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TECNICO EM ENFERMAGEM – 1º MODULO - TURMA B

NOME DO ALUNO: VICTOR DA SILVA MENDES RM: 25285


VALDELAINE BEZERRA FERREIRA DA SILVA RM: 252942
RUTE SUZART DE JESUS RM: 25260
ROSEMEIRE DANTAS ALVES RM: 25277
MIKAELA STEFANY BERNARDES BALBINO RM: 23410

PERÍODO PATOGÊNICO DA TUBERCULOSE

A Tuberculose é um problema de saúde prioritário no Brasil. Ela é transmitida pela bactéria Mycobacterium
tuberculosis principalmente através do ar. A fala, o espirro e, principalmente, a tosse de um doente de
Tuberculose lança no ar gotículas, contendo no seu interior o bacilo. As gotículas mais pesadas
depositam-se no solo, enquanto que as mais leves podem permanecer em suspensão por diversas horas.
Em sua maioria, as gotículas médias são retidas pela mucosa do trato respiratório superior e removidas
dos brônquios através do mecanismo mucociliar. Os bacilos assim removidos são deglutidos, inativados
pelo suco gástrico e eliminados nas fezes. Após a infecção pelo M. tuberculosis, existe um período médio
de 4 a 12 semanas para a detecção das lesões primárias. A transmissão ocorre enquanto o doente com a
forma clínica de Tuberculose pulmonar bacilífera eliminar bacilos e não tiver iniciado o tratamento.

FASE INICIAL (OU DE SUCETIBILIDADE):

Essa fase se caracteriza pelo indivíduo apresentar condições que favoreçam o aparecimento da doença.
A infecção pelo bacilo da Tuberculose pode ocorrer em qualquer idade. Nem todas as pessoas expostas
ao bacilo da Tuberculose se tornam infectadas. A infecção tuberculosa, sem doença, significa que os
bacilos estão presentes no organismo, mas o sistema imune está mantendo-os sob controle. Entre os
infectados, a probabilidade de adoecer aumenta na presença de infecção pelo vírus da imunodeficiência
humana (HIV) e outras formas de imunodepressão, na presença de desnutrição, silicose, diabetes e em
usuários de drogas endovenosas. As reativações de infecções antigas e latentes explicam grande parte
dos casos de doença em idosos. Os homens adoecem duas vezes mais que as mulheres.

FASE SECUNDÁRIA – PATOLÓGICA PRÉ- CLÍNICA:

Quando a doença está no estágio de ausência de sintomatologia, o organismo já apresenta as alterações


patológicas, esta etapa vai desde o início do processo patológico até o aparecimento de sintomas ou
sinais da doença. O curso pode ser sub-clínico e evoluir para cura, espontânea ou através de tratamento,
caso contrário irá progredir para a fase seguinte que será o aparecimento dos primeiros sinais e sintomas,
necessitamos então da identificação precoce, resultando em maior probabilidade de êxito do tratamento.

CLÍNICA:

Há duas fases, TB Pulmonar (casos iniciais) e TB Extrapulmonar.


Fisiopatologia: Gotículas com Mycobacterium são inaladas nas vias aéreas pelo indivíduo. A maioria é
retida em VAS (vias aéreas) e expelido, e cerca de 10% é inalado, alcançando os alvéolos, fagocitado por
ma crófagos alveolares. Ao fagocitar os macrófagos, o indivíduo terá respostas do hospedeiro como
(ativação do macrófago causando lesão tecidual, necrose caseosa (buracos), granulomas) e em caso de
resposta fraca dos macrófagos terá (dano tecidual, bacilos expelidos em secreção pela tosse/ fala nódulo
de Gohn (calcificado no RX ). Proliferando em áreas ricas em Incubação: 6 a 1 semanas.
Clínica TB-Pulmonar (Primária): Após a infecção, sendo assintomático, tendo tosses, febres e dor
pleurítica. Ocorrendo também o acometimento em lobos inferior e médio (dos pulmões).
Secundária: (reativação da lesão isolada)
-Reativação (reativação do isolamento da doença perdendo a contenção e se desenvolvendo a doença ).
-Reinfecção (tendo a infecção e melhorando, inalando novamente e desenvolvendo novamente a doença)
. Tosse seca
. Perda de peso

Clínica Extrapulmonar (TB Pleural): - Derrame pleural, com dor e febre.


Diagnóstico: toracocentese (presença de leucócitos...); BAAR; Adenosina Desaminase.
Complicações: Empiema (pus na região ( por conta da inflamação ) ou Fístula pneumotórax pela
escavação feita ) .
TB Ganglionar: Disseminação linfática (pontos de flutuação, por conta do pus) ocorrendo em crianças e
Tb-HIV;
Cavitação: Cervical, supraclavicular, Mediastino, Linfadenite Mesentérica.
Exames: Biópsia por PAAF, BAAR e cultura.

Manejo Clínico no Diagnóstico da Tuberculose Pulmonar

Sintomas Gerais: febre baixa vespertina, sudorese noturna, perda de apetite e peso;
Sintomas Respiratórios: Tosse inicial seca e depois produtiva (3 semanas), dispneia, dor torácica,
hemoptise (sangue proveniente do trato respiratório pela bouça ( 5% das pessoas ) e rouquidão.
Fatores de riscos para o desenvolvimento da doença infecção HIV, Diabetes, Câncer e doenças
autoimunes.
Tratamento: Podem ser por medidas para prevenir a transmissão, às vezes incluindo isolamento
respiratório, higienização e Antibióticos. A maioria dos pacientes com tuberculose complicada ou não,
reações adversas aos fármacos e resistência devem ser encaminhadas para um especialista em TB.
Alguns podem ser tratados ambulatorialmente, com instruções sobre como prevenir a transmissão
geralmente incluindo em caso de Hospitalização

As principais indicações para hospitalização são: Doença concomitante grave; Necessidade de


procedimentos diagnósticos; Problemas sociais, Necessidade de isolamento respiratório. Como o risco de
expor outros pacientes hospitalizados é alto (embora os pacientes que recebem tratamento eficaz tornem-
se não contagiosos antes que os esfregaços de escarro se tornem negativos), a saída do isolamento
respiratório requer 3 amostras negativas de escarro durante 2 dias, incluindo pelo menos um espécime
negativa de manhã cedo.

Fase de incapacidade residual- A doença pode progredir para a morte, ou as alterações se


estabilizam...
O conhecimento da apresentação radiológica dos casos de tuberculose pode auxiliar no diagnóstico de
formas mais graves da doença, assim como a introdução de novos testes, como a detecção rápida do
agente por PCR e a TC de tórax, favorecendo o início precoce do tratamento. Além disso, o uso de
esquemas sem isoniazida e rifampicina, a absorção entérica incerta e as baixas concentrações séricas das
drogas antituberculosa podem contribuir para a diminuição da eficácia do tratamento. O prognóstico
desses pacientes geralmente é ruim, com elevadas taxas de mortalidade.
Os sintomas mais comumente apresentados na admissão dos pacientes com tuberculose grave são:
febre, sudorese noturna, emagrecimento e tosse. A duração média dos sintomas antes da admissão
hospitalar foi de cerca de 30 dias, na maioria dos estudos. A presença de tuberculose extrapulmonar
variou de 19-64% dos casos. Comorbidades especialmente aquelas relacionadas à imunossupressão,
como a infecção pelo HIV, são consideradas fatores de risco para a evolução para insuficiência
respiratória e necessidade de VM. (VENTILAÇÃO MECÂNICA). A principal causa de internação nos casos
de TB em UTI foi a insuficiência respiratória.
Os achados laboratoriais mais comuns são anemia, leucopenia, leucocitose e hipoalbuminemia. Em um
relato de 6 casos de pacientes com tuberculose e insuficiência respiratória aguda, todos os pacientes
apresentavam anemia e hipoalbuminemia, em alguns estudos, têm sido relatados fatores que podem
contribuir para a mortalidade entre pacientes com tuberculose criticamente doentes. A doença
disseminada, geralmente no contexto de infecção pelo HIV, tem sido reconhecida como um importante
fator preditor de óbito. Outros fatores que podem influenciar as taxas de mortalidade são a presença de
doença fibrocavitária extensa e de consolidações na radiografia de tórax. Também acarretam uma alta
mortalidade SARA,( SINDROME DE ANGUSTIA REPIRATÓRIA ADULTA), sepse, falência de múltiplos
órgãos, insuficiência renal aguda e pneumonia nosocomial, da mesma forma, o atraso maior que 24 h no
início do tratamento pode estar associado com uma maior mortalidade.
A Lei 8080, de 19 de setembro de 1990, também conhecida como Lei Orgânica da Saúde, define as
diretrizes para organização e funcionamento do Sistema de Saúde brasileiro. Ela dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos
serviços correspondentes e dá outras providências. O "auxílio-doença" é um benefício oferecido pela
Previdência Social a toda pessoa acometida de tuberculose ativa, com base em conclusão médica.

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