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AULA 1: HAS I

1. Conceituar PA/HAS
a. Quais são exemplos de compartimentos corporais que gozam da pressão?
Pressão ocular, pressão intracraniana, pressão pleural, pressão arterial, pressão venosa,
pressão do ouvido médio
b. Quais são as leis dos compartimentos pressóricos?
i. Quanto menor a pressão, maior o desempenho e menor será o consumo energético
ii. Quanto menor a pressão, melhor, desde que não haja comprometimento funcional
iii. Pressões elevadas levam a alterações morfofuncionais
c. Defina hipertensão arterial
Condição clínica multifatorial caracterizada pelo aumento sustentado dos níveis pressóricos
iguais ou maiores a 130mmHg e/ou 80mmHg

2. Importância epidemiológica das HAS


a. Quais são fatores de risco?
i. Consumo de sal
ii. Obesidade
iii. Raça: negros
iv. Sexo: mulheres
v. Idade: velhos
vi. Conteúdo genético
vii. Dislipedemia
viii. Alcoolismo
ix. DM

b. Qual importância epidemológica?


É a terceira causa cardíaca de morte no Brasil, prevalente em ⅓ da população, associada a
distúrbios metabólicos e alterações morfofuncionais dos órgãos-alvo.
Associada a eventos como IAM, AVE, doença vascular periférica e insuficiência cardíaca.

3. Reconhecimento diagnóstico das HAS


a. Como é feita a avaliação inicial de HAS?
- Medição da PA: Confirmação do diagóstico
- História médica: Investigar causas secundárias
- Exame físico: Avaliar risco cardiovascular
- Exames laboratoriais: Avaliar lesão nos órgãos-alvo
b. Em relação ao tratamento, o que difere a HAS idiopática das secundárias?
As secundárias, em geral, tem tratamento enquanto a idiopática não.
c. Qual é a conduta na suspeita de HA secundária à coarctação de aorta?
A medição deve ser realizada nos membros inferiores
d. Explique o preparo do paciente para a medição.
O médico deve informar ao paciente sobre a medição, e este deve descansar por 3 minutos em
ambiente calmo e instruído a não conversar.
O médico deve verificar que o paciente não fumou há 30 minutos, não realizou exercícios
físicos há 60', não comeu ou ingeriu bebidas alcoólicas ou café, não está de bexiga cheia. (F-
E-I-B).
O paciente precisa estar sentado com as pernas descruzadas, dorso encostado, pés no chão.
O braço na altura do coração, apoiado, com a palma para cima e sem estar garroteado por
roupas.
ATENÇÃO: Medir em pé em casos de suspeita de hipotensão ortostática (diabetes, idosos)
e. Explique as etapas da esfigmomanometria

1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olécrano;

2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço;

3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa


cubital;

4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial;

5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial

6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o diafragma do estetoscópio sem
compressão excessiva;

7. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS obtido pela palpação;

8. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo);

9. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a
velocidade de deflação;

10. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff);

11. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e depois
proceder à deflação rápida e completa;

12. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de
Korotkoff) e anotar valores da PAS/PAD/zero.

13. Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de um minuto.

• Medições adicionais deverão ser realizadas se as duas primeiras forem muito diferentes.

• Caso julgue adequado, considere a média das medidas;

14. Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar o valor do braço onde foi obtida a maior
pressão como referência;

15. Informar o valor de PA obtido para o paciente;

16. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos” e o braço emque a PA foi medida

4. Importância clínica da HAS


a. Diferencie o "Efeito do avental branco" com a "Hipertensão do avental branco"
No efeito, a pressão medida em consultório supera em até 20mmHg, enquanto a Hipertensão
supera em mais do que isso.
b. Explique a hipertensão mascarada
Na hipertensão mascarada, o paciente tem a pressão normal no consultório e aumentada na
medição domiciliar (MAPA ou MRPA).

AULA 2: SÍNDROME DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA


1. Conceitue a Síndrome da Insuficiência Cardíaca
Síndrome clínica complexa decorrente da incapacidade do coração de bombear sangue para atender
às necessidades metabólicas tissulares - seja ofertando nutrientes ou retirando metabólicos - ou por fazê-lo
somente com elevadas pressões de enchimento.

2. A IC pode ser decorrente de alterações estruturais ou funcionais cardíacas. Quais são as 3


principais alterações estruturais?
1. pericardio → pericardite por lúpus
2. cardiomiopatia → principalmente virais
3. valvopatias

3. Os sinais e sintomas típicos de IC resultam da redução no débito cardíaco e/ou das elevadas
pressões de enchimento no repouso ou no esforço. Qual é a fórmula do débito cardíaco?
DC = VS X FC

4. Preencha a tabela com as classificações de Insuficiência Cardíaca


CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A FRAÇÃO DE
EJEÇÃO
Normal (maior ou igual 50%)

Intermediária (49% - 40%)

Reduzida (menor que 40%)

CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A GRAVIDADE


DOS SINTOMAS
I: Ausência de Sintomas

II: Sintomas leves


*NYHA II apresentam sintomas mais estáveis e
internações menos frequentes, mas podem cursar com III: Sintomas moderados
morte súbita.
IV: Sintomas graves

CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A


PROGRESSÃO DA DOENÇA
A → Risco de ICC, mas sem sintomas ou lesões estruturais
estabelecidas (ex: HA, dislipedemia, tabagismo, alcoolismo,
miocardiopatia alcoólica)

B → Doença estrutural cardíaca presente, sem sintomas de IC

C → Doença estrutural presente, sintomas prévios ou atuais da IC

D → IC refratário ao tratamento clínico, requer intervenção


especializado

CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A


TEMPORALIDADE
Aguda

Crônica

5. A IC acomete cerca entre 17,4% naquelas com idade maior ou igual a 85 anos, a sobrevida após
5 anos de diagnóstico é de apenas 35%. Quais são os principais sinais e sintomas?
a. SINAIS: 3˚ BULHA, impulso apical desviado para a esquerda, refluxo hepatojugular, pressão
venosa jugular elevada
b. SINTOMAS: ORTOPNEIA (Surgimento ou agravamento da dispneia com a adoção da posição
horizontal), dispneia paroxística noturna, fadiga
6. Quais são as fases do enchimento ventricular? Como a fibrilação atrial afeta essas fases?
Fase 1: enchimento rápido (75% débito ventricular): momemto em que ocorre B3
Fase 2: enchimento lento (10%)
Fase 3: contração atrial (15%)

A fibrilação atrial é a arritmia mais comum, de modo que o átrio fica sem efetividade funcional,
acometendo fases 2 e 3. Por isso perde cerca de 30% do seu débito ventricular.

7. Quais são os principais determinantes de complascência ventricular esquerda?


Espessura da parede, composição da parede miocárdica ( fibrose, inflamação, isquemia, infiltrado),
presença de restrição pericárdica, diâmetros da câmara, grau de relaxamento do VE ( isquemia ou
hipertrofia miocárdica causam défict do relaxamento) e curva de pressão/volume do VD ( disfunção de
VD com regimes pressóricos elevados podem afetar a complacência do VE).

8. Quais são os mecanismos de B3?


Aumento do fluxo na fase de enchimento rápido e redução da complacência ventricular.

9. Aumentam a velocidade do sangue na fase de enchimento rápido:


- PVC elevada (onda v do pulso venoso)
- Relaxamento do VE (aumenta a diferença de pressão entre AE-VE)
- Hipervolemia
- Estados hiperdinâmicos (anemia, febre, tireotoxicose)

10. Como diferenciar B2 desdobrada de B3?


- B3 desaparece com ortostatismo (de pé)
- B2 desdobrada costuma ser mais audível no 2 e 3 espaços intercostais enquanto B3 é mais
facilmente identificada no ápcie
- B2 desdobrada é um som de alta frequência (mais evidente quando auscultada com o
diafragma) e B3 é uma bulha de baixa frequência (mais clara com a campânula)

11. Explique a 4˚ BULHA CARDÍACA


É resultado do aumento da intensidade da contração do AE e ou AD no final da diástole. A presença
da 4˚ bulha é sempre indicativa de patologia cardíaca (aumento da rigidez da parede cardíaca).
A combinação de B1, B2 e B4: ritmo de galope atrial.
A combinação de B1, B2, B3 e B4: ritmo de gsalope quadruplo

AULA 3: SÍNDROME DA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA


1. Que exames são úteis na Insuficiência Cardíaca?
- O RX de tórax avalia a área cardíaca global e sinais de congestão.
- Pelo ECG, posso inferir alterações que se relacionam com IC. Avaliamos: ritmo, crescimento
de cavidades, problemas de condução e frequência cardíacos.
- Pela tomografia, realizamos o estudo vascular (angiotomografia)/
- Ecocardiograma é o exame padrão ouro, avalia: fluxos transvalvares, contratilidade e calculo
de fração de ejeção.
- Através da ressonância, avaliamos detalhes da parede (isquêmico x não isquêmico).
- As porções NT-proBNP e BNP dos peptídeos natriuréticos nos permitem diagnóstico!

2. Quais são as comorbidades e fatores precipitantes?


Não cardiovasculares: anemia, disfunção renal, doenças pulmonares, disfunção tireoideana, diabete
Cardiovasculares: isquemia, HA, disfunção valvar

3. Quais são as estratégias terapêuticas?


Prevenção: ingestão de sal e açúcar
Redução de PA
Controle de doenças crônicas
Alcoolismo e tabagismo
Tratamento da obesidade (perigoso demais acima de 27)
Tratamento farmacológico

4. Quais são os quatro grupo farmacológicos?

Inibidores da enzima de captopril


conversão: IECA

Bloqueadores de receptores da Losartana


angiotensina II (BRA II)

Bloqueadores beta- Metoprolol e Carvedilol


adrenérgicos

Diuréticos

AULA 4: AVE
1. Descreva a ramificação da A. aorta
A A. aorta se ramifica em: A. subclávia esquerda, A. carótida comum esquerda e Tronco
braquicefálico.
O Tronco Braquicefálico se divide em: A. carótida comum direita e A. subclávia direita.

Cada subclávia emite como ramo uma A. vertebral.


Cada A. carótida comum emite como ramo uma A. carótida interna.

2. Conecte a ramificação da A. aorta com o Polígono de Willis


O Polígono de Willis é formado pelo sistema Vertebro-basilar (originário das A. vertebrais) e Carotídeo
(originário das A. carotídeas internas).

3. Descreva a drenagem venosa superficial e profunda do encéfalo


A drenagem venosa superficial drena o córtex e substância branca, formada por veias cerebrais
superficias que desembocam nos seios da durá-matér.
A drenagem venosa profunda drena o sangue de regiões situadas mais profundamente no cérebro, a
veia mais importante deste sistema é a veia cerebral magna ou veia de Galeno, para a qual converge todo o
sangue do sistema venoso profundo do cérebro.

4. Descreva as meninges e indique a hemorragia entre elas


OSSO
→ epidural
DURA-MÁTER
→ subdural
ARACNÓIDEO
→ subaracnóidea
PIA-MÁTER
CÉREBRO → intraparenquimatosa

5. O que são e como se dividem os acidentes vasculares?


São condições clínicas causadas pela obstrução do fluxo sanguíneo ou ruptura vascular
Se dividem entre: AVE, IAM, Trombose mesentérica, Tromboembolismo pulmonar e
Tromboembolismo periférico.

6. Qual é o conceito de AVE?


Síndrome que se manifesta repentinamente por alterações neurológicas focais ou por generalização
para estado de coma com duração maior que 24 horas ou que levam à óbito e que NÃO podem ser
explicadas por outras causas, que não vascular (ex: trauma, epilepsia)...

AULA 5: AVE
1. Hemorragias no espaço epidural e subdural, em geral, surgem por trauma. Diferencie o quadro
clínico entre hematoma epidural e subdural.
O hematoma epidural causa um quadro clínico conhecida como "fala e morre", ou seja, o paciente
está lúcido e subitamente morre.
O hematoma subdural causa défits localizados, anisocoria e alteração do nível de consciência.

2. O AVEHemorrágico compõe apenas 20% dos AVE, no entanto causam consequências mais
graves. Como é feita sua classificação?
A classificação é feita conforme a LOCALIZAÇÃO e PROFUNDIDADE.
O AVE pode ser localizado ou difuso.
Localizado: intraparenquimatoso
Difuso: subaracnoideo e intraventricular

O AVE pode ser superficial ou profundo


Superficial: AMAV (jovem) e angiopatia amilóide (idosos)
Profundo: hematoma hipertensivo

3. Qual é a principal causa de hemorragia subaracnoidea?


Aneurisma: dilatação anormal da parede da A. cerebral

4. Qual é a conduta pré-hospitalar?


Avaliação do ABCDE, sinais vitais, sinais de AVE (assimetria facial, fala anormal e debilidade dos
braços).
Escala FAST: Face (paresia); Arm (força), Speech (fala); Time (horário dos sintomas).
Oxigênio, glicosimetria capilar e acesso venoso.

5. Qual é a conduta hospitalar?


Anamnese + Avaliação neurológica + escala de Glasgow + tomografia → internação na UTI
Trombólise (tempo limite: 4h30) → contraindicado para HA, RNI > 1,7, uso de heparinanas últimas 48h
ou
Trombectomia

6. O que caracteriza a síndrome de hipertensão intracraniana?


Vômito em jato, cefaleia, abaulamento de fontanela em bêbes e papiledema

AULA 6: SÍNDROME METABÓLICA


1. O que é Síndrome Metabólica?
É uma condição clínica caracterizada pelo agrupamento de anormalidas fisiopatológicas como HA,
resistência à insulina, intolerância à glicose, hiperinsulinemia, obesidade e dislipedemia.

2. Quais são os dois critérios antropométricos úteis no diagnóstico de SM?


IMC (acima de 30) e relação cintura/quadril (acima de M: 0,8 e H: 0,9).

3. Escreva os valores de referência dos itens abaixo:


a. Triglicérides: limite 150mg/dL
b. HDL: H: < 35mg/dL, M < 39mg/dL
c. HA: PA > 130/80 mmHg
d. Microalbuminúria: > 20g/min
e. Albumina/creatinina: > 30mg/g

4. A SM é assintomática ou sintomática (astenia, desconforto abdominal, náuseas…), sendo a


manifestação mais importante a esteatose-hepática. Conceitue esteatose hepática não
alcóolica (EHNA).
A esteatose-hepática é uma condição em que existe deposição de gordura no fígado, seguida de
instalação de processo inflamatório, ativação de fibroblastos, fibrose, cirosse e carcinoma hepatocelular.

5. Relacione EHNA e DHGNA.


A EHNA faz parte do espectro das DHGNA. A DHGNA é o acúmulo gorduroso no fígado, com
inflamação e sem histórico de uso excessivo de álcool.
A DHGNA é mais comum em homens hispânicos, prevalente em 25% da população mundial e
associada a demência, sarcopenia, disfuncão autonômica e esclerose de valva aórtica.'

6. A EHNA foi relacionada ao gene PNPLA3 ativo. Em relação à fisiopatologia, quais são as
Teorias dos desencadeadores?
Estresse oxidativo (TNFalfa) e excesso de energia (resistência insulínica).

7. Atualmente, sabe-se que as enzimas hepáticas não são bons marcadores. Quais são os meios
utilizados a fim de diagnosticar EHNA?
A ultrassonografia, que é barata, não-invasiva e fácil mas é comprometida com excesso de fibrose e
necrose
A biópsia de fígado, que é padrão de ouro, ainda que cara e invasiva. Indicada em caso de altas
suspeitas de EHNA, dúvidas diagnósticas, fibrose avançada sugerida por US, aminotransferases elevadas por
mais de três meses e portadores de SM sem controle por medidas comportamentais por mais de 6 meses.

8. Quais são as três frentes de tratamento da EHNA?


a. Não medicamentoso: dieta, atividade física, não beber álcool
b. Medicamentoso:
i. controle das comorbidades conhecidas (ex: antidiabéticos e antihipertensivos),
ii. hipolipemiantes e bloqueadores dos receptores de angiotensina
iii. ácido ursodeoxicólico e vit E (controle da lesao hepática)
c. Cirúrgico: Cirugia bariátrica

AULA 7: DOR TORÁCICA I - Dor de origem não coronariana


1. O que é dor?
É o quinto sinal vital. Sensação desagradável associada à lesão tecidual potencial ou real.
2. Diferencie dor aguda de dor crônica.
A dor aguda é inédita, como sinal de alerta ao corpo de dano tecidual, é localmente específica e
responde ao uso de analgésicos.
A dor crônica persiste pelo tempo de cicatrização/cura (3 meses), é difusa e não responde ao uso de
analgésicos. Em geral, apresenta boa resposta a psicoterapia e uso de antidepressivos. Acontece na
presença ou ausência de patologias demonstráveis.
3. Diferencie dor nociceptiva, neuropática, mista, miofacial e fibriomiálgica.
A dor nociceptiva é decorrente de dano tecidual demonstrável. Ex: artrose
A dor neuropática é decorrente de disfunção do SN, podendo ser originária de dor nociceptiva. Ex: dor
torácica pós herpética.
A dor mista é uma mistura das dores nociceptiva e neuropática, é puramente somática, e requer
presença de ponto-gatilho e região referida.
A dor miofacial apresenta sensibilidade aumentada sobre ponto de contratura muscular, com dor
referida.
A dor fibriomiálgica é uma dor crônica disseminada, que acompanha fagida, depressão, distúrbios do
sono e perda cognitiva. O diagnóstico é clínico com 11 de 18 pontos de dor relatados.

4. A síndrome de dor torácica é uma das queixas mais comuns no PS. Quais são as possíveis
etiologias?
Musculoesquelética, esofágica, respiratória, psicológica e coronariana.
5. Descreva os seguintes quadros clínicos:
a. Dissecação da aorta: camada muscular da aorta se desloca, criando uma falsa luz. Os fatores
de risco são: S. de Marfan, HA e trauma torácico. O alargamento da aorta no RX é um indicativo. E o
tratamento é cirúrgico (tromba de elefante). A dor típica é "em rasgo".
TIPO A: Aorta ascendente; TIPO B: A. subclávia esquerda
b. Embolia pulmonar: obstrução da A. pulmonar por coágulo, ar, gordura ou tecido. A dor
torácica acompanha DISPNEIA e SÍNCOPE. No ECG, verifica-se taquicardia sinusal e bloqueio completo do
ramo direito.
c. Herpes zoster torácico: restrita a pacientes com histórico de variela; se caracteriza por
erupções cutâneas. Sintomas prodrômicos: alodinia (transmutação do tato e dor / roupa), febre baixa, prurido
e sensibilidade.

O tratamento é feito com corticoides (prednisona), antiviral (aciclovir/valaciclovir), analgésico


(paracetamol, dipirona), opióides (codeína, tramadol) e antidepressivo (amitriptilina).

d. Pericardite: dor em aperto aliviada em prece maometana, piora na inspiração e na posição


horizontal. Sintomas prodrômicos: gripe, mialgia, febre baixa. Acompanha atrito pericárdico na ausculta.
e. Pneumomediastino: Ruptura alveolar com a diseseção do ar no interstício mediastinal
pulmonar. Mais comum em pacientes desnutridos, alcoolatras, oncológicos
f. Síndromes psicogênicas
i. S. de Da Costa: manifestação conversiva que simula um IAM
ii. S. do coração de soldado

AULA 8: DOR TORÁCICA II - Dor de origem coronariana


1. Quais são as regiões irrigadas pelas coronárias direita e esquerda?
Direita: átrio d (nó SA), (nó AV), ventrículo d, ⅓ do septo interventricular
Esquerda: átrio e, ventrículo e, ⅔ septo interventricular
*lembrar que ventrículo esquerdo é 3x maior que o direito, e tem paredes anterior, lateral e inferior
2. Defina angina pectoris.
Angina pectoris é uma síndrome clínica caracteriza por dor ou desconforto em tórax, epigástrio,
mandíbula, dorso ou membros superiores, desencadeada ou agravada com atividade física ou estresse
emocional, com duração de 30'' a 15', atenuada pelo repouso e/ou nitrato, cujas características não se
alteram no período de dois meses.
3. Complete a classificação funcional de angina pectoris
a. classe I: limitação em esforços físicos prolongados ou intensos
b. classe II: discreta limitação em atividades habituais
c. classe III: limitação em atividades habituais
d. classe IV: incapacidade de realizar atividades habituais
4. Complete a classificação clínica de angina
a. Estável:
b. Instável:
Em repouso → maior que 20' há uma semana
De aparecimento recente → gravidade CCSC III há dois meses
Em crescendo → previamente diagnosticada, com alterações recentes
c. de Prinzmetal: angina + alterações ecg + sem alteração na angio → DESAPARECE ao repouso
d. IAM: dano muscular
5. A angina pode ser relacionada a Doença Arterial Coronariana (DAC), ou não. Qual isso
acontece?
Estenose maior ou igual que 70% da luz, afetando pelo menos um segmento de uma das artérias
epicárdicas maiores OU Estenose maior ou igual 50% da luz do tronco da coronária esquerda.
6. Quais são os sete caracteres propedêuticos da Angina?
a. Qualidade da dor
b. Duração da dor
c. Sede da dor
d. Irradiação da dor
e. Fatores de melhora
f. Fatores de piora
g. Sintomas associados
7. Existem achados físicos que aparecem na vigência da angina e em conjunto são preditores de
DAC. Quais são?
B3, B4, sopro de regurgitação mitral, desdobramento paradoxal de B2, estertoração pulmonar bibasal.

8. Quais são os fatores de risco para


aterosclerose?

Obesidade, sedentarismo, história familiar,


tabagismo e doenças inflamatórias/infecciosaS

9. As artérias penetram na ordem: pericárdio →


miocárdio → endocárdio
*As lesões proximais tem tratamento cirúrgico.
As terminais não.

É importante saber que as alterações no ECG


se dividem em fase e localização. Quais são os
achados nas seguintes situações:
a. No momento da ISQUEMIA
i. Lesão proximal (transmural ou subepicárdica)
INVERSÃO SIMÉTRICA DE ONDA T
ii. Lesão terminal (subendocárdica)
ONDAS T SUPERAPICULARES
b. No momento do IAM
i. Lesão proximal (transmural ou subepicárdica)
supradesnivelo de ST
ii. Lesão terminal (subendocárdica)
infradesnivelo de ST

DERIVAÇÕES
Inferior: D2, D3 e AVF
Lateral alto: AVL e D1
Lateral baixo: V5 e V6
OLHO LADO DIREITO! Pq pode ser lado esquerdo mesmo ou pode ser de dominância direita
Septal: V1 e V2
Ramo interventricular esquerda
PODE CAUSAR CIV!!! EROSÃO
Anterior: V3 e V4
Direita: V3R e V4R
Posteriores: V7 (LAP) e V8 (Lescapular)

DERIVAÇÃO ESPAÇO INTERCOSTAL ESQ X DIREITA ONDE

V1 4 DIREITA JE

V2 4 ESQUERDA JE

V3 MEIO DO CAMINHO

V4 5 E HEMICLAVICULAR

V5 5 E LINHA AXILAR ANTERIOR

V6 5 E LINHA AXILAR MÉDIA

AULA 9: SEPTICEMIA
1. Defina síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SRIS)
Presença de pelo menos dois dos itens seguintes:
a. temperatura >38,3˚C ou >36˚C
b. FC >90bmp
c. FR > 20rpm
d. leucócitos > 12.000/mm3 ou <4.000/mm3 ou presença de >10% formas jovens

* Causas: infecções, pancreatite, queimadura, trauma, cirurgias


2. Defina Sepse.
SRIS secundária à processo infeccioso confirmado ou suspeito.
3. Defina Sepse grave.
Sepse associada à disfunção orgânica ou sinais de hipoperfusão (exemplos: hipotensão, oligúria,
alteração do estado mental, hipoxemia, acido láctica).
4. Defina choque séptico.
Falência circulatória aguda pela persistência de hipotensão arterial ou sinais de hipoperfusão tecidual.
PS: <90mmHg
PAM: <60mmHg
Avaliar perfusão da pele (tempo de enchimento capilar, temperatura e escala Mottling, débito urinário e nível
de consciência

*Escala Mottling avalia presença de coloração marmóreo-acinzentada por vasoconstrição heterogênea dos
pequenos vasos. De 0 (sem mottling) a 5 (do joelho além da região inguinal)

5. Quais são as causas mais comuns de sepse?


Pneunomia, infecção intra-abdominal, infecção urinária (relacionadas ou não a cateteres), abcessos
de partes moles, meningites e endocardites.
6. Qual é a fisiopatologia da sepse?
Ocorre uma desregulação da resposta inflamatória pelo desequilíbiro de elementos pró-inflamatórios e
anti-inflamatórios. Isso leva a alterações circulatórias e celulares.
A alteração circulatória (sistêmica, regional e microcirculação) resulta em redução da oferta de O2 que
retroalimenta as alterações celulares como hipóxia, apoptose e lesão mitocondrial.
7. A sepse é uma doença sistêmica, com elementos independentes da ação direta do patógeno
nos sítios de infecção. Exemplique disfunção:
a. cardiovascular: hipotensão arterial sistêmica, hipertensão pulmonar, microtromboses,
cardiotoxicidade, má perfusão arterial
b. respiratória: edema intersticial, diminuição da produção de surfactante → colapso alveolar
c. gastrintestinal: constipação, hemorragias digestivas
d. neurológica: delirium (flutuação do nível da consciência) + neuromiopatia do doente crítico
(acometimento difuso do SNP, com envolvimento de placa motora, atrofia muscular e
hiporeflexia).
e. renal: oligúria, acidose metabólica (aumento das excretas nitrogenadas - ureia e creatinina),
uremia, hiperpotassemia, hipervolemia
f. endócrina: hiperglicemia (insulina é antagônica aos hormônios da resposta), disfunção
suprarrenal, redução de ADH, catabolismo proteico, hipertrigliceridemia
8. Quais são as estratégias de tratamento?
Reposição volumétrica, drogas vasoativas, suporte ventilatório, suporte ventilatório, antibioticoterapia e
controle glicêmico.

AULA 10: Asma 26/03

1. O que é asma? Diferencie de bronquite.


A asma é uma doença crônica causada pela inflamação das vias aéreas inferiores (que compreende
desde a traqueia aos brônquios). Quando essa região está inflamada, ocorre o estreitamento dos bronquíolos
e a respiração fica mais difícil¹. Além disso, a asma não tem cura.

Já a bronquite é o nome que se dá para a inflamação especificamente dos brônquios, que são os
órgãos que levam e trazem o ar a cada respiração¹.

2. O diagnóstico de asma deve ser baseado em critérios clínicos e funcionais. Explique.


Critérios clínicos: dispneia, tosse crônica, sibilância, sensação de aperto e/ou desconforto torácico.
Ocorrência de sintomas particularmente à noite ou nas primeiras horas da manhã, apresentação de forma
episódica, melhora espontânea ou após o uso de broncodilatadores.

Critérios funcionais: obstrução de vias aéreas, caracterizada pela redução do VEF1 e relação VEF1/CVF
hiper-responsividade das vias aéreas pelo teste de broncoprovocação ou com exercício

3. Quais são as metas da terapêutica?


Reduzir o processo inflamatório pulmonar e sintomas, normalizar a espirometria e capacidade de
exercício. Reduzir riscos de exacerbação, minimizar os efeitos adversos do uso crônico de medicamentos
para manutenção da asma.
A avaliação periódica revela a necessidade de ajuste no plano de tratamento e avaliação da gravidade
da doença.
Asma controlada: sem sintomas + espirometria normal + capacidade de exercício normal

4. Quais são os fatores agravantes?


Adesão ao tratamento, exposição a inalantes, tabagismo, exposição ocupacional, uso de
determinados medicamentos (aspirina e anti-inflamatórios não esteroidais)

AULA 11: DPOC 27/03


1. O que é DPOC? Quais são os fatores de risco?
É uma doença caracterizada por sintomas respiratórios persistentes e obstrução ao fluxo de ar devido a
anormalidades na via aérea e/ou alvéolos, causada por exposição significativa a fumaça de tabaco, exposição
ocupacional e fatores genéticos.

2. Asma é mais prevalente em crianças, enquanto a DPOC inicia-se na 5˚ década de vida.


Como diferenciar asma e DPOC em adulto?
Ambas doenças são crônicas e apresentam OBSTRUÇÃO DO FLUXO. Mas, a primeira varia
marcadamente, espontaneamente e pelo tratamento. Enquanto a segunda é completamente irreversível.

3. Quais são os componentes da DPOC?


Enfisema (destruição e aumento dos alvéolos) + Bronquite crônica (tosse e expectoração crônicas) +
Bronquiolite obstrutiva (pequenos bronquíolos são estreitados)

4. A DPOC é uma doença de caráter inflamatório sistêmico. Explique.


A inflamação não se restringe as vias áreas, isto é, ocorrem devido a esta: perdad e peso, disfunção
muscular periférica (sarcopenia), doenças cardiovasculares e outras.
Causas para depleção muscular são: aumento da taxa metabólica basal, inatividade, senilidade,
redução da ingestão calórica, alterações hormonais, uso crônico de corticoide.

5. Quais são os sintomas cardinais da DPOC?


Dispneia, tosse e expectoração.
Pode também apresentar: chiado, baixo peso, fadiga, baixa resisência ao exercício.

6. Como é o exame físico do paciente com DPOC?


Tórax hiperinsuflado, tempo expiratório prolongado, respiração com lábios semicerrados, utilização de
musculatura acessória do pescoço. Na ausculta MV diminuído, presença de sibilos.

7. Como se faz o diagnóstico de DPOC?


Padrão ouro de diagnóstico é a espirometria, com índice maior que 0,7.
Os exames de imagem tem peso maior nos DD.
8. Quais são diagnósticos diferenciais?

fístula traqueoesofágica; massas mediastinais; obstrução alta das vias aéreas; Aspiração de corpo estranho
(atenção para sibilância hemitorácicas), insuficiência cardíaca congestiva (ICC);

*Dosagem de alfa-1 antitripsina indicada nos casos de aparecimento de enfisema pulmonar em pacientes
com idade inferior a cinquenta anos;

9. Como é o tratamento?
O paciente deve cessar o tabagismo e exposição ocupacional. Deve ser acompanhado
nutricionalmente, uma vez que tanto a queda quando ascensão do IMC são relacionados a pior prognóstico.
É recomendada atividade física.
O tratamento farmacológico reduz os sintomas e melhora qualidade de vida. Compõe:
a. broncodilatadores:
b. metilxantinas
c. anti-inflamatórios

10. Exacerbação na DPOC pode levar a morte. Qual é a conduta?

•LEVE: piora dos sintomas que requerem aumento do uso de broncodilatadores de ação curta. (3 ou mais
doses adicionais por 2 dias consecutivos)

• MODERADA: Piora do sintomas que requerem uso de corticoide e/ou antb por via oral. Tratamento
ambulatorial ou breve internação.

• GRAVE: corticoide e/ou antb EV em enfermaria

• MUITO GRAVE: Necessidade de ventilação mecânica ou UTI.

11. Defina "exacerbador frequente": indivíduo com 2 ou mais exacerbações por ano; cada uma marcada
por, pelo menos, 4 semanas após o fim do tratamento da exacerbação anterior ou 6 semanas a partir
do início do evento em casos que não tenham sido tratados.
12. Quais são as causas de exacerbações? Infecções respiratórias virais e bacterianas.

AULA 12: Estados alterados de consciência


1. Defina consciência
Ato psíquico cujo efeito permite ao indivíduo reconhecer sua própria existência no mundo, num
contexto têmpero-especial-ontológico e de auto-referenciamento de atributos essenciais, e responder a
estímulados ambientais.
2. A manutenção do estado de alerta demanda imputs sensoriais e respostas motoras, como fala
e moviementação. Por isso, uma queda de estado de alerta deve ser diferenciado de quais
situações?
Déficits sensoriais como surdez e redução da acuidade visual e déficits motores que impeçam respsotas.

3. Em relação as alterações episódicas e transitórias do Estado de Alerta, diferencie:


a. Síncope
É uma perda brusca e transitória da consciência, com perda transitória do fluxo cerebral, associa-se a
perda de força muscular, com perda súbita do ortostatismo. Caracterizada por um rápido início e curta
duração, com repuperação espontânea. Causas podem ser cardiológicas e neurológicas.
b. Lipotímia
É a sensação de perda brusca e transitória de consciência, mas não há efetiva inconsciência, nem
perda de força muscular ou perda de ortastismo. Caracterizado por um rápido mal estar de início e curta
duração, com recuperação espontânea.
c. Vertigem/Tontura
É a sensação de perda do equilíbrio, não inclui perda de consciência. É DD de síncope. Normalmente
consiste de acometimento otoneurológico primário ou secundário.
d. Crise epiléptica
Crise epiléptica é de ocorrência súbita, episódica e transitória. Decorre de atividade neural sincrona ou
excessiva no cérebro. As manifestações clínicas das crises epilépticas consistem de alterações da
consciência, eventos motores ou sensitivos, experiências sensoriais, disparos autonômicos ou ainda sintomas
psíquicos. Sendo manifestações involuntárias, pode haver ou não consciência destes eventos por parte do
indivíduo acometido, mas perceptíveis a um observador atento.
e. Hipersonia
Tem como origens: privação crônica do sono, apneia obstrutiva do sono, narcolepsia, síndromes das
pernas inquietas, distúrbios do ritmo circardiano, drogas, hipersonia idiopática.

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