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Universidade Aberta Isced (UnISCED)

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas


Curso de Licenciatura em Administração Pública

A INVESTIGAÇÃO COMO FORMA DE CONHECIMENTO E A


INVESTIGAÇÃO/ACÇÃO PERSPECTIVADA COMO FORMA DE RESOLVER
PROBLEMAS

Fernanda Isabel José: 81241015


Nampula, Março, 2024
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Universidade Aberta Isced (UnISCED)


Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Curso de Licenciatura em Administração Pública

A INVESTIGAÇÃO COMO FORMA DE CONHECIMENTO E A


INVESTIGAÇÃO/ACÇÃO PERSPECTIVADA COMO FORMA DE RESOLVER
PROBLEMAS

Trabalho de caracter avaliativo,


desenvolvimento no Campo a ser submetido
na coordenação do Curso de Licenciatura de
Administração Pública da ISCED.

Tutores:

Fernanda Isabel José: 81241015


Nampula, Março, 2024
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Índice

Introdução ........................................................................................................................................ 4

Objectivos ........................................................................................................................................ 4

Geral ................................................................................................................................................ 4

Específicos ....................................................................................................................................... 4

Metodologia ..................................................................................................................................... 4

Os paradigmas do processo educativo e seu enquadramento no ensino universitário .................... 5

A estruturação lógica de um trabalho de pesquisa científica........................................................... 6

Componentes pré-textuais ............................................................................................................... 6

Componentes textuais ...................................................................................................................... 7

Componentes pós-textuais ............................................................................................................... 8

Conclusão ...................................................................................................................................... 10

Bibliografia .................................................................................................................................... 11
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Introdução

A pesquisa científica desempenha um papel crucial na busca pelo conhecimento e na resolução de


problemas em diversas áreas do conhecimento. No contexto académico e educacional, a
investigação desempenha um papel fundamental na geração de novos insights, no avanço das
teorias existentes e na melhoria das práticas educativas.

A investigação como forma de conhecimento permite explorar questões complexas, analisar


fenómenos e buscar respostas embasadas em evidências. Ela desafia pressupostos, conduz
experimentos e analisa dados para melhor compreender e explicar a realidade que nos cerca.
Através da investigação, é possível avançar no conhecimento científico, identificar lacunas e
propor soluções inovadoras.

Objectivos

Geral

 Apresentar a investigação como forma de conhecimento e a investigação/acção


perspectivada como forma de resolver problemas

Específicos

 Descrever os paradigmas do processo educativo e seu enquadramento no ensino


Universitário.
 Caracterizar a estruturação logica de um trabalho de pesquisa científica;

Metodologia

A elaboração deste trabalho obedeceu uma pesquisa bibliográfica que consiste no uso de manuais,
artigos científicos, revistas, jornais e uso da internet.
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Os paradigmas do processo educativo e seu enquadramento no ensino universitário

De acordo com Saviani, D. (2007) “Existem diferentes paradigmas que influenciam o processo
educativo, e cada um deles tem uma abordagem única em relação ao conhecimento e à forma como
ele é adquirido e transmitido. No contexto do ensino universitário, é importante compreender esses
paradigmas e como eles se enquadram na prática educativa”. Este autor destaca como principais
paradigmas do processo educativo os seguintes:

Paradigma Tradicional: Esse paradigma se baseia em uma abordagem de ensino centrada no


professor, em que o conhecimento é transmitido de forma unidireccional, com foco na
memorização e reprodução de informações. O professor é visto como a autoridade e detentor do
conhecimento, enquanto os alunos são considerados receptores passivos. Esse paradigma é
amplamente criticado por limitar a participação e o pensamento crítico dos alunos.

Paradigma Comportamentalista: Esse paradigma se concentra nas mudanças observáveis no


comportamento dos alunos como resultado do processo educativo. Ele enfatiza a aprendizagem
baseada em estímulos e respostas, com ênfase na repetição e no condicionamento. O ensino é
estruturado de forma a reforçar comportamentos desejados e eliminar os indesejados. No entanto,
críticas a esse paradigma apontam sua falta de consideração pela compreensão e pela aplicação do
conhecimento.

Paradigma Construtivista: Esse paradigma enfatiza a construção ativa do conhecimento pelo


aluno. Ele reconhece que os estudantes trazem suas próprias experiências, conhecimentos prévios
e perspectivas para o processo educativo. A aprendizagem é vista como um processo ativo, no qual
os alunos interagem com o ambiente e constroem significados. Os professores desempenham o
papel de facilitadores e mediadores nesse processo.

Paradigma Socioconstrutivista: Esse paradigma vai além do construtivismo individual,


reconhecendo a importância do contexto social e cultural na construção do conhecimento. Ele
enfatiza a interacção entre os alunos e a colaboração na construção de significados. O
conhecimento é visto como um produto socialmente construído, e o ensino é orientado para a
participação ativa, a discussão e a resolução de problemas em grupo.

No ensino universitário, é importante considerar esses diferentes paradigmas e adoptar abordagens


pedagógicas que promovam a participação activa dos alunos, o pensamento crítico, a reflexão e a
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aplicação prática do conhecimento. Muitas instituições de ensino superior estão buscando uma
abordagem mais construtivista e socioconstrutivista, que valoriza a interacção entre os alunos, a
pesquisa e a resolução de problemas reais.

A estruturação lógica de um trabalho de pesquisa científica

Conforme Lakatos & Marconi (2017) “Um trabalho de pesquisa científica deve seguir uma
estrutura lógica e organizada para comunicar efectivamente os resultados da pesquisa. Os
elementos obrigatórios podem variar dependendo da área de estudo e das directrizes específicas da
instituição ou periódico”.

Componentes pré-textuais

Para Gil (2002) os componentes pré-textuais são componentes que antecedem o início do conteúdo
principal de um trabalho académico ou científico. Esses componentes são importantes para
fornecer informações contextuais sobre o trabalho e estabelecer sua identificação e organização.
Alguns elementos pré-textuais comuns incluem:

Capa (obrigatório): A capa é a página inicial do trabalho e geralmente contém informações como
o título do trabalho, o nome da instituição, o nome do autor, o local e a data de apresentação.

Folha de rosto (obrigatório): A folha de rosto segue imediatamente após a capa e apresenta
informações essenciais, como o título do trabalho, o nome do autor, o nome da instituição, o grau
académico pretendido, o nome do orientador, entre outros. É uma página mais formal e inclui
informações mais detalhadas do que a capa.

Resumo na língua vernácula (obrigatório): O resumo na língua vernácula (geralmente em


português) é uma versão concisa do resumo que se encontra no início do trabalho. Ele fornece uma
visão geral dos principais pontos do trabalho, incluindo o problema de pesquisa, os objectivos, a
metodologia e os resultados.

Resumo em língua estrangeira (obrigatório): Em alguns casos, é necessário incluir um resumo


do trabalho em uma língua estrangeira, como o inglês. Esse resumo serve para permitir que leitores
de outras nacionalidades compreendam o conteúdo do trabalho.
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Índice (obrigatório): O índice lista os títulos e subtítulos das seções do trabalho, juntamente com
as respectivas páginas. Ele facilita a localização rápida e a navegação pelo conteúdo do trabalho.

Lista de figuras, tabelas, abreviaturas e siglas (obrigatório): Se o trabalho contiver figuras,


tabelas, abreviaturas ou siglas, é comum incluir listas separadas para cada um desses elementos,
fornecendo seus respectivos títulos ou descrições e as páginas em que aparecem.

Lista de símbolos: Se o trabalho utilizar símbolos especiais ou notações matemáticas, pode ser
necessário incluir uma lista de símbolos, explicando o significado de cada um deles.

Agradecimentos (opcional)

Esses são alguns dos componentes pré-textuais mais comuns encontrados em trabalhos académicos
e científicos. No entanto, as directrizes e normas específicas podem variar dependendo da
instituição ou revista científica em que o trabalho será submetido. É essencial consultar as
directrizes específicas para garantir a inclusão correcta e adequada dos elementos pré-textuais
exigidos.

Componentes textuais

Severino (2016) define os componentes textuais como a parte principal de um trabalho académico
ou científico, onde o conteúdo é desenvolvido e apresentado de maneira estruturada e organizada.
Esses elementos textuais podem variar dependendo do tipo de trabalho e das directrizes específicas,
mas alguns elementos comuns incluem:

Introdução: A introdução é o início do trabalho, onde o tema é apresentado e contextualizado.


Nessa seção, é comum fazer uma revisão da literatura existente sobre o assunto, destacar a
relevância do tema e apresentar o problema de pesquisa, os objectivos e as questões a serem
abordadas.

Revisão da literatura: A revisão da literatura é uma parte fundamental de muitos trabalhos


académicos. Nessa seção, são apresentados estudos, teorias e pesquisas anteriores relevantes para
o tema em questão. O objectivo é fornecer um panorama do conhecimento existente sobre o assunto
e identificar as lacunas que o trabalho pretende preencher.
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Metodologia: A seção de metodologia descreve os procedimentos e métodos utilizados na


realização da pesquisa. Isso inclui informações sobre o tipo de pesquisa, a abordagem
metodológica, os participantes (se houver), os instrumentos de colecta de dados, os procedimentos
de amostragem e a análise dos dados. É importante fornecer detalhes suficientes para que outros
pesquisadores possam reproduzir o estudo.

Resultados: Nessa seção, os resultados da pesquisa são apresentados de forma clara e objectiva.
Isso pode incluir tabelas, gráficos, estatísticas ou outros recursos visuais para ilustrar e auxiliar na
compreensão dos resultados. Os resultados devem ser relacionados aos objectivos e às questões de
pesquisa estabelecidos anteriormente.

Discussão: A discussão é o momento em que os resultados são interpretados e analisados à luz da


literatura existente. Os achados são comparados e contrastados com estudos anteriores, e suas
implicações teóricas e práticas são discutidas. Também é importante abordar as limitações do
estudo e possíveis direcções para pesquisas futuras.

Conclusão: A conclusão resume os principais pontos do trabalho, reafirma os resultados


alcançados e responde às questões de pesquisa. É um momento para destacar as contribuições do
estudo, suas limitações e as possíveis aplicações práticas dos resultados.

Esses são alguns dos componentes textuais comuns encontrados em trabalhos académicos e
científicos. É importante seguir as directrizes específicas da instituição ou da revista científica em
que o trabalho será submetido, adaptando a estrutura e a organização de acordo com as normas
aceitas na área de estudo.

Componentes pós-textuais

Para Lakatos & Marconi (2017) os componentes pós-textuais são componentes que vêm após a
conclusão do conteúdo principal de um trabalho académico ou científico. Eles servem para
complementar e fornecer informações adicionais sobre o trabalho, bem como para facilitar a
referência e a consulta do leitor. Alguns elementos pós-textuais comuns são:

Referências bibliográficas: A lista de referências bibliográficas é uma seção obrigatória em um


trabalho académico. Nela, são listadas todas as fontes bibliográficas citadas ao longo do texto,
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seguindo um formato de citação específico (como APA, MLA, ABNT, entre outros). As referências
devem ser organizadas em ordem alfabética pelo sobrenome do autor.

Glossário: O glossário é uma seção opcional que contém definições de termos técnicos, específicos
do tema abordado no trabalho. Ele permite ao leitor compreender melhor o significado de palavras
ou conceitos que possam ser menos familiares.

Apêndices: Os apêndices são seções opcionais que contêm informações suplementares relevantes
para o trabalho, mas que não são essenciais para a compreensão do conteúdo principal. Podem
incluir tabelas, gráficos, questionários, entrevistas, documentos adicionais, entre outros.

Anexos: Os anexos são semelhantes aos apêndices, mas contêm materiais que foram elaborados
pelo autor do trabalho e que são essenciais para a compreensão completa do conteúdo. Isso pode
incluir questionários, formulários, amostras de dados, imagens, entre outros.

Bibliografia complementar: A bibliografia complementar é uma lista opcional de obras que o


autor considera relevantes para o tema, mas que não foram citadas directamente no texto. Essa
seção permite ao leitor explorar mais a fundo o assunto do trabalho, caso tenha interesse.

Errata: A errata é uma lista de correcções ou alterações importantes a serem feitas no trabalho,
caso erros sejam encontrados após a publicação ou submissão.

Esses são alguns dos componentes pós-textuais mais comuns encontrados em trabalhos académicos
e científicos. É importante ressaltar que a presença e a ordem desses elementos podem variar
dependendo das directrizes específicas da instituição ou da revista científica em que o trabalho será
submetido. É fundamental consultar as normas e directrizes aplicáveis para garantir a inclusão
correcta e adequada dos elementos pós-textuais exigidos.
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Conclusão

A investigação como forma de conhecimento e a investigação/acção perspectivada como forma de


resolver problemas desempenham um papel fundamental na busca por soluções e avanços
significativos no campo educacional e académico. Ao analisar os paradigmas do processo
educativo no ensino universitário, é essencial reconhecer a importância de equilibrar abordagens
tradicionais e construtivistas, permitindo que os alunos sejam participantes activos na construção
do conhecimento.

A investigação/acção perspectivada surge como uma metodologia valiosa, integrando a


investigação científica à prática profissional para resolver problemas específicos. Essa abordagem
incentiva a interacção entre teoria e prática, permitindo que profissionais desenvolvam soluções
baseadas em evidências e contribuam para melhorias concretas em seus contextos de actuação.

Quanto à estruturação lógica de um trabalho de pesquisa científica, é crucial seguir uma


organização clara e coerente que inclua elementos obrigatórios. A introdução estabelece o contexto
do estudo, apresentando o problema e os objectivos de pesquisa. A revisão da literatura fornece
uma base teórica sólida para o estudo, contextualizando o tema e identificando lacunas a serem
preenchidas. A metodologia descreve detalhadamente os procedimentos adotados para a coleta e
análise dos dados, garantindo a validade e a confiabilidade do estudo. Os resultados apresentam os
achados obtidos, enquanto a discussão interpreta esses resultados à luz da literatura existente,
oferecendo insights e respostas às questões de pesquisa.

Ao aderir a essa estrutura, os pesquisadores asseguram que seu trabalho seja compreensível,
replicável e contribua para o avanço da área de estudo. Respeitar as normas e diretrizes específicas
de cada campo é essencial para manter a qualidade e a validade da pesquisa.
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Bibliografia

Gil, A. C. (2002). Como elaborar projectos de pesquisa. Atlas.

Libânio, J. C. (2013). Democratização da escola pública: a pedagogia crítico-social dos


conteúdos. Loyola.

Lakatos, E. M., & Marconi, M. A. (2017). Metodologia do trabalho científico. Atlas.

Saviani, D. (2007). Escola e democracia: Teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre
educação e política. Autores Associados.

Severino, A. J. (2016). Metodologia do trabalho científico. Cortez Editora.

Silva, T. T. (1999). Documentos de identidade: Uma introdução às teorias do currículo. Autores


Associados.

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