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MOVIMENTO POLÍTICO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO

BRASIL

1.CONCEITO DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem


impedimento de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou
mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas.

A lei federal determina que se enquadrada como pessoas com deficiências


todas aquelas que possuem impedimentos prolongados por anos ou
crônicos, podendo ser de origem física, mental, intelectual ou sensorial,
esses que enfrentam inúmeras barreiras, mas que podem ser combatidas
com participação ativa e eficaz na cidadania juntamente com as outras
pessoas.
A MEC( Ministério da Educação e Cultura) diz que "diferentes condições
motoras que acometem as pessoas comprometendo a mobilidade, a
coordenação motora geral e da fala, em consequência de lesões
neurológicas, neuromusculares, ortopédicas, ou más formações congênitas
ou adquiridas" (MEC,2004).
As deficiências são divididas em cinco grupos, deficiência física, visual,
auditiva, intelectual, psicossocial e deficiência múltipla, constituída por duas
ou mais deficiências.
No que se refere a deficiência física fala-se sobre tudo que envolve os
segmentos físicos do corpo humano, pode ser congênito ou adquirido
durante a vida, por meio de acidentes resultantes na deficiência. São elas
paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia,
triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de
membros, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou
adquirida. As deformidades estéticas que não impedem o desempenho das
funções corporais não se encaixam como deficiências física.
As deficiências físicas podem ser temporárias, recuperável, definitiva e
compensável. Nas temporárias, quando tratada permite que o indivíduo volte
às suas condições anteriores. Nos casos de deficiências recuperáveis, o
tratamento trás significativas melhoras, ou suplências por outras áreas que não
foram afetadas. Quando é compensável ocorre a substituição de órgãos, como
o uso de prótese. Para finalizar, a definitiva apesar do tratamento não
apresenta possibilidade de cura, substituição ou suplência .
Tem-se também a deficiência visual essa se divide em dois grupos que se
caracteriza diferentemente: pessoas com baixa visão e pessoas com cegueira.
E esse é o termo certo a ser usado aos que possui total perda da visão.
Segundo a Faculdade de Ciências Médica, cego é aquele que não utiliza a
visão em nada e que necessita de sistemas Braille ou sistemas que verbalize
textos em computadores. Os indivíduos com baixa visão necessitam de auxílio
e adaptações para desenvolverem suas vidas, como letras ampliadas,
aproximar os objetos ao campo visual, têm alteração da capacidade funcional
decorrente de fatores como rebaixamento significativo da acuidade visual,
redução importante do campo visual e da sensibilidade aos contrastes e
limitação de outras capacidades.
Essas duas estão ligadas a patologias como miopia, estrabismo, astigmatismo,
ambliopia, hipermetropia, que não constituem necessariamente deficiência
visual, pelo menos não imediatamente, mas é indispensável que seja feito os
tratamentos específicos com especialistas.
A cegueira, ou perda total da visão, pode ser adquirida, ou congênita (desde o
nascimento). O indivíduo que nasce com o sentido da visão, perdendo-o mais
tarde, guarda memórias visuais, consegue se lembrar das imagens, luzes e
cores que conheceu, e isso é muito útil para sua readaptação.
“As causas mais frequentes de cegueira e visão subnormal
são: Retinopatia da prematuridade causada pela
imaturidade da retina, em decorrência de parto prematuro
ou de excesso de oxigênio na incubadora. Catarata
congênita em consequência de rubéola ou de outras
infecções na gestação. Glaucoma congênito que pode ser
hereditário ou causado por infecções. Atrofia óptica.
Degenerações retinianas e alterações visuais corticais. A
cegueira e a visão subnormal podem também resultar de
doenças como diabetes, descolamento de retina ou
traumatismos oculares.” (MEC, Conversas sobre
deficiências, pag.9).

Deficiência auditiva é considerada como a diferença existente entre a


desempenho do indivíduo e a habilidade normal para a detecção sonora de
acordo com padrões estabelecidos pela American National Standards Institute
(ANSI - 1989).
A deficiência auditiva é a perda parcial ou total da audição, causada por má-
formação (causa genética) ou lesão nas estruturas que compõem o aparelho
auditivo. São classificadas em leve, onde existe a dificuldade de compreender
os sons e falas; moderada e severa, há a necessidade do uso de aparelho ou
prótese auditiva e, às vezes, é recomendável o uso da língua de sinais; e
profunda, nesses casos a comunicação só ocorre por meio de leitura labial e de
língua de sinais.
O ouvido humano é formado por três partes: ouvido externo, médio e interno
qualquer tipo de problema em uma das partes do ouvido pode prejudicar a
audição, em maior ou menor grau. Há diferentes tipos de perda auditiva,
conforme o local afetado.
Os distúrbios do neurodesenvolvimento compõem a deficiência intelectual,
afetando diretamente a interação social, comunicação, raciocínio logico, e
outros fatores sociais. Mais que isso, atrapalha o aprendizado e
desenvolvimento, isso porque sua atenção, memória e linguagem são
prejudicados.  A inteligência é avaliada por meio do Quociente de Inteligência
(QI) obtido por testes padronizados. O resultado de uma pessoa com
Transtorno de Desenvolvimento Intelectual nessa avaliação situa-se em 75 ou
menos.
Essa deficiência pode de congênita ou adquirida. Seu causador é
desconhecido, na maioria dos casos, contudo, é possível criar um paralelo que
define que as condições da gravidez e parto são responsáveis pelo retardo.
O consumo de drogas, álcool, má nutrição, radioterapia, medicações ou a
contaminação de doenças como rubéola, sífilis, AIDS, toxoplasmose podem
contribuir para o quadro clínico.
Problemas intelectuais não afeta todos os portadores da mesma forma. Por
isso, podemos classificá-lo em 4 níveis diferentes: o nível leve, moderado,
grave ou profundo. A avaliação é feita de acordo com a função intelectual e
adaptativa da pessoa.
A Psicóloga Tatiana Pimenta, que cursou The Science of Happiness pela
University of California, Berkeley, diz em um dos seus estudos que a
deficiência intelectual não é uma doença, e sim uma limitação. A pessoa com
Deficiência Intelectual deve receber acompanhamento médico e estímulos,
através de trabalhos terapêuticos com psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas
ocupacionais.
Os transtornos psíquicos em 2006, após A Convenção Internacional dos
Direitos da Pessoa com Deficiência (ONU) passam a fazer parte do quadro de
deficiências, isso porque entende-se por longo prazo, que a duração acima de
dois anos da repercussão de uma condição de saúde que provoca alterações
significativas na estrutura do corpo e funcionalidade, com redução ou falta de
capacidade de realizar uma atividade em padrão normal define-se como
deficiência. Nessa patologia encontrasse transtorno bipolar, esquizofrenia,
ansiedade generalizada, transtorno obsessivo compulsivo, depressão grave e
epilepsia.

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