Os Modelos de Cultura

Organizacional e seu Impacto

no Bem-Estar dos Trabalhadores

Gisela Ribeiro Rodrigues

Unidade Curricular: Comunicação nas

Organizações
Docente: Carla Cruz

Janeiro de 2023
 Cultura
Organizacional
Bem-estar

Bem-estar - estratégia de gestão

Identificação do funcionário com a cultura empresarial - empregados mais
organizacional - bem-estar saudáveis - mais eficientes - menos
custos saúde - maior produtividade

Autonomia Equilíbrio entre vida

pessoal e profissional Envolvimento com o trabalho
Excesso de
trabalho
Competências individuais
Artigo Âncora

Cultura organizacional e a percepção de autonomia

e excesso de trabalho em contexto de startups
(dos Santos Dala et al., 2022)

Startups - Características das organizações:

 Têm até 10 anos de existência;

 Apresentam tecnologias (altamente) inovadoras

e / ou modelos de negócios bastante
inovadores;

 Têm (lutam por) crescimento significativo de

trabalhadores e/ou vendas
(Kolmann et al., apud dos Santos Dala et al., 2022, p. 13)
Diversos fatores influenciam a cultura de uma organização, como a liderança,
os valores, a missão, os valores, o contexto social, cultural e da empresa, e
os próprios fundadores. O modo como os funcionários percebem estes
elementos e se relacionam com eles marca o que se denomina a cultura
organizacional.

Schein (1992) considera a cultura organizacional como o conjunto de valores,

normas comportamentais, artefatos e padrões de comportamento que
regem a forma como as pessoas interagem e estão empenhadas no trabalho
e na organização.
 Modelo dos valores culturais concorrentes
(Helfrich et al., 2007 – desenvolvido a partir de Muijen e colaboradores (1999)

Foco Interno

Clã (partilha de valores e objetivos, Burocrática (com características de

coesão e participação dos organização mecanicista, orientação
colaboradores, maior delegação por interna, regras bem definidas,
parte das autoridades e garantia da previsibilidade e bom

Controle Estabilidade
investimento em programas de funcionamento, sem muito risco e
desenvolvimento) incerteza)
Flexibilidade
Autonomia

Empreendedora (visão criativa do

futuro, atenta aos sinais ambientais
com rápida respostas a eles, amplo
espaço para a inovação,
criatividade, descentralização da
gestão e relações mais horizontais,
abertura ao risco e à incerteza).
Mercado (foco externo e em
resultados, marcada pela
competitividade e alcance de metas,
com remuneração baseada em
competências)

Foco Externo
Artigo Âncora
Conceitos - Autonomia e Excesso de trabalho

Modelo do Controle das Exigências do Trabalho

desenvolvido por Karasek

Altas exigências organizacionais e baixos níveis de

autonomia por parte dos colaboradores contribuem
para maiores índices de doenças psicossociais, físicas
e mentais
 Artigo Âncora

Hipóteses
1. O modelo de cultura empreendedora será o mais predominante nas
startups?

2. Startups com modelos de cultura organizacional empreendedora e de clã

indicam percepção positiva de autonomia?

3. Startups com modelo de cultura organizacional burocrático e de

mercado indicam percepção negativa de autonomia?

4. Startups com modelo empreendedor e de clã indicam negativa

percepção de excesso de trabalho?

5. Startups com modelo burocrático e de mercado indicam

positiva percepção de excesso de trabalho?
Artigo Âncora

Resultados
Startups - cultura empreendedora com características de clã; dentro de uma
determinada organização podem coexistir diferentes modelos

A autonomia foi percebida em maior escala nos modelos empreendedor e de clã e

menos percebida no modelo burocrático (modelo de mercado não foi significativo)

Excesso de trabalho associado negativamente à cultura de clã;

Uma possível explicação para este resultado pode advir do estudo de Rosenfield
(2004), que concluiu que contextos organizacionais perceptíveis como autônomos
podem ser fontes de excesso de trabalho

Autonomia e excesso de trabalho estão negativamente correlacionadas; ou seja,

quanto maior a percepção de autonomia, menor a percepção de excesso de
trabalho
Análise Crítica

Psicológica
Aborda aspectos como Social
autorrealização, Inclui relações
relações positivas com interpessoais, níveis de
os outros, autonomia, apoio social e
controle no ambiente, percepção de confiança
propósito na vida e
crescimento pessoal
Bem- e justiça no tratamento

Estar

Física
Corresponde aos
indicadores fisiológicos
(Stankevičienė et al., 2021) de saúde e doença no
local de trabalho
Análise Crítica

Bem-Estar
SUBJETIVO

Dimensão cognitiva, em que há um julgamento

em termos de satisfação com a vida, e uma
dimensão emocional, em que as pessoas
avaliam a sua vida a partir da experimentação
de emoções positivas ou negativas

NO TRABALHO:

Prevalência de emoções positivas no trabalho

e as percepções dos indivíduos que, na sua
atividade e ambiente laborais, são capazes de
expressar e desenvolver seu potencial, bem
como suas competências e como consequência
progridem na realização de seus objetivos de
vida

(Santos et al., 2013)

 Análise Crítica

Cultura familiar
Cultura na qual os empregados expressam suas questões e necessidades
relacionadas ao equilíbrio entre a vida profissional e familiar

Dimensões da cultura familiar (Bailyn):

 Flexibilidade temporal: à oportunidade que é dada ao trabalhador de contribuir com

seu próprio ponto de vista, bem como ajustar sua escala de trabalho

 Flexibilidade operacional: nível de controle sobre as condições de trabalho; maior

autonomia para decidir o modo como o trabalho poderá ser realizado

 Supervisão de apoio: apoio direto que é dado aos trabalhador com

responsabilidades familiares diversas

(Stankevičienė et al., 2021)

 Análise Crítica

(Santos et al., 2013)

Seus estudos, baseados em entrevistas qualitativas realizadas com

profissionais de instituições de ensino superior portuguesas, demonstraram
que a cultura organizacional impacta no desempenho dos trabalhadores, em
sua satisfação com a vida e em seu bem-estar no trabalho que, em efeito
cascata, repercute no trabalho com aumentos de produtividade. Os
resultados também demonstraram a importância da cultura de apoio, que
pode ser traduzida como a cultura de clã, na qual os sentidos de pertença e
união, percebidos pelos funcionários levam a índices maiores do bem-estar
no trabalho e, consequentemente, subjetivo.
Análise Crítica

Kim e Jung (2022)

 Análise Crítica

Zhou et al. (2019):

O envolvimento no emprego medeia a relação entre a cultura empreendedora e o bem-estar, e a

cultura de mercado não apenas reforça a relação entre a cultura empreendedora e o envolvimento
no emprego dos trabalhadores, como também apresenta efeito mediador do envolvimento no
emprego.