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TEORIA DO CRIME

Tipo Doloso e Tipo


Culposo

Professora Giselle Batista Leite


Professora Giselle Batista Leite

OBSERVAÇÃO – ATUALIZAÇÃO DO PLANO DE APRENDIZAGEM – DATAS E ATIVIDADES


AVALIATIVAS PERMANECEM INALTERADAS

1. CONCURSO DE PESSOAS

• Ultimo ponto a ser estudado no penal 1 conforme plano de aprendizagem, será estudado no penal 2 conforme
ementa da disciplina de acordo com a grade curricular atual, portanto, não está mais no nosso plano de
aprendizagem.

2. PONTOS A SEREM ESTUDADOS AINDA NESTE SEMESTRE

a) Tipos Dolosos e Culposos


b) Tipos Consumados e Tentados
c) Desistência Voluntária e Arrependimento eficaz
d) Arrependimento Posterior
e) Crime impossível
f) Agravação pelo resultado
g) Antijuridicidade
h) Exclusão de Antijuridicidade (legítima defesa, estrito cumprimento do dever legal, exercício regular do
direito, consentimento do ofendido)
i) Culpabilidade
j) Potencial Consciência da Antijuridicidade
k) Imputabilidade
l) Exigibilidade de outra conduta e sua exclusão
m) Erro
n) Erro de tipo e Erro de Proibição
Professora Giselle Batista Leite

TIPO DOLOSO

Art. 18 - Diz-se o crime:

Crime doloso

I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo;

Teoria da Vontade = a vontade livre e consciente de querer praticar a ação = dolo direito

Teoria do assentimento = aquele que antevendo como possível o resultado lesivo com a prática de sua
conduta, mesmo não querendo de forma direta, não se importa com a sua ocorrência, assumindo o risco de
vir a produzi-lo – dolo eventual

VONTADE CONSCIENTE DIRIGIDA A REALIZAR (OU ACEITAR REALIZAR ) A CONDUTA NO


TIPO PENAL INCRIMINADOR.
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Obs.: A NOÇÃO DE DOLO NÃO SE ESGOTA NA REALIZAÇÃO DA CONDUTA, ABRANGE O


RESULTADO DE DEMAIS CONSEQUÊNCIAS DA INFRAÇÃO

• Todo o comportamento.

“Toda ação consciente é conduzida pela decisão da ação, quer dizer, pela consciência do que quer –
momento intelectual – e pela decisão a respeito de querer realiza-lo – o momento volitivo. Ambos os
momentos, conjuntamente, como fatores configurados de uma ação típica real, formam o dolo.” (Welzel)
Professora Giselle Batista Leite

ELEMENTOS DO DOLO:

1) Elemento volitivo:

Vontade de praticar a conduta descrito na norma.

2) Elemento intelectivo:

Consciência da conduta e do resultado.

“Para agir dolosamente, o sujeito ativo deve saber o que faz e conhecer os elementos que caracterizam
sua ação como uma ação típica. Quer dizer, deve saber, no homicídio, por exemplo, que mata outra
pessoa, no furto, que se apodera de uma coisa alheia móvel.” (Muñoz)

CUIDADO:

“LIBERDADE DA VONTADE” – não é elemento do dolo – circunstância a ser analisada na


culpabilidade – exigibilidade de conduta diversa ou na conduta (coação física)
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ESPÉCIES DE DOLO:

1) Dolo Direto ou Determinado

Configura-se quando o agente prevê um resultado, dirigindo a sua conduta ba vusca de realizar um
evento.

1º grau – Compreende o alvo diretamente desejado pelo sujeito ativo.

2º grau (Dolo de Consequências necessárias) – abrange as consequências necessárias e previstas pelo


sujeito ativo.

3º grau – abrange as consequências possivelmente previstas pelo sujeito ativo.


Professora Giselle Batista Leite

1) Dolo Indireto ou Indeterminado

O agente com sua conduta não busca resultado certo e determinado.

a) DOLO ALTERNATIVO: O agente prevê pluralidade de resultados, dirigindo a sua conduta para
realizar qualquer um deles. Tem a mesma intensidade de vontade de realizar os resultados previstos.

b) DOLO EVENTUAL: O agente prevê pluralidades de resultados, dirigindo a sua conduta para um
deles, assumindo o risco de realizar o outro. (Tratar o resultado com indiferença)

“No dolo eventual, o sujeito representa o resultado como de produção provável e, embora não queira
produzi-lo , continua agindo e admitindo a sua eventual produção. O sujeito não quer o resultado,
mas conta com ele, admite sua produção, assume o risco, etc.” (Muñoz Conde)
Professora Giselle Batista Leite

Parágrafo único - Salvo os casos expressos em lei,


ninguém pode ser punido por fato previsto como crime,
senão quando o pratica dolosamente.
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TIPO CULPOSO

Art. 18 - Diz-se o crime:

Crime Culposo

II - culposo, quando o agente deu causa ao resultado por imprudência, negligência ou imperícia.

O CRIME CULPOSO CONSISTE NUMA CONDUTA VOLUNTÁRIA QUE REALIZA UM EVENTO


ILICITO NÃO QUERIDO OU ACEITO PELO AGENTE, MAS QUE LHE ERA PREVISÍVEL (CULPA
INCONSCIENTE) OU EXCEPCIONALMENTE PREVISTO (CULPA CONSCIENTE) E QUE PODERIA
SER EVITADO SE EMPREGASSE A CAUTELA NECESSÁRIA.
Professora Giselle Batista Leite

MODALIDADES DE CULPA

a) IMPRUDÊNCIA (CULPA POSITIVA)

- Fazer sempre está presente durante a conduta.


- Fazer além do que deveria.

b) NEGLIGÊNCIA (CULPA NEGATIVA)

- Omissão
- Ocorre antes do comportamento
- Algo que era esperado de você se você tivesse o mínimo de cuidado)

c) IMPERÍCIA

- Falta de aptidão técnica


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ELEMENTOS DA CONDUTA CULPOSA

a) CONDUTA HUMANA VOLUNTÁRIA

- Não desejo
- O agente sabe o que está fazendo em termo de comportamento (Não olha o resultado)

b) VIOLAÇÃO DO DEVER DE DILIGÊNCIA (DEVER OBJETIVO DE CUIDADO MÍNIMO NO


CRITÉRIO DO HOMEM MÉDIO)

c) RESULTADO NATURALÍSTICO INVOLUNTÁRIO (NÃO É QUERIDO E NEM TAMPOUCO


ASSUMIDO PELO AGENTE)

d) NEXO DE CAUSALIDADE

e) RESULTADO INVOLUNTÁRIO IMPREVISÍVEL (HOMEM DE INTELIGÊNCIA MEDIANA)

f) TIPICIDADE
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ESPÉCIES DE CULPA

a) CULPA INCONSCIENTE

- O agente não prevê o resultado, que entretanto era previsível.


- Uma pessoa de inteligência mediana tinha condições de prevê o resultado.

b) CULPA CONSCIENTE

- O agente prevê o resultado, mas espera que ele não ocorra, supondo ter “poder de evita-lo com as
suas habilidades ou com sorte”.

“A culpa inconsciente distingue-se de culpa consciente justamente no que diz respeito à previsão do
resultado; naquela, o resultado, embora previsível, não foi previsto pelo agente; nesta, o resultado é
previsto, mas o agente, confiando em si mesmo, nas suas habilidades pessoais, acredita sinceramente que
este não venha a ocorrer. A culpa inconsciente é a culpa sem previsão e a culpa consciente é a culpa com
previsão.” (Greco)
Professora Giselle Batista Leite

c) CULPA PRÓPRIA

É aquela em que o agente não quer e não assume o risco de produzir o resultado, mas acaba lhe dando
causa por negligência, imperícia ou imprudência.

d) CULPA IMPRÓPRIA

É aquela em que o agente, por erro evitável, imagina certa situação de fato que, se presente, excluiria a
licitude do seu comportamento. Provoca intencionalmente determinando resultado típico, mas responde
por culpa por razões de política criminal.

§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato
que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato
é punível como crime culposo.
Professora Giselle Batista Leite

DOLO EVENTUAL X CULPA CONSCIENTE

DOLO EVENTUAL CULPA CONSCIENTE


AGENTE CONSEGUE PREVÊ O RESULTADO
Trata-se o resultado com indiferença. Acredita que evitará o resultado por
(Assumi o risco de produzir o acreditar nas próprias habilidades ou
resultado) sorte.
DICA DA AULA DICA DA AULA
Professora Giselle Batista Leite

TIPO PRETERDOLOSO

Nestes crimes o resultado extrapola o dolo do agente.

Art. 19 - Pelo resultado que agrava especialmente a pena, só responde o agente que o houver causado ao
menos culposamente

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