CONVERSÃO DA UNIÃO ESTÁVEL EM CASAMENTO

Art. 226, § 3º, CF e art. 1.726, CC

Pedido formal: petição ao Juiz da Vara de Família

Assento no Registro Civil

Crítica: intervenção judicial X requisitos X

dificuldade X afronta facilidade prevista na CF

 POSSE DO ESTADO DE CASADO
Art. 1.545 e ss, CC

 Prova do casamento mesmo sem o registro

 Situações: registro perdido, não lavrado.

Cônjuges não conseguem meios de comprovação. MOTIVO??

Teoria da aparência e princípio in dubio pro matrimonio

EXCEÇÃO: Se houver certidão de Reg. Civil comprovando outro

casamento anterior
ESTADO CIVIL

Atributo de personalidade: integra a qualificação da

pessoa

Segurança às relações jurídicas

Significado de ordem social, pessoal e patrimonial

EFICÁCIA DO CASAMENTO

 Eficácia erga omnes – impõe-se perante a

sociedade;

 Efeitos de natureza social, pessoal e patrimonial.

Ex: alimentos, direitos sucessórios, estado civil,
presunção de filiação, direito ao planejamento
familiar, etc.

 Intervencionismo estatal na união conjugal. Crítica:

presença invasiva

 Deveres e direitos dos cônjuges: art. 1.566, CC

 Inadimplemento conjugal
=> não afeta = A EXISTÊNCIA,
EFICÁCIA ou VALIDADE DO CASAMENTO

 Quebra dos deveres: violação à boa-fé objetiva, lesando a

legítima confiança do outro. Ações de indenização por dano

moral.

1º DEVER : FIDELIDADE (Art. 1.566, CC)

 Norma social, estrutural e moral.

 Não há como se exigir em Juízo seu adimplemento.

INFIDELIDADE VIRTUAL

 Passado: namoro à distância por meio de cartas,

bilhetes, mensageiro.

 Hodiernamente: espaço virtual, comunicação em tempo

real, internet.

 Período da internet: encontros, confidências e

intimidades protegidas.

 O relacionamento virtual pode ser reconhecido como

infração ao dever de fidelidade?
 Para a doutrina tradicional:

a) Infidelidade física: manutenção de relações sexuais com

parceiros diversos do cônjuge, sem a consciência desse.

b) Infidelidade moral: afronta ao dever de lealdade. Não há

sanção eficiente.

 Tendência atual fala em infidelidade virtual (internet)

adultério (rel. sexual real/físico)

 Qual direito deve prevalecer: do “traído” ou o direito a

intimidade e a vida privada?
 Direito à inviolabilidade do sigilo de correspondência, art. 5º,
XII, CF

 Acesso a emails alheios: invasão de privacidade (art. 5º, X, CF)

 Provas obtidas por meios ilícitos (art. 5º, LVI, CF)

 Para fins de CULPA em casamento não há qualquer sanção,

sanção
até mesmo porque não se fala mais em culpa!

 Para meios de prova: DEPENDE!

 Indenização por dano moral na seara Cível –

NECESSIDADE DE PROVAS
2° DEVER: VIDA EM COMUM NO DOMÍCILIO
CONJUGAL ( Art. 1.566, II, CC)

 Débito conjugal: expressão de natureza religiosa –

finalidade do matrimônio era vista como procriação

 Vida em comum não está ligada ao débito conjugal,

ao “dever de se sujeitar a contatos sexuais com o
companheiro”.

 Comunhão de vida = sentido social e espiritual

 Ausência de vida sexual não anula o casamento

 Descabida a imposição de domicílio conjugal.
conjugal

 Respeita-se a vontade dos consortes.

 Possibilidade de mais de 1 domicílio.

 Abandono de lar (art. 1.573, CC) e conduta

desonrosa (art. 1573, VI): NÃO se invocam mais as
figuras, inexigibilidade de coabitação!
3º DEVER: MÚTUA ASSISTÊNCIA, CONSIDERAÇÃO
E RESPEITO

 Art. 1.566, III e V, CC

 Vínculo de solidariedade; comunhão plena de vida

 Fundamentos da família: afeto, ética e respeito

entre seus membros

 Dever de assistência, mesmo após o rompimento:

obrigação alimentar.
 4º DEVER: SUSTENTO, GUARDA E EDUCAÇÃO DOS
FILHOS

 Base legal: art. 227, CF; art. 4º, ECA; art. 1.566, IV, CC.

 Impõem-se a família o dever de sustento, guarda e

educação dos filhos.

 Dever dos pais ENQUANTO PAIS, não enquanto

casados! O ônus é de ambos!

 A responsabilidade é divisível.

 Abandono material (art. 244, CP)