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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

ANDRESSA FERREIRA

IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA A SOCIALIZAÇÃO DO ALUNO NA


EDUCAÇÃO INFANTIL.

ONDA VERDE
2023
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

ANDRESSA FERREIRA

IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA A SOCIALIZAÇÃO DO ALUNO NA EDUCAÇÃO


INFANTIL.

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito
parcial à obtenção do título
especialista em Ludopedagogia E
Educação Física Escolar.

ONDA VERDE
2023
IMPORTÂNCIA DO LÚDICO PARA A SOCIALIZAÇÃO DO ALUNO NA EDUCAÇÃO
INFANTIL.
Andressa Ferreira1,

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- A importância do lúdico para a socialização do aluno na Educação Infantil, foi a temática
trabalhada a seguir que buscou analisar de que maneira as atividades com jogos podem contribuir para a
socialização dos alunos nesta etapa do ensino. Para isso, o estudo aborda tópicos relacionados com o
tema Ludicidade e sua influência no processo de ensino e na socialização da criança. Inicialmente é
apresentado um breve retrospecto do lúdico na sociedade, seguido de análise sobre a necessidade de
este estar constantemente inserido no cotidiano escolar, destacando que o professor precisa direcionar
seu trabalho com o jogo em sala de aula, de forma que o mesmo seja reconhecido como parceiro do
processo de aprendizagem, e ressaltando de que maneira pode a prática do lúdico ser trabalhada no
cotidiano escolar de forma contribuir para o desenvolvimento da socialização da criança.

PALAVRAS-CHAVE: Brincar. Criança. Jogos. Desenvolvimento. Socialização. Educação Infantil.

RESUMO:

Introdução

Este estudo, não traz para o leitor nem um novo método, nem novos métodos,
nem novas propostas, informa que o desenvolvimento da aprendizagem só tem a
ganhar com a importância da ludicidade na educação.

A atividade lúdica é importante porque desenvolve e estimula a criança, sua


imaginação e sua memorização fica mais “poderosas”. O trabalho com jogos e
brinquedos, os professores terão uma ferramenta indispensável para o trabalho
cotidiano na aprendizagem de seus alunos.

1
E-mail do autor negramiss@bol.com.br
Baseando-se na importância do lúdico com as crianças de cinco anos este
trabalho servirá para esclarecer dúvidas de como é empregado no cotidiano na
educação infantil, verificando também se existe nas crianças alguma dificuldade na
assimilação da aprendizagem durante o desenvolvimento de alguma atividade.

O objetivo geral da pesquisa será verificar como os professores dão importância


ao lúdico na Educação Infantil com crianças de 5 anos e os objetivos específicos será o
de verificar se realmente os professores estão trabalhando o lúdico no cotidiano
escolar; observar quais atividades lúdicas são empregadas para promover a
aprendizagem das crianças na educação infantil e analisar se a educação infantil está
preparada para desenvolver o lúdico com as crianças de cinco anos.

O jogo é uma brincadeira passada de geração para geração que permite a


aquisição de costumes, valores e rituais adotados por pessoas de épocas passadas.
Quando o jogo é trabalhado com as crianças, elas reagem então como portadoras e
transmissoras desta atividade tão utilizada em todo o mundo.

Através do jogo, é possível também criar oportunidades para que a criança


possa expressar suas emoções e, ao interagir com os demais participantes, ampliar sua
formação moral, seu desenvolvimento físico-motor e sua comunicação com o mundo, já
que essa atividade permite que se viaje ao passado, ao mesmo tempo em que se
aprende brincando. Sendo que por meio do jogo que a criança começa a entender
como as coisas funcionam, o que pode e o que não pode ser feito com os objetos,
entende que existe regras a serem cumpridas e respeitadas que fatores como esse que
nos faz perceber a necessidade do jogo ser constantemente utilizado na instituição de
ensino, já que a escola é, depois da família, o principal lugar de aprendizagem,
produção e socialização do conhecimento.

O trabalho foi desenvolvido na escola municipal EMEI “Caminho Encantado”, na


cidade de Onda Verde/SP, onde tenho conhecimento com professores. Nesse trabalho
realizamos pesquisas (questionários) que foram aplicados aos professores de
Educação Infantil, professora de Educação Física e pais de aluno.
1. REVISÃO DA LITERATURA

1.2 A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Na educação infantil a criança procura vivência tudo que está ao seu redor, ela
busca novos conhecimentos a cada minuto, observa tudo que está acontecendo, e é a
partir daí que começa o aprendizado. Assim, podemos dizer que o ser humano possui
uma tendência lúdica ou, como denominam alguns, um “impulso para o jogo”, isso
explica quando pensamos já nos primeiros meses de vida o bebê tem um exercício
sensório-motor como explica Jean Piaget apud Leonor Rizzi e Regina Célia Haudi em
seu livro Atividades Lúdicas na Educação da Criança, já do segundo ao sexto ano de
vida predomina o jogo simbólico, para se manifestar, a partir da etapa seguinte, através
da prática do jogo de regras.

1.2.1 JOGO DE EXERCÍCIO SENSÓRIO-MOTOR

A atividade lúdica surge de forma simples aqui, tudo depende da maturação do


aparelho motor. Sua finalidade é tão somente o próprio prazer do funcionamento, por
isso dizemos aqui que é o jogo do prazer funcional.

Piaget apud Leonor Rizzi e Regina Célia Haudi em seu livro Atividades Lúdicas
na Educação da Criança diz que “quase todos os esquemas sensórios-motores dão
lugar a um exercício lúdico”.

De acordo com Rizzi e Haudi, esses exercícios motores consistem na repetição


de gestos e movimentos simples, como exemplo quando o bebê estica e recolhe os
braços e as pernas, agita as mãos e os dedos, toca os objetos e os sacode, produzindo
ruídos ou sons. Nesses exercícios as crianças exploram o próprio corpo com os
movimentos, ritmos, desembaraço, ou então para ver o efeito que sua ação pode
produzir, no caso quando a criança manipula objetos, montando e desmontando.

Assim sendo, essa forma de atividade lúdica, embora caracterize o nascimento


do jogo na criança na fase pré-verbal que vai de 0 a 2 anos.

1.2.2 JOGO SIMBÓLICO


Já no jogo simbólico Rizzi e Haudi, diz que podemos compreender esse período
de 2 a 6 anos, que se manifesta a tendência lúdica sob a forma de jogo simbólico, que
é o jogo da ficção, da imaginação ou da imitação. Aqui podemos dizer que são jogos
onde tudo pode ser um brinquedo, o cabo da vassoura vira um cavalo, a boneca um
bebê, uma caixa de fósforo um carrinho, um caixote um trem, e também o desempenho
de papéis, como brincar de mamãe e filho, professora e aluno, de médico, e muitas
outras.

Elas mostram que o jogo simbólico se desenvolve a partir dos esquemas


sensório-motores que, à medida que são interiorizados, dão origem à imitação, e,
posteriormente, à representação.

Para Piaget apud Leonor Rizzi e Regina Célia Haudi em seu livro Atividades
Lúdicas na Educação da Criança, esse tipo de atividade lúdica “consiste em satisfazer o
eu por meio de uma transformação do real em função dos desejos: a criança que brinca
de boneca refaz sua própria vida, corrigindo-a à sua maneira, e revive todos os
prazeres ou conflitos, resolvendo-os compensando-os, ou seja, contando a realidade
através da ficção”.

Podemos dizer então que o jogo simbólico tem como função assimilar a
realidade, seja através da liquidação de conflitos, da compensação de necessidades
não-satisfeitas, ou da simples inversão de papéis, é o transporte do mundo de faz-de-
conta, que possibilita a criança a realização de sonhos e fantasias, onde pode revelar
conflitos interiores, medos e angústias, aliviando a tensão e as frustrações, dizem Rizzi
e Haudi finalizando essa parte.

1.2.3 JOGO DE REGRAS

A terceira forma de atividade lúdica a surgir é o jogo de regras, que começa a se


manifestar por volta dos cincos anos, mas se desenvolve principalmente na fase que
vai dos 7 aos 12 anos, predominando durante toda a vida do indivíduo. Os jogos de
regras são jogos de combinações sensório-motoras (corrida, jogos de bola de gude ou
com bolas) ou intelectuais (cartas, xadrez) em que a competições dos indivíduos, no
qual sempre dizendo que sem a regra seria inútil, e regulamentados quer por um código
transmitido de geração em geração quer por acordos momentâneos. fonte

Piaget diz que o jogo de regras é a atividade lúdica do ser socializado e começa
a ser praticado por volta dos sete anos, quando a criança “abandona o jogo egocêntrico
das crianças mais pequenas, em proveito de uma aplicação efetiva de regras e do
espírito de cooperação entre os jogadores.

Como vemos, o jogo na criança, inicialmente egocêntrico e espontâneo, vai se


tornando cada vez mais uma atividade social, na qual as relações interindividuais são
fundamentais. fonte

1.3 O JOGO COMO RECURSO PEDAGÓGICO

O jogo é uma atividade que tem valor educacional, o jogo educa, assim como a
vida educa. Mas além desse valor educacional, que lhe é inerente, o jogo tem sido
utilizado como recurso pedagógico. Os educadores sempre dizem que as crianças
aprendem brincando, e devem buscar em atividades lúdicas várias maneiras de ensinar
os componentes curriculares. fonte

A primeira relação socializadora da criança é realizar logo após o seu


nascimento no grupo familiar a que pertence e posteriormente se estenderá a outros
grupos onde poderá haver o processo de apropriação do mundo social onde adquira
novos conceitos sobre regras e valores. fonte

Embora cada criança tenha suas características próprias e individuais, ela


precisa se relacionar com outras para haver trocas, interações e relacionamentos e o
jogo é uma atividade capaz e proporcionar o desenvolvimento desses aspectos. fonte

À medida que a criança cresce, as brincadeiras vão tomando uma dimensão


ainda mais socializadora permitindo a criança desenvolver ou ampliar aspectos como o
respeito mútuo, partilhar brinquedos, dividir tarefas, aceitar e respeitar regras. fonte

O jogo oferece ainda subsídios para um melhor entendimento do


desenvolvimento infantil e como contexto cultural influencia a atividade lúdica e
educativa. fonte
Friedman (1996, p.18) diz que:

O brinquedo é, portanto, muito mais do que um objeto do mundo infantil, um


“eco” dos padrões culturais de diferentes contextos socioeconômicos. Além de
ser veículo da inteligência e da atividade Lúdica, ele tem também um impacto
próprio.

Quando está brincando, a criança convive com fantasia e com a realidade,


passando de uma situação para outra com espontaneidade e criatividade. É neste
mundo lúdico que ela passa a criar, experimentar e aprender novas formas de atuar e
interagir. fonte

A brincadeira torna-se vital e na melhor forma da criança se comunicar, sendo


um instrumento que ela possui para conviver com outras crianças. Brincando ela
aprende sobre tudo que a cerca, integrando-se. Na atividade lúdica, a criança também
convive com os diferentes sentimentos de sua realidade interior e aos poucos, aprende
a se conhecer e a aceitar a existência dos outros. fonte

A atividade lúdica propicia relações cognitivas e afetivas que além de favorecer o


amadurecimento emocional vão, pouco a pouco, constituindo a sociabilidade infantil,
pois as atividades lúdicas são brincadeiras fundamentais desenvolvidas pela criança no
seu dia-a-dia, tanto na rua, como em casa ou na escola. Por meio das brincadeiras as
relações sociais em que a criança está inserida podem ser elaboradas, revividas e
compreendidas pelos educandos em suas observações, enquanto a criança brinca e
desenvolve suas atividades. fonte

Brincando a criança desenvolve seu senso de companheirismo, aprendendo a


conviver, a aceitar e respeitar regras e entender que o jogo inclui perder e o ganhar e o
que o mais importante é participar dessas atividades pelo prazer que estas são capazes
de proporcionar.

A ação educação infantil oferecida hoje às crianças necessita ser reformuladas.


A educação precisa ser atraente, estar centrada na criança para que suas
necessidades sejam atendidas e suas dificuldades superadas.
Então, quando se valoriza o lúdico levando em consideração todos os seus
aspectos fundamentais em especial no que se refere a formação do aluno, mais
prazeroso fica o processo de ensino. Com o jogo, a aprendizagem se concretiza de
maneira sólida, criativa e duradoura.

É por todos esses motivos e pelas suas qualidades intrínsecas de desafio à ação
voluntária e consciente que o jogo precisa estar incluído entre as opções de trabalho
durante tosa a vida estudantil da criança a começar pela Educação Infantil permitindo
que ao brincar, ela aprenda e se desenvolva integralmente.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Fazer uso do lúdico na Educação é dar a criança oportunidade de
desenvolvimento. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, exercita e
confere suas habilidades. O lúdico também estimula a curiosidade, a iniciativa e a
autoconfiança, além de proporcionar aprendizagem, desenvolvimento da linguagem, do
pensamento, da concentração e da atenção.

Utilizar o jogo no processo de ensino da Educação Infantil é, antes de qualquer


coisa, uma valiosa maneira de criar situações de atividade que possibilita a criança a
ser incentivada a pensar, refletir, raciocinar sobre grandezas, desenvolver idéias sobre
agrupamentos e comparações para que ela própria crie solução para resolver os
problemas apresentados.

A brincadeira infantil permite a criança reviver suas alegrias, seus medos, seus
conflitos, resolvendo-os à sua maneira e transformando sua realidade naquilo que quer,
internalizando regras de conduta, desenvolvendo valores que orientarão se
comportamento. Por isso o brincar deve fazer parte da vida da criança, sendo utilizado
como valioso recurso para o desenvolvimento integral da mesma.

O jogo constitui-se, portanto, uma linguagem infantil que deve ser respeitada e
incentivada e não encarada como um desperdício de tempo. Através do jogo a criança
exercita a mente, o aspecto motor e a criatividade ao mesmo tempo em que aprende a
encarar os desafios futuros. Ao mesmo tempo em que participam deste mundo
“mágico” do “faz-de-conta” que é o lúdico, a criança está desenvolvendo habilidades
sociais e ampliando seu autoconhecimento. A brincadeira e o jogo são atividades
espontâneas, e as crianças realizam simplesmente porque gostam de brincar, sem a
preocupação de produzir, desempenhar uma função, apresentar um resultado, embora
através do jogo, muito pode ser ensinado e muito pode ser aprendido.

Entretanto, como observado no decorrer do trabalho, para que o jogo


contribua para a socialização da criança, é preciso trabalhá-lo de forma crítica,
constante e prazerosa. É preciso favorecer meios para que esta etapa seja abrangida.
É aí que entra novamente a necessidade do jogo no processo de ensino, já que através
dele torna-se possível trabalhar e conhecer a criança como um todo desde seus
conhecimentos adquiridos antes de entrar na escola até a observação de suas idéias
previamente estabelecidas, seu vocabulário, suas habilidades e limites; ficando mais
fácil, então, auxiliar suas aptidões.

Reconhece-se, portanto através das abordagens destacadas no decorrer do


trabalho, a importância de se resgatar o direito da criança desfrutar de uma educação
que respeite seu processo de construção do pensamento, que lhe permitia crescer
através das práticas educativas que lhe é fornecida e o mais importante, aprender de
forma prazerosa como a brincadeira é capaz de fazer. Nesse processo, o aluno terá a
oportunidade de conhecer e participar do verdadeiro ato de aprender brincando.

REFERÊNCIAS
ALMEIDA, P. N. Educação lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. 9. Ed. São Paulo:
Loyola, 1998.

BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Ministério da


Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Vol. 3. Brasília: MEC/
SEF, 1998.

FRIEDMANN, A. Brincar, crescer e aprender: o resgate do jogo infantil. São Paulo:


Moderna, 1996.

HAYDT, R. C.C. Curso de didática geral. 6. Ed. São Paulo: Ática, 1999.

KISHIMOTTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeiras e a educação. 2 ed. São Paulo:


Cortz, 1997.

OLIVEIRA, Z. R. Educação infantil: Fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez,


2002.

RIZZO, G. Jogos inteligentes: a construção do raciocínio na escola natural. Rio de


Janeiro: Bertrand Brail, 1996.

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