Martins Advogados

INARIO MARTINS DA SILVA – OAB/SP 112.128 e LUCAS MARTINS SOBRINHO – OAB/SP 406890

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 7ª VARA CÍVEL

DO FORO REGIONAL I – SANTANA, COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DE
SÃO PAULO.

Processo nº: 1004273-36.2022.8.26.0001

GENILSON LOURENÇO DA SILVA, devidamente

qualificado nos autos em epígrafe, vêm à presença Vossa Excelência opor
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO com fulcro no art. 1.022, I, CPC, por
entender, data maxima venia, que a decisão possui obscuridade.

A sentença de fls. 178/180 que determinou a extinção do

condomínio e o arbitramento de aluguel se encontra muito bem fundamentada e
demonstra grande domínio técnico de V.Exa.

Ocorre que na parte do dispositivo, há obscuridade quanto

ao lapso temporal em que deverão ser contabilizados os alugueres arbitrados.

A sentença assim dispõe:

“JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido para o fim de

extinguir o condomínio com relação ao imóvel objeto da matrícula 51.687 (fls. 23/28), mediante alienação
judicial do bem, observadas as preferências, após avaliação, com distribuição do produto da venda, de
acordo com os respectivos quinhões e, ainda, para condenar a ré no pagamento de alugueres pelo uso e
fruição exclusivos do imóvel comum, à razão de 50%(fração do autor), na forma da fundamentação supra
(valor do aluguel a ser considerado é aquele constante do contrato de locação - fls. 18/22), desde a data da
citação até a cientificação da administradora de imóveis (fls. 96), tornando definitiva a tutela de
urgência concedida”

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Como se observa foi determinado que a os alugueres

devidos são da data da citação à data da cientificação da administradora, porém a
administradora não depositou os alugueis nos autos como determinava a tutela de
urgência de fls.91.

Neste exato momento, a ré continua a receber os valores

TOTAIS dos alugueres enquanto que o autor não recebeu um único centavo mesmo
com a tutela de urgência concedida!

Acresce-se que este causídico enviou e-mail à

administradora KARISMA solicitando informações sobre o cumprimento da tutela (em
anexo), dando o prazo de 5 dias para a resposta. Porém este e-mail NÃO FOI
RESPONDIDO e o dia em que se findava o prazo para a resposta foi exatamente o dia em
que foi prolatada a sentença (26/09/2022).

Assim, não foi possível pedir qualquer medida contra a

imobiliária porque a sentença já havia sido proferida.

Como o aluguel arbitrado decorre do uso exclusivo do

imóvel, é de se supor que deve ser arbitrado (no mínimo) da citação até a extinção do
condomínio.
Isso porque até a extinção do condomínio a ré ainda
continuara a receber com exclusividade os alugueres pagos.

Portanto, se tornou obscura a sentença ao determinar que se

pague até o ofício expedido, uma vez que até o presente momento apenas a ré continua
a receber os alugueres.
Uma vez que a tutela antecipada concedida ao autor nunca
se efetivou, se requer o acolhimento dos embargos com efeitos infringentes para que se
determine o pagamento dos alugueres arbitrados até a extinção do condomínio.

DOS PEDIDOS

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Ante o exposto requer:

1) O acolhimento dos embargos de declaração com efeitos

infringentes para que a ré pague os alugueres arbitrados até a
extinção do condomínio, uma vez que a tutela de urgência
deferida nunca foi cumprida pela administradora.

Neste termos,
pede deferimento.
São Paulo, 04 de outubro de 2022.

LUCAS MARTINS SOBRINHO

OAB/SP 406.890

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