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AUTISMO 2

PROFª Ma. MARTA M. P. VALENTE


INDICADORES DO DESENVOLVIMENTO E SINAIS
DE ALERTA
DE 24 A 36 MESES
- INTERAÇÃO SOCIAL
 Os gestos e comentários em reposta ao adulto tendem a aparecer
isoladamente ou após muita insistência. As iniciativas são raras, em
vez mostrar os objetos para compartilhá-los.

- LINGUAGEM
 Apresenta repetição de fala de outra pessoa sem relação com a
situação de comunicação
 Apresenta dificuldades ou desinteresse em narrativas referentes ao
cotidiano.
 Tende à ECOLALIA. a distinção de gênero, número e tempo não acontece.
 Cantos e versos só são recitados em repetição aleatória.
 A criança não “conversa” com o adulto.
BRINCADEIRAS
 A criança brinca imitando os papéis dos adultos (de casinha, de
médico, etc), construindo cenas ou histórias. Ela própria e/ou seus
bonecos são os personagens.
 Gosta de brincar perto de outras crianças (ainda que não
necessariamente com elas).
 Demonstra interesse por elas (aproximar-se, tocar, etc)
 Aos 36m, já gosta de propor brincadeiras com outras da mesma
faixa etária.
 A criança com TEA raramente apresenta esse tipo de brincadeira ou
o faz de forma bastante repetitiva.
 Geralmente se afastam de outras crianças, ignorando-as ou
observando-as à distância.
 Quando aceita brincar com outras crianças, em geral, tem
dificuldades em entendê-las.
ALIMENTAÇÃO
 Permanece na mamadeira
 Apresenta recusa alimentar
 Não se adequa aos horários de alimentação
 Pode querer comer a qualquer hora e vários tipos de alimento ao
mesmo tempo
 Pode passar por longos períodos sem comer
 Pode só comer quando a comida for dada na boca ou só comer
sozinha.
 Há início do manuseio dos talheres.
 A alimentação está contida ao longo do dia (retirada das
mamadeiras noturnas).
 É capaz de estabelecer separação dos alimentos pelo tipo de
refeição ou situação ( café da manhã, almoço, jantar, lanche, festa,
almoço de Domingo, etc).
INDICADORES COMPORTAMENTAIS
- Motores:
 Movimentos estereotipados
 Ações atípicas repetitivas: alinhar/empilhar brinquedos, observar objetos muito
perto, prestar atenção exagerada a certos detalhes de um brinquedo, obsessão por
objetos em movimento.
 Dificuldade em virar o pescoço e cabeça na direção de quem a chama, maior
movimentação dos membros de um lado do corpo, movimentos corporais em bloco
e não suaves

- Sensoriais:
 Hábito de cheirar e/ou lamber objetos
 Sensibilidade exagerada a determinados sons (liquidificaor, secador, etc), reagindo e
eles de forma exacerbada.
 Insistência visual em objetos que piscam, com luzes, bem como partes que giram
 Rotinas ritualizadas (beber no mesmo copo, alimentos dispostos sempre da mesma
maneira, assistem sempre o mesmo DVD)
 Mudança = crises de choro, gritos ou intensa manifestação de desagrado.
- Fala:

 Ecolalia imediata – repetem palavras que acabaram de ouvir


 Ecolalia tardia - Emitem falas ou slogans e vinhetas da televisão, sem
sentido contextual
 Não operam a modificação no uso de pronomes
 Podem apresentar características peculiares na entonação e no
volume de voz.
 Perda das habilidades da fala pode ser gradual ou aparentemente
súbita.

- Aspectos emocionais:
 Expressividade emocional menos freqüente e mais limitada.
 Dificuldade de se aninhar no colo dos cuidadores.
 Extrema passividade no contato corporal.
 Extrema sensibilidade em momentos de desconforto.
 Dificuldade de encontrar formas de expressar as diferentes
preferências e vontades.
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
 Entrevistas de anamnése, com familiares.
 Avaliação da interação social, por meio de brincadeiras
 Entrevistas (no caso de adolescentes e adultos) que apresentem
linguagem oral.
 Avaliação das áreas cognitiva e neuropsicológica
 Entrevista devolutiva para os familiares.

 Identificação dos alvos que farão parte do trabalho clínico, mais


especificamente os aspectos emocionais, sociais e comportamentais.
 Atuação na avaliação e intervenção no impacto emocional da
comunicação do diagnóstico, e intervenções voltadas para a família.
 As intervenções psicológicas podem constituir um espaço de escuta e
de orientações que objetivem: apoio e acolhimento da família da
pessoa com TEA.
AUTISMO E SÍNDROME DE ASPERGER
 Hardy et al (2002) esclarece que o termo síndrome de Asperger tem
sido utilizado para um diagnóstico semelhante às deficiências do
autismo, mas as pessoas que apresentam esta síndrome tendem a
apresentar maiores habilidades linguísticas e intelectuais.

 Wing (1996) afirma que embora a síndrome de Asperger não seja


conhecida há muito tempo, ela está entre subgrupos, de uma série de
distúrbios, que afetam interação social e a comunicação.

 A distinção entre autismo e síndrome de Asperger não é


universalmente aceita. O quadro de autismo e síndrome de Asperger
tem similaridades nos quesitos de diagnóstico. A diferença está apenas
em que na síndrome de Asperger a memória é privilegiada e os
aspectos cognitivos e da Linguagem não apresentam atraso.
COMPARAÇÃO ENTRE AUTISMO DE KANNER E
SÍNDROME DE ASPERGER

 Autismo de Kanner

- Incapacidade de se relacionar afetivamente com as pessoas


desde os primeiros anos.

- Uma ansiedade excessiva e desejo de manter na mesmice.

- Falta da Linguagem falada ou uso da Linguagem sem Intenção


comunicacional.

- Sensibilidade acima da média para estímulos internos e externos.

- Fascinação por objetos como uma folha, tampas ou cordas, que


são tratados com habilidade e destreza.
SÍNDROME DE ASPERGER

 - Falta de reciprocidade e empatia nas interações sociais, apesar


de desejar certo grau de Interação.

- Dependência de rotinas repetitivas e uma necessidade de


uniformidade nos ambientes.

- Habilidade de memorização de detalhes dentro de um estreito


campo de interesse.

- Fala formal desenvolvida prematuramente, mas mecânica e


pode parecer estranha e pedante.

- Atenção acima da média para estímulos externos e internos.

- Falta de destreza motora – marcha e postura diferenciadas.

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