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Patologia e Genética

Molecular
Estômago
Estômago
• Primeira e segunda linha de defesa contra agentes patogénicos provenientes da
comida.
• Microambiente ácido
• Camada mucosa
• Monocamada epitelial apertada
• Tecido altamente irrigado – imune surveilance

• Na fossa gástrica (istmo) -> células pluripotentes que dão origem a células produtoras de
muco

• Estomago -> sistema aberto sempre exposto a agentes externos. Altamente suscetível a
doença
• Doenças funcionais (função comprometida sem lesão visível)
Aguda ou crónica
• Doenças estruturais (lesão que leva a perda de função)
Estômago
• Cancro gástrico
• Heterogéneo e multifatorial
• Progressão rápida
• Diagnostico difícil
• Alta morbilidade e mortalidade
• Progressão
• Epitélio normal → gastrite crónica → gastrite atrófica → metaplasia intestinal → displasia
→ adenocarcinoma
• Fatores de risco
• Alimentação (ainda não provado)
• Infeção por HP – leva a stress nas células epiteliais e a alterações moleculares
Estômago
• Classificação
• A maioria são adenocarcinoma (90-95%)
Surgiu da abordagem clínica, para orientar de forma personalizada
• Classificação molecular do TCGA o tratamento no paciente consoante o perfil da doença
• MSI, EBV+, GS, CIN
WHO LAURÈN
Adenocarcinoma papilar
Adenocarcinoma tubular Tipo intestinal
Adenocarcinoma mucinoso
Adenocarcinoma não coesivo Tipo difuso
Adenocarcinoma misto Tipo intermédio

Vantagem: unificação histopatológica Vantagem: integra fatores de prognostico


do padrão histológico e todos os e clinicopatologicos
tumores digestivos
Classificação de Laurèn Estômago
• Tipo intestinal
• Menos agressivo de células diferenciadas que forma estruturas tubulares ou papilares
• Carcinomas in situ, com massa compacta, bem localizada, que consegue permear as
várias camadas até à camada luminal (visível na endoscopia).
• Metastiza para o fígado
• Tipo difuso
• Mais agressivo, caracterizado pela perda de coesão das células (perda da e-caderina
gene:CDH1)
• A perda do primeiro alelo inicia a transição mas necessita do 2º hit (perda total do CDH1) para haver
total transformação do epitélio – células em anel de sinete –> começam por invadir a lâmina própria
(ainda benigno)

Diferença entre tipo intestinal e difuso:


O difuso é mais difícil de diagnosticar porque faz lesões indolentes multifocais que
podem regredir e a lesão não fica visível na camada luminal pela endoscopia.
Estômago
• Cancro gástrico difuso hereditário
• Mutações germinativas no CDH1
• Autossómico dominante
• Afeta estômago (tipo difuso CGD) e mama (cancro de mama lobular LBC)
• Estudo familiar -> processo de vigilância contínuo
• Critérios:
• Pelo menos 2 indivíduos com CG, um deles com CGD em qualquer idade
• 1 com CGD <40 anos
• Histórico pessoal ou familiar de CGD ou LBC, um deles com <50 anos
• Vigilância:
• Ressonância magnética funciona muito bem para LBC
• Endoscopia falha em 50% dos CGD -> por isto é recomendado fazer gastrectomia total
profilática
Estômago
• Assinatura de marcadores em fase assintomática da doença (para evitar a gastrectomia)
• Organ-on-a-chip – replicaram o estômago dos pacientes para estudar
• Objetivo: identificar os indivíduos com alto risco (para seguirem para gastrectomia) e baixo risco (ficam
em vigilância)

1 - Que nome é dado ao último estadio da patogénese do CG?


Adenocarcinoma
2 - Na classificação de Laurèn os cancros gástricos são divididos em que tipos?
Intestinal, difuso e intermédio
3 – Qual é a fração de cancros gástricos que tem agregação familiar?
10%
4 – Qual é o espetro fenotípico de HDGC associado a CDH1?
Carcinoma lobular da mama e cancro gástrico difuso

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