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E L O I S A C R I S T I N E L O H S E

Métodos Diagnósticos
Avaliação diagnóstica I-Traqueia, II-Carina, III-Arco aórtico, IV-Aorta ascendente, V-Aorta descendente, VI-
Coração, VII-Hilo, VIII-Ângulo costofrênico, IX-Bolha gástrica, X-Coluna vertebral;
→ A investigação inicial de qualquer patologia pressupõe o levantamento da história
→ Sistematização da avaliação do exame (de fora para dentro):
clínica do paciente, seguido de um minucioso exame físico, e formulação de hipótese
1. Partes moles;
diagnostico;
2. Parede torácica;
→ Exames subsidiários são usados para confirmar a hipótese feita durante a anamnese e
3. Cavidade pleural (diafragma);
exame físico;
4. Pulmões;
→ Investigação dos sintomas: dispneia, tosse, hemoptise, dor torácica etc.;
5. Fissuras entre os lóbulos;
→ Ao pedir um exame, sempre deve se levar os recursos disponíveis, custos, os pedidos
6. Arvore brônquica;
devem ser feitos conforme a necessidade e conhecimento para sua interpretação;
7. Vasos;
→ Frente a patologia pulmonar, devem ser levados em consideração alguns sintomas 8. Área cardíaca;
específicos: tosses, dispneia, dor torácica e hemoptise;
→ Tipos: TOMOGRAFIA DO TÓRAX
− Avaliação por imagem;
− Métodos invasivos; → Mais caro, menos acesso, maior acurácia, não há sobreposições de imagens;
− Métodos não invasivos; → Observam-se planos axiais;
→ Usado para rastreamento de câncer de pulmão em pacientes do grupo de risco, que
Avaliação por Imagem são aquelas com uma carga tabágica acima de 30 anos/maço (número de anos
fumados vezes a média diária de maço)
RX DE TÓRAX
RESSONÂNCIA DO TÓRAX
→ Simples, barato e de fácil acesso;
→ Incidências: posteroanterior, anteroposterio, posterior, decúbito lateral, ápicolordotica → Pouco utilizado, indicações limitadas;
(mãos atras da cabeça), obliqua; → Mais indicado para parede torácica e estruturas que não se sabe se tem invasão ou
→ Técnica: realiza análise da: não de vasos mediastinais;
− Penetração: deve estar associada ao exame físico; TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS (PET)
• Muito penetrada: imagem fica toda enegrecida, vasos não aparecem e
consegue-se individualizar as vertebras projetadas na área cardíaca; → Utilizado para estude de patologias oncológicas;
• Pouco penetrada: vasos ficam borrados e não é possível individualizar → Utilizado para ver se a imagem vista anteriormente na tomografia é captante ou não
nenhuma vertebra torácica; do contraste usado no PET-SCAN;
• Boa penetração: vasos aparecem, é possível individualizar as vertebras → Câncer tem grande capacidade de captar essa substância e “acender”;
apenas acima da área cardíaca; → Tem falsos positivos para doenças infecciosas (acende menos), não sendo
patognomônico para câncer (acende mais);
→ Não pode ser utilizado para análise do SNC superior, sendo indicado ressonância de
crânio;

CINTILOGRAFIA PULMONAR
− Centralização: rotação pode esconder achados; → Composta por duas etapas:
→ Anatomia radiográfica do tórax: − Perfusional: há a infusão de um contraste radioativo no sangue, que permite a
visualização da parte vascular do pulmão:
− Inalatória: é feita a inalação de uma substância radioativa, permitindo a
realização do desenho da área inalatória do pulmão;
→ Indecisão: quadros de suspeita de embolia pulmonar, servindo para seu diagnóstico e
acompanhamento;
→ Apesar a da embolia ser uma doença com eventos sanguíneos, a etapa inalatória é
necessária para avaliar se essa parte do pulmão está livre, se as duas etapas estão
alteradas significa uma doença parenquimatosa;
→ COVID: doença parenquimatosa que pode estar associada a embolia pulmonar;

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→ Leitura da imagem: locais pretos são aonde o contraste chegou, e lugares brancos são
aonde não chegou o contraste e tem defeito perfusional;

ECOCARDIOGRAFIA TRANSTORÁCICO
→ Esse exame faz parte da investigação por dispneia em pacientes com doença
ARTERIOGRAFIA PULMONAR
pulmonar e cardíaca associadas, ajudando a diferenciá-las;
→ Fornece com certeza quais áreas estão obstruídas; → Importante para avaliação da hipertensão pulmonar, mas também para orientar a
→ É colocado um cateter no ramo da artéria pulmonar e injetada um contraste conduta terapêutica e para avaliação prognóstica desses pacientes;
radiolucente, esse permite saber onde está o embolo; → Critério importante no diagnostico para embolia pulmonar, e para pacientes que
→ Padrão ouro para diagnostico de TEP; evoluem para TEP crônico e hipertensão pulmonar;
→ O primeiro exame que poderia ser indicado em suspeita de TEP é a angiotomografia, → Além da TEP, existem outras causas de hipertensão, como hipertensão pulmonar
mas é muito operador-dependente, variando conforme a velocidade e quantidade de primaria sem relação com doenças parenquimatosa e TEP;
contraste injetado, e o corte tomográfico também precisa ser rápido, isso pode levar a → As patologias pulmonares cornichas, como fibrose pulmonar e DPOC, também são
falhas parecidas com a apresentação da doença; avaliadas através do eco, causadas por uma vasoconstrição importante e consequente
→ Essa técnica utiliza uma dose de contraste muito alta, não sendo indicada para hipertensão pulmonar;
pacientes com problemas renais, e não apresenta tanta disponibilidade, sendo um
exame restrito; OUTROS EXAMES
→ Cateterismo cardíaco direito:
− Diagnostico importante para hipertensão pulmonar e avaliar a reatividade do
vaso;
− São colocadas substâncias vasodilatadoras, se houver resposta, há segmento
com esse tratamento, caso essa reatividade seja negativa, provavelmente esse
paciente tem hipertensão pulmonar de algum outro grupo;
− Avalia pressão da artéria pulmonar, resistência vascular pulmonar, pressão no
AD, pressão no capilar pulmonar e gasometria (consumo de O2);
ARTERIOGRAFIA BRÔNQUICA − Indicado para pacientes com hipertensão pulmonar;

→ Indicação específica para TEP ou más formações; Métodos não invasivos


→ Realiza o cateterismo da artéria brônquica, ramo que provém da aorta;
→ Indicada para visualizar o local que acontece a hemoptise, e ocluir o ramo que está TESTE DE FUNÇÃO PULMONAR
sangrando;
→ É diagnóstico e tratamento; → Há dois volumes importantes:
− Capacidade vital forçada (CVF): quanto o paciente consegue colocar de ar no
pulmão, detecta distúrbio restritivo que atrapalha a expansividade pulmonar;
− Volume expiratório forçado (VEF): quanto o paciente consegue jogar de ar
para fora no primeiro segundo, detecta distúrbio obstrutivo;
→ Depende da técnica: fase expiratório precisa ser bem forte, e faze expiratório tem que
ser um sopro explosivo por pelo menos 6 segundos, essas curvas precisam estar
aceitáveis e reprodutíveis;
ULTRASSONOGRAFIA PULMONAR
→ Utilizado para localizar extravasamento de líquido, principalmente os pequenos;
→ Diferenciar um derrame pleural de um espessamento pleural;
→ Localizar lojas de líquido presentes em doenças crônicas;
→ Também é útil para perceber a densidade do líquido;

→ Distúrbios:

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− Obstrutivo: paciente demora muito para esvaziar o pulmão, primeiro segundo


fica muito longe do volume total que precisa expirar;
− Restritivo: CVF está diminuída;
− Mistos: CVF e obstrução associada;
→ Ergoespirometria:
− Mede condicionamento físico do paciente, através dos parâmetros
respiratórios, como consumo de oxigênio, produção de gás carbônico,
frequência respiratória e ventilação pulmonar; → Asma: resistência das vias aeres aumentada por conta da constrição dos brônquios;
− Avalia o grau de dispneia, diferenciando doença pulmonar de cardíaca, ou por
conta de mau condicionamento físico;
TESTE DE DIFUSÃO (DLCO)
− Mede o desempenho cardiovascular, quantifica o grau da disfunção ventricular, → A capacidade de difusão é medida da habilidade dos pulmões para a transferência de
avalia prognostico em insuficiência cardíaca, avalia a reposta terapêutica ao gás;
exercício e seriada pré e pós transplante, ajuda na prescrição e atividade física → A difusão é medida na pratica, em geral, pela inalação de uma respiração única de um
na IC, realiza diagnostico diferencial de dispneia e diagnostico de mistura contendo uma pequena concentração e monóxido de carbono (DCO), este
isquemiamiocardica; liga-se fortemente a hemoglobina, resultando em pressão parcial do gás inexistente
no capilar, o que facilita a estimativa do volume do gás transferido por diferença de
PLETISMOGRAFIA OU TESTE DE FUNÇÃO PULMONAR COMPLETA
pressão parcial;
→ Permite conhecer a real potência dos pulmões e potencializar a capacidade → Estuda a membrana alvéolo-capilar, através da difusão e CO;
respiratória; → Quanto mais doente essa membrana, principalmente em doenças intersticiais, mais
→ O exame inclui cinco procedimento diferentes: baixo esse exame;
− Espirometria; → A difusão é, portanto, diminuída em:
− Medida dos volumes pulmonares; − Condições que minimizam a capacidade do sangue para aceitar e ligar o gás
− Dimensão da resistência das vias aéreas; que esta se difundido (EX: anemia);
− Pressões respiratórias máximas; − Condições que diminuem a área de superfície da membrana alvéolo capilar
− Capacidade de difusão de monóxido de carbono (troca gasosa do meio (EX: enfisema, embolia pulmonar, fibrose pulmonar);
ambiente para o sangue nos pulmonar); − Condições que alteram a permeabilidade da membrana ou aumenta a sua
→ Consegue detectar e distinguir dois dos principais grupos de doenças pulmonares: as espessura (EX: doenças intersticiais em geral);
obstrutivas (doenças que aprisionam ar, como asma e DPOC), e as restritivas → Nas doenças intersticiais difusas, em geral, a difusão é o teste que melhor reflete a
(problemas que causam diminuição do volume pulmonar, como a fibrose pulmonar); extensão das doenças e detecta comprometimento pulmonar mesmo com radiografias
→ Investigação de dispneia; normais, como ocorre frequentemente nas colagenoses;
→ Pré operatório: precisa-se saber quanto de parênquima tem esse pulmão; → Na fibrose pulmonar idiopática, a medida da DCO e a espirometria são essenciais para
→ Parâmetros mensurados pelo exame realizado na cabine da plestimografia: monitorar o curso da doença e a resposta ao tratamento;
− Avaliação da capacidade pulmonar e capacidade residual funcional, na → Em DPOC, a DCO expressão bem a extensão do enfisema, a mediada da DCO permite
espirometria esse volume não é medido, e ele é importante para detectar diferenciar paciente com asma e obstrução irreversível de pacientes com enfisema;
doenças que fazem aprisionamento aéreo, aumentando essa capacidade
ÓXIDO NITRICO EXALADO (FeNo)
residual;
− Avalia os volumes pulmonares estáticos, resistência das vais aéreas e volumes → Usado para pesquisa;
pulmonares dinâmicos (=espirometria); → Óxido nítrico está presente em várias situações de processo inflamatório, sendo
− Volumes pulmonares estáticos avaliam os: importante no controle da asma;
• Volume de gás torácico; → Caso o paciente apresente dispneia, mas esse exame negativo, outras fontes devem
• Capacidade pulmonar total; ser investigadas;
• Capacidade residual funcional;
• Volume residual; OUTROS EXAMES
− O aparelho ainda da resultados sobre a mecânica respiratória, que incluem:
→ Medida de pico de fluxo (peak-flow)
• Pressão máxima de espiração-inspiração, avalia força muscular e
− Mede o pico de fluxo;
débito respiratório;
− Usado para pacientes asmáticos para nortear tratamento;
• Resistencia das vias aéreas e a específica;
→ Oscilometria de impulso:
• Condutância da via aérea e a específica;
− Técnica que avalia a obstrução das vias aéreas através de ondas sonoras
sobrepostas a respiração normal, de forma não invasiva e necessita de
pequena cooperação do paciente;
− Avalia o nível de obstrução de vias aéreas, indicado para crianças;

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→ Análises clínicas: → Indicação em casos de hemoptise, tosse crônica, investigação e neoplasias, corpo
− Coleta de sangue: hemograma, gasometria arterial, sorologia, provas estranho, infecções, toalete brônquica (higienização), estridor laríngeo e doenças
inflamatórias e diversos; intersticiais;
− Coleta de escarro: bacteroscopia e cultura; → Semelhante a uma endoscopia digestiva;
− Coleta de urina; → Realiza investigação dos brônquios, suas ramificações e segmentos;

MÉTODOS INVASIVOS BRONCOSCOPIA RÍGIDA

TORACONCENTESE/PUNÇÃO PLEURAL → Indicada em casos de hemoptise grave, aspiração de corpo estranho grandes,
colocação de moldes em arvore traqueobrônquica (impede crescimento de tumores) e
→ Pode ser utilizada para diagnostico com avaliação do liquido pleural e terapia; ressecções tumorais;
→ Técnica:
1. Esclarecimento ao paciente; MEDIASTINOSCOPIA
2. Posicionamento: preferencialmente com o paciente sentado, para que o líquido → Procedimento diagnostico, considerado procedimento cirúrgico;
escorra para a base, de costas para o médico; → Visualização, investigação da região mediastinal;
3. Assepsia;
→ Indicado em casos de estadiamento de câncer de pulmão, para ver se esse já
4. Anestesia: na pele, periósteo e pleural;
comprometeu gânglios do local e biopsia de lesões mediastinais em cadeias
5. Punção com agulha calibrosa em região de maior acúmulo de líquido:
especificas;
− Para localizar a área leva em consideração a ausculta, quando desaparece
→ Entrada é feita pela fúrcula esternal;
inicia o derrame pleural, conhecido como sinal da bandeira, a punção
deve ser feita um pouco abaixo, pode também ser utilizado um PLEUROSCOPIA
ultrassom;
− A agulha deve bater na costela, ser reposicionada e passar pela borda → Procedimento cirúrgico, feito com anestesia geral e intubação seletiva, ventilando
superior da costela inferior, evitando o feixe de vasos presentes na apenas um dos pulmões quando necessário, pois sem ar o pulmão colaba, permitindo
borda inferior da costela superior; melhor visualização;
6. Coleta de material para análise: primeira análise é macroscópica; → Indicado para investigação de lesões pleurais, pulmonares, mediastinais e pericárdicas,
7. Esvaziamento; e tratamento de patologias intra-pleurais;
8. Curativo; → Realização de uma biopsia guiada, direcionada, sob visão direta;
9. Radiografia do tórax de controle pós punção;

BIÓPSIA PLEURAL
→ Feita em casos de suspeita de doenças pleurais, como tuberculose pleural, derrames
pleurais, tumores e outras patologias que possam estar comprometendo a pleura
parietal;
→ Técnica:
1. Esclarecimento ao paciente;
2. Posicionamento;
3. Assepsia;
4. Anestesia;
5. Biopsia com agulha de cope: agulha de metal, parecida com abocate, e na sua
ponta tem um “azol” que enrosca na pleura e retira um fragmento;
6. Coleta de material;
7. Curativo;

PUNÇÃO TRANSTORÁCICA
→ Utilizada para biopsia de lesões torácicas;
→ Realizada com auxílio de tomógrafo ou USG;
→ Agulha é revestida por uma camisa, para evitar disseminação e células cancerígenas;

BRONCOSCOPIA FLEXÍVEL/ENDOSCOPIA RESPIRATÓRIA

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