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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED (UnISCED)

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Distribuição de Frequência

Elsa Paulo Gelo – Código: 81230973

Nampula, Março de 2023

UNIVERSIDADE ABERTA ISCED (UnISCED)


1

Faculdade de Ciências de Educação


Curso de Licenciatura em Ensino de Biologia

Distribuição de Frequência

Trabalho de carácter avaliativo,


desenvolvido no Campo a ser submetido
na Coordenação do Curso de Licenciatura
em Ensino de Biologia da UnISCED.

O Tutor: Liudmith Zulmira J. N. Nguluve

Elsa Paulo Gelo – Código: 81230973

Nampula, Março de 2023

Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3
2

2. Objectivos...............................................................................................................................4

2.1. Geral.....................................................................................................................................4

2.2. Específicos...........................................................................................................................4

3. Metodologia do Trabalho........................................................................................................4

4. Definição de Conceitos...........................................................................................................5

4.1. Aspectos Gerais da Distribuição de Frequências.................................................................5

4.1.1. Tendência Central.............................................................................................................6

4.1.2. Variabilidade.....................................................................................................................6

4.1.3. Forma................................................................................................................................7

4.2. Representação do Conjunto de Dados.................................................................................7

4.2.1. Organização dos Dados.....................................................................................................8

4.3. Construindo uma Distribuição de Frequência......................................................................8

4.4. Elementos de uma Distribuição de Frequência..................................................................10

4.5. Tipos de Frequência...........................................................................................................11

Considerações Finais................................................................................................................13

Referências Bibliográficas........................................................................................................14
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1. Introdução
No âmbito das actividades obrigatórias da UnISCED, no módulo de Estatística irá se
traçar um breve caminho sobre a distribuição de frequência. No módulo de Estatística
estudamos sobre dados brutos e rol de uma amostra: frequências absolutas e relativas.
Entretanto, neste presente trabalho de campo referente à disciplina de Estatística, cinge se em
torno do tema acima referenciado. Neste sentido, no trabalho, falar-se-á, além do conceito de
distribuição de frequências, irá se abordar em torno dos tipos de distribuição de frequência,
formas de representação de frequências e exemplos, entre outros aspectos ligados ao tema.
Assim, sendo, ao estudarmos a distribuição de frequências de uma variável quantitativa, seja
em um grupo apenas ou comparando vários grupos, devemos verificar basicamente três
características: Tendência Central; Variabilidade e a Forma.
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2. Objectivos

2.1. Geral
 Descrever-se em torno da distribuição de frequência.

2.2. Específicos
 Conceituar distribuição de frequência;
 Descrever as características da distribuição de frequência;
 Entender a representação de dados da distribuição de frequência;
 Saber organizar os dados da frequência relativa;
 Descrever os tipos de frequência relativa;

3. Metodologia do Trabalho
Segundo Fonseca (2002), “methodos” significa organização, e “logos”, estudo
sistemático, pesquisa, investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos
caminhos a serem percorridos, para se realizar uma pesquisa ou um estudo, ou para se fazer
ciência. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos, dos instrumentos utilizados para
fazer uma pesquisa científica.

Assim, para a elaboração do presente trabalho, foi utilizado o método de cunho


bibliográfico, que consistiu na consulta de materiais electrónicos e também o Módulo de
Estatística, que retratam este tema, e outros estudos científicos e académicos que discutem em
torno da temática, para que, em um primeiro instante fossem identificados os princípios do
conhecimento dessas abordagens sobre a distribuição de frequência.
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4. Definição de Conceitos
De acordo com professor Raimundo Silva (S./d., p. 2), Frequência é a quantidade de
vezes que um mesmo valor de um dado é repetido.

Dados Brutos são os dados originais que ainda não foram numericamente organizados
após a colecta.

Rol é a ordenação dos valores obtidos em ordem crescente ou descrente de grandeza


numérica ou qualitativa.

Segundo http://tics.ifsul.edu.br/ uma distribuição de frequência é uma série estatística


na qual os dados estão organizados em grupos de classes ou categorias estabelecidas
convenientemente. Assim, as distribuições de frequência podem ser divididas em dois tipos:

 Distribuição de frequência sem intervalos de classe ou distribuição pontual – onde


todos os valores dos dados colectados são apresentados, e não há perdas de valores ou,
 Distribuição de frequência com intervalos de classe – onde os valores estão
representados por faixas de magnitude.

Koch e Link (1970), referem que uma distribuição de frequências, o primeiro passo no
estudo estatístico de uma variável aleatória consiste na obtenção da distribuição de
frequências, ou seja, como os valores se encontram distribuídos dentro do intervalo de
variação. Na verdade, a distribuição de frequências é usada para organizar as observações, por
meio da classificação, agrupamento e calculando a média para sumariar a informação
numérica. (p. 30).

Como aponta Medeiros (S./d., 2), quando se estuda uma massa de dados é de frequente
interesse resumir as informações de variáveis. Costuma-se, frequentemente, para uma melhor
compreensão dos mesmos, distribuí-los em classes ou intervalos determinando-se o número
de indivíduos pertencentes a cada classe ou intervalo. Desta forma, um arranjo tabular dos
dados, juntamente com as frequências correspondentes aos mesmos é denominado
distribuição de frequência ou tabela de frequência.

4.1. Aspectos Gerais da Distribuição de Frequências


Ao estudar-se a distribuição de frequências de uma variável quantitativa, seja em um
grupo apenas ou comparando vários grupos, deve-se verificar basicamente três características:
6

 Tendência Central;
 Variabilidade;
 Forma. (Sílvia, 2012).

Neste sentido, o histograma (ou o diagrama de pontos, ou o ramo-e-folhas) permite a


visualização destas características da distribuição de frequências. Além disso, elas podem ser
quantificadas através das medidas de síntese numérica.

4.1.1. Tendência Central


De acordo com Sílvia (2012), a tendência central da distribuição de frequências de
uma variável é caracterizada pelo valor (ou faixa de valores) típico da variável. E, uma das
maneiras de representar o que é típico é através do valor mais frequente da variável, chamado
de moda. Ou, no caso da tabela de frequências, a classe de maior frequência, chamada de
classe modal. No histograma, esta classe corresponde àquela com barra mais alta (o pico).

4.1.2. Variabilidade
Para descrever adequadamente a distribuição de frequências de uma variável
quantitativa, além da informação do valor representativo da variável (tendência central), é
necessário dizer também o quanto estes valores variam, ou seja, o quão dispersos eles são. De
facto, somente a informação sobre a tendência central de um conjunto de dados não consegue
representá-lo adequadamente. (Sílvia, 2012).

Entretanto, a figura abaixo mostra um diagrama de pontos para os tempos de espera de


21 clientes de dois bancos, um com fila única e outro com fila múltipla, com o mesmo número
de atendentes. Dessa forma, os tempos de espera nos dois bancos têm a mesma tendência
central de 7 minutos. Entretanto, os dois conjuntos de dados são claramente diferentes, pois os
valores são muito mais dispersos no banco com fila múltipla.
7

Figura 1: Ramo-e-folhas dos tempos de espera (minutos) dos clientes. Fonte: (Sílvia, 2012).

Neste sentido, quando entramos numa fila única, esperamos ser atendidos em cerca de
7 minutos, com uma variação de, no máximo, meio minuto a mais ou a menos. Na fila
múltipla, a variação é maior, indicando-se que tanto pode-se esperar muito mais ou muito
menos que o valor típico de 7 minutos. (Idem, p. 2).

4.1.3. Forma
A distribuição de frequências de uma variável pode ter várias formas, mas existem três
formas básicas, apresentadas na figura abaixo através de histogramas e suas respectivas
ogivas. (Sílvia, 2012).

Figura 2: Ramo-e-folhas da idade. Fonte: (Idem).

Entretanto, quando uma distribuição é simétrica em torno de um valor (o mais


frequente), significa que as observações estão igualmente distribuídas em torno desse valor
(metade acima e metade abaixo). Neste sentido, a assimetria de uma distribuição pode ocorrer
de duas formas:

 Quando os valores concentram-se à esquerda (assimetria com concentração à esquerda


ou assimetria com cauda à direita);
 Quando os valores concentram-se à direita (assimetria com concentração à direita ou
com assimetria cauda à esquerda). (Sílvia, 2012).

4.2. Representação do Conjunto de Dados


 Distribuições de frequência
i. Frequência relativa;
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ii. Frequência acumulada.


 Representação Gráfica
i. Histogramas

4.2.1. Organização dos Dados


Os métodos utilizados para organizar dados compreendem o arranjo desses dados em
subconjuntos que apresentem características similares mesma idade (ou “faixa etária”),
mesma finalidade, mesma escola, mesmo bairro, etc.

Os dados agrupados podem ser resumidos em tabelas ou gráficos e, a partir desses,


podemos obter as estatísticas descritivas já definidas: média, mediana, desvio, etc.

Dados organizados em grupos ou categorias/classes são usualmente designados


“distribuição de frequência”.

No entanto, pode-se referir que, uma distribuição de frequência é um método de se


agrupar dados em classes de modo a fornecer a quantidade (e/ou a percentagem) de dados em
cada classe. Com isso, podemos resumir e visualizar um conjunto de dados sem precisar levar
em conta os valores individuais. De antemão, uma distribuição de frequência (absoluta ou
relativa) pode ser apresentada em tabelas ou gráficos. (Cf.).

4.3. Construindo uma Distribuição de Frequência


Ao construirmos uma distribuição de frequência, num primeiro instante, adoptemos o
conjunto de dados que represente a população; em seguida deve-se ordenar em ordem
crescente ou decrescente vejamos:

Eventos Altura
Aluno 1 1,60
Aluno 2 1,69
Aluno 3 1,72
Aluno 4 1,73
Aluno 5 1,73
Aluno 6 1,74
Aluno 7 1,75
Aluno 8 1,75
Aluno 9 1,75
9

Aluno 10 1,75
Aluno 11 1,75
Aluno 12 1,76
Aluno 13 1,78
Aluno 14 1,80
Aluno 15 1,82
Aluno 16 1,82
Aluno 17 1,84
Aluno 18 1,88
Tabela 1: Fonte: (Cf.).

 Dados Brutos

Faixa etária de crianças de uma EPC abc da Cidade de Quelimane

6 10 9 14 7 4
8 11 12 5 9 13
9 10 8 6 7 14
11 6 12 11 15 13
12 11 4 10 7 13
10 9 8 12 13 7
Tabela 2: Fonte: (Autor, 2023)

Nesta tabela, dificulta estabelecer em torno de qual valor tendem a se concentrar as


idades das crianças, ou ainda que se encontram acima ou abaixo de determinada idade.

 Rol

Rol – é a ordenação dos valores obtidos em ordem crescente ou descrente de grandeza


numérica ou qualitativa.

4 6 8 10 11 13
4 7 8 10 12 13
4 7 8 10 12 13
5 7 9 10 12 14
6 7 9 11 12 14
10

6 8 9 11 13 15
Tabela 3: Fonte: (Autor, 2023).

Dados organizados

 Frequência

Frequência: é a quantidade de vezes que um mesmo valor de um dado é repetido – o 4 por


exemplo.

Idade Frequência

4
3

5 1

6 3

7 4

8 4

9 4

10 4

11 3

12 4

13 4

14 2

15 1
Tabela 4. Fonte: (Silva, S./d., p. 6).

4.4. Elementos de uma Distribuição de Frequência


Classes: caso as colunas da tabela de distribuição de frequência contenham muitos
valores elencados, podemos reduzir a quantidade desses valores elencados agrupando-os em
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intervalos. Esses agrupamentos de valores num intervalo de abrangência são chamados de


classes. (Silva, S./d., 7).

Idade Frequência

4Ͱ6 4

6Ͱ8 7

8Ͱ10 8

10Ͱ12 7

12Ͱ14 8

14Ͱ16 3

Tabela 5. Fonte (Idem).

4.5. Tipos de Frequência


1. Frequência Simples ou Absoluta

De acordo com Silva (S./d., p. 12), Frequência simples ou absoluta (fi) – é o número
de observações de um valor individual (ou de uma classe).

2. Frequência Relativa

Frequência relativa (fr) – representa a proporção de observações de um valor (ou de


uma classe) em relação ao número total de observações, o que facilita a observação.

∑ fi = n , em suma:
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F =f i
r
∑fi
3. Frequência acumulada

Frequência acumulada (Fi): é a soma de todas as frequências abaixo do limite superior


de uma classe considerada. F4 = f1 + f2 + f3 + f4 = 4 + 7 + 8 + 7 = 26 F4 =26

Ora vejamos: existem 30 crianças abaixo de 12 anos.

Idade Frequência (fi)

4I-6 4
6l-8 7
8l-10 8
F4
10l-12 7
12l-14 8
14l-16 3
Total 37

4. Frequência acumulada relativa

Frequência acumulada relativa (Fri) – é a frequência da classe, dividida pela


frequência total da distribuição.

=fi
Fri
∑fi
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Considerações Finais
Em gestos de conclusão do presente trabalho de campo, referiu-se que, a distribuição
de frequências pode ser representada graficamente, pois auxilia a sua visualização. As
representações usuais são o histograma e a curva acumulativa. O histograma é a representação
das frequências das classes de valores como barras proporcionais; enquanto a curva
acumulativa permite representar as frequências acumuladas também em barras proporcionais.
Neste caso, as frequências acumuladas são representadas como polígonos de frequências
acumuladas. No entanto, de uma forma sumaria, salienta-se que uma distribuição de
frequência agrupa os dados por classes de ocorrência, resumindo a análise de conjunto de
dados grandes.
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Referências Bibliográficas
Koch, G. S. & Link, R. F. (1970). Statistical analysis of geological data. New York, Dover
Publications Inc., Vol. I & Vol. II. Disponível em:
https://geokrigagem.com.br/distribuicao-de-frequencias/.

Medeiros, L. (S./d.). Distribuição de Frequência. Universidade Federal da Paraíba,


Departamento de Estatística. Disponível em: http://www.de.ufpb.br/~luiz/.

Silva, R. N. (S./d.). Bioestatística: A distribuição de Frequência.

Sílvia, (2012). Aspectos Gerais da Distribuição de Frequências. Disponível em:


http://www.leg.ufpr.br/~silvia/CE055/node14.html.

Vunga, H. M. (2019). Estatística Aplicada: Manual de Tronco Comum. Beira, Ponta-Gêa,


Moçambique, Instituto Superior de Ciências e Educação à Distância (ISCED).

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