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ANÁLISE DA DIVERSIDADE

BACTERIANA

Mário Lúcio Lopes


FERMENTEC
Por que Analisar a Diversidade ?
• Avaliar o equilíbrio entre as
populações de bactérias

• Identificar espécies com maior


capacidade de adaptação

• Identificar a origem ou principais


fontes de contaminação

• Verificar se está associada com problemas


no processo industrial (floculação, queda de
rendimento, resistência a antibióticos)
Como Podemos Avaliar Esta
Diversidade?

Utilizando técnicas moleculares como:


• PFGE, PCR, RFLP, RAPD
• Hibridização
• Sequenciamento de DNA
• DGGE
(Eletroforese em Gel com Gradiente Desnaturante)
Análise da Diversidade Bacteriana

 Procedimento:
• Coleta diária e preparo de amostras semanais
compostas (caldo PCTS, mosto e vinho)

• Extração do DNA, amplificação e eletroforese (DGGE)

• Comparação e análise dos perfis de diferentes amostras


Análise da Diversidade Bacteriana

AMOSTRAS
 Interpretação dos Resultados: A B C

• Cada espécie é representada por


uma banda de DNA no gel.

• Comunidades bacterianas idênticas


em duas amostras têm o mesmo
padrão de bandas de DNA

DGGE
Resultados Obtidos nas Usinas
Colombo e São João
Diversidade bacteriana na Usina Colombo
Início: 28/07/02
Término: 05/10/02
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V

C = Caldo PCTS M = Mosto V = vinho bruto


Diversidade Bacteriana na Usina São João
Início: 28/07/02
Término: 17/10/02
1 2 3 4 5 6 7 8 9

C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V

C = Caldo PCTS M = Mosto V = vinho bruto


As comunidades de bactérias são
as mesmas nas Usinas Colombo e
São João ?
As comunidades de bactérias são
diferentes nas duas usinas

COLOMBO SÃO JOÃO


1 2 3 4 5 1 2 3 4 5

C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V
As bactérias são persistentes ou
transitórias ao longo da safra?
Algumas espécies foram persistentes,
mas a maioria foi transitória
COLOMBO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V

= transitórias
= persistentes
Algumas espécies foram persistentes,
mas a maioria foi transitória
SÃO JOÃO
1 2 3 4 5 6 7 8 9

C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V

= transitórias
= persistentes
As comunidades de bactérias no
caldo são as mesmas encontradas
no mosto e no vinho?
Espécies de bactérias no caldo também
foram encontradas no mosto e no vinho
COLOMBO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V
Espécies de bactérias no caldo também
foram encontradas no mosto e no vinho
SÃO JOÃO
1 2 3 4 5 6 7 8 9

C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V C M V
Qual a importância da % terra na
cana para a contaminação do
caldo, mosto e vinho?
TERRA
Qual o impacto da % terra na cana
sobre a diversidade bacteriana ?
COLOMBO: Caldo X Mosto
1 1,0

0,9

0,8 0,9

COEF. SIMILARIDADE
% TERRA NA CANA

0,7

Caldo : Mosto
0,6 0,8

0,5

0,4 0,7

0,3

0,2 0,6

0,1

0 0,5
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
SEMANA

TERRA (%) COEF. SIMILARIDADE - Caldo : Mosto


COLOMBO: Caldo X Mosto
1,0
y = 0,3433x + 0,6126
R = 0,8734
COEF. SIMILARIDADE 0,9

0,8

0,7

0,6

0,5
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1
% TERRA NA CANA

A maior parte das variações que ocorrem nas populações de bactérias no


caldo e no mosto podem ser explicadas pela % terra na cana
O solo é capaz de proteger as
bactérias sob condições adversas?

Como as bactérias interagem com


o solo?
Partículas de solo protegendo
populações de bactérias

Solo

Bactérias

Bactérias promovendo cimentação entre partículas do solo


Interação entre partículas de solo e
populações de bactérias

Hifa de
Colóide fungo
argiloso
Matéria
- - -+
+

Bactérias + - orgânica
+ -
- +
-
Areia

Sedimento
É bom lembrar que:

1 g de solo com 108 bactérias


pode
contaminar

1000 L de caldo com 103 bactérias por mL


O que acontece com a diversidade
de bactérias no vinho?
COLOMBO: Vinho
45 25

40
BASTONETES VINHO (X 10E6)

DIVERSIDADE BACTERIANA
35 20

30
15
25

20
10
15

10 5
5

0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
SEMANA

BASTONETES VINHO (X 10E6) DIVERSIDADE BACTERIANA


COLOMBO: Vinho
7 25

DIVERSIDADE BACTERIANA
ANTIBIÓTICO (mg/L ALC)

20
5

15
4

3
10

2
5
1

0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
SEMANA

ANTIBIÓTICO (mg/L ALC) DIVERSIDADE BACTERIANA


SÃO JOÃO: Vinho
4 25
BASTONETES VINHO (X 10E6)
3,5
20
3

FLOCULAÇÃO %
2,5 15

10
1,5

1
5
0,5

0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9
SEMANA

BASTONETES VINHO (X 10E6) FLOCULAÇÃO %


Contaminação no Vinho e Floculação
São João
6 7 8 9

C M V C M V C M V C M V
CONCLUSÃO
 Primeiro passo - técnica molecular para conhecer a
diversidade bacteriana nas fermentações industriais

 As usinas apresentaram comunidades distintas de bactérias.

 A maior parte das populações são transitórias e variaram ao


longo do período analisado.

 Na Usina Colombo, a % de terra na cana representa um fator


de grande impacto na diversidade de bactérias do caldo,
mosto e vinho.

 Na Usina São João outras fontes contribuem para a


contaminação do mosto e do vinho.

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