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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - CCS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA - DEF


FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 
 
 
JONATHAN FELIPE DE MORAIS COSTA
CYNTHYA SILVA EMERENCIANO DE LIMA TINÔCO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL, 2021
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
Trabalho apresentado à disciplina de fisiologia do
exercício do Departamento de Educação Física da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
como requisito para obtenção de parte da nota da
unidade I.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

NATAL, 2021
Introdução

 Após a ingestão, digestão e absorção, os produtos da digestão circulam no


sangue e são oxidados para a produção de energia. Esses substratos serão convertidos a
co2 e h2o e para isso é necessário a utilização do o2 obtido através da respiração.
Existem dois tipos principais de metabolismo energético (aeróbio e anaeróbio) e esses
são bastante afetados pela atividade física. Nos exercícios aeróbios o corpo tem um
aporte constante de oxigênio para produzir ATP, oferecendo ao indivíduo uma grande
quantidade de energia. O metabolismo aeróbio utiliza principalmente gorduras e
carboidratos como fontes de energia. Esse processo é capaz de devolver por volta de 36
moléculas de ATP para cada molécula de glicose oxidada. De maneira geral, atividades
que durem mais de três minutos dependem principalmente do metabolismo aeróbio de
energia. Nos exercícios leves e moderados a energia produzida será prioritariamente
pelo metabolismo aeróbio. Com o aumento da intensidade do exercício até um ponto em
que o corpo passa a não ter tempo para usar oxigênio na produção de energia, o sistema
passará a ser prioritariamente o metabolismo anaeróbio, que é o processo fisiológico
que possibilita a produção de energia sem utilizar o oxigênio. Apenas carboidratos
podem ser utilizados para a produzir energia sem uso de oxigênio, o tornando crucial
para o metabolismo anaeróbio.

Materiais e métodos
O estudo foi realizado com 8 indivíduos, todos entre 18 e 20 anos, com altura
entre 149 cm e 182 cm e peso entre 50 kg e 90 kg. Os foram coletados dados com cinco
intensidades: 60w, 90w, 120w, 150w e 180w, cada uma com duração de 4 minutos.
Foi Utilizado um analisador de gás para obter a troca gasosa. Inicialmente,
utilizamos o VO2 e o VCO2 para calcular o coeficiente (QR) e, a seguir, utilizamos
uma tabela que demonstra o valor, em gramas, da quantidade de gordura consumida.

INTENSIDADE/ 60W 90W 120W 150W 180W


INDIVÍDUO
1 0,86g 1,32g 1,669 0,944g 0,385g
g
2 1,236g 1,808g 1,424 0,816g 0g
g
3 1,821g 1,736g 1,84g 1,228g 0,806g
4 1,464g 1,996g 1,736 2,172g 0,357g
g
5 1,556g 1,808g 1,924 1,812g 0g
g
6 1,136g 1,068g 0,572 0,599g 0g
g
7 1,564g 2,004g 2,576 1,432g 0,947g
g
8 1,504g 1,692g 1,964 0,408g 0,780g
g
Discussão
O Quociente Respiratório (QR = VCO2 /VO2) metabólico varia de 0,7 a 1,0 e
estima a contribuição energética relativa de carboidratos e gorduras, permitindo
estimativa do gasto energético. O QR 1, significa que o indivíduo está necessariamente
oxidando muito mais glicose e o exercício provavelmente é de alta intensidade. Isso se
deve ao fato de que exercícios de alta intensidade usam principalmente a via metabólica
anaeróbia. Sendo assim, o único substrato utilizado para produzir energia é o
carboidrato.
QR entre 0.7 e 0.9, o indivíduo está praticando atividades entre leves e
moderadas, pois, nessa faixa de QR ele utiliza tanto carboidratos, bem como lipídios nos
processos de obtenção de energia e isso, em relação ao metabolismo energético,
significa que pode ser tanto aeróbio, como anaeróbio. Entretanto, provavelmente ocorre
predominância da via aeróbia. A explicação para um QR maior que 1 em esforço
intenso está relacionado a maior produção de Co2, independentemente do metabolismo
energético e gerar QR > 1.0 durante exercício intenso.

REFERÊNCIAS

DE FREITAS, E. C.; NOBREGA, M. P.; TRONCOM, F. R.; FRANCO, G. S.


METABOLISMO LIPÍDICO DURANTE O EXERCÍCIO FÍSICO: MOBILIZAÇÃO DO
ÁCIDO GRAXO. Pensar a Prática, [S. l.], v. 15, n. 3, 2012. DOI: 10.5216/rpp.v15i3.15698.
Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/15698. Acesso em: 5 jul. 2021.

DIENER, J.R.C.. Calorimetria indireta. Revista da Associação Médica Brasileira, [S.L.], v. 43,
n. 3, p. 245-253, set. 1997. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1590/s0104-42301997000300013.
Acesso em: 5 jul. 2021.

CARNEIRO, J. A.; BRAGA, M. A. O. Exercício físico e o metabolismo de gordura: influências


na obesidade.EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 155, Abril de 2011.
http://www.efdeportes.com/
Acesso em: 5 jul. 2021.

LINS, Tatiana Acioli; NEVES, Pedro Rogério da Silva; COSTA, Manoel Cunha; PRADO,
Wagner Luiz. Efeitos de diferentes intensidades de exercício sobre o gasto energético e a
sensação de fome em jovens. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano,
[S.L.], p. 359-366, 2010. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.5007/1980-
0037.2010v12n5p359.
Acesso em: 5 jul. 2021.

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