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Hepatites Virais Hepatite A

CAI NA PROVA
Inflamação aguda do fígado que pode ser causada
por bactérias, vírus.

5 tipos de hepatite de causa viral

As mais importantes A, B e C

Febre, sintomas gastrointestinal, náusea, vomito


e icterícia.

Hepatite A

• Transmitida via oral – fecal


• Jamais avança para a crônica Assim que o vírus da hepatite A infecta o seu
• Período de incubação curto 15 – 50 dias organismo, ele vai para o fígado e começa a se
multiplicar, durante o processo de
Hepatite B multiplicação/replicação inicial, nas 2 – 3
primeiras semanas, ainda não tem quantidade de
• Contato – Via parenteral vírus suficiente para manifestar sintomas, porém,
• Contato – Rota sexual já tem uma quantidade de vírus suficiente para
• Afeta apenas o ânus liberar nas fezes, após 4 – 5 semanas
• Aguda/crônica – 4 períodos marcados aproximadamente, esses vírus vão começar a
• Período de incubação longo aumentar a quantidade, induzindo a uma lesão
hepática aguda no fígado, que vai desencadear a
Hepatite C icterícia, se estendendo por umas 8 semanas
aproximadamente.
• Evoluem para forma crônica
• Período de incubação longo Geralmente nesse período de icterícia, é quando
• Quase nunca tem forma ictérica, porém a pessoa vai procurar uma ajuda médica, febre,
80 a 85% Vão ter essa doença de forma dor no corpo, náusea, diarreia e “amarela”.
crônica, por meses ou até anos.
• Transmissão sexual ou sangue Diagnosticada de forma aguda com o vírus da
contaminado. hepatite A, através do exame confirmatório,
exame imunológico.
Ictérica
• Vírus entrou
• Forma aguda grave
• Super frequente quando infectados pelos • Está se multiplicando no fígado
vírus da hepatite A.
• Produzindo várias proteínas virais, que
são identificadas pelo nosso sistema
imunológico como “Antígenos”

• As células do sistema imunológico vão


passar a produzir anticorpos contra esses
antígenos, o linfócito B (responsável por
produzir anticorpos) a partir do momento
que ele é estimulado por um antígeno
viral, no seu primeiro contato, ele passa a Tratamento para hepatite A:
produzir uma classe de anticorpos que é a
classe IgM, que são classificados como • Repouso
anticorpos de primeiro contato/ fase
aguda. • Dieta equilibrada
(reduzem a tolerância a alimentos gordurosos)
• No exame laboratorial, podemos
monitorar anticorpos – antivírus da • Abstinência de álcool durante o período
hepatite A, Anti-Hv ou Anti-HvA – IgM da infecção

• Ou Anti-Hv da classe IgG, que é • Tem vacina


considerado o anticorpo de forma crônica (crianças a partir dos 2 anos de idade – podem
ou de doença anterior. Esse é o tipo de tomar)
anticorpo que acompanha a gente para o
resto da vida. (Todo mundo que já teve Hepatite A
contato com qualquer tipo de vírus, vai ter
anticorpo contra esse vírus/antígenos, e
- Bastante forma aguda
esse anticorpo vai ser do tipo IgG.)
- Bastante forma ictérica
• Vírus penetra via TGI (principalmente em adultos)
• Veias (mesentéricas)
Diagnóstico
Icterícia = Começa com 4 a 5 semanas após a
infecção e vai até 8 semanas após a infecção.
- Forma aguda (com icterícia) presença de
anticorpos da classe IgM.
• Anti-HaV – IgM (aguda - recente)
- Pessoas que já tiveram contato com o vírus a
• Anti-HvA – IgG (passada) anos (doença ou vacina) anticorpos da classe IgG.
IgM = anticorpos (marcador) de fase aguda
(primeiro contato) desaparece em 2/3 semanas.

IgG = anticorpo (marcador) de forma crônica, ou


de doença anterior, ou de uma resposta
imunológica, desenvolvida por uma vacina,
anticorpos que acompanha por toda sua vida.
Melhor afinidade pelo antígeno.

Hepatite A, frequentemente desenvolve:

• Forma aguda dos sintomas


• Ocorre elevação da bilirrubina
• Elevação das enzimas hepáticas AST e ALT
• Linfocitose – Atipia de linfócitos
Hepatite B Hepatite B aguda
CAI NA PROVA

A partícula do vírus da hepatite B, é uma partícula


mais complexa, e são identificados 3 tipos de
proteínas virais BEM importantes.

HBsAg – proteína presente na superfície do vírus


(envelope do vírus)

HBcAg – proteína presente no capsídeo do vírus

HBeAg – proteína acessória de replicação


Funciona como uma proteína adesiva, que une a
1. Vírus invade o organismo
proteína da superfície, com o capsídeo (core) do
2. Vai até o fígado
vírus.
3. Começa a multiplicação ativa
4. Começa a produzir várias proteínas virais
Essas proteínas que ajudam a fazer o diagnóstico
5. HBs e HBe
da presença ou da ausência do vírus, e entender
6. Sendo liberadas na corrente sanguínea
que período da infecção está, porque elas
aparecem em maior ou menor quantidade, em
Linha vermelha = Nas primeiras 4 semanas
certos períodos da infecção.
(período de incubação) não iniciou ainda o
processo de infecção tão ativo, porém assim que
Cada proteína desenvolve um anticorpo
começa o processo de multiplicação (AUMENTA),
específico para sua “categoria”.
conforme o vírus vai produzindo suas proteínas,
essas proteínas vão caindo na corrente sanguínea
Anti-HBs – anticorpos produzidos contra as
e começam a encontrar os linfócitos B, ao
proteínas da superfície HBs.
reconhecer esses antígenos, começa a produzir
anticorpos específico para esses antígenos.
Anti-HBc – anticorpos produzidos contra as
proteínas do capsídeo HBc.
Após 7 - 8 semanas, começa a aparecer:
Anti-HBe – anticorpos produzidos contra HBe.
Linha azul e Linha amarela = Começa a aparecer
anticorpos da classe IgM, aí eles começam a
reduzir, e durante vários meses, até anos,
permanece os anticorpos da classe IgG, antivírus
da hepatite B.

Esses anticorpos que permanece durante


bastante tempo após o contato com o vírus, eles
são os anticorpos produzidos contra as partículas
do capsídeo Anti-HBc.

A vacina da Hepatite B é produzida apenas com o


antígeno HBs-Ag, antígeno da superfície.

Para confirmar se a pessoa teve já contato com o


vírus (sem ser através da vacina), o principal
antígeno que vai ajudar a identificar, é o antígeno
do capsídeo, Anti-HBc.
• Pessoas vacinadas = Anti-HBs Infecção AGUDA

• Contato com o vírus inteiro = Anti-HBs e Marcadores:


Anti-HBc – IgG (contato a bastante tempo)
• Antígeno da superfície HBs-Ag
• Contato com o vírus inteiro = Anti-HBs e
Anti-HBc – IgM (fase aguda) • Marcador de replicação HBe-Ag

• Produção de vírus na fase aguda – IgM

Infecção PASSADA

Marcadores:

• Antígenos negativos

• Positivo para: Anti-HBc – IgG

• Positivo para: Anti-HBs – IgG

Pessoa VACINADA

Marcador:

• Positivo só para: HBs – IgG

Estudar Tabela

- Segunda linha
- Penúltima linha
- Última linha

Tratamento e Profilaxia
• Interferon
• Lamivudina
• Adefovir
• Entecavir
• Tenofovir
• Vacina HBsAg
(95% manifestam anticorpos de longa duração)

GRÁFICO E TABELA
Estudar BEM
Hepatite C
O vírus da hepatite C apresenta bastante
complexidade na sua estrutura, como é um vírus
de RNA, apresenta bastante variabilidade.

No Brasil os tipos mais comuns são:

• Genótipo 1
• Genótipo 3

• ¼ das pessoas evoluem para cirrose


• 2 a 8% evoluem para o Hepato carcinoma
(câncer de fígado)

Diagnóstico
1 marcador
• Quase nada de fase aguda
• Porém grande parte é forma crônica Anti - HcV – anticorpos produzidos conta o vírus

O vírus da hepatite C, quando se estabelece de IgG = Anticorpo detectado na maioria dos


forma crônica no seu fígado, leva a cirrose diagnósticos de hepatite C.
(fibrosamento hepático), podendo levar a câncer
hepático. Na fase aguda NÃO existe anticorpo anti - IgM
clinicamente utilizado para fazer diagnostico de
A infecção crônica por conta da hepatite C, fase aguda.
principal causa de transplante hepático na
população. Para fazer diagnóstico nas pessoas que tem
forma aguda da hepatite C, usamos:
• Forma aguda assintomática
• PCR carga viral = quantitativa,
• 5 – 10 – 15 anos (sem nem saber que tem) quantificação de carga viral.

• Vírus envelopado

• Transmitido de forma parenteral ou via


sexual

• Transmitido através da gestação

• 90% das hepatites não A e não B, são


causados pela C

• Infecção crônica mais comum transmitida


pelo sangue

• Doença hepática associada a hepatite C,


que está entre as 10 principais causas de
morte

• Principal causa de transplante de fígado


HIV – AIDS
Existem alguns antígenos que são específicos do
HIV e que vão ser utilizados como marcadores de
diagnóstico da presença do vírus, que são:
Vírus da Imunodeficiência humana
• GP41 – proteína de superfície do vírus
• Causa infecção aguda (retrovirose aguda) (envelope)
logo no início da infecção.
• GP120 – proteína do envelope
O vírus é capaz de pegar o genoma, e integrar no
genoma das nossas células, TCD4 (que regulam as • P17 – proteína do capsídeo interno
respostas imunológicas no nosso corpo)
conhecido também como “helpers”, • P24 – proteína interna do capsídeo viral
multiplicando as partículas virais para outras
células. Esse vírus tem tropismo específico para um tipo
de célula, células que tenham receptor CD4 na
Ao final de anos de infecção o vírus gera um superfície.
processo de exaustão no sistema imunológico, e
esses linfócitos T-CD4 começam a morrer de No nosso organismo não somente os linfócitos T
forma massiva, levando a uma queda drástica da possuem esse receptor, os macrófagos também
contagem de linfócitos T-CD4, da corrente possuem.
sanguínea.
Os macrófagos são os reservatórios permanentes
Sem linfócitos T-CD4 = sem resposta imunológica. do vírus, enquanto ele está na forma latente.

O final da doença é considerado AIDS = Síndrome O vírus ao se ligar, através das proteínas de
da Immuno deficiência adquirida. envelope, ele vai se ligar no receptor CD4 e para
dar início ao processo de infecção, ele precisa
Tem diversas infecções oportunistas, diversas interagir com um segundo receptor que é
lesões neoplásicas, infecções das mais absurdas chamado CCR5.
que pessoas Immuno competentes não
desenvolvem, e que se não tratar a pessoa morre. O vírus interage inicialmente pela ligação do CD4
e GP120, e na sequência ele rola para o lado,
Hoje em dia a terapia antirretroviral é excelente, fazendo a ligação entre a proteína GP41 e o CCR5.
e não morrem mais de AIDS.
“Pacientes HIV positivo que se curaram após
Vírus de RNA, tem altíssima capacidade de sofrer fazer transplante de medula óssea”
processo de mutação.
Existe uma pequena parcela da população que é
(Por isso ainda não existe vacina para esse tipo de naturalmente resistente a infecção por HIV,
vírus). menos de 1% da população.

Se trato uma pessoa HIV positiva, a carga viral da Algumas pessoas naturalmente carregam uma
pessoa vai lá pra baixo, e transmissibilidade do mutação no receptor presente nas nossas células,
vírus fica praticamente zerado em uma pessoa chamado de CCR5, que é uma deleção de uma
que está em tratamento. parte desse receptor, especificamente
aminoácido número 32.
Reduzindo a transmissibilidade do vírus, a longo
prazo, esse vírus começa a ser extinto dessa Essa deleção em uma parte desse receptor, é
população. justamente a parte que o vírus do HIV usa para se
ligar. Fazendo com que o vírus não consiga se
ligar e contaminar aquela pessoa.
CCR5 = algumas pessoas possuem uma mutação Fase aguda
genética no receptor CCR5 Delta 32, o que faz ela
ser “imune” ao vírus da HIV.
Doença aguda infecciosa, não existem sinais
típicos de uma infecção pelo HIV.
1 a 2 semanas após infectar inicia a proliferação
ativa.
- Dor no corpo
- Dor muscular
E demora até esse vírus atingir uma concentração
- Dor nas articulações
mínima suficiente para que seja detectável.
- Febre
- Dor de cabeça
Logo no começo da infecção podemos encontrar:
- Indisposição
- Grande número de CD4
Algumas pessoas nem tem sintomas.
- Baixo número de partículas virais
Justamente por ter um quadro inespecífico, é que
Conforme a infecção vai acontecendo, quanto
algumas pessoas que estão na fase aguda da
mais o vírus se multiplica (dentro da célula CD4),
doença, achando que é apenas uma virose, não
mais células ele vai destruindo.
procura atendimento médico, para diagnosticar
logo a doença.
Logo no início da infecção como a multiplicação
viral está acontecendo de forma super-rápida
Demora para o início dos sintomas de 2 a 6
(porque não tem resposta imunológica contra
semanas, para essa fase aguda se estabelecer.
aquele vírus), até o sistema imunológico começar
agir através da imunidade inata, através das
2 semanas pós infecção já transmite.
células NK, através dos linfócitos CD8, esse vírus
vai se multiplicando e as células CD4 vão
diminuindo drasticamente. Latência clínica
Quando ele atinge o pico de carga viral, ele Redução da contagem de linfócitos T-CD4,
começa a reduzir sua proliferação, entrando no quando chega em 200-300 que começa a
estado de latência, onde ele tem uma replicação aparecer os sintomas e infecções oportunistas.
superbaixa.
Infecções oportunistas:
Abaixo de 300 é quando começa a ter o colapso
do sistema imunológico, e quando começa se - Candidíase oral
instalar o processo conhecido como AIDS. - Diarreias crônicas
- Infecções intestinais crônicas
Abaixo dessa contagem (300) os linfócitos T-CD4 - Febre de origem indeterminada
não conseguem mais regular os processos
normais de resposta imunológica do organismo. E Quando a doença avança por vários anos, acaba
a partir daí é o momento que o vírus se encontra iniciando um processo chamado, síndrome da
para multiplicar novamente, para aumentar a sua Immuno deficiência adquirida (AIDS) que vai
replicação, levando o individuo a morte, por aparecer quando a contagem de linfócitos T-CD4
infecções, porque o sistema imunológico dele está superbaixa, abaixo de 200 células por
simplesmente não consegue mais combater essas microlitros.
outras infecções.
E quando está abaixo dessa contagem, é que
começa a aparecer as doenças oportunistas e
algumas neoplasias que são muito características
desse tipo de população.
Através de umas 3 doenças associadas, é que
alguns casos de infecção por HIV, foram • Após 5 semanas, os linfócitos T, deixam
diagnosticados. de produzir IgM, e passam a produzir IgG.

Vírus foi descoberto a 35 anos atrás. Baseado nisso, é muito importante que o
paciente que for buscar o serviço de saúde, para
Neoplasia (câncer) muito comum em pacientes solicitar rastreamento para HIV, saiba qual foi a
acometidos pelo HIV: data da exposição.

Sarcoma de Kaposi = câncer de pele, raríssimo na Pergunta!!


população Immuno competente. Porém 50% dos
pacientes que tem AIDS desenvolvem esse tipo 1 semana depois da doença, vai aparecer
de câncer de pele, por conta da baixa quantidade anticorpo com anti IgG?
de linfócitos T-CD4.
NÃO
Apresentam formas graves de toxoplasmose no
sistema nervoso central (neurotoxoplasmose), 1 ano depois do contato com o vírus vai ter
tuberculose pulmonar atípica, meningite anticorpo do tipo IgM?
criptocócica e retinite por citomegalovírus.
NÃO
Diagnóstico
Curso natural de toda infecção!
Baseado nas proteínas/antígenos virais
• Vírus entrou na pessoa
Existem 4 BEM importantes:
• Começa se multiplicar
• GP120
• GP41 • 1 coisa que aparece
• P17 (material genético do vírus – RNA)
• P24
• Da origem as proteínas virais

• As proteínas virais se encontram com os


linfócitos B que produz anticorpos IgM

• Depois mudando para IgM

Estudar gráfico

Como faz diagnóstico de HIV?

• 1 semanas depois da infecção, não tem


nada que pode ser feito para confirmar a
presença do vírus.

• 1 a 2 semanas aparece RNA

• 2 a 3 semanas aparece a proteína P24

• 3 a 4 semanas aparece IgM


Teste de ELISA indireto – pesquisa anticorpos ELISA Indireto – Busca de Anticorpo
presente no soro do paciente.

1. Pegar uma placa

2. Colocar um pouco do soro do paciente


Se houver anticorpos anti HIV, eles vão se
ligar, uma vez ligado. 1. Antígeno (vem no exame)
2. Lavagem
3. Lava o excesso para remover os 3. Anticorpo (Amostra)
anticorpos que não se ligaram e 4. Lavagem
anticorpos inespecíficos. 5. Anti – Ig Marcada
6. Lavagem
4. Adiciona outro reagente por cima (anti- 7. Substrato Cromógeno
anticorpo – anticorpo que se liga a um
outro anticorpo) anticorpo de coelho, ELISA direto – Busca de Antígeno
anticorpo, anti-anticorpo humano.
(Reagente chave do teste)

5. Adiciona um reagente líquido e esse


reagente (substrato) vai promover a
mudança de cor, se mudar de cor, é
porque teve ação da enzima, se teve ação
1. Anticorpo (vem no exame)
da enzima, é porque um anti-anticorpo, se
2. Lavagem
ligou a um anticorpo humano, porque
3. Antígeno (Amostra)
tinha anticorpo anti HIV no soro do
4. Lavagem
paciente (positivando).
5. Anticorpo Marcado
6. Lavagem
Diagnósticos do HIV pode ser feito também
7. Substrato Cromógeno
através de:

Immunoensaios de 1°, 2°, 3° e 4° geração


Detecta tanto antígeno quanto anticorpo

Imunocromatografia – Teste rápido

Biologia molecular – PCR quantitativo

Carga viral (PCR quantitativo) acompanhamento


de HIV positivo.

Paciente que abandona o tratamento a carga


viral aumenta, e o CD4 diminui.

Volta a fazer o tratamento, inverte tudo.

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