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EXCELENTÍSSIMO Dr.

JUIZ DA 10ª VARA DO TRABALHO DE MARINGÁ -


PR.

Autos de referência: 0002-2013-000-09-00-0.


Reclamante: Fulano 01
Reclamado: Empresa 02

Empresa 02, devidamente qualificada nos autos em epígrafe, neste ato


representada por seu advogado devidamente inscrito na OAB-PR sob n°. 03,
com escritório profissional na Rua 04, onde recebe suas intimações, vem
perante este Juízo, com fulcro no art. 847 da CLT e 300 do CPC, apresentar

CONTESTAÇÃO

Em face da demanda trabalhista que lhe move Fulano 01, também


devidamente qualificado nos autos, pelos motivos de fato e de direito que
passa a expor:

I – Dos Fatos (Síntese da Inicial).

O reclamante postulou RT em 01/03/2013; alega ter prestado serviços para


a reclamada de 01/02/2004 a 01/02/2013; exercia a função de Engenheiro
Civil onde era chefe de departamento e tinha sob seu comando
aproximadamente 30 operários; recebia R$ 4.000,00 como salário base, a
época de sua demissão, e mais R$ 2.000,00 a título de gratificação de função;
alega que laborava em trabalho extraordinário e postula pelo pagamento das
horas extras acrescidas dos devidos reflexos; tinha veículo da empresa a sua
disposição para fins comerciais e pleiteia pelo ressarcimento do valor de
duas multas de trânsito descontadas de seu salário.

II – Do Direito

2.1 Da Preliminar/Prejudicial de Mérito ou Da Prescrição Quinquenal

Muito embora o reclamante alegue que tenha prestado serviços para a


reclamada de 01/02/2004 a 01/02/2013, a presente RT somente fora
distribuída em 01/03/2013, razão pela qual requer a Vossa Excelência com
base nos termos dos artigos 7°, XXIX da CF e 11, inciso I da CLT, que sejam
aplicados, desde já, os efeitos da prescrição e consequente improcedência
dos pedidos quanto ao período que compreende as datas entre 01/02/2004
a 29/02/2008.
2.2 Das Horas e seus devidos Reflexos

O reclamante aduz em sua inicial que: “[...] iniciava suas atividades uma hora
antes dos operários e findava uma hora após o final do expediente destes,
[...]” razão pela qual postula pelo pagamento de duas horas extras ao dia
durante todo o pacto.

Ocorre que o autor era chefe de departamento, recebia a devida


remuneração adequada para o cargo (salário base acrescido de 50% a título
de gratificação de função – vide holerites e TRCT em anexo), ademais não
estava submisso ao controle de jornada, tudo de acordo com a normatização
do artigo 62, II da CLT.

Diante ao exposto e com base nos termos do artigo acima citado, desde já,
pede-se a Vossa excelência pela improcedência do pleito no tocante há horas
extra e seus devidos reflexos, uma vez que o acessório deve seguir a sorte do
principal.

2.3 Do Ressarcimento de Valores

O reclamante postula ainda pelo ressarcimento do valor referente a duas


multas de trânsito descontadas de seu salário junto ao TRCT.

Ocorre que muito embora o autor tivesse a sua disposição veículo da


empresa e usava o mesmo para deslocamento com fins comerciais, fora
multado por excesso de velocidade em via pública.

Ademais, o contrato de trabalho além de mencionar o cargo e suas


obrigações funcionais contém cláusula de possível dano, por culpa ou dolo,
decorrente do uso do veículo, tudo de acordo com a normatização do artigo
462 § 1° da CLT.

Diante ao exposto e com base na normatização vigente, pede-se a Vossa


Excelência pela improcedência do pleito.

III – Dos Pedidos e Requerimentos

Pede-se a Vossa Excelência que receba a presente contestação e julgue


improcedente todos os pedidos do Reclamante, em especial quanto a
prejudicial arguida no item 2.1 e demais expostos nos tópicos 2.2 e 2.3 da
presente contestação.
Com base no princípio da causalidade condene o Reclamante ao pagamento
de honorários advocatícios, nos termos do artigo 20 § 3º do CPC, ao patrono
do Reclamado.

IV – Das Provas

Postula pela produção de todos os meios de prova cabíveis em direito para o


melhor desfecho desta lide.

Termos em que: pede deferimento.

Maringá, 13 de Maio de 2014.

Advogado
OAB 03

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