a capacidade para oferecer garantias ao empréstimo.
11
2.2.7 Modelos de risco de créditos
Os modelos de riscos de crédito é uma ferramenta que visa mensurarem o risco de tomador e
transacções individuais ou de uma carteira de crédito como um todo. De acordo com Andrade
(2005, p.1) “os modelos de riscos de créditos podem ser classificados em três grupos: modelos
de classificação de risco, modelo estocásticos de risco de crédito, e modelos de risco de
portfolio”.
12
Enquanto que Souza (1988) complementa que:
O estabelecimento de qualquer política de crédito passa, necessariamente, pelo estudo dos quatro
elementos mais importantes que a integram, a saber:
A) A análise dos padrões de crédito: Compreende os requisitos de segurança mínimos que
devem ser atendidos pelos clientes para que se conceda o crédito, além de determinar qual o
montante a ser concedido.
B) Definição de prazos e condições de pagamento: O prazo de concessão de crédito refere-se
ao tempo que os clientes da empresa terão para reembolsa-la pelo fornecimento de bens e
serviços.
C) Descontos financeiros por pagamentos antecipados: O desconto financeiro também se
constitui num dos elementos da política de crédito de uma empresa podendo afectar todas as
variáveis nela envolvidas (vendas, investimento médio de duplicatas a receber, devedores
duvidosos, período médio de recebimento e margens de lucro).
13
decisório de crédito, principalmente no que concerne ao risco. O risco é um factor que está
sempre presente em matéria de crédito, seja em maior ou menor grau. Portanto o resultado da
análise de risco deve ser enquadrado na política de crédito da empresa antes de se tomar a
decisão final.
A decisão de uma política de crédito visa limitar e diversificar o risco de crédito. Esta limitação é
conseguida através da restrição dos montantes de crédito por cliente e da selecção das propostas
de crédito, de acordo com os critérios pré-estabelecidos.
As políticas de crédito podem ser consideradas linhas de orientação que norteiam o processo
decisório de crédito, formuladas com perspectiva de longo prazo. Elas variam de empresa para
empresa e são alteradas em função dos mais diversos factores, como condição do mercado,
eficiência administrativa, liquidez de caixa e entre outros elementos.
Uma delas tem a ver claramente com a possibilidade de aumentarem as vendas. Aliás,
ainda segundo o mesmo autor diz que, «as empresas podem ter incentivos para vender a
crédito, principalmente porque isso pode ajudar a aumentar as suas vendas e,
consequentemente, um resultado com mais rentabilidade» ou o de «estimular as vendas
nos períodos de falta de procura estendendo os prazos de crédito».
Desta razão resultam outras, ou seja, «as vendas a crédito reduzem a assimetria entre
compradores e vendedores, permitindo o alívio do risco moral entre a empresa e o seu
cliente porque permite ao cliente verificar a qualidade dos produtos antes de os pagar.
“Isto é especialmente relevante para os produtos em se que demora mais tempo para se
avaliar a sua qualidade». Neste sentido, «as vendas a crédito são utilizados pelos clientes
como um mecanismo de gerir e controlar a qualidade dos produtos comprados”. Daí que,
«as vendas a crédito podem ajudar as empresas a fortalecer as relações a longo-prazo com
os seus clientes».
14
As vendas a crédito podem ser vistas como um investimento estratégico com o objectivo
de reter os clientes. Neste sentido, as vendas a crédito actua como um sinal para o cliente
que os fornecedores tenham como objectivo o benéfico mútuo da relação comercial de
longo prazo.
Do ponto de vista de investimento, «as vendas a crédito podem gerar proveitos
provenientes de juros implícitos que resultam de pagamentos tardios se o vendedor
praticar um preço superior por vender a crédito”. As empresas devem investir quando
vendem a crédito se NPV (Net Present Value) ou Valor Actual Líquido dos retornos
provenientes dos recebimentos for maior que o NPV sem isso».
As vendas á crédito como «mecanismo de discriminação de preços entre pagamentos a
pronto e pagamentos á crédito».
Política restritiva - no extremo inferior de tolerância ao risco estão as políticas restritivas, que
têm como finalidade primordial minimizar o valor dos incobráveis, através de um processo de
controlo apertado ao longo de todo o ciclo de crédito, desde a concessão até à cobrança.
15
1) Impactos sobre as Receitas
Quando uma empresa vende á crédito haverá um atraso na obtenção das receitas dessas vendas,
uma vez que alguns dos clientes tiram a vantagem do facto de ter que pagar mais tarde. Todavia,
a empresa pode estipular um preço superior quando vende á crédito e pode também aumentar a
quantidade vendida. Pode aumentar as receitas totais por essa via dependendo da elasticidade de
procura/preço.
Para além de a empresa viver com os atrasos na obtenção das receitas quando vende á crédito,
ela incorre nos custos das vendas que são imediatos, ou seja, se a empresa vende a pronto
pagamento ou á crédito, ela terá ainda que adquirir ou produzir as mercadorias e paga-los.
Quando uma empresa vende, ela esta obrigada a encontrar formas de financiar a conta dos
recebimentos. Como resultados, o custo do empréstimo de curto prazo é um factor a ter em conta
decisão de vender á crédito.
Se a empresa vende á crédito, uma percentagem do crédito não será paga e, obviamente, que isso
não acontece quando a empresa vende á pronto pagamento.
Quando a empresa oferece desconto por pagar á pronto como um dos termos do contrato, alguns
clientes escolherão pagar mais cedo para obter os descontos.
16
A política de cobrança abrange os procedimentos utilizados para cobrar as duplicatas á receber
quando do vencimento. Essa política existe para vendas já efectuadas transformem-se em
recebimentos. A eficiência da empresa nesse quesito pode ser avaliada parcialmente observando-
se o nível dos inadimplentes ou incobrável. Esse nível depende não só da política adoptada, mas
também naquela em que se baseio a concessão de crédito. Caso se suponha que o nível de
devedores incobráveis que sugerem em consequências da política da empresa é relativamente
constante, pode-se esperar que um aumento dos dispêndios com as cobranças reduzidas a perda
com incobráveis.
Na análise de Crédito existem várias técnicas servidas para viabilização de rácios financeiros,
uma das técnicas consiste em analisar os rácios que, “são indicadores de desempenho resultantes
de quocientes encontrados entre diversos valores retirados das diferentes rúbricas do balanço, da
demonstração de resultados e de outras informações financeiras, e que permitem avaliar, por
comparação, a eficiência da gestão ao longo do tempo” (Baptista, 2004: 129). O autor acrescenta
que um só rácio, seja de valor superior ou inferior ao padrão, não permitirá concluir sobre o
desempenho empresarial e que uma das formas para medir o risco de forma homogénea é a
associação de determinados conjuntos de rácios que melhor caracterizam uma situação precisa.
Activo Circulante
Liquidez Geral=
Passivo Circulante
O activo circulante é tudo aquilo que a empresa transforma em dinheiro no prazo de um ano e o
passivo circulante aquilo que a empresa tem a pagar nesse período.
Significa que “quanto maior for este rácio maior é a protecção para os credores de curto prazo”
(Baptista, 2004: 130). Este autor acrescenta que o activo circulante e o passivo circulante sobem,
normalmente, com o aumento de actividade e decrescem quando o negócio abranda. Nestas
situações, é recomendável verificar as flutuações do negócio de acordo com as sazonalidades.
17
2.2.10.2 Rácios de prazo de segurança de liquidez
Activo Circulante−Existências
Prazo de segurança de Liquidez=
Despesas Operacionais( Diárias)
O mesmo autor refere que, por sua vez, a rotação de contas a receber mede a eficiência com que
os recursos de uma empresa são utilizados nas cobranças e é obtido pelo quociente das vendas
líquidas e as contas a receber (dívidas de terceiros: curto prazo):
Vendas Liquidas
Rotação de contas á receber =
Contas á receber
Um dos rácios mais importantes não só como informação de um potencial cliente a crédito, como
também para a própria empresa que concede crédito é o prazo médio de recebimentos. É também
conhecido como prazo médio de cobrança e “é o número de dias que, em média, os clientes
demoram a pagar as suas dívidas” (Baptista, 2004: 138):
18
2.2.10.5 Pazo médio de pagamentos
Outro dos rácios sobre os prazos médios não tão menos importante que o anterior é o prazo
médio de pagamentos, que não é mais nem menos que “o número de dias que, em média, uma
empresa demora a pagar as suas dívidas aos seus fornecedores” (Baptista, 2004: 139) e é obtido
da seguinte maneira:
Rácios de rendibilidade são rácios que expressam a “relação entre o resultado (lucro ou prejuízo)
e as vendas ou uma grandeza de capital” (Neves, 2000: 84).
Por sua vez, a rendibilidade líquida das vendas mede “o retorno do volume de vendas” (Batista,
2004: 136) e é dada pelo seguinte:
Resultado L í quido
Rendibilidade Liquidas das vendas=
Vendas Líquidas
Este autor afirma ainda que, se o rácio for menor do que o do mercado, o analista de crédito deve
examinar a demonstração de resultados da empresa e procurar a razão de um retorno inferior ao
esperado e que, após essa análise, talvez se verifique um nível de salários alto em relação aos
parceiros do sector, ou os custos das vendas muito elevados, ou ainda, quaisquer outras razões
que expliquem o desequilíbrio.
Com bases nos estudos feitos por outros pesquisadores fora do país, nesta revisão de literatura
que tem como tema análise da gestão de riscos nas vendas á crédito ressalta informações bastante
pertinentes principalmente em Países que a sua língua oficial é Português.
19
Em Portugal, Vieira (2014) desenvolveu a sua dissertação para obtenção de grau de Mestrado em
2014, no Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa, com o tema “Analise e
Gestão de Riscos”. Tinha como objectivo avaliar os impactos da implementação de uma política
de crédito nas empresas. Quanto a metodologia o Autor usou a pesquisa Qualitativa porque
achou ser mais viável para alcance do seu estudo.
Vieira (2014) ressalta que a Gestão de riscos nas vendas á crédito tem um papel muito
importante, porque o risco está presente em toda e qualquer operação de crédito, pois sempre
existe a possibilidade de que factores inesperados e adversos possam ocorrer e inviabilizar o
cumprimento da obrigação estabelecida em um contrato.
Vieira afirma que Risco de Crédito: está relacionado a possíveis perdas quando um dos
contratantes não honra seus compromissos. Perdas, neste contexto, correspondem aos recursos
que não mais serão recebidos. Pode ser subdivido em:
a) Risco do país: quando o país suspende o pagamento dos recursos devidos às instituições
estrangeiras, como no caso da moratória dos países latino americanos;
b) Risco político: quando existem restrições ao fluxo livre de capitais entre países, estados,
municípios. Pode ser originário de golpes militares, novas políticas económicas, resultados de
novas eleições;
c) Risco da falta de pagamento: quando uma das partes num contrato deixa de honrar os
compromissos assumidos.
Em Brasil, Do Vale (2012) apresentou a sua dissertação para conclusão de curso de Mestrado, no
Instituto Politécnico de Viseu com tema “Gestão de Crédito”, e tinha como objectivo de ajudar e
fundamentar a decisão do gestor e diminuir o risco de crédito, quanto a metodologia usada nesta
pesquisa foi Quantitativa.
Do Vale (2012) inicia o seu estudo abordando que as empresas têm necessidade de uma gestão
de crédito próprio, uma vez que o crédito ajuda a aumentar as vendas e a competividade.
Actualmente existem várias ferramentas e serviços que permitem fazer o controlo de crédito.
20
Para entendermos melhor a utilização destas ferramentas, fez-se uma pesquisa para perceber
como as empresas avaliavam os seus clientes em relação a créditos. De seguida mencionam-se
algumas ferramentas e serviços que poderão ajudar ao gestor de crédito a tomar decisões em
relação à concessão de crédito.
Ainda o mesmo autor mostra a importância da Gestão de risco de crédito, o crédito surge devido
ao cliente necessitar de ter uma relação comercial com a empresa, mas não possuir poder de
compra para tal. Desta forma só consegue efectuar a compra de bens e serviços através de
pagamentos parcelados ou pagamentos feitos posteriormente. As empresas na sua maioria
preferem vender à vista do que a prazo, mas as pressões competitivas forçam-nas a oferecerem
crédito. É dai que torna importante os gestores aplicarem a gestão de riscos de modo a evitar que
haja risco por parte dos clientes no pagamento posterior da divida.
O estudo de Vieira (2014) e Do Vale (2012) tem uma relação e complementaridade, onde que
ficou concluido que o risco está presente em toda e qualquer operação de crédito, e para evitá-lo
devemos criar uma boa gestão de risco para as empresas de modo a não haver diminuições nas
receitas, porque quanto mais haver riscos pode influenciar nas DR’s da Empresa.
Muiambo (2011), abordou na sua pesquisa dando entender a importância da Gestão de Risco,
que crédito associar-se a actividades de risco, as operações de crédito podem gerar inúmeras
facilidades na dinâmica do processo económico em geral na medida em que (i) podem aumentar
21
os níveis de actividades das empresas, (ii) estimulam o consumo dos indivíduos (pessoas físicas)
e (iii) elevam a demanda agregada de uma nação, isto acontece quando a empresa cria uma boa
gestão de riscos financeiros.
Feitos os estudos acima concluiu-se que, tanto na literatura empíricas e nas focalizadas, são
muito úteis para o estudo porque reforçam em descrever acerca da importância da Gestão de
Riscos nas vendas á crédito, existem muitas semelhanças e particularidade em todo mundo.
22
CAPITULO III: METODOLOGIA
Relactivamente a este capítulo que retrata da metodologia usada para a concretização final do
estudo, mostrando os procedimentos usados de modo a obter os resultados definidos, ou seja,
tem a finalidade de descrever os métodos usados para a pesquisa. No entanto iniciou-se com a
descrição do processo de colecta de informação, para a elaboração deste trabalho.
Ainda para Gerharadt & Silveira (2009) “pesquisa qualitativa preocupa-se com o
aprofundamento demais conhecimento e compreensão de um grupo social de uma organização.”
23
3.1.1.2 Quanto aos objectivos
Quanto aos objectivos a pesquisa é exploratória e descritiva.
Este tipo de pesquisa é fundamental para desenvolver uma pesquisa, pois ela baseia-se em
material já elaborado sobre o tema e para ter acesso à informação recorreu-se a várias bibliotecas
sediadas na cidade da Beira para consultas das obras e todo material já elaborado sobre o tema da
pesquisa proposto de modo a sustentar o referencial teórico.
No que concerne ao estudo de caso, Gil (2002), aponta que esta procura o aprofundamento de
uma realidade específica. É basicamente realizada por meio da observação directa das
actividades do grupo estudado e de entrevistas com informantes para captar as explicações e
interpretações do ocorrem naquela realidade.
24
3.1.2 Técnicas de recolha de dados
Questionário é uma série ordenada de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo
informante (Lakatos & Marconi, 2015).
Para a obtenção de dados a pesquisa foi feita por meio de um Questionário, onde foi submetido á
funcionários responsáveis da empresa OK Mobiliário, nomeadamente, os contabilistas, gestores
de vendas a créditos e Vendedores Normais.
Para tal Segundo Lakatos & Marconi (2015), a técnica de amostragem probabilística tem como
característica primordial poder submeter-se a tratamento estatístico, que permite compensar erros
amostrais e outro aspecto relevante para a representatividade e significância da amostra.
Em quanto que segundo o mesmo autor acima diz “o processo de Amostragem não-
probabilística a sua principal característica é a de não fazendo uso de formas aleatórias de
selecção, torna-se impossível a aplicação de fórmulas estatísticas para o cálculo de amostragem.”
3.2.3 Amostra
Lakatos & Marconi (2003, p. 222) amostra é “um subconjunto do universo, a amostra é ser uma
porção ou parcela, convenientemente seleccionada do universo (população).”
25
Para a realização da presente pesquisa, por sua vez foram seleccionadas pessoas conhecedoras da
matéria dentro da empresa de vendas de mobiliária. Neste caso foram 12 pessoas nomeadamente
4 Gestores de vendas á créditos, 3 Contabilistas da empresa e 5 vendedores.
Para apresentação de dados foi utilizado dois pacotes informáticos nomeadamente; Excel e
world por meio de tabelas e gráficos de forma percentual que foram construídos com finalidade
de responder as questões de partida e os objectivos específicos e Geral do trabalho, permitindo
assim chegar-se a conclusões sobre a questão em estudo.
26
CAPITULO IV: ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
4.1. Introdução
Este Capitulo faz uma breve referência acerca do historial da Empresa de acordo com os dados
recolhidos na empresa Ok Mobiliário.
Gestor de Crédito
Departamento de Departamento de
Crédito cobranças
27
Gestor de crédito
O departamento de crédito é dirigido pelo gestor de crédito, que será responsável pelo
planeamento, organização, gestão e controlo de todas as actividades que envolvam o processo de
concessão de crédito e cobrança.
Departamento de crédito
O departamento de crédito é supervisionado por um responsável que tem a seu cargo o
planeamento, organização, gestão e controlo de todos os assuntos que abranjam o processo de
informações, análise e decisão de crédito.
Departamento de cobrança
No que diz respeito ao departamento de cobrança, este é supervisionado por um responsável que
tem a seu cargo o planeamento, organização, gestão e controlo de todas as actividades que
englobam o processo de registo, controlo e cobrança de valores decorrentes das vendas a crédito.
28
Secção das cobranças
Secção das cobranças tem a seu cargo a preparação dos extractos de conta, rotinas de cobrança,
envio de cartas de cobranças, contactos telefónicos, outras acções especiais de cobrança, para
além de controlar as facturas, recibos, notas de crédito e de débito, garantias e outros
documentos.
A secção de cobrança especial ou jurídica terá como principais funções: realização de serviços de
cobrança em casos especiais, realização de cobrança de carácter jurídico nos casos de falência,
preparação de contratos de pagamentos parciais de dívidas e representação da empresa em
processos jurídicos de cobrança.
A secção de registo e controlo terá a responsabilidade sobre a manutenção diária dos registos
individuais de contas a receber, emissão das listagens das antiguidades de saldos, reconciliação
de contas com os clientes e estabelecendo a integração dos pagamentos com as rotinas de
emissão de recibos e dos depósitos bancários de valores.
29
Quanto aos números dos funcionários inqueridos na empresa OK Mobiliário, de acordo com a
tabela 1, mostra que foram inqueridos 4 Gestores de vendas á crédito do departamento de vendas
á crédito, 3 Contabilistas do departamento de Contabilidade, e 5 funcionário de vendas Normais.
Gestores Financeiros
20%
Gestores de
Creditos
80%
30
4.4.3. Avaliação aos clientes antes de conceder a Vendas á Crédito
Gráfico 2:
25%
Sim
Não
75%
Observando o gráfico acima, os dados apurados indicam que 75% dos inqueridos no
departamento de vendas á crédito afirmam que antes de conceder a vendas á crédito aos clientes,
a empresa sim primeiro faz uma avaliação aos clientes de modo a eliminar o nível de riscos no
pagamento das suas vendas, enquanto 25% dos vendedores normais afirmam que a empresa não
faz uma avaliação antes de conceder a vendas á crédito, isso indica que não são em todas
concessão de crédito que a empresa faz uma avaliação aos clientes.
31
4.4.4. Aplicação de um sistema adequado para analisar a gestão de Riscos
Gráfico 3:
10%
Sim
Não
90%
Quanto a Aplicação de um sistema adequado para analisar a gestão de riscos, 90% dos
inqueridos no departamento de vendas á crédito responderam que sim a empresa aplica um
sistema adequado para analisar a gestão de riscos, o que significa que, a empresa OK Mobiliário
esta a caminhar muito bem em termos da Análise da Gestão de Riscos (AGR) visto que a
percentagem esta acima das perspectivas, 10% dos vendedores normais inqueridos responde que
a empresa não aplica um sistema adequado para Analise da Gestão de Riscos (AGR). Para os
inqueridos que responderam que sim a empresa aplica o sistema adequado para gerir o risco
indicam que um dos sistemas aplicados adoptar uma política na concessão de crédito aos
clientes.
32
4.4.5. Política para conceder crédito aos clientes
Gráfico 4:
20%
Sim
Não
80%
Uma questão muito pertinente no que se refere no uso da política para concessão de crédito aos
clientes. Quando questionados se a empresa usa alguma política para conceder crédito aos
clientes, 80% dos inqueridos no departamento de vendas á crédio tiveram ousadia de responder
que sim a empresa usa alguma política e 20% vendedores afirmaram que não. Tendo em conta a
análise percentual dos inqueridos podemos afirmar que a empresa encontra-se num bom
caminho, mas alguns inqueridos acreditam que a empresa deve melhorar um pouco mais das suas
políticas ao conceder crédito aos clientes. Segundo os inqueridos que responderam que sim
dizem que uma das políticas adoptadas pela empresa é de conhecer detalhadamente a situação
financeira e patrimonial (SFP) dos clientes. Neste caso a empresa encontra-se a usar umas das
melhores políticas na concessão de crédito, visto que só conhecendo a situação financeira e
Patrimonial (SFP) dos clientes, a empresa terá uma linha de concessão de crédito comparável
segundo as necessidades de financiamento e capacidade de Amortização dos clientes.
33
4.4.6. Compromissos no acto de pagamento das dívidas
Gráfico 5:
11%
67%
34
4.4.7. Avaliação dos riscos antes e depois da implementação da gestão de
riscos
Tabela 2:
De acordo a tabela 2 acima mostra que com a implementação da gestão de riscos na empresa OK
Mobiliário contribui bastante na minimização dos riscos inerentes, visto que 58% dos inqueridos
responderam que com a implementação da gestão de riscos houve grandes melhorias para a
empresa.
Em relação a esta questão, os questionados responderam de forma diferente nas escritas, mas
com coincidências nos seus ideais, em tudo indicou que as razões foram no crescimento
consecutivos dos riscos nas vendas á crédito que gerava anualmente, dai a empresa tomou a
iniciativa de implementar uma gestão de riscos de modo a reverter o cenário.
Esta questão foi respondida por Gestor responsável de crédito, afirmou que sim suportou um
custo. O mesmo respondeu que os custos suportados foram custos financeiros.
35
4.4.10. Quais foram os benefícios que trouxeram a implementação da política
de crédito?
36
CAPITULO V: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
5.1 Introdução
Neste capítulo foram deixadas de uma forma clara e resumida, acerca de algumas conclusões e
recomendações que irá servir de bússola para os futuros pesquisadores, e também irá servir de
grande importância para a empresa em estudo.
5.2 Conclusão
Mediante a pesquisa em causa, o pesquisador considera ter atingido os seus objectivos gerais,
assim como específicos, bem respondidas as perguntas de pesquisa. Nesta presente pesquisa, o
pesquisador como tendência principal procurou analisar a gestão de risco nas vendas a crédito na
empresa OK Mobiliário que esta possui um papel bastante pertinente dentro da empresa sobre
tudo no departamento de vendas a crédito, porque esta empresa precisa de gerir os riscos de uma
forma minuciosa de modo a não cair nas tentativas dos riscos financeiros causados pelos clientes.
Quanto ao segundo objectivo específico, concluiu-se que as causas das perdas dos lucros
proveniente na empresa nos últimos anos da venda a crédito foi devido a vários casos notados na
empresa, onde a mais constante foi por parte de alguns clientes terem levado mercadorias a
crédito e não efectuarem o pagamento do mesmo a tempo por falta de dinheiro e até outros por
não cumprirem definitivamente com o pagamento.
Em relação ao terceiro e último objectivo específico, quanto à proposta das medidas correctas
para gestão de risco nas vendas á crédito, propõe-se que a empresa deve contratar mais
profissionais ligados a área de gestão de riscos com objectivo de aplicarem uma política
adequada na cedência de uma venda a crédito, seja umas das política é ceder a venda aos clientes
que no mínimo tenha um compromisso com as empresas seguradoras.
37
5.3 Recomendações
Pela pesquisa desenvolvida chegou-se a constatar que analisar a gestão de risco na venda a
crédito é bastante importante dentro de uma empresa de vendas, para tal deixa-se seguintes
recomendações:
Que a empresa deve contratar mais profissionais ligados na área de gestão de risco para
dar o suporte aos profissionais já existente na empresa, porque pode contribuir na
melhoria da gerência de vendas a crédito.
Que a empresa crie um departamento de análise e avaliação do desempenho aos Gestores
de vendas á crédito.
Que a empresa invista mais nas capacidades de gestão de riscos de modo a ganhar
melhorias nas gerências dos riscos e ter um controlo aos clientes mais adequado e
sistematizado.
Ao departamento de vendas á crédito deve procurar possuir um sistema electrónico mais
adequado para o controle dos clientes, que vai dar a conhecer directamente o local do
trabalho e o nível salarial dos clientes.
Aos futuros pesquisadores recomenda-se que explorassem a pesquisa de uma forma mais
delicada e suave, porque esta constitui um tema bastante importante. Ainda recomenda-se
aos futuros pesquisadores si possível, fazer tornar o tema mais amplo de modo a
enriquecer mais gerações pesquisadoras.
38
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Assaf Neto, A.,& Silva, C.A.T. (1997) Administração do Capital de Giro. 2ª Ed. São Paulo:
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Cicco, F. (2010). Dos Riscos “Negativos” aos Riscos “Positivos”. Obtidos em 22 de Março de
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Gerhardt, T. E., & Silveira, D. T.,(2009) Métodos de Pesquisas. 1ª Ed. Ufgs Editora.
39
Gitman, L.J. (2002). Princípios de Administração Financeira. 7ª Ed. São Paulo: Harbra Ltda
Gil, C. A. (2002). Como Elaborar Projecto de Pesquisa.4ª Ed. São Paulo: Atlas
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Jucius, M. J., & Schlender, W. E., (1979). Introdução á Administração. São Paulo: Atlas
Lakatos, E. M.,& Marconi, M. A. (2015). Metodologia do trabalho científico. 7ª Ed. São Paulo:
Atlas.
Neves, João Carvalho das (2000). Análise Financeira: Técnicas Fundamentais. 12ª ed. Lisboa:
Texto Editora. ISBN 972-47-1666-X
Silva, J. P. (2003). Gestão e análise de risco de crédito. 4ª Ed. São Paulo: Atlas.
Sousa, Dalva Inês et. Al. (2013). Manual de orientações para projectos de pesquisa, Novo
Hamburgo.
40
Apêndices
41
Questionário de pesquisa para a Empresa OK Mobiliário
Secção I
Assinale com X dentro de parênteses as respostas que forem pertinentes e responda de uma
forma clara.
1. Dimensão da Empresa
Micro ( ) Pequena( ) Média ( ) Grande ( )
42
Secção II
Dados de pesquisa
3. A empresa faz uma avaliação aos clientes antes de conceder a venda á crédito?
Sim ( ) Não ( ) De vezes ( )
5. Caso a resposta acima for sim, qual é o sistema que a empresa usa para analisar e
gerir riscos?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
43
7. Caso a resposta acima for sim, quais são as politicas adoptadas pela empresa?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
44
11. Se a resposta acima for sim, quais foram esses custos e/ou benefícios?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
Fim!!!
45