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Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Ciências Sociais e Politicas


Licenciatura em Contabilidade e Auditoria

Análise das Praticas de Sonegação Fiscal no Retardo do Desenvolvimento Local: Estudo da


Autarquia da Cidade de Quelimane – (2022-2023)

Proponente
Emerson António Raimundo

Quelimane, Agosto de 2023


Análise das Praticas de Sonegação Fiscal no Retardo do Desenvolvimento Local: Estudo da
Autarquia da Cidade de Quelimane – (2022-2023)

Proponente: Emerson António Raimundo

Monografia cientifico a ser entregue na Faculdade de


Ciências Sociais e Politica da Universidade Católica de
Moçambique, como requisito para obtenção do grau de
Licenciatura em Contabilidade e Auditoria.

Supervisora: MA. Maria dos Anjos

Quelimane, Agosto de 2023


Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO.............................................................................................................3

1.1. Introdução.......................................................................................................................................3

1.2. Problematização..............................................................................................................................4

1.3. Objectivos.......................................................................................................................................5

1.3.1. Objectivo geral.............................................................................................................................5

1.3.2. Objectivos Específicos.................................................................................................................5

1.4. Justificativa.....................................................................................................................................5

1.5. Relevância da Pesquisa...................................................................................................................5

1.6. Questões de pesquisa......................................................................................................................6

1.7. Delimitação do tema.......................................................................................................................6

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...............................................................................7

2.1. Conceitos básicos............................................................................................................................7

2.1.1. Conceitos do imposto..................................................................................................................7

2.2. Objectivos dos impostos e das politicas tributárias........................................................................8

2.3. Tipos de Imposto............................................................................................................................9

2.3.1. Imposto Sobre Valor Acrescentado...........................................................................................11

2.3.2. Incidência Real..........................................................................................................................12

2.3.3. Emissão de facturas ou documentos equivalentes.....................................................................12

2.3.4. Dispensa da Facturação.............................................................................................................12

2.4. Regimes de Tributação.................................................................................................................13

2.4.1. Regime Normal..........................................................................................................................13

2.4.2 Regime Simplificado..................................................................................................................13

2.4.3. Regime de Isenção.....................................................................................................................13

2.5. Evasão Fiscal................................................................................................................................14

2.6. Aspectos legais da sonegação fiscal.............................................................................................14


2.7. Tipos de Evasão Fiscal.................................................................................................................16

2.7.1. Evasão fiscal omissiva imprópria..............................................................................................16

2.7.2. Evasão Fiscal Omissiva por Inacção.........................................................................................16

2.7.3. Evasão fiscal comissiva.............................................................................................................17

2.8. Principais teorias...........................................................................................................................17

2.9. Estudos Empíricos........................................................................................................................19

2.10. Estudos Focalizados....................................................................................................................20

CAPITULO III: METODOLÓGIA.....................................................................................................22

3.1. Classificação da Pesquisa.............................................................................................................22

3.2. Universo e amostra.......................................................................................................................23

3.3. Tipo de Amostragem....................................................................................................................23

3.4.Técnicas e instrumentos de colecta de dados................................................................................24

3.5. Técnicas e Instrumento e Análise e Validação dos Dados...........................................................25

3.6. Limitações do estudo....................................................................................................................26

3.7. Aspectos Éticos.............................................................................................................................26

3.8. Resultados Esperados...................................................................................................................26

3.9. Cronograma de actividade............................................................................................................26

3.10. Orçamento.................................................................................................................................27

Referências bibliográficas...................................................................................................................28
CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Introdução
A sonegação fiscal se apresenta como um grave problema no nosso país, que vem acarretando um
grande prejuízo para os cofres públicos concretamente no cofre que responde pela tutela local
influenciando no retardo do desenvolvimento das autarquias de qualquer pais. No entanto, apesar de
constituir-se crime já previsto em lei, a sonegação fiscal tem sido praticado constante por muitos,
como também entre muitos contribuintes comerciais.

A presente pesquisa subordina-se ao tema “Análise das Praticas de Sonegação Fiscal no Retardo
do Desenvolvimento Local: Estudo da Autarquia da Cidade de Quelimaneˮ objectivou analisar
as práticas de sonegação fiscal da autarquia da cidade de Quelimane com vista a propor acções de
intervenção de modo a reduzir esta prática na área em estudo. Portanto, esta temática enquadra-se
nos estudos Finanças Públicas, cujo alicerce está consubstanciado no processo da descentralização
fiscal iniciado há mais de duas décadas em Moçambique.

Nesta pesquisa, adopta-se o termo sonegação fiscal para referir ao grau em que os munícipes
comerciais não exercem seus direitos em relação ao pagamento de receitas de modo a entidade
cobradora alcance as previsões em termos de receita anual do seu orçamento. Neste caso, bom
desempenho tributário e ausência de sonegação fiscal demonstra o desenvolvimento de qualquer
autarquia, pese embora as autarquias locais sobrevivem de receitas que as compete cobrar de modo a
alavancar o desenvolvimento local.

A realização desta pesquisa é relativamente importante, considerando que a criação de autarquias


locais em Moçambique operam de forma gradual e que a sua boa governação depende em grande
medida de um bom nível de tributação, aliás, esta pesquisa procurará não só identificar as
fragilidades, mas acima de tudo, apresentar sugestões para o aumento das receitas e combater estas
praticas.

Para melhor percepção do estudo, de salientar que o trabalho esta estruturado de seguinte forma, no
primeiro capitulo esta patente as notas introdutórias do trabalho sendo ele composto por introdução,
problematização, objectivos, justificativas e significância ou relevância do estudo, perguntas de
pesquisa e a delimitação do estudo, no segundo esta patente a revisão bibliográfica do estudo, no
terceiro esta delineado os procedimentos metodológico terminando com uma referência
bibliográfica.
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1.2. Problematização
A Constituição da República de Moçambique de 1990 é considerada a base legal que determinou a
autarcização do país, ao introduzir o poder local. Contudo, este fenómeno só tornou-se realidade a
partir dos finais da década de 1990, concretamente com a criação das primeiras autarquias locais
(AL) em 1998, como seguimento da Lei n.º 2/97, de 18 de Fevereiro. Nesse contexto, e com vista a
tornar as autarquias locais em verdadeiros alicerces de desenvolvimento comunitário local, a lei em
alusão dotou-as de autonomia financeira, que significa em resumo, a dotação destas de poder de
arrecadar receitas e elaborar seus orçamentos e planos de actividades anuais.

A lei das autarquias locais e as restantes normas que regulam o exercício da sua actividade financeira
conferem-lhes autonomia para arrecadar receita própria, elaborar respectivos orçamentos e gerir suas
contas de gerência. Contudo, desde a criação das primeiras autarquias em 1998, essa autonomia
começou a ser severamente questionada devido à maior dependência a que elas se sujeitam às
transferências do governo central.

Portanto, estudo realizada por Guambe (2013) referente a autarquia local em relação ao pagamento
tributário dos seus colaboradores, o autor observou que muitas autarquias em Moçambique possuem
uma base fiscal muito pequena ou quase inexistente para gerar receitas a partir de fontes próprias
devido ao fluxo da sonegação fiscal desenvolvido por agentes comerciais, pese embora, a sonegação
fiscal consiste em utilizar procedimentos que violem a lei fiscal, de modo ao contribuinte agir de
forma consciente, com intuito de beneficiar a si ou terceiros.

Diante do que foi exposto, remete-nos a uma comparação no que se vive na cidade de Quelimane,
principalmente nos mercados principais da cidade, onde os vendedores dos mercados fogem de
pagamento de receitas com intuito de não baixar os seus lucros, e os comerciantes formais não
disponibilizam recibos de compra para evitar o pagamento de IVA e os compradores não pedem o
mesmo esquecendo completamento que os impostos cobrados têm sido aplicados para o
desenvolvimento da autarquia, construções de mercados em degradação, pagamento de funcionário
da EMUZA para limpeza dos mesmos.

Com base nessas inquietações acima descritas, remete-nos a levantar a seguinte questão: De que
forma as Praticas de Sonegação Fiscal retarda o Desenvolvimento da Autarquia da Cidade de
Quelimane?

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1.3. Objectivos

1.3.1. Objectivo geral

 Analisar as estratégias de combate as práticas de sonegação fiscal da autarquia da cidade de


Quelimane

1.3.2. Objectivos Específicos

 Identificar as razões que levam os comerciantes a não pagamento das taxas cobradas nos
estabelecimentos comerciais dos mercados;
 Mencionar as consequências da sonegação fiscal para desenvolvimento na autarquia de
Quelimane;
 Indicar as vantagens de pagamento de imposto para a autárquica municipal;
 Propor acções que possam contribuir para o combate da sonegação fiscal na autarquia de
Quelimane.

1.4. Justificativa
O interesse surge da necessidade pessoal de dar um contributo no debate sobre o problema da
sonegação fiscal, visto que, este é um fenómeno comum e observador no país, e no mundo em geral,
e ainda por ser um assunto que desperta discussão, e curiosidade dos estudiosos pelo mundo inteiro
de modo a criar-se estratégias de combate a este cenário.

Quanto a pertinência deste tema, observa-se pelo facto da questão da sustentabilidade municipal
constituir o maior desafio para a autarquia municipal local na colecta de receitas nos mercados que
garantem o desenvolvimento do país de modo particular de Quelimane, visto que esse processo não
chega a ser uma tarefa acabada mas sim contínua de consciencialização e chamado para o seu
cumprimento.

1.5. Relevância da Pesquisa


Portanto, o estudo é uma chamada de atenção para a sociedade comercial em relação ao pagamento
de imposto, caso não sejam obedecidas as normas de tributação que ajudariam a melhorar a vida dos
mesmos, então, põe-se em causa a questão da saúde diante a organização dos mercados comerciais,
que a autarquia municipal fornece gratuitamente a sociedade em troca do recebimento do imposto.

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Outrossim, o estudo constitui um contributo para os académicos, visto que, são escassas as pesquisas
feitas em matéria da sonegação fiscal, concretamente nos mercados comerciais no que diz respeito
ao papel do sonegação fiscal possuem no retardo do desenvolvimento da cidade de Quelimane.

Sobretudo, espera-se com a pesquisa desafiar a comunidade académica, a encontrar com esta
abertura, novas linhas de pesquisa que envolvam a participação contínua dos académicos no que diz
respeito a matéria do sonegação fiscal, de modo a contribuírem na divulgação, e popularização do
mesmo a nível da província e da cidade.

Em suma, o estudo ajudará as autoridades competentes a tomarem uma atitude sobre o assunto, no
sentido de criarem estratégias que incentivam aos consumidores a exigirem a emissão da factura nos
comércios formais, de modo a contribuírem para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no
País.

1.6. Questões de pesquisa


Tratando-se de um estudo misto, foram apresentados as seguintes perguntas de partida para guiar o
raciocínio da pesquisa nos seguintes termos:
1. Quais as razões levam os comerciantes a não pagamento das taxas cobradas nos
estabelecimentos comerciais dos mercados?
2. Quais consequências advêm da sonegação fiscal para desenvolvimento na autarquia de
Quelimane?
3. Que acções podem ser tomadas como de intervenção para o combate a sonegação fiscal na
autarquia de Quelimane?

1.7. Delimitação do tema


O papel desempenhado pelo vendedor e comprador nos termos legais, faz com que o pico de
desenvolvimento de uma cidade desenvolva. Como referido na introdução, o projecto intitulado
“Análise das Praticas de Sonegação Fiscal no Retardo do Desenvolvimento Local: Estudo da
Autarquia da Cidade de Quelimane ˮ será desenvolvido com munícipes da autarquia da cidade de
Quelimane, principalmente dos vendedores dos mercados sendo eles informais e formais, com mas
destaque dos seguintes mercados: Brandão, Central e Chabeco por serem os mercados de grande
envergadura e que alberga comercio formal e informal da cidade de Quelimane. Portanto, a pesquisa
será desenvolvida num período de 1 ano, isto desde 2022- 2023.

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CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O capítulo apresenta a revisão da literatura teórica, onde foram apresentados conceitos focados no
tema e aspectos relativos as teorias que fundamentaram a pesquisa e por fim apresentação da
triangulação dos dados.

2.1. Conceitos básicos


2.1.1. Conceitos do imposto
Falar sobre imposto é imprescindível visto que, o foco da pesquisa norteia o imposto e a sua
classificação, por ser a chave de todos os conceitos e teorias levantadas ao longo do capítulo, e, que
serve de guia ao estudo, ora vejamos o que referenciam alguns autores sobre o assunto:

Segundo Pereira (s/d), define imposto como sendo a prestação coactiva, patrimonial, definitiva e
unilateral, estabelecida por lei, sem carácter de sanção e a favor do Estado. Com definição similar
Ibraimo (2002), afirma que o Imposto é uma prestação coactiva, pecuniária, definitiva e unilateral,
estabelecida por lei, sem carácter de sanção, a favor do Estado para a realização de fins públicos.

No entanto, para Waty (2002), o imposto é uma prestação coactiva, patrimonial, positiva, não
sinalagmática, sem carácter de sanção, estabelecida por lei, a favor de uma entidade pública ou com
funções pública para a satisfação das necessidades públicas e redistribuição de riquezas,
independentemente de qualquer vínculo anterior.

Os dois primeiros autores acima citados comungam a mesma ideia acerca do conceito sobre imposto,
no entanto, Waty, veio acrescentar um novo aspecto que e a redistribuição da riqueza, onde ele
referencia que o fim ultimo da cobrança dos impostos é a provisão de bens em beneficio da
comunidade.

Sendo assim se pode concluir que o imposto é uma parcela paga em dinheiro pelos contribuintes ou
agente passivo de carácter imperativo e obrigatório, sem retribuição, imposta a favor da entidade
pública, para a realização das despesas públicas em benefício da sociedade.

Os conceitos acima podem ser discernida da seguinte forma, segundo cita Pereira (s/d):

 Prestação coactiva: imposta pelo Estado, isto é, imperativo


 Prestação pecuniária ou patrimonial: avaliável em dinheiro;

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 Prestação definitiva: sem direito a restituição, reembolso, retribuição ou indemnização;
 Prestação unilateral ou não sinalagmática: sem contraprestação específica, individual,
imediata e directa (ao contrario da taxa, não dá ao devedor o direito de exigir qualquer
contraprestação imediata);
 Prestação estabelecida por lei: de acordo com o princípio da legalidade, isto é, todos os
impostos devem ser estabelecidos por lei através da Assembleia da República, para o caso de
Moçambique;
 Prestação sem carácter de sanção: sem fins sancionatórios
 Prestação a favor do Estado: em sentido muito amplo, equivalente aqui a qualquer entidade
que exerça funções públicas;
 Prestação para realização de fins públicos: regra geral, o imposto pago pelos contribuintes é
usado para a materialização das despesas públicas.

2.2. Objectivos dos impostos e das politicas tributárias


Como foi dito anteriormente, os impostos são criados para a satisfazer as necessidades colectivas dos
cidadãos, com objectivos fiscais, sociais e económicas. Segundo Pereira (s/d), os impostos foram
criados com vista a atender:

 Objectivos fiscais
De acordo com este objectivo os impostos visam a arrecadação de receitas para financiamento de
despesas públicas, isto é, satisfação das necessidades financeiras do Estado. O objectivo acima se
adequa perfeitamente ao tema em análise, uma vez que o IVA arrecadando para os cofres do Estado
e utilizado para se financiar e satisfazer as necessidades colectivas da sociedade, promovendo bens
públicos gratuitos como saúde, educação e defesa nacional, caso os consumidores garantam o
pagamento desse imposto.

 Objectivos sociais
Os impostos visam a repartição justa da riqueza e dos rendimentos, de modo a reduzir as
desigualdades, tendo em conta as necessidades e rendimentos do agregado social, operando-se assim
uma verdadeira redistribuição de riqueza. Neste caso, pode se observar que as receitas arrecadadas
via IVA assim como o restante dos impostos, contribui em grande parte para o orçamento do Estado,
entretanto o governo faz a redistribuição equitativa do rendimento em todas as províncias do país de

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acordo com as necessidades de cada província, oferecendo a cada província o seu bolo, de acordo
com as oportunidades de crescimento e investimento dos mesmos.

 Objectivos Económicos
Os impostos ajudam a combater a inflação (reduzindo o rendimento disponível e, consequentemente,
o consumo, como já é sabido o rendimento disponível tem uma relação directa com o consumo),
obter a selectividade do consumo (tributando mais pesadamente os consumos nocivos e supérfluos,
como o tabaco, o jogo, certas bebidas e as antiguidades), usar a política de protecionismo
(estabelecendo direitos aduaneiros protectores durante um certo período), incentivar a poupança e o
investimento (indirectamente através dos desagravamentos fiscais).

Segundo Ibraimo (2002), o objectivo principal da política tributária é o estabelecimento de um


mecanismo efectivo gerador de receitas, que seja justo, simples, previsível e economicamente
eficiente.

Sendo o IVA um imposto arrecadado pelo governo através das suas políticas fiscais, também pode
contribuir no combate a inflação se o governo com as suas políticas fiscais tomarem medidas
restritivas que podem ajudar a combater este mal, visto que quanto mais alto for a taxa de imposto
menor e a disponibilidade de rendimento que o consumidor possui, e isso reduz o poder de compra
do mesmo e desestimulando o consumo.

2.3. Tipos de Imposto


Para melhor compreender o tema foi necessário trazer conceitos que exploram as palavras-chaves
abordados no estudo, como o caso do imposto e sua classificação. Ora Waty (2007), demonstra que
os impostos podem ser classificados de acordo com vários critérios, nomeadamente:
a) Segundo a natureza do sujeito activo
 Impostos estaduais - Considera - se o estado como sujeito activo, e esses podem ser
Impostos sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRPS), Imposto sobre o Rendimento
das Pessoas Colectivas (IRPC) e o Imposto sobre o Valor acrescentado (IVA), que constitui o
foco deste estudo, uma vez que a pesquisa abordou sobre o envolvimento do consumidor na
redução da evasão fiscal desse imposto
 Impostos não estaduais - Aqueles que tem por sujeito activo pessoas colectivas de natureza
diferentes como o caso de regiões autónomas, autarquias locais e instituições públicas, como

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por exemplo o imposto sobre veículo, taxas radiodifusão, e não representa o objecto da
pesquisa.

b) Segundo o âmbito territorial


 Impostos nacionais - São todos aqueles aplicáveis no território nacional, como o caso do
IRPC e o IVA.
 Impostos continentais - Aplicáveis apenas no continente como Imposto de Turismo, esse
imposto verifica se não âmbito nacional, portanto não e objecto de estudo analisar nesse
âmbito.
 Impostos locais - Aplicáveis apenas a uma parcela específica do território nacional como as
regiões autónomas, autarquias locais, zonas turísticas, o exemplo desses impostos e o SISA e
os Impostos de Jogo.

c) Segundo a natureza da matéria colectável


Os impostos podem ser:
 Impostos sobre o rendimento - Esta relacionada com a teoria do acréscimo patrimonial
líquido, o exemplo desses impostos é o IRPS e o IRPC.
 Impostos sobre o capital - Refere se ao património ou riquezas adquiridas numa perspectiva
estática ou dinâmica sobre transmissão, como exemplo pode se considerar o Sisa, as
contribuições autárquicas a partir de prédios, rústicos e impostos de sucessões e doações.
 Imposto sobre Consumo - Refere se obviamente as despesas de consumo como o caso do
IVA. Visto que o nosso estudo faz analise da participação do consumidor final na exigência
da factura, como forma de garantir o pagamento do imposto que posteriormente e canalizado
aos cofres do Estado, que por sua vez é revertido em benefícios para o próprio consumidor.

d) Segundo o critério orçamental


 Impostos directos - Refere se a impostos sobre o rendimento e sobre capital, como o caso de
IRPS e contribuições autárquicas. O facto do IVA se um imposto indirecto, se pensa que a
dificuldade na cobrança do mesmo como em qualquer outro ponto de cobrança é por ser o
próprio contribuinte a pagar e ainda esse pagamento só se pode esperar se o contribuinte agir
de boa-fé, declarando as suas vendas caso não se observe essa atitude esperar pelo

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consumidor final que é ele que em última instancia garante esses pagamentos se for exigido a
factura nas suas transacções.
 Impostos indirectos - Aqueles que incidem sobrem as despesas de consumo, exemplo IVA e
Impostos Aduaneiros.
 Impostos especiais - Aqueles que respeitam as situações abrangidos por impostos directos e
indirectos, exemplo imposto sobre o consumo de tabaco.

e) Segundo a situação do Contribuinte


 Impostos reais - Aqueles que não respeitam a situação pessoal do contribuinte.
 Impostos pessoas - Respeitam a situação pessoal do contribuinte. Exemplo o IRPS.
f) Segundo o carácter permanente ou transitório da situação tributária:
 Impostos periódicos - Aqueles que se renovam nos sucessivos períodos de tributação, e este
seriam o imposto sobre rendimento.
 Impostos de obrigação única - Aqueles que tributam factos ou actos isolados que dão origem
a única obrigação tributária e não é renovável. Caso do IVA, imposto de Sisa

2.3.1. Imposto Sobre Valor Acrescentado


E pertinente trazer no estudo conceitos ligado ao IVA, visto que representa o objecto dos estudos
dentre vários impostos existentes. Segundo Pereira (s/d), IVA é um imposto indirecto sobre consumo
de bens e serviços, estadual, nacional de obrigação única principal e de quota variável proporcional.

Nabais (2011), afirma que IVA é um imposto sobre consumo, em que a tributação incide sobre a
transmissão de bens, as prestações de serviços, as importações e a aquisição intracomunitária de
bens.

Por conseguinte, Nordhous e Samuelson (2012), define IVA como sendo a diferença entre as vendas
duma empresa e as suas compras de matérias-primas. Ele afirma ainda que o IVA é cobrado desde o
agricultor que cultiva o trigo, a moagem que produz a farinha, ao padeiro que faz o pão e a padaria
que vende o pão ao consumidor final.

Como se pode observar, os autores acima comungam das mesmas ideias com excepção do Nordahau
e Smuelson, que acrescenta ao conceito afirmando que o IVA é um imposto de consumo que parte

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desde a produção até a distribuição dos bens e serviços ao consumidor final como explica o circuito
económico.

Em suma, se pode concluir que o IVA é um imposto indirecto, obrigatório, objectivo e generalizado
que afecta o consumo e que, incide sobre as transacções de bens e serviços, plurifásico, é
proporcional e não leva em consideração a situação pessoal do contribuinte e o valor suportado é
calculado em função da diferença entre o volume de venda e o valor correspondente as compras pelo
consumidor final.

2.3.2. Incidência Real


De acordo com alínea a) e b) do artigo 2 da lei nº 32/2007, de 31 de Dezembro estão sujeitos ao
imposto sobre o valor acrescentado a transmissão de bens, prestação de serviços e importações de
bens efectuadas no território nacional. (Pereira, s/d) comunga da mesma ideia transmitida pela lei do
CIVA, na qual as tributações das actividades económicas são feitas a título oneroso, no território
nacional até as mercadorias importadas.

Assim como afirma o Fumo e Magane (2004), ao referir que o IVA incide sobre a transmissão de
bens e prestação de serviços como sendo a transferência de encargos de bens corpóreos por forma
correspondente ao exercício de propriedade. Contudo, se pode dizer que todos os bens e serviços
produzidos internamente e importados estão em regra sujeito ao IVA.

2.3.3. Emissão de facturas ou documentos equivalentes


Segundo o número 27 do artigo 32 da lei nº 32/2007, de 31 de Dezembro estabelece que o sujeito
passivo é obrigado a emitir uma factura por cada transmissão de bem e/ou prestação de serviços que
realizar, bem como por qualquer pagamento antecipado relativa a transmissão de bem e/ou prestação
de serviço a realizar posteriormente, no prazo de cinco dias úteis seguintes ao momento em que o
imposto é devido.

Em caso de devolução de bens, a factura é substituída por guia ou nota de devolução, até o quinto
dia útil seguinte à data da devolução. Relacionando com o estudo, é comum observar nos
estabelecimentos comerciais contribuintes que não emitem a factura ou documento equivalente nas
suas vendas, criando assim oportunidades de fuga ao fisco ou evasão fiscal, visto que as vendas não
estão sendo declaradas.

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2.3.4. Dispensa da Facturação
É dispensada a obrigação de factura nos temos da alínea a), b) e c) do número 1 do artigo 35 da lei
32/2007, de 31 de Dezembro, sempre que o cliente seja um particular e não destine os bens e
serviços ao exercício de uma actividade comercias. Porém esta dispensa de facturação referida no
número 1 do mesmo artigo não afasta a obrigação da emissão de talões de vendas ou de serviços
prestados, os quais deve ser impresso e numerados numa tipografia autorizadas ou carimbadas pela
repartição finanças.

2.4. Regimes de Tributação


Considerando as obrigações, dimensão e natureza dos sujeitos passivos a tributação em IVA é
efectuada com base nas regras do regime normal, regime simplificado e do regime de isenção como
afirma (Pene, 2013). Posto isso verifique:

2.4.1. Regime Normal


Enquadram se neste regime todos os sujeitos passivos com o volume de negócio igual ou superior a
2.500.000,00MT, e estes sujeitos apuram o imposto mediante a aplicação de taxa de 17% e também
estão obrigados a emitir facturas ou documentos equivalentes, e ele que calcula o IVA e o
pagamento aos cofres do Estado mensalmente.

2.4.2 Regime Simplificado


Estão enquadrados neste regime os sujeitos passivos que cumulativamente tenham um volume de
negócio um volume anual superior a 750.000,00MT e inferior a 2.500.000,00MT, os contribuintes
não são obrigados a possuir contabilidade organizada, a taxa de imposto aplicada é de 5% ao valor
das vendas ou serviços realizados e são pagos trimestralmente nos meses de Abril, Julho, Outubro e
Janeiro do ano seguinte. Com isso a factura ou documento equivalente deve constar expresso IVA.
Mas esse não e o caso do nosso estudo porque de modo geral o IVA incide sobre o consumidor final
e não sobre o volume de negocio do comerciante. Pois para este regime que suporta o 5% e o
comerciante e não o consumidor.

2.4.3. Regime de Isenção


O sujeito passivo que tiver um volume de negócio igual ou inferior a 750.000,00MT e não tem a
obrigação de possuir contabilidade organizada. Embora isentos a dedução do IVA não estão livres de
emitir a factura ou documento equivalente, e deve sempre escrever IVA regime de Isenção.
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Contudo estes regimes diferem entre sim, não só pelo facto de terem taxas de impostos e períodos de
pagamentos diferentes mas porque no regime específico o sujeito passivo não faz a liquidação do
IVA suportado na factura enquanto no regime normal quem faz a dedução do IVA e o próprio
contribuinte.

2.5. Evasão Fiscal


Uma das palavras-chave do nosso estudo é a evasão fiscal ou sonegação fiscal, pois parte da
pesquisa procura o analisar esse choque no sistema tributário, no entanto foi pertinente discutir esse
conceito como se pode olhar abaixo. De acordo com Franco (2010), evasão fiscal é um conceito
amplo que, no essencial, corresponde à ideia de que há alguém que deveria pagar um imposto mas
não o pago, sem que resulte da transferência para outro sujeito económico do sacrifício fiscal.

Para Ribeiro (1997), Evasão ao imposto consiste precisamente em ocultar o fisco na totalidade ou
parte da matéria colectável, isto é, não a declara ou declara menos do que a que possui. Enquanto
Leitão (1999), define evasão fiscal como sendo toda e qualquer Acção ou omissão que possa
eliminar ou suprimir, reduzir ou retardar o cumprimento de uma obrigação tributária.

Contudo os autores acima são consensuais no conceito da evasão fiscal, deste modo se pode afirmar
que a evasão fiscal constitui prática ilegal que é usado para evitar o pagamento do imposto, como e o
caso do nosso estudo que busca a entender as razões económicos a cometerem essa infracção. Ora,
ao longo da pesquisa se notou que e muito comum os vendedores ou comerciantes infringirem regras
de tributação, na medida que omitem as declarações periódicas e ainda e mas comum quando não
emitem as facturas no acto das vendas de mercadorias.

2.6. Aspectos legais da sonegação fiscal


Conforme Barone (2009), o Estado como gestor público, no qual compete arrecadar, fiscalizar e
administrar os tributos, estabeleceu uma Ordem Tributária, contida de normas e princípios voltados a
disciplinar a actividade tributária exercida pelo Poder Público. Quando essas normas e princípios são
descumpridos comete-se uma infracção tributária e o infractor será punido com medidas que podem
ser cumulativas, ou seja, a reparação do dano e a punição pelo fato da conduta ilícita. Se o legislador
considerar essas infracções como de grande gravidade, serão conceituadas ainda como crime e se
aplicará a sanção penal vigente.

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Como dito, o crime de sonegação fiscal está previsto na Lei, e sua tipificação consiste em utilizar
procedimentos que violem directamente a lei fiscal ou o regulamento fiscal. Acontece quando um
indivíduo deixa de pagar os impostos devidos na realização de alguma actividade ou
comercialização de determinada mercadoria. É caracterizada pela acção do contribuinte em se opor
conscientemente à lei. Desta forma, sonegação fiscal é um ato voluntário, consciente em que o
contribuinte busca omitir-se.

Como lembra Santos (2000), a evasão fiscal é também conhecida como sonegação fiscal, sonegação
fiscal tributária, evasão ilegal, evasão ilícita, fraude fiscal, etc. Segundo Pellizzari (1990), entende-se
por evasão tributária tanto o simples não pagamento ou não recolhimento do tributo previsto em lei,
quanto a acção consciente, espontânea, dolosa ou intencional do contribuinte, que, valendo-se de
meios ilícitos, visa evitar ou eliminar, reduzir ou retardar o pagamento ou recolhimento de tributo
considerado devido por lei.

No entanto há que se diferenciar a sonegação fiscal simples da dolosa ou fraudulenta. A primeira é a


que resulta da falta de pagamento do imposto, sem qualquer malícia ou sem o emprego ardil ou
fraude. É o simples não pagamento. Segunda é a gerada da fraude ou da má-fé do contribuinte, que
usa meios, manobras, ou ardis para se furtar ou se subtrair do pagamento do imposto. Assim, é
considerado crime contra a ordem tributária qualquer acção ou tentativa de evitar total o
parcialmente o pagamento de tributos utilizando-se de meios ilegais para tanto.

Conforme afirma Pellizzari (1990) a mensuração da sonegação fiscal, tanto em Moçambique, quanto
nos outros países, é repleta de complicações e dificuldades. A maior delas se refere aos dados
disponíveis e a sua baixa confiabilidade. Vários métodos têm sido usados em todo o mundo para a
estimação.

O intuito desse trabalho não é apoiar a sonegação fiscal e nem tampouco defender o mercado
informal, mas analisar o assunto de forma isenta, tentando contribuir para eliminação de tal
problema que directamente prejudica a toda a sociedade. Assim, tratou-se, tão-somente, de
demonstrar, ao longo da pesquisa, as diversas formas que a alta carga tributária contribui para
sonegação fiscal, e para uma série de outras distorções económicas, além de diversos outros
problemas.

15
Sabe-se que todos os estudos relacionados a sonegação fiscal são válidos para diversas discussões,
porém devido à complexidade de ser mensurada é impossível chegar a uma estimativa precisa,
todavia acredita-se que os números sejam altos. A sonegação fiscal é praticada através de diferentes
formas e variedades, mostrando que os contribuintes estão sempre encontrando uma nova maneira de
reduzir a sua carga tributária.

Há-de ressaltar-se também que a sonegação fiscal não é o único causador da redução nas contas
públicas e má qualidade dos serviços prestados pelo Estado, cujas causas são diversas e já foram
citadas ao longo desse trabalho. Diante do exposto, conclui-se que o Estado deverá ser mais legítimo
e responsável para implementações de políticas fiscais mais efectivas combatendo um dos principais
problemas do país, a sonegação.

2.7. Tipos de Evasão Fiscal


Leitão (1999), apresenta os tipos de evasão fiscal, baseados nos ensinamentos de Dória, que
demonstra as várias modalidades de evasão fiscal como podemos descrever a seguir:

2.7.1. Evasão fiscal omissiva imprópria


Aquela que pode ser praticada com a intenção ou não de assumir o risco de o produzir, e consiste
num comportamento em que o contribuinte ou vendedor renuncia materializar ou desenvolver a
capacidade económica que esteja sujeita a imposto.

Para este estudo, o consumidor final que tem conhecimento ou não da importância da exigência da
factura nas suas compras acaba consentindo com a sonegação no momento em que em diversas
ocasiões em suas transacções não exige a emissão de factura, tendo as vendas ficado sem nenhum
registo de saída.

2.7.2. Evasão Fiscal Omissiva por Inacção


Esta pode ser dividida em intencional e não intencional.

 Evasão Fiscal Omissiva por Inacção Intencional acontece quando o contribuinte


intencionalmente deixar de pagar o imposto devido e uma vez verificada a incidência da
norma fiscal, destaca se o intuito de sonegação fiscal, falta ou atraso recolhimento da
liquidação do imposto. Relacionar ao nosso estudo pensa-se que o agente passivo em alguns
momentos comente esse acto, quando simplesmente não vai a DAF declarar as suas vendas

16
ou quando simplesmente não faz o registo das mesmas fugindo ao fisco e tem sido crime
perante a lei fiscal.

 Evasão Fiscal Omissiva por Inacção não Intencional – consiste no facto do contribuinte de
forma inintencional deixar de pagar o imposto por ignorância do dever fiscal. Essa situação
se verifica quando o agente passivo ou o vendedor não tem informações claras sobre o
processo de facturação de imposto e acaba se envolvendo no processo.

2.7.3. Evasão fiscal comissiva


Os contribuintes por meios ilícitos, tendem a eliminar ou retardar o pagamento do imposto devido
havendo sempre intenção de dolo. Esta forma de evasão divide se em ilícita e licita.

 Evasão Fiscal Comissiva Ilícita quando – existe um conflui nas decisões de cometer o dolo e
quando se atingem os fins económicos almejados para a obtenção da poupança fiscal.
 Evasão Fiscal Comissiva Ilícita – esta é caracterizada na acção individual do contribuinte,
tendendo a por sempre processo lícitos de modo a afastar a incidência do factor gerador.

Em suma nesses dois actos o que preocupa o contribuinte é a intenção, a acção a finalidade e o
resultado.

2.8. Principais teorias


Para demonstrar a validade do estudo é quase indispensável a apresentação das teorias que
comprovam a pertinência do tema e que vão dar suporte ao estudo, nesse sentido serão apresentadas
três teorias que passaremos a discutir a continuação:

a) Teoria da Finalidade dos Impostos Colectados pelo Governo


Esta teoria é defendida por Pereira (s/d), onde afirma que os impostos são criados com o fim último
de satisfação das necessidades públicas, com objectivos fiscais e extra-fiscais (Económicos e
Sociais). Em relação aos objectivos Fiscais o mesmo autor, fundamenta que os impostos visam a
arrecadação de receitas para financiamento de despesas públicas, isto é, satisfação das necessidades
financeiras do Estado, sendo assim, a causa final do imposto e a capacidade Contributiva que este
apresenta no orçamento do Estado para financiar os gastos públicos.

17
Quanto aos objectivos sociais preconiza que os impostos visam a repartição justa da riqueza e dos
rendimentos, de modo a reduzir as desigualdades, tendo em conta as necessidades e rendimentos do
agregado social, operando-se assim uma verdadeira redistribuição de riqueza. Esses fins que o
imposto apresenta a criarem uma equidade na distribuição. Se os impostos contribuem em grande
parte no orçamento do estado claramente que quanto mas rendimento o Estado obter, a redistribuição
desse rendimento será efectuado equitativamente.

Por conseguinte, os objectivos Económicos dos impostos ajudam a combater a inflação (reduzindo o
rendimento disponível e, consequentemente, o consumo, como já é sabido o rendimento disponível
tem uma relação directa com o consumo), obter a selectividade do consumo (tributando mais
pesadamente os consumos nocivos e supérfluos, como o tabaco, o jogo, certas bebidas e as
antiguidades), usar a política de protecionismo (estabelecendo direitos aduaneiros protectores
durante um certo período), incentivar a poupança e o investimento (indirectamente através dos
desagravamentos fiscais).

Um elevando nível de imposto ajudaria os cidadãos a poupar mais devido ao efeito que este terá no
rendimento disponível e no consumo. De igual modo pereira (2011), refere que os impostos têm em
vista a realiza de fins públicos. Assim sendo, para o autor a tributação visa a satisfação das
necessidades financeiras do Estado, e de outras entidades públicas, promovendo a justiça social, a
igualdades de oportunidades e as necessárias correcções das desigualdades na redistribuição do
rendimento e das riquezas.

b) Teoria da Fiscalidade e Detecção do Contribuinte


Sequeira (2005, citado em Leite, 2011), refere que esta teoria defende, que se deve montar uma
estratégia eficaz de auditoria, baseada em informações específicas do contribuinte, incluindo
características observáveis que tenham correlação com a responsabilidade tributária, a auditoria deve
ser feita por auditores fiscais bem preparados, justos actuando de forma regular, programada e
periódica.

Caso sejam flagrados cometendo a fuga ao fisco propõem que haja punição aos fraudadores mesmo
com o pagamento das multas. Isso porque assume-se, que a sonegação é um acto criminoso, no
entanto quando a fraude é observada os contribuintes são multados num valor equivalente ao
sonegado, feito isso o crime fica nulo. Similarmente, Pellizari (1990, citado em Leite, 2011) faz a
mesma referência mas com enfoque a criação de um corpo de auditores fiscais bem preparados
18
moralmente, juridicamente, tecnicamente, actuando de forma programada, regular, sistemática,
permanente e periódica.

c) Teoria da Responsabilidade Fiscal


Pena (2014), defende que o governo deve investir na educação tributária da população, de modo que
os sistemas de Tributação fiquem mais claras, para que o consumidor final saiba quanto ele paga.
Campos (2010, citado em leite, 2011) alega que é direito do consumidor final saber quanto paga de
tributos, assim como deve saber se os sujeitos passivos efectivamente recolhem os impostos devidos
que estão inseridos no preço da mercadoria.

A justificativa parte da possibilidade de os sujeitos passivos efectuar consultas aos dados do


consumidor final, Sendo assim, o consumidor da mesma forma deve ter um site para que saiba se os
sujeitos passivos estão em dia com suas obrigações. No entanto o consumidor final estará exercendo
o seu papel de exigir as facturas no acto das compras que culminara evidentemente na providência
das necessidades colectivas dos cidadãos, como o caso da assistência a saúde, educação e defesa
nacional.

A ideia por detrás dessa teoria é fazer com que o consumidor final de modo geral se consciencialize
do problema causado pela não emissão e exigência da factura e passe a ser também fiscalizador
exigindo assiduamente a factura sempre que o comerciante não o fizesse, o que contribuiria na
redução da evasão fiscal do imposto. Outra maneira de vencer esse problema seria a introdução de
máquinas fiscais que obrigasse o consumidor a levar a factura sempre em suas compras, visto que na
pesquisa de campo os consumidores admitiram não emitir a factura por pressa esquecimento e ate
por desinteresse.

19
2.9. Estudos Empíricos
Estudo desenvolvido na amarica de sul (Brasil) por Fernando José Cavalcante Bastos intitulado
“Exportações Fictícias como Fonte de Sonegação Fiscal no Estado do Ceará no Biênio 2004-2005ˮ
objectivou Verificar o uso de exportações fictícias como fonte de sonegação fiscal no Estado do
Ceará, no biénio 2004-2005. O estudo foi desenvolvido no âmbito do Núcleo de Controlo do
Comércio Exterior da Secretaria da Fazenda do Estado do Ceará e foi realizado através das acções
fiscais executadas pelos auditores fiscais lotados no referido núcleo, compreendendo os anos de
2004 e 2005. Foram analisados 89 processos de exportação e 115 de transferência de créditos no
período, de um total de 98 processos de exportação e de 210 processos de transferência de crédito,
com os resultados sendo apresentados de acordo com as autuações efectuadas, demonstra que a
exportação fictícia é uma fonte relevante de sonegação fiscal no Estado do Ceará.

Outro estudo desenvolvido por Luciana Viana da Silva Franco na Brasília intitulado “A Sonegação
Fiscal como Consequência da Alta carga Tributária Brasileiraˮ. O presente trabalho buscou analisar
alta carga tributária brasileira e suas influências na economia e, principalmente, no aumento da
sonegação fiscal. A análise envolveu fundamentalmente uma extensa pesquisa bibliográfica e
documental sobre a temática. Procurou-se em um primeiro momento abordar a teoria da tributação,
sua origem e evolução e actuação do Estado como órgão responsável para gerir receitas, para, em
seguida, cuidar-se de devida análise dos problemas do Sistema Tributário Brasileiro. Assim,
verificou-se que nos últimos anos, houve um aumento expressivo na carga tributária Brasileira,
decorrentes principalmente dos gastos públicos. Constatou-se ainda, que o sistema tributário
brasileiro, além de caro e complexo, é também em grande parte regressivo, devido, principalmente, a
forte incidência de tributos indirectos. Foi possível constatar ainda que o Brasil sofre as
consequências da sua desastrosa política tributária, pois apesar de ser um dos países que apresenta
uma das maiores cargas tributárias no mundo, não é capaz de garantir a toda a sociedade brasileira,
de forma efectiva, os recursos sociais mínimos necessários ao ser bem-estar e ainda motivam, em
grande parte a prática da sonegação fiscal por expressiva parte dos contribuintes, principalmente
pelas empresas, afectando sua capacidade de sobrevivência em um mercado altamente competitivo
induzindo-as a adoptar certos tipos de práticas ilícitas com a finalidade de fugir das pesadas cargas
de impostos. Neste ponto, utilizou-se a Teoria da Curva de Laffer para tentar explicar a relação entre
a alta carga tributária e a sonegação fiscal no Brasil. Observou-se também o fenómeno tributação sob
os aspectos económicos e jurídicos, concluindo-se que uma menor carga tributária possivelmente
20
implicaria em diminuição da informalidade, aumentando assim, a arrecadação dos impostos,
incentivando as empresas a aumentar sua participação no mercado, gerando mais empregos e mais
consumo, trazendo crescimento económico e consequente melhoria da qualidade de vida para
população
2.10. Estudos Focalizados
Estudo desenvolvido em Moçambique em Chimoio pela autora Delfina Maria das Neves com a
temática O Papel do Consumidor Final na Redução da Evasão Fiscal: Imposto sobre Valor
Acrescentado (IVA) na Área Fiscal de Lichinga (2013 – 2015). O problema em estudo foi formulado
da seguinte maneira: A deficiente colecta de imposto nos últimos três anos proveniente do IVA,
devido a dispensa da factura nas aquisições de bens pelo consumidor final, condiciona a direcção da
área fiscal de Lichinga no incumprimento das suas metas e consequentemente a provisão dos
serviços públicos. Assim sendo, para responder ao problema foi traçado o seguinte objectivo geral:
Analisar o papel do consumidor final na redução da evasão fiscal do IVA na área fiscal de Lichinga,
onde são apresentadas as razões que levam os consumidores a não exigirem a emissão das facturas.
Os universos em estudo são todos os consumidores, comerciantes e funcionários da DAF de
Lichinga, que incidem sobre o IVA. Deste modo, a pesquisa mostrou que o papel do consumidor
final nesse processo é deficitário uma vez que, os dados analisados indicaram que grande parte dos
consumidores finais não exigem a factura e, quando exigem a factura é só as vezes. Porem, ficou
evidente que a factura não está a ser exigida assiduamente pelos consumidores. De igual maneira, os
contribuintes não se prontificam em emitir a factura sempre que as vendas são efectuadas, isso
porque não possuem livros de facturas nos seus estabelecimentos. Como forma de controlar e
melhorar a situação da evasão fiscal, a DAF tem feito visitas de fiscalização, auditorias, controlo de
crédito sistemáticos e campanhas porta a porta aos estabelecimentos comerciais.

21
CAPITULO III: METODOLÓGIA
A escolha da metodologia está relacionada com os objectivos definidos para este estudo, uma vez
que todo procedimento metodológico tem como objectivo delinear o caminho a ser percorrido pelo
pesquisador na tentativa de relacionar a teoria com a prática.

3.1. Classificação da Pesquisa

 Quanto a Abordagem
Sendo este um trabalho de pesquisa, será usada uma abordagem mista, visto que esse tipo de
abordagem apresentara a junção dos dois tipos de enfoques nomeadamente a qualitativa, que ajudará
a entender as razões e o comportamento dos vendedores que não paga as taxas cobradas, assim como
dos compradores que não exigirem as facturas no processo de compra dos bens nos comércios
formais.

E a quantitativa ajudará a perceber quando acontece a sonegação fiscal por parte dos agentes
económicos cujos dados foram apresentados em percentagem. E isso, constituiu preocupação central
do estudo em aprofundar o conhecimento da realidade da autarquia de Quelimane em relação a
sonegação fiscal nos mercados e a sua e quais estratégias a tomar com vista a combater o mesmo.

 Quanto aos objectivos


Quanto aos objectivos, será usado a pesquisa descritiva-exploratoria, pelo facto de ser um estudo
pouco explorado e que demonstrou a importância do envolvimento dos vendedores e compradores
22
no processo. Portanto, Vergara (2010), explica que a pesquisa descritivo-exploratorio tem por
objectivo descrever e expor as características de determinada população ou fenómeno ou estabelecer
relações entre variáveis.

O uso desta pesquisa facilitará o pesquisar a descrever as percepções dos entrevistados em relação ao
tema em destaque, sendo que o estudo constituirá o maior desafio para o governo local (autarquia
municipal) efectuar a colecta de receitas internas que garantiu o desenvolvimento do país,
principalmente na autarquia responsável pela colecta.

 Quanto aos procedimentos técnicos


Quanto aos procedimentos será usado a pesquisa bibliográfica, sendo assim, segundo Vergara
(2000), a pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído,
principalmente, de livros e artigos científicos e é importante para o levantamento de informações
básicas sobre os aspectos directa e indirectamente ligados à nossa temática.

Para Lakatos e Marconi (2001), a pesquisa bibliográfica, “abrange toda bibliografia já tornada
pública em relação ao tema estudado, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros,
pesquisas, monografias, teses, materiais cartográficos, e sua finalidade é colocar o pesquisador em
contacto directo com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto” (p.183).

Nesta pesquisa, o autor terá a oportunidade de se colocar em contacto com o material já publicado
que aborda sobre o tema, como por exemplo o uso de alguns manuais, artigos científicos,
monografias, dissertações e a internet sobre o tema em estudo.

3.2. Universo e amostra

 Universo

Segundo Lakatos & Marconi (2003) universo ou população é o conjunto de seres animados ou
inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum. Para esse estudo será
envolvido como universo da pesquisa os órgãos responsáveis pela colecta das receitas municipal dos
mercados, vendedores formais e informais e compradores cujo segundo censo a autarquia de
Quelimane alberga um total de 349,842 habitantes que os mesmos estão desagregados por idade e
sexo conforme o censo populacional e habitacional (INE, 2017).

23
 Participantes da pesquisa

Para esta pesquisa, os participantes serão escolhidos por conveniência e acessibilidade, aqueles que
se mostrarem disponível em nos facilitar informação referente ao tema em estudo. Portanto, farão
parte da pesquisa os vendedores que estiverem nos seus estabelecimentos comerciais, assim como os
compradores que se fizerem presente nos estabelecimentos de venda exercendo as suas actividades
diárias e cobradores de impostos comerciais do município num total de 30 participantes. Dentre eles
farão parte 10 funcionários do Conselho Autárquico da cidade, 10 vendedores informais e 10
formais escolhidos a partir de uma amostra aleatória por acessibilidade.

3.3. Tipo de Amostragem


Para a realização deste trabalho, o autor usará o critério de amostragem não probabilística por
acessibilidade, onde de acordo com Malhotra (2001), a amostragem não-probabilística por
acessibilidade confia no julgamento pessoal do pesquisador e não na chance de seleccionar os
elementos amostrais. O pesquisador pode, arbitrária ou conscientemente, decidir quais serão os
elementos a serem incluídos na amostra. Sendo assim, a escolha deste tipo de amostragem oferecerá
boas estimativas das características da população, mas não permitira uma avaliação objectiva da
precisão dos resultados amostrais.

3.4.Técnicas e instrumentos de colecta de dados


Para esta pesquisa, as técnicas de recolhas de dados utilizadas serão a observação directa,
questionário, e a entrevista semi-estruturado.

 Observação
Neste contexto, a observação será participante e a observação também será considerado uma colecta
de dados para conseguir informações sob determinados aspectos da realidade, sendo que o mesmo
ajudou o pesquisador a “ identificar e obter provas a respeito de objectivos sobre os quais os
indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento.

Pois o pesquisador observará todos os fenómenos investigado, isto é, passará a ser um elemento
externo nas acções da pesquisa, assim sendo, será possível observar o comportamento dos agentes
passivos (contribuintes), no acto das vendas de bens e serviços, no que diz respeito a emissão da
factura para vendedores formais e aos vendedores informais diante a cobrança das receitas dos
mercados no período de manha.
24
 Questionário
Para esse estudo, será necessário usar o inquérito por questionário, por ser uma das técnicas mas
fiáveis para esse tipo de pesquisa, onde segundo Ramos e Naranjo (2013), afirmam que o inquérito
por questionário é um instrumento de colecta de dados constituído por uma série ordenada de
perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a necessidade da presença do entrevistador.

Segundo Cervo & Bervian (2002, p.48), o questionário “refere-se a um meio de obter respostas às
questões por uma fórmula que o próprio informante preenche”. Ele pode conter perguntas abertas
e/ou fechadas. As abertas possibilitam respostas mais ricas e variadas e as fechadas maiores
facilidades na tabulação e análise dos dados.

Para esse estudo, será usado esta técnica aos vendedores formais, cujo questionário dará a
oportunidade dos questionados responderem de seguinte forma: não sim, talvez com questões
fechadas para facilitar a percepção dos questionados. Serão submetidos ao questionário os
vendedores formais somente.

 Entrevista semi-estruturada
Segundo Gil (2008), define entrevista como a técnica e que o investigador se apresenta frente ao
investigado e lhe formula perguntas, com o objectivo de obtenção dos dados que interessam à
investigação. Para Cervo & Bervian (2002), a entrevista é uma das principais técnicas de colectas de
dados e pode ser definida como conversa realizada face a face pelo pesquisador junto ao
entrevistado, seguindo um método para se obter informações sobre determinado assunto.

Portanto, será usado este instrumento para colher percepção dos entrevistados em relação a
sonegação fiscal dos mercados, de modo a apurar os factores que levam os vendedores a não
pagarem as taxas cobradas nos centros comerciais (mercados) e os porque os vendedores comerciais
formais não emitem facturas d compra de produtos nos mercados e quais os motivos levam os
compradores a não cobrarem a emissão de facturas nos comércios formais.

3.5. Técnicas e Instrumento e Análise e Validação dos Dados


Como técnicas e instrumento e análise e validação dos dados o autor usará o método de triangulação
onde após a recolha de dados optar-se-á em discutir os dados colhidos dos entrevistados culminando
com alguns autores que fazem menção sobre o tema em estudo terminado comentário do autor,

25
sendo assim a triangulação submeter-se-á em explicar as argumentações dos entrevistados e discutir
com autores referenciais sobre a questão e por fim a ideia do autor.

Para organizar, analisar e interpretar os dados recolhidos, será usado para alguns dados o programa
Microsoft Office Excel 2007 cujos dados serão apresentados em gráficos, para interpretação de
dados quantitativos. E o programa Microsoft Office Word 2007 para interpretação dos dados
qualitativos. Estes programas permitiram o cruzamento das informações dadas pelos entrevistados
no sentido de transformá-las em organizações aprendes, ou melhores que estão em constante
mudança e acompanham a dinâmica da vida.

3.6. Limitações do estudo


Quanto ao factor de limitação do estudo foi constatado a ausência de materiais que aborda sobre o
estudo, sendo eles artigos científicos, monografias, teses de mestrados e outros matérias que serviria
para a elaboração do trabalho.

3.7. Aspectos Éticos


De modo a proteger as questões éticas em estudo científicos, o/a pesquisador/a deve garantir que o
anonimato ao entrevistador/a, devendo os mesmos serem identificados/as por código (letra ou
número), que o recomenda a questão relativa ao respeito as questões éticas numa pesquisa. Portanto
para a presente pesquisa não serão codificados os participantes, pese embora os dados serão
maioritariamente apresentados em percentagem.

3.8. Resultados Esperados


Com a presente pesquisa espera-se que sejam alcançados os objectivos da pesquisa e que exista uma
colaboração dos entrevistados no levantamento de dados de modo que se obtenha dados confiáveis
de modo que se possa compilar melhor para obter informações mais precisas. Espera-se também que
o estudo sirva de base de consulta para pesquisas posteriores no âmbito de investigação para
impulsionar novos conhecimentos.

3.9. Cronograma de actividade


Nesta vertente temos como cronograma do projecto a seguinte:
Tempo/Período
Acções a Realizar Fev. -Abril Maio- julho Ago.- Set. Out. - Nov. Dezembro.

26
Revisão de literatura
Trabalho de Campo
Análise e Apuramento
Materialização do
Trabalho
Submissão
Apresentação
Fonte: Elaborado pelo autor (2023)

3.10. Orçamento
Para a concretização desta pesquisa temos como orçamento o valor de 18.250,00, mts.
Material Quant. P.Unit. (mts) V. Total (mts)
No.
1 Bloco de nota 1 50,00 50,00
2 Caneta 4 50,00 200,00
3 Taxa de internet 200 100,00 2000,00
4 Fotocopia 500 100,00 5000,00
5 Impressão 500 2,00 1000,00
6 Transporte 20 500,00 10.000,00
Total 208 161,00 18.250,00
Fonte: Elaborado pelo autor, (2023)

27
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29
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Acrescentado).

Lei nº 32/2007, de 31 de Dezembro (Regulamento do Código do Imposto Sobre o Valor


Acrescentado).

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