ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Os Itinerários Formativos são a grande novidade do Novo Ensino Médio. O objetivo de sua implementação, assim como toda
a renovação do segmento, é atender às necessidades dos jovens e reduzir as defasagens dos anos finais da Educação
Básica. Buscando dar significado ao conhecimento e torná-lo mais compatível com os objetivos dos discentes, esses
Itinerários são a trilha para diferentes destinos. Confira neste material tudo sobre os Itinerários e sua implementação.

O QUE SÃO OS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Os Itinerários Formativos são um conjunto de
unidades curriculares e o objetivo de sua oferta
é possibilitar que os estudantes aprofundem
seus conhecimentos. Essa é a parte flexível do
currículo do Ensino Médio, já que as escolas
podem definir como eles serão ofertados e os
alunos decidem quais Itinerários querem seguir.
Além disso, os Itinerários são pensados com base
em Eixos Estruturantes e cada Itinerário deve
passar por pelo menos um deles.
Investigação científica:
Investigação da realidade, conhecimento de
práticas e produções científicas, habilidade de
pensar e fazer científico para promover a melhoria
da qualidade de vida da comunidade.  
Processos criativos:

Conhecimento de arte, cultura, mídia, do pensar e

fazer criativo, construção de soluções inovadoras

EIXOS ESTRUTURANTES
para a vida em comunidade.

Mediação e intervenção sociocultural:

Conhecimento das questões relacionadas à vida

humana e ao planeta, atuação socioambiental e
cultural, mediação de conflitos e problemas
da comunidade.

Empreendedorismo

Conhecimento do mundo do trabalho, de

iniciativas empreendedoras, articulação do próprio
projeto de vida, uso de criatividade e inovação para
atuar com protagonismo na comunidade. 

COMO ORIENTAR A ESCOLHA DOS ITINERÁRIOS FORMATIVOS

A escolha dos Itinerários Formativos precisa ser muito bem
orientada pela escolha. Isso porque, mesmo que exista a
possibilidade de troca dos Itinerários, o ideal é que a
trilha seguida seja coesa para que seus objetivos
sejam atingidos com sucesso. O ideal é que a escola
tenha um profissional especificamente responsável
por essa orientação que será feita em conjunto com
a construção do Projeto de Vida dos alunos.

O PROJETO DE VIDA

A ideia para o desenvolvimento do Novo

Ensino Médio é que ele tenha significado
para os jovens. Como os estudantes
possuem vivências e destinos
distintos, não faz sentido que todos
se aprofundem nas mesmas áreas de
conhecimento. Sendo assim, é dada
a possibilidade de jornadas diferentes
durante o Ensino Médio. Mas, como
definir a jornada adequada?

O Projeto de Vida é a resposta para

essa pergunta. Com o auxílio de um
orientador, os alunos podem traçar
caminhos a partir dos objetivos que
querem alcançar. À escola cabe a
criação de espaços de diálogo,
apresentando aos discentes suas
possibilidades. Isso pode ser feito a
partir de uma avalição dos interesses
e objetivos dos alunos. Por isso, o
Projeto de Vida é fundamental, já que
é ele que guiará alunos e alunas a fazer
escolhas responsáveis e conscientes, em
diálogo com seus anseios e aptidões.  

IMPLEMENTANDO O PROJETO DE VIDA

O Novo Ensino Médio baseia-se na ideia de que para
que o conhecimento tenha significado é preciso que esteja
de acordo com os objetivos dos alunos. O Projeto de Vida deve
ser trabalhado ao longo de todo o Ensino Médio e por isso é
importante determinar quem será o responsável por esse processo.
A escola conta com um Orientador Pedagógico? A presença desse
profissional é muito importante para traçar junto aos educandos uma
trilha ao longo dos três anos do segmento. 
Em muitas instituições, o Orientador Pedagógico acumula diferentes funções, o
que pode prejudicar seu papel como orientador. Desse modo, é importante que
exista a escuta desses profissionais, para que seja possível traçar uma rotina
cuja prioridade seja o desenvolvimento do Projeto de Vida dos discentes. Além
disso, também é importante conversar com os jovens sobre suas expectativas e
buscar que eles entendam o que é o Projeto e Vida e como ele pode impactar nos
seus estudos e futuro.

Preparativo para vestibulares:

o objetivo dos Itinerários Formativos é ser como

O QUE NÃO SÃO ITINERÁRIOS FORMATIVOS

Como toda novidade, os Itinerários Formativos
ainda são motivo de dúvidas para muitos gestores.
Isso porque, apesar da reformulação dar liberdade
e autonomia para as escolas quanto à oferta
dessas trilhas de aprendizado, é preciso se ater às
definições de Itinerários para não cometer erros.
Assim, não são Itinerários formativos:
uma trilha para o Projeto de vida dos alunos.
Sendo assim, não se trata de um preparo para os
vestibulares ou Enem, já que esse pode não ser o
objetivo dos discentes. 
Reforço escolar ou tempo para trabalhar exercícios
da Formação Geral Básica:
os Itinerários não são um tempo extra do aluno na
escola para trabalhar o que foi visto na Formação
Geral Básica.

Tempo para aula de Educação Física:

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) inclui
no ensino médio, obrigatoriamente, estudos e
práticas de educação física, independente da(s)
área(s) de aprofundamento que o estudante
escolher em seu Itinerário Formativo. Portanto,
essas atividades estão incluídas na parte do
currículo referente à Formação Geral Básica. 

Aula de recuperação:
Mais uma vez precisamos ressaltar que os
Itinerários Formativos precisam ser uma oferta que
vai além das disciplinas da Formação Geral Básica.
Logo, sua carga horária, de 1200 horas totais, não
pode ser utilizada para tratar dos componentes
curriculares comuns a todos os alunos.  

O Novo Ensino Médio é uma resposta às defasagens de ensino do segmento, desmotivação

dos jovens e alto índice de evasão escolar. Buscando dar mais significado ao conhecimento, o
tornando compatível com as expectativas dos discentes, os Itinerários Formativos são a trilha
para o futuro que esses alunos esperam ter. Sua implementação fica a cargo da escola que
deve sempre analisar a necessidade dos estudantes e suas condições para oferta.

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