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Aula 1 – Apresentação
Desentranhando esta noção um pouco mais, vamos ficar com duas modalidades de direito
constitucional organizatório:
Todos estes, são conceitos necessários para uma correta compreensão da organização do
poder político, segundo metodologia expositiva do prof. Gomes canotilho.
a) Caracterização Sumária
1. Poderes
A CRP de 76, não utiliza este termo, “poderes”, para designar os órgãos do estado. A
constituição fala em “poder político” (Artigo 108º), mas não menciona os “poderes do estado”
(diversamente do que acontecia noutras constituições portuguesas – 1822,a carta de 1826,
1838, 1911).
Portanto, quer se referir a órgãos de soberania (110º). Ainda que não se utilize no texto
constitucional a fórmula “poderes do estado”, quando se utiliza, pretende-se significar
complexos orgânicos do sistema do poder político, dotados de funções ditas “supremas” mas
separados e interdependentes entre si.
2. Competência
Entende-se o poder de ação atribuído aos vários órgãos e agentes constitucionais, com a
finalidade de prosseguirem as tarefas de que são constitucional ou legalmente incumbidos.
-Por outro, a concessão de certos poderes, como meios de ação necessários para a
prossecução das tarefas;
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Essencialmente regras.
3. Função
Como nos alerta o prof. Gomes Canotilho, o termo é indiscutivelmente polissêmico 2! Entretanto,
a verdade é que na literatura juspublicística, e como veremos, na nossa própria constituição,
quando melhor analisarmos o conceito função, os sentidos mais difundidos, são o de função
como atividade e função como poder do estado.
4. Responsabilidade
5. Procedimento
O exercício das funções públicas, está sujeito a um iter procedimental juridicamente adequado
à garantia dos direitos fundamentais e como não pode deixar de ser, à defesa dos princípios
basilares do estado de direito democrático.
6. Tarefa
A atribuição de poderes aos órgãos ou agentes constitucionais, é feita para que estes cumpram
com determinadas missões – lá está, as tarefas.
7. Controlo
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1. A competência
O estudo das estruturas organizatório-funcionais, exige uma análise, ainda que breve, dedicada
às formas de revelação das competências.
NOTA: Princípios constitucionais muito importantes relacionados com esta matéria, e que
juntos, justificam a proibição da alteração das regras constitucionais de competência dos
órgãos de soberania, mesmo nos estados de exceção constitucional:
Exemplos concretos:
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Fora destas, vão existir também outras como as competências administrativas, estudadas mais no
âmbito do direito adminstrativo.
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É discutível se as competências legais dos órgãos de soberania, estão sujeitas ao princípio da
indisponibilidade tal como ocorre com as competências constitucionais.
No âmbito das competências constitucionais, distingue-se entre:
-As competências exclusivas5 – Assim chamadas pois são atribuídas a apenas um órgão
-Competências-quadro-
A questão aqui, não deixa de ser controvertida. Muitos mesmo são os autores, que debatem a
propósito duma possível admissibilidade de competências não escritas (Implícitas). Decerto é
que, a aceitação indiscriminada desta tipologia de competências, acabaria pondo em causa
não apenas o princípio da conformidade funcional, mas também, os já mencionados princípios
da tipicidade e indisponibilidade das competências.
c. Competências não escritas: Modalidade de competência que não teria nenhum dos
suportes anteriores no texto constitucional.
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É a regra geral em matéria de atribuição de competências. No caso de haver competencias
concorrentes ou competencias-quadro, será a própria constituição a dizê-lo, a especificar os casos.
Os maiores problemas relativos a esta doutrina, como parece evidente, conexionam-se com o
2º e 3º tipo de competências supra-mencionados.
Esta doutrina das competências implícitas e todos os problemas que levanta, vem buscar sua
origem no direito constitucional norte-americano!
2. Função
2.1 Critérios para a ordenação das Funções
Princípio que vai implicar uma articulação entre órgãos e funções do estado
NOTA: Atenção que, quando falamos na separação/repartição dos poderes, em bom rigor, o
que se recorta em termos de separação/repartição, não é o poder do estado (poder político)!
Este, é uno e indivisível, reside no povo – artº 3 – que o exerce conforme as formas previstas
na própria constituição.
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Lá está, função no sentido de atividade aqui sendo utilizada!
Estruturas organizatorias – relacionado com a forma do poder político/organização deste –
parte terceira constituição.
Distribuição por via da constituição, das principais funções do estado, por diversos complexos
organizatórios (ou órgãos do estado) + relações que existem entre os poderes.
Democracia – governo do povo, pelo povo e para o povo. Não há separação política de
poderes, pois o único titular do poder é o povo. Há separação
Estruturas normativas – Quais as normas que integram um ordenamento jurídico (enfase à lei
/decreto lei do gov e regulamento)