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SUMÁRIO
I - INTRODUÇÃO:
• DA PROPRIEDADE
• DA FUNÇÃO SOCIAL DO TERRENO
II – DESENVOLVIMENTO:
DESAPROPRIAÇÃO Vs. EXPROPRIAÇÃO
LEI 8257, DE 26 DE NOVEMBRO DE 1991
DESTINAÇÃO DAS TERRAS (GLEBAS)
DECRETO Nº 577, DE 24 DE JUNHO DE 1992
DECISÃO DO STF / TRF-5 -/RE 635.336 E RE 543.974
III - CONCLUSÃO
EXPROPRIAÇÃO: CULTIVO DE PLANTAS
PSICOTRÓPICAS - PRESUNÇÃO DA CULPA
I - INTRODUÇÃO
Artigo 5º, caput e incisos XXII, XXIII (garante o direito
DA PROPRIEDADE de propriedade, mais lhe outorga a função social).
I - INTRODUÇÃO
NA CF: Art. 186. Aponta os requisitos para que haja função social
DA PROPRIEDADE seja cumprida, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos
em lei.
I - INTRODUÇÃO
NO ESTATUTO DA TERRA, LEI nº 4.504 de 1964, art. 2º, §1º e suas alíneas
II - DESENVOLVIMENTO
DESAPROPRIAÇÃO X EXPROPRIAÇÃO
CONFISCO SANÇÃO
C/ INDENIZAÇÃO S/ INDENIZAÇÃO
SEM CRIME RESP. P . CRIME
INDEPENDE DE CULPA CULPABILIDADE
EXPROPRIAÇÃO: CULTIVO DE PLANTAS
PSICOTRÓPICAS - PRESUNÇÃO DA CULPA
II - DESENVOLVIMENTO
O QUE É EXPROPRIAÇÃO?
II - DESENVOLVIMENTO
O QUE É EXPROPRIAÇÃO?
II - DESENVOLVIMENTO
QUANTO À LEGALIDADE DA EXPROPRIAÇÃO:
II - DESENVOLVIMENTO
DECISÃO DO STF – Informativo 587 de maio de 2010
Concluiu que a responsabilidade do proprietário, embora subjetiva, é bastante próxima da objetiva. Dessa forma,
a função social da propriedade impõe ao proprietário o dever de zelar pelo uso lícito de seu terreno, ainda que não
esteja na posse direta. Entretanto, esse dever não é ilimitado, e somente se pode exigir do proprietário que evite o
ilícito quando evitá-lo esteja razoavelmente ao seu alcance. Ou seja, o proprietário pode afastar sua
responsabilidade se demonstrar que não incorreu em culpa, que foi esbulhado ou até enganado por possuidor ou
detentor. Nessas hipóteses, tem o ônus de demonstrar que não incorreu em culpa, ainda que “in vigilando” ou “in
elegendo”. Segundo o relator, em caso de condomínio, havendo boa-fé de apenas alguns dos proprietários, a sanção
deve ser aplicada e ao proprietário inocente cabe buscar reparação dos demais.
EXPROPRIAÇÃO: CULTIVO DE PLANTAS
PSICOTRÓPICAS - PRESUNÇÃO DA CULPA
II - DESENVOLVIMENTO
DECISÃO DO STF – Informativo 587 de maio de 2010
Salientou que o instituto previsto no art. 243 da CF não é verdadeira espécie de desapropriação, mas
uma penalidade imposta ao proprietário que praticou a atividade ilícita de cultivar plantas
psicotrópicas, sem autorização prévia do órgão sanitário do Ministério da Saúde. Portanto, a
expropriação é espécie de confisco constitucional e tem caráter sancionatório.
Ou seja: O que antes se entendia pela expropriação da parte do terreno, ficou decidido quanto à
totalidade, quando o proprietário não conseguir excluir a responsabilidade, seja subjetiva ou objetiva.
EXPROPRIAÇÃO: CULTIVO DE PLANTAS
PSICOTRÓPICAS - PRESUNÇÃO DA CULPA
II - DESENVOLVIMENTO
DECISÃO DO STF – Informativo 587 de maio de 2010
A expropriação prevista no art. 243 da CF pode ser afastada, desde que o proprietário comprove
que não incorreu em culpa, ainda que “in vigilando” ou “in elegendo”. Com essa orientação, o
Plenário negou provimento a recurso extraordinário em que se discutia a natureza jurídica da
responsabilidade do proprietário de terras nas quais localizada cultura ilegal de plantas
psicotrópicas.
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PSICOTRÓPICAS - PRESUNÇÃO DA CULPA
II - DESENVOLVIMENTO
DECISÃO DO STF – Informativo 587 de maio de 2010
II - DESENVOLVIMENTO
O ministro Edson Fachin deixou consignado seu
entendimento no sentido de ser objetiva a
responsabilidade para fins de expropriação nos
termos do art. 243 da Constituição.
II - DESENVOLVIMENTO
O ministro Teori Zavascki afirmou não ser compatível com
as garantias constitucionais, inclusive com as garantias do
art. 5º, um sistema sancionador fundado em
responsabilidade objetiva pura e simplesmente e que, no art.
243 da Constituição, há hipótese típica de
II - DESENVOLVIMENTO
O ministro Marco Aurélio afirmou que, haja
vista se ter uma norma a encerrar uma sanção
patrimonial, uma expropriação, o critério a
prevalecer, de início, não seria subjetivo, como
ocorre no direito penal, mas objetivo, sendo
possível, no caso, de qualquer
forma, cogitar do elemento subjetivo que é a culpa, por ser ínsito à
propriedade a vigilância pelo titular.
EXPROPRIAÇÃO: CULTIVO DE PLANTAS
PSICOTRÓPICAS - PRESUNÇÃO DA CULPA
III - CONCLUSÃO
“O Estado que não dá a segurança necessária, nem fiscaliza de forma eficaz a ação de grupos
violentos é o mesmo Estado que desapropria, sem indenização, terras de pequenas famílias, de
proprietários de boa fé, fomentando injustiças das mais gravíssimas, quando, na verdade, a finalidade
da lei é clara: punir aquele que tem o dolo e culpa no cultivo dos psicotrópicos.”
“Decisões que violem a razoabilidade caracterizam-se como ilegais e ilegítimas. Diante de uma
interpretação razoável, a responsabilidade subjetiva é a melhor alternativa, com o escopo de garantir o
direito de propriedade e penalizar o criminoso ou o proprietário que anui pelo crime em comento.”
Clarissa Pereira Borges
BORGES, Clarissa Pereira . O dolo ou culpa na desapropriação confiscatória:: uma interpretação à luz da razoabilidade. Revista Jus
Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 19 , n. 3972, 17 mai. 2014 . Disponível em: https://jus.com.br/artigos/28540. Acesso em: 18
set. 2022.