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Roteiro Web Aula 2: Organização Horizontal

Aula-tema 4: Tecnologias - Reengenharia, Empowerment e Gestão e


Organização Horizontal

Nesta Web Aula, vamos falar sobre os conceitos e aplicações da organização


horizontal.
Toda empresa possui uma organização formal e uma totalmente informal que
são inter-relacionadas.
A organização formal é a oficialmente adotada pela empresa para administrar
processos e relações profissionais. Ela tradicionalmente é organizada a partir de
uma estrutura hierárquica de órgãos, departamentos, cargos e funções, a fim de
alcançar os objetivos da organização.
A organização informal é a realizada pela rede de relacionamentos pessoais e
profissionais formada pelos funcionários da empresa. Muitas vezes essas relações
pessoais ultrapassam os limites dos cargos e são a razão de os processos
funcionarem mesmo se tiverem problemas de construção.
Quando unimos essas duas organizações de forma a criar um só ambiente,
voltado a uma mesma direção, vemos que a organização informal detém o
conhecimento das operações e a organização formal registra e estuda melhorias
nesses processos.
Essa união é a gestão horizontal nas organizações.
Na leitura do livro-texto Tecnologias e ferramentas de gestão 1, você pode
observar que não existe uma forma perfeita de organizar uma empresa, pois cada
uma tem as suas peculiaridades e, como tal, deve ser organizada.
As organizações horizontalizadas são mais proativas e dinâmicas, pois todos os
envolvidos nos processos são também responsáveis por sua melhoria contínua,
analisando e corrigindo o rumo.
As organizações horizontais são formadas por equipes multifuncionais e inter-
hierárquicas, com um fluxo livre de informações, margens largas de controle, em
uma estrutura descentralizada e com baixa formalização.

1
FRANCO, Décio Henrique; RODRIGUES, Edna de Almeida: CAZELA, Moises Miguel (orgs.). Tecnologias e
ferramentas de gestão. Edição especial para o Programa do Livro-texto da Universidade Anhanguera.
Campinas: Alínea, 2009.
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Proibida a reprodução total ou parcial desta publicação sem o prévio consentimento, por escrito, da Anhanguera Educacional.
Essa estrutura garante autonomia e poder às equipes e mais e melhores
informações para todos.
Existe um grande número de empresas que estão implantando esse tipo de
organização, mas essa não é uma transformação simples. Esse processo de
implantação é dificultado pela cultura da centralização de poder e de informação.
Imagine uma equipe formada por cinco operadores e um líder que trabalha de
forma tradicional. As informações das operações ficam em poder do líder, todas as
decisões são tomadas por ele.
Em um sistema de gestão horizontal, todos têm acesso às informações e todos
tomam decisões, quando necessário.
Mas você pode se perguntar como fica o papel do líder nesse tipo de
organização. Nesses casos, o líder é um facilitador. O líder auxilia a equipe nas
tomadas de decisão, nos momentos de incerteza, de novas competências. O líder
tem mais tempo para pensar e criar, enquanto a equipe “comanda” a operação.
As empresas que incorporaram essas tecnologias de gestão, em toda a
organização ou apenas em alguns setores, obtiveram sucesso. Veja as experiências
da Toyota e da Volvo.
A Toyota, no período pós-II Guerra Mundial, sofreu uma grande mudança em
seus processos e na organização, em geral, inclusive conceitual. Taiichi Ohno,
engenheiro da Toyota, implantou o sistema de grupos multifuncionais de trabalho, a
horizontalização dos processos e o empowerment. Com isso, conseguiu a melhoria
da qualidade e a redução de custos.
A Volvo, por sua vez, fez algumas experiências no mundo e, no Brasil, adotou o
sistema de grupos semiautônomos de trabalho, além de uma série de mudanças nos
processos que trouxeram resultados imediatos.
As equipes passaram a verificar a qualidade antes de passar para a fase
seguinte; com isso, houve grande redução de retrabalhos. O trabalho passou a ser
orientado a resultados, e a avaliação de desempenho passou a ser realizada entre
pares. Com essas alterações, houve um forte aumento do comprometimento dos
funcionários com as metas. As melhorias foram significativas em todos os
indicadores: 60% de redução no tempo médio trabalhado por veículo; 40% de
melhora no índice de qualidade e 30% de redução no absenteísmo.

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Como você pode ver, as mudanças na estrutura das organizações podem trazer
resultados em todos os níveis. Mas, para isso, as três tecnologias de gestão que
vimos nesta aula-tema - a reengenharia, o empowerment e a gestão horizontal -
devem ser utilizadas em conjunto.

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