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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Mauá-SP
2022
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
Mauá-SP
2022
Agradecimentos
RESUMO
1. INTRODUÇÃO 5
2. DESENVOLVIMENTO 6
2.1. Objetivos 6
2.1.1. Objetivo Geral 6
2.1.2. Objetivos Específicos 6
2.2. Delimitação do Problema 6
2.3. Justificativa 7
2.4. Fundamentação Teórica 8
2.4.1. Conceituando Afetividade 8
2.4.2. O professor como mediador do processo de alfabetização 9
2.4.3. Metodologia 11
3. apresentação dos resultados 13
3.1. Discussão dos Resultados 21
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 22
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 23
5
1. INTRODUÇÃO
2. DESENVOLVIMENTO
2.1. Objetivos
2.3. Justificativa
Todas essas justificativas estão em fusão ao que já foi defendido pelo teórico Henry
Wallon:
[...] a afetividade constitui um papel fundamental na formação da inteligência, de
forma a determinar os interesses e necessidades individuais do indivíduo. Atribui-se
às emoções um papel primordial na formação da vida psíquica, um elo entre o social
e o orgânico (WALLON, 2008, p. 73).
Desse modo, por meio do afeto é transmitido um sentimento capaz de perceber a nossa
realidade, através do nosso psíquico. Dessa maneira, a afetividade é responsável pelas emoções
sentidas, como exemplo, tristeza, alegria, felicidade, pois são geradas pelos sentimentos do ser,
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enquanto os sujeitos, são definidos ao longo do seu desenvolvimento, em seu meio social, de
acordo com as suas interações.
As teorias de Vygotsky e Wallon tem como base o caráter social da aprendizagem,
destacando o papel das relações sociais. Wallon (1978), afirmou que a primeira relação do ser
humano ao nascer é com o ambiente social, ou seja, com as pessoas ao seu redor. Os estudos
de Wallon contribuíram para a compreensão da afetividade com o entendimento reflexivo sobre
o desenvolvimento humano, especialmente no que se concerne ao educando na escola e fora
dela, como pessoa integral, completa.
Vygotsky (1994) defende que é por meio da interação com outros que a criança
incorpora os instrumentos culturais. Ao destacar a importância das interações sociais de
mediação e da internalização como aspectos fundamentais para a aprendizagem, defendendo
que a construção do conhecimento ocorre a partir de um intenso processo de interação entre as
pessoas.
No âmbito educacional poder trabalhar com emoções e sentimentos como energia é um
aprendizado para o docente e o aluno, e também para os pais e familiares do educando, que são
parceiros importantes na construção desse sujeito.
Nesse sentido, na relação que acontece dentro da sala de aula, quando o docente ensina
com afetividade, influencia diretamente no aprendizado do estudante, fazendo com que este
aluno, mude sua postura, sendo importante que o docente compreenda que ele não é apenas um
transmissor de conhecimento. Para Freire:
[...] saber que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para
a sua própria produção ou a sua construção. Quando entro em uma sala de aula de aula
devo estar sendo um ser aberto a indagações, a curiosidade, as perguntas dos alunos,
as suas inibições: um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a
de ensinar não de transferir conhecimento (FREIRE, 1996, p 47).
2.4.3. Metodologia
Tabela 1:
no dia a dia. Porém a interação e o desenvolvimento das emoções acabam por vezes não
ganhando a relevância necessária dessa forma podemos perceber que as emoções são muito
importantes no processo de aprendizagem e desenvolvimento.
Na pesquisa, Pires e Regoso (2021) destacam que, assim como a Educação Infantil, o
Ensino Fundamental I é de enorme importância para o desenvolvimento da criança, por se tratar
da etapa da alfabetização do aluno logo no primeiro ano, desempenham ações mais abrangentes
na leitura e escrita, pois começam a ter acesso direto às disciplinas de forma mais explícita e
conceitual, além de embasar os valores sociais, direitos, deveres, a noção de respeito e
convivência com os demais, também auxilia no desenvolvimento da autonomia e nas relações
interpessoais. Nessa etapa as crianças passam por transições em vários âmbitos sejam eles em
aspectos afetivos, físicos, cognitivos, emocionais ou sociais. Nesse sentido, há a importância
em trabalhar o desenvolvimento emocional dos alunos durante toda essa etapa, pois, o espaço
escolar deve proporcionar oportunidades para instigar e desafiar ainda mais esse
desenvolvimento, possibilitar a interação com as diferentes formas de expor o mix de
sentimentos, no qual, o aluno é capaz de sentir durante os processos de trocas com os indivíduos
que compõem seu espaço de aprendizagem. Para Vygotsky (1998) só haverá desenvolvimento,
se antes ocorrer o processo de aprendizagem, sendo que esse processo é muito válido no
desenvolvimento psicológico/mental, em que o ser humano necessita de convivência social para
o desenvolvê-lo, ou seja, o indivíduo não vai se desenvolver sozinho, ele precisa participar de
atividades que permitam a interação com outras pessoas e assim aconteça o processo de
aprendizagem.
Após o mapeamento da literatura e a análise do material disponível, foram construídas
três categorias de análise de dados sendo que um deles é o que interessa neste artigo: relação
interpessoal professor-aluno. As autoras analisaram que os alunos retratam mais emoções dos
aspectos positivos, ou seja, ações como dedicação do professor, boa comunicação que transmite
confiança, tranquilidade, afeto e carinho. Já os aspectos negativos como mudanças rotineiras
de professores geram insegurança e frustração portanto é importante saber quais são esses
aspectos positivos e negativos para tornar a escola um espaço melhor de convivência e utilizar
essas emoções com aliadas no processo de aprendizagem. No que se refere as emoções de
aspectos negativo torna-se importante um olhar atento dos educadores para as suas práticas
educativas, um exemplo é a letra cursiva e a grande qualidade de lições que é algo corriqueiro
e acaba sendo naturalizado nos planejamentos didáticos, mas acaba causando frustração e
cansaço nos alunos, se tornando um obstáculo para aprendizagem, segundo Pires e Regoso
(2021).
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Por fim, as autoras novamente citaram que observaram uma lacuna e deficiência de
trabalhos no que se refere a estudos das emoções de alunos do ensino fundamental. Aspecto
esse, que não foi identificado nas pesquisas mapeadas e reconhecem a importância desses
conhecimentos para tornar a educação um espaço de inclusão. Avaliaram também que após os
resultados de suas análises, a Teoria Histórico-cultural poderia auxiliar a entender que a escola
tem papel fundamental em promover o desenvolvimento emocional dos estudantes.
Considerando que a emoção e cognição são aspectos dialéticos no processo de aprendizagem
(MARTINS, 2011), as autoras avaliaram que a escola necessita levar isso em conta no seu
Projeto Político Pedagógico. Chegando ao fim do percurso de pesquisa, sugeriram que a
emoção dos alunos seja abordada em processos formativos de professores para que possa ser
reconhecida e potencializada como aspecto importante na sua aprendizagem escolar.
O segundo trabalho analisado foi o artigo com o título “Relação Professor–Aluno e
Afetividade: Uma Revisão Integrativa, os autores De Souza e Coutinho (2020), descrevem que
existem diferentes tipos de docentes, alguns sabem o valor de sua presença, outros procuram
realizar apenas suas atividades pedagógica sem ter a preocupação de observar o aluno de uma
forma mais profunda e afetuosa.
Os autores ainda enfatizam que em uma relação interpessoal é importante, o ‘perceber
o outro’ ao invés de só olhar. A afetividade é um fator determinante na construção do sujeito
que o acompanha em todas as fases de seu desenvolvimento cognitivo comportamental, bem
como, nas vivências que cada um passa na sua própria existência como ser humano. É algo
individual que não pode ser repassado e sim vivenciado. A postura do professor mediante o
aluno conduz essa relação podendo colaborar ou não na construção dessa relação afetiva e
consequentemente no processo de ensino e aprendizagem.
Na pesquisa de De Souza e Coutinho (2020) procurou-se inicialmente investigar nas
bibliotecas digitais o quantitativo de trabalhos publicados referentes ao tema relação professor
aluno com ênfase em afetividade como critério descritor, de 2015 a 2019 objetivando entender
o papel da afetividade e sua importância na relação professor-aluno no processo ensino-
aprendizagem.
Nessa pesquisa os autores chegaram a números onde perceberam que os termos relação
professor-aluno e afetividade não vem recebendo destaques nos núcleos acadêmicos. percebeu-
se que em cada ano a quantidade de produções cientificas foram diminuindo.
Dando seguimento nas pesquisas, agora com análise qualitativa, De Souza e Coutinho
(2020) procuraram analisar nos trabalhos se a afetividade representava um fator de relevância
na relação professor aluno, para todos os autores dos trabalhos selecionados, a afetividade
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Precisa-se corrigir os erros e buscar caminhos que venha a abrir novos horizontes para
os novos acadêmicos para que estes não sejam reprodutores de uma determinada situação, mais
sim, facilitadores de um crescimento contínuo e fortalecido na afetividade e respeito entre
professores e alunos.
O terceiro trabalho analisado foi o artigo escrito por Machado (2018) sobre o tema: “A
importância da afetividade na escola: revisão sistemática”, a autora descreve que o afeto é um
dos instrumentos que dentro da sala de aula flui para que o ensino-aprendizagem seja efetivado,
favorecendo o aluno e o professor neste contexto. A afetividade pode ser entendida com um
combustível que a inteligência precisa para trabalhar de forma potencializadora. Assim sendo,
acredita-se que, a ambiência com afeto, favorece a aprendizagem de que os sujeitos precisam.
Neste trabalho, Machado (2018) traz a temática de Vygotsky, Henri Wallon e Paulo
Freire e suas contribuições sobre o tema afetividade.
A importância da afetividade dentro da sala de aula, segunda a autora, no pensamento
Vygotskyano faz-se necessária a presença da afetividade dentro da escola, pois a partir da
interação entre o professor e as crianças, possibilita-se almejar a estimulação dos mesmos. A
sensibilidade do olhar do professor permitirá que os estudantes se sintam seguros e com isso,
promovendo a construção do conhecimento.
Em sua produção, Machado (2018) traz a temática de Wallon na formação da criança
que passa por etapas no seu processo cognitivo até chegar a uma definição de si. A afetividade
e a sua relação com o ensino-aprendizagem: as vivências em sala de aula vai muito além do
currículo, elas são permeadas por acontecimentos de base afetiva e toda a relação do sujeito
com o objeto. Nas ambiências em que os estudantes estão inseridos, percebemos que é nas
relações interpessoais e intrapessoais que, os indivíduos desenvolvem-se e apropriam-se da
autonomia para a construção do sujeito, da sua identidade e da sua própria história.
Por fim, para Freire, segundo Machado (2018), a relação docente/discente é de suma
importância para a ação docente. Ela não deverá ser trabalhada isolada de forma que, o exercício
da sua prática na esfera da cognição, deverá ser realizado com o valor imprescindível dos
sentimentos que os envolvam, como: emoções, sensibilidade, afetividade, intuição ou
adivinhação.
Para a autora-pedagoga, o afeto é concebido como o conhecimento construído acerca da
cultura, através da vivência dos indivíduos. Ele não se restringe apenas ao contato físico, mas,
sim nas manifestações que a interação social favorece e estabelece entre os atores envolvidos
na escola. Nesse cenário escolar concluímos que a dimensão afetiva deverá estar inserida na
aprendizagem dos escolares e nos seus relacionamentos. Isso se deve ao fato de que os
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professores e os alunos participam ativamente das relações favorecidas pela escola, afetando-
se no cotidiano escolar
Os educandos passam maior parte de suas vidas dentro da escola, por isso é tão relevante
que a ambiência seja movida pela afetividade. Nesses espaços escolares, percebe-se a
afetividade como instrumento para saúde, pois com uma relação saudável e harmoniosa, os
discentes serão favorecidos para uma construção de autonomia em suas próprias vidas.
Diante das questões acima citadas, esse estudo trata da compreensão dos sentidos da
afetividade e a sua interação sociocultural, dentro do processo educacional, consistindo em uma
pesquisa cujo objetivo permeia sobre a relação de importância da afetividade na escola e de
uma revisão bibliográfica.
Na pesquisa Machado (2018) traz uma discussão acerca da importância da afetividade
na educação. Por meio dessa análise, pretendeu-se problematizar as principais ideias envolvidas
na caracterização e nas formulações explicativas para a temática analisada.
O trabalho analisou dois textos: “A mediação da educação através da afetividade” e “A
afetividade no processo Ensino-Aprendizagem e na relação com o outro”. Onde percebeu a
necessidade de que se tem, o professor estar preparado para relacionar o conteúdo de sua prática
pedagógica com as emoções dos alunos, porque, somente assim serão garantidos que os
mesmos foram aprendidos e assimilados os seus efeitos desejados. Portanto, o educador
mediador precisará ter o conhecimento dos livros didáticos, mas também, a sensibilidade e o
domínio sobre a realidade do grupo escolar.
Além disso, para a autora, a interação do educador com o aluno é crucial para o
desenvolvimento da cognição, suas relações estão permeadas pela afetividade, por isso, a
importância do vínculo do educador e educando pelo afeto na educação é tão evidente. O afeto
é um fator determinante para a qualidade desta relação, quando relacionamos o sucesso do
ensino com a eficácia da aprendizagem pelos estudantes. Diante do exposto, cabe ao educador
a reflexão e consciência de sua real posição na vida estudantil, ele deverá pensar sua prática
pedagógica a partir de um desenvolvimento integral dos alunos, ensejando a presença da
afetividade na educação, pois apresenta aspectos determinantes e condicionantes para uma
saudável relação social, dando lugar a uma educação significativa e de qualidade, que os alunos
precisam para alcançar o progresso, no processo de ensino - aprendizagem.
Já no texto 2, a autora entendeu que a afetividade possui um papel fundamental para a
educação, dando ao educador condições de estabelecer uma relação de sociabilidade dentro da
sala de aula. Para efetivar essa relação, o professor deverá adotar a postura de um pesquisador,
um estudioso das mais complexas questões, buscando compreensão para os questionamentos e
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entendendo cada um dos seus alunos de acordo com suas peculiaridades, na medida em que
forem propostos os novos desafios. Assim sendo, ele deverá refletir e compreender o
comportamento dos alunos diante de novos conhecimentos.
Portanto é nesse cenário escolar que percebemos que os alunos vão se desenvolvendo
no processo de aprendizagem, na medida, em que vão sendo envolvidos e estimulados pelo
educador a participarem ativamente das aulas. Com isso, o processo de ensino educacional vai
tomando força na vida destes pequenos, permitindo a confiança na relação entre o professor e
o aluno. Em um ambiente em que se sintam seguros, eles são levados a acreditar que são capazes
da criação e intuição imagináveis, para a atuação da construção de seu próprio pensamento,
valores, condutas, entre outros.
Desse modo, os alunos participam ativamente e são atingidos pela afetividade. Nesse
cenário afetivo existente na educação, educador e educando, ensejam o fomento, por isso, os
professores deverão estar sempre abertos às mudanças necessárias em suas práticas
pedagógicas, momento esse, propício para reverem e ajustarem suas condutas referentes à
afetividade na educação.
A autora enfatiza que o educador afeta e também é afetado pelos alunos. Esse afeto
também alcança a relação aluno-aluno, portanto, para que se estabeleça uma relação afetiva
equilibrada, deve-se dosar o excesso de ansiedade que surgem durante as tarefas e buscar
trabalhar com afetividade e sensibilidade, tranquilizando, encorajando e fortalecendo os alunos
na prática das atividades, provas e testes, entre outros, favorecendo esses sujeitos. A serenidade
e a tranquilidade, auxiliam os estudantes a vencerem esses obstáculos, dando um novo olhar
para a prática pedagógica.
Diante de todo elencado acima, Machado (2018) conclui que as experiências na escola,
são permeadas por vivencias afetivas positivas e trocas, que atuam sobre o objeto de
conhecimento, também promove a autonomia dos estudantes, possibilitando que todos que
estejam envolvidos na educação notem quem é o outro, com quem eles se relacionam, desse
modo, enriquecendo o ambiente educacional.
Continuando, a pedagogia afetiva é uma linha que deverá ser seguida e trabalhada por
meio da demonstração do afeto, sensibilidade, respeito, responsabilidade, dedicação, empatia e
compromisso com a educação.
Segundo Machado (2018) podemos entender que a afetividade na educação funciona
como um fator positivo, uma vez que, o educador e seus alunos, os discentes entre si mesmo,
no grupo, em pares, entre outras formas, para que se estabeleçam cooperação na discussão dos
assuntos propostos. O afeto é bem mais do que se propõem é permitir que o sujeito cresça e que
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deixe que o outro também cresça, usando de alteridade com esse outro a quem me relaciono,
como ele me afeta e também, como é afetado por mim. Temos que permitir que, o afeto cause
efeito também, a esse outro alguém do coletivo que me toca, com amor, carinho é intenções. A
temática sobre a afetividade nos permite a reflexão sobre o que posso melhorar, para que cause
boas ações pelas minhas condutas a outras pessoas na sociedade. Nesse espaço de relação e
saúde que é a escola, vão-se trabalhando com a afetividade na educação, sendo ela capaz de
transformar a nós mesmos e aos outros. Qual é o impacto que causa no outro, as minhas
emoções e afeto? Um sentimento genuíno, que pode ser visto, como uma afetividade
transformadora, porque possui a capacidade de impulsionar ao aluno a sempre querer aprender,
cada vez mais, por causa, da didática que o educador adota em sala de aula, favorecendo
harmonia afetuosa no ambiente escolar. Ao relacionarmos a educação com a afetividade, vimos
que ela é capaz de proporcionar o amor e o contato entre os estudantes na escola, facilitar o
ensino-aprendizagem e colaborar com a prática pedagógica.
Nesta perspectiva, o que podemos vislumbrar na educação são fatos que versam sobre
a importância da afetividade no processo de ensino-aprendizagem, o reconhecimento da relação
de poder que a escola exerce com público alvo, capaz de persuadir e transformar a mentalidade
dos alunos, favorecendo o conhecimento de maneira articulada, desenvolvendo habilidades e
criando vínculos entre os atores da escola, também, contribuindo para formação destes sujeitos,
tornando-os autônomos e conscientes. O que esse educador transformador, poderá ensejar para
que seus alunos alcancem aprendizagem, na educação com afeto? Um desejo de aprender e o
entendimento consciente sobre o que foi ensinado em sala de aula. Uma participação efetiva de
uma educação cidadã. Um progresso da educação com afetividade. Poderemos almejar a
eficácia da educação, com isso, garantindo aos discentes uma aprendizagem efetiva e de
qualidade, favorecendo aos estudantes, a um futuro brilhante, como cidadãos atuante e sujeitos
mais humanizados, em nossa sociedade dinâmica.
De acordo com Machado (2018), percebemos que, com a afetividade desenvolvemos a
empatia pelo outro e relativizamos com alteridade, pelo fato de refletimos sobre quem é esse
outro que me toca, afeta e ao mesmo tempo e afetado por mim. Ainda que, a relevância e o
valor que se outorgam nas metodologias usadas pelos educadores, tanto auxiliam na construção
de conhecimento, quanto na produção de uma aprendizagem significativa pelos alunos.
Dessa maneira Machado (2018) conclui que as diversas propostas e estratégias de
ensino-aprendizagem que foram trabalhadas com afetividade, na utilização pelos educadores
possuem características peculiares, tanto no que ao referirem as situações que envolvam apenas
um sujeito, quanto as que envolvam todo um grupo de estudante, nos complexos processos de
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De acordo com a leitura e a análise dos estudos apresentados percebeu-se que tanto nas
pesquisas bibliográficas quanto nas observações feitas pelos autores, a importância do papel da
afetividade no processo de ensino-aprendizagem, interferindo diretamente na relação professor-
aluno. Observamos que todas as pesquisas analisadas encontraram-se ancoradas teoricamente
em autores renomados como Paulo Freire, Henri Wallon, e Vygotsky, que defendem a
necessidade de uma prática com valor afetivo para o desenvolvimento mais significativo para
as crianças, enquanto indivíduo pertencente a um cenário social repleto de valores variados.
Nos estudos das pesquisas também observamos que em todos os trabalhos foi
mencionado que a afetividade é algo essencial na vida dos indivíduos, por meio dela criam-se
relações com os demais sujeitos da sociedade, deste modo, entendemos que o processo de
afetividade torna-se imprescindível para todos. Por ser o processo de alfabetização complexo,
a afetividade do professor para com o aluno torna-se um fator complementador e de alta
importância, visto que abrange o lado emocional dos indivíduos. Dessa maneira, a educação é
construída conjuntamente entre professores e alunos, de modo que ambos construam uma
relação de afeto, que busca o desenvolvimento integral da criança, visando levá-la a um
desenvolvimento e a uma educação de qualidade.
De acordo com os artigos de revisão e levando em consideração a complexidade que é o
processo de alfabetização juntamente ao termo afetividade, percebemos que em todos os
trabalhos são citados que a participação da família é fundamental como forma de motivação e
que a relação criança e professor seja construída de forma leve e afetuosa resultando no
aprendizado desejado. Crianças motivadas gostam de aprender. Os artigos também citam a
necessidade de mais formações continuadas para que os professores conheçam e deem novos
significados às práticas pedagógicas na alfabetização. Que percebam o significado dessas
práticas e que facilitem a construção do aprendizado nas séries iniciais.
Observamos também nos trabalhos analisados que foi abordado o papel do professor
como mediador do aprendizado, mostrando a necessidade da mediação do docente para uma
aprendizagem mais satisfatória da criança.
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tema abordado por esta pesquisa, teve como propósito discutir a influência da
afetividade na alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental, além de promover a
reflexão acerca da relação entre afetividade docente e a alfabetização.
Com a análise dos resultados dos estudos pesquisados, observou-se que estes
sugerem, que a afetividade é imprescindível para o desempenho educacional e na relação
professor-aluno visto que a alfabetização é um processo complexo, desse forma, se há
afetividade, todo o processo torna-se mais prazeroso para a criança, facilitando, assim, sua
aprendizagem. Também o papel do professor, que se configura como um mediador do
processo de aprendizagem e desenvolvimento, uma figura essencial para êxito na formação
e para uma aprendizagem mais efetiva.
Nesse sentido, a relação afetiva entre os sujeitos envolvidos no processo de ensinar e
aprender, o diálogo entre professor e aluno, o fazer compartilhado, o respeito pelo outro,
propicia para que ambos se sintam pertencentes ao processo de aprender e de ensinar.
Segundo Ranghetti (2002, p.89), a afetividade “[...] dá o brilho à relação pedagógica,
desencadeando o convívio da razão com a emoção num movimento com a vida, do interior
para o exterior do ser e vice-versa”. Dessa maneira, não há quem somente ensina ou quem
somente aprende, é ação conjunta que proporciona cada vez mais interesse em aprender.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, Fabiana, 1997. A Pedagogia do Afeto na sala de aula. Ed: Prazer de Ler. 2ª ed.
Recife, 2014.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 38.ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2004.
WALLOM, Henri, Ciclo de Aprendizagem: Revista Escola, ed. 160, Fundação Vistor
Civita, São Paulo,2003