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Sistema Tributário Nacional

Prof: Lincoln Santos Lopes

PÓS GRADUAÇÃO – 3ª Aula


Para opção ao Simples Nacional, deverá observar os
seguintes passos:

1 – Atividade da empresa

2 – Faturamento da empresa

3 – Participação dos sócios em outras empresas

4 – Adimplência perante os orgãos

5 – Verificar o faturamento estimado para o inicio das


atividades, para correto enquadramento da alíquota.
Analise Tributária
• A ação inicial para iniciarmos as simulações é a
analise tributária, que consiste em simular o
estado atual da empresa nos regimes tributários
existentes na empresa: Lucro Real, Lucro
Presumido e Simples Nacional, levando em
consideração as permissões e limites para optar
por cada regime.
Escolha de tributação
Logicamente que este tópico será a principal escolha que influenciará
no planejamento tributário da companhia, ou seja, a forma de
tributação da empresa: Real, Presumido ou Simples Nacional. Mas
neste tópico abordaremos este assunto em outra perspectiva: a de
clientes. Quando a empresa opta por algum regime tributário, a
relação com os seus clientes também será afetada. Se a empresa optar
pelo Simples Nacional por exemplo, a mesma não transferirá créditos
de ICMS e IPI, fato que leva muitas empresas a não ter como
fornecedoras empresas que optam por este regime, uma vez que não
terá créditos destes tributos e também elevará seu custo por ter de
considerar todo desembolso sem nenhum aproveitamento ou
beneficio. O governo nos últimos anos passou a permitir o
aproveitamento do crédito de empresas optantes pelo Simples
Nacional, até o limite do ICMS que a empresa recolhe dentro do DAS,
mas que não impactou significativamente para que as empresas
optantes pelo regime unificado pudessem ganhar mercado e
competitividade ao ponto de competir com empresas que transmitem
em média 30% de créditos apenas de tributos indiretos.
Escolha de tributação
Empresas que optam pelo Simples Nacional, normalmente
oferecem preços inferiores ao das empresas que
transmitem créditos, mas mesmo assim ainda encontram
dificuldades de negociação com empresas que não estão
enquadrados na mesma condição. Outra influencia que
bordaremos mais adiante com mais ênfase, será quanto a
formação de preço, uma vez que os impostos incidentes
diretamente sobre a venda influenciam diretamente no
MARKUP da empresa, podendo também influenciar na
competitividade da empresa, pois o preço é ainda o
principal fator que define as relações empresariais, seguido
da qualidade dos produtos.
Lucro Presumido
O regime de apuração do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica – IRPJ do
Lucro Presumido é o regime em que os tributos são calculados com base no
faturamento, através de um percentual de lucro pré-determinado pela
legislação do Imposto de Renda, ou seja, presumido, sobre o qual deverão
ser aplicadas as alíquotas de 15% IRPJ e 9% CSLL.

Tal forma de tributação influencia, em regras gerais, diretamente na


apuração das contribuições para o PIS e a COFINS, que serão,
obrigatoriamente, apuradas pela sistemática cumulativa e terá seus
percentuais aplicados diretamente sobre o faturamento bruto mensal.

Neste regime de tributação, a Receita Federal levará em consideração


apenas o faturamento bruto obtido pela empresa através de suas
atividades, não importando o resultado (lucro ou prejuízo) obtido pela
empresa. Tem como ponto forte a simplificação da apuração dos impostos e
menor risco de autuação fiscal, e como ponto fraco, o pagamento de
tributos mesmo em situação de prejuízo.
Lucro Presumido
ALÍQUOTAS

No regime de apuração do lucro presumido, as alíquotas dos tributos


serão:

• PIS – 0,65%
• COFINS – 3%
• IRPJ – 15%
• CSLL – 9%

Nota: As alíquotas de IRPJ e CSLL serão aplicadas depois de


encontradas a base de cálculo através da presunção que pode variar de
acordo com a atividade, conforme apresentaremos no próximo slide:

.
Lucro Presumido
Atividades Percentual IRPJ

Atividades em geral (RIR/ 999, art.518) 8%

Revenda de combustíveis 1,6%

.
Serviços de transporte (exceto o de carga) 16%

Serviços de transporte de cargas 8%

Serviços em geral (exceto hospitalares) 32%

Serviços hospitalares 8%

Intermediação de negócios 32%

Administração, locação ou cessão de bem e direitos de qualquer natureza (inclusive imóveis) 32%
Lucro Presumido

Atividades Percentual CSLL

Comerciais, industriais, serviços hospitalares e de transportes 12%

Prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de


32%
transporte
Lucro Real
Contabilidade societária x fiscal

A contabilidade societária (financeira) atende a todos os usuários da contabilidade:


Sócios, bancos, fornecedores, funcionários, acionistas e outros usuários... Contabilidade
fiscal é direcionada ao fisco, ao governo em todas as três esferas: federal, municipal e
federal. A contabilidade financeira é o ponto inicial para a apuração do resultado fiscal.

O fisco não aceita alguns princípios contábeis, como o conservadorismo, que determina
que o contador deve reconhecer sempre uma possível despesa, normalmente através de
provisões. A despesa apenas se torna dedutível do resultado quando efetivamente
incorridas. A contabilidade fiscal não considera despesas que não sejam efetivamente
necessárias para a manutenção das atividades normais da empresa.

O Lucro Real é uma forma de efetuar o recolhimento dos impostos sobre o lucro: IRPJ e
CSLL, mas que também afeta diretamente o recolhimento de PIS e COFINS, pois empresa
que optam pelo recolhimento por este regime de tributação, obrigatoriamente são
obrigadas a recolher estas contribuições pelo regime não cumulativo.

Para realização do que chamamos de contabilidade fiscal, a contabilidade societária deve


estar corretamente elaborada, seguindo todas as normas e princípios rigorosamente,
pois ao fechamento da contabilidade geral, inicia-se a contabilidade tributária.
Lucro Real
Lucro Real é o resultado do exercício constante na Demonstração do
Resultado Contábil, acrescido das adições e subtraído das exclusões.

Adições: São Despesas lançadas ao resultado que não façam parte da


operação da empresa ou que o fisco considere não dedutíveis, ou “não
boas”.
Exemplos de adições: Férias e outros valores ou gastos pagos à sócios
(com exceção de pró-labore), doações, confraternizações, resultado
negativo de equivalência patrimonial, brindes e outras despesas que não
são intrinsecamente necessárias para manter as atividades da empresa.

Exclusões: São valores lançados do resultado que não representem


ingressos de novas receitas, que sejam receitas isentas ou não
tributadas ou que já sofram tributação no ingresso na empresa, com o
intuito de não haver bi-tributação.
• Exemplos: Receitas ou resultado positivo de equivalência patrimonial.
PIS e COFINS
• PIS: Programa de Integração Social
• COFINS: Contribuição para Finalidade Social

O PIS e COFINS são contribuições instituídas para a finalidade de


distribuição de recursos para alocação em projetos sócias, como saúde,
abono salarial, entre outros programas sociais do governo federal.

Fato gerador: Faturamento (Receita oriunda da atividade operacional


da empresa) para Cumulativo e total das Receitas para o regime não
cumulativo.

Incidência: No reconhecimento do faturamento

Base de Cálculo: Faturamento Bruto – ICMS ST – IPI – Devoluções –


Vendas Canceladas = Faturamento Líquido
PIS e COFINS
Alíquotas:
Regime Cumulativo: 0,65% e 3%
Regime Não Cumulativo: 1,65% e 7,6%

Regimes de apuração: Cumulativo e Não Cumulativo

Regime Cumulativo: A cada fase do processo, a operação


sofrerá nova tributação nas mesmas bases e dos mesmos
tributos, sem compensação das fases anteriores.

Regime Cumulativo: A cada fase do processo, a operação não


sofrerá novamente os mesmos tributos sobre as mesmas bases,
ou seja, haverá a compensação doa valores já recolhido em
fases anteriores.
PIS e COFINS
Monofásico, Substituição e Alíquotas diferenciadas

Alguns produtos estão sujeitos a alíquotas diferenciadas


e concentradas para recolhimento das contribuições PIS
e COFINS, como é o caso de alguns eletrônicos no
momento de sua fabricação e veículos automotores.
Outros produtos são tributados uma única vez, não
sendo mais tributados nas fases seguintes como sabão e
outros produtos da cesta básica, chamado de tributação
monofásica. Há também o regime de substituição
tributária, que nada mais é do que a retenção do
imposto das operações subseqüentes em uma única fase
do processo.
PIS e COFINS

Atividades sujeitas exclusivamente a Cumulatividade

Existem atividades que independente do regime de


tributação escolhido pela empresa, estão sujeitos ao
pagamento do PIS e COFINS obrigatoriamente pelo regime
cumulativo. Algumas destas atividades são:
PIS e COFINS

- de prestação de serviços de telecomunicações;


- de venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das
- empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens;
- de prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e
aquaviário de passageiros;
- de serviços prestados por hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de
fisioterapia e de fonoaudiologia, e laboratório de anatomia patológica, citológica ou de
análises clínicas; e de serviços de diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia,
quimioterapia e de banco de sangue(Ver ADI SRF nº 26/2004);
- de venda de mercadorias realizadas pelas lojas francas de portos e aeroportos (free
shops);
- de prestação de serviço de transporte coletivo de passageiros, efetuado por empresas
regulares de linhas aéreas domésticas, e as decorrentes da prestação de serviço de
transporte de pessoas por empresas de táxi aéreo;
PIS e COFINS
- da edição de periódicos e de informações neles contidas, que sejam
relativas aos assinantes dos serviços públicos de telefonia;
- de prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola inscritas no
Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB);
- de prestação de serviços das empresas de call center, telemarketing,
telecobrança e de teleatendimento em geral;
- da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de
construção civil;
- auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria
e de organização de feiras e eventos, conforme definido na Portaria
Interministerial nº 33, de 2005, dos Ministros de Estado dos Ministérios da
Fazenda e do Turismo;
- de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e
médio e educação superior.
PIS e COFINS
- da edição de periódicos e de informações neles contidas, que sejam
relativas aos assinantes dos serviços públicos de telefonia;
- de prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola inscritas no
Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB);
- de prestação de serviços das empresas de call center, telemarketing,
telecobrança e de teleatendimento em geral;
- da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras
de construção civil;
- auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de
hotelaria e de organização de feiras e eventos, conforme definido na
Portaria Interministerial nº 33, de 2005, dos Ministros de Estado dos
Ministérios da Fazenda e do Turismo;
- de prestação de serviços de educação infantil, ensinos fundamental e
médio e educação superior.
PIS e COFINS

Exclusões ou Deduções da Base de Cálculo


• Para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do faturamento, quando o tenham
integrado, os valores: (Lei nº 10.637, de 2002, art 1º, §3º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, § 3º; IN SRF nº
247, de 2002, art. 24):
• das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero);
• das vendas canceladas;
• dos descontos incondicionais concedidos;
• do IPI;
• do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na
condição de substituto tributário;
• das reversões de provisões e das recuperações de créditos baixados como perdas, que não representem
ingresso de novas receitas;
• dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido;
• dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido
computados como receita; e
• das receitas não-operacionais, decorrentes da venda de bens do ativo permanente;
• das receitas de revenda de bens em que a contribuição já foi recolhida pelo substituto tributário;
PIS e COFINS
• Desconto de Créditos (Regime Não Cumulativo)
• das aquisições de bens para revenda efetuadas no mês;
• das aquisições, efetuadas no mês, de bens e serviços utilizados como insumos na fabricação de produtos destinados à venda ou na
prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes;
• dos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha
sido tributada no regime de incidência não-cumulativa;
• das despesas e custos incorridos no mês, relativos:
a. à energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
b. a aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas
atividades da empresa;
• OBS: É vedado o crédito relativo a aluguel de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica.
a. a contraprestação de operações de arrendamento mercantil pagas a
pessoa jurídica, exceto quando esta for optante pelo Simples;
• OBS: É vedado o crédito relativo contraprestação de arrendamento mercantil de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa
jurídica.
a. armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos
dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor;
• dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao
ativo imobilizado adquiridos a partir de maio de 2004, para utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de
serviços (Ver IN SRF nº 457, de 2004);
Conceito de Planejamento
Tributário

São um conjunto de atitudes, ações e


operações que visam a redução,
postergação ou economia de forma legal
(amparada pela lei ou de forma que não a
afronte) de reduzir o desembolso de
tributos ao governo e melhorando o
resultado da empresa.
Conceito de Planejamento
Tributário
O planejamento tributário é definido por um
conjunto de procedimentos lícitos adotados por
uma empresa, visando à diminuição do
desembolso tributário. É o processo de estudar
toda a operação da empresa buscando novas
alternativas favoráveis dentro dos cenários que a
atividade permite, analisando mudanças
estruturais, operacionais e até de localidades.
Conceitos de Autores Sobre
Planejamento Tributário
• Para Andrade Filho “O planejamento tributário visa, em última
análise, otimizar, nos marcos da ordem jurídica, o montante dos
encargos tributários a serem suportados por uma pessoa natural
ou coletiva”.
• Segundo Malkowski, Almir, (Editora de Direito, Pag 22.)
“Planejamento Tributário é o processo de escolha de ação ou
omissão lícita, não simulada, anterior à ocorrência do fato
gerador, que vise, direta ou indiretamente, economia de tributos”.
• No ponto de vista do Rodrigo de Paula Souza, “Planejamento
Tributário em um estudo amplo e minucioso da empresa com a
finalidade de se identificar meios lícitos de redução da carga
tributária. Tal estudo visa evitar a incidência de certos tributos,
utilizando-se para esta finalidade das alternativas selecionadas
entre as opções encontradas”.
Objetivo do Planejamento
Tributário
• Um planejamento completo busca, dentre outros fatores,
reformular a saúde fiscal da empresa, com alternativas
estratégicas de negócios, reestruturando uma empresa
como um todo. O planejamento procura conscientizar o
empresário a contribuir de maneira correta, honesta e
eficiente, analisando o sistema tributário, as diferentes
formas para recolher os tributos e aplicar de uma maneira
licita e real, a redução dos tributos pagos pela empresa.
Como Executar um
Planejamento Tributário?
Preliminarmente, para efetuar o planejamento tributário
temos de possuir o mais numero de informações sobre os
tributos, todas as formas de tributações, fatos geradores,
incidências e legislações, principalmente os benefícios
fiscais, isenções, reduções de bases de cálculos, não
incidências, fornecedores, clientes, composição dos
produtos, operacionalização, forma de administração, frete
próprio ou terceirizado, prazos de pagamentos, e outras
informações sobre a forma de atuação da empresa.
Como Executar um
Planejamento Tributário?

Em um segundo momento, devemos efetuar uma


analise minuciosa de toda a operação da
empresa, quais são os seus clientes, quais são os
seus fornecedores, onde os participantes e a
empresa estão localizados, quais os produtos que
são adquiridos e demais informações necessárias
para iniciar a formulação de alternativas que
possibilitem a redução da carga tributária.
Analise Tributária
A ação inicial para iniciarmos as simulações é a
analise tributária, que consiste em simular o
estado atual da empresa nos regimes tributários
existentes na empresa: Lucro Real, Lucro
Presumido e Simples Nacional, levando em
consideração as permissões e limites para optar
por cada regime.
PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO E ESTRATÉGICO
O Planejamento Tributário não é apenas uma
estratégia ou estratégias para desembolsar menos
tributos, mas sim parte de um planejamento total
de uma empresa, que deverá estar alinhado
também com os objetivos e estratégias da
companhia, que influenciará diretamente em
questões operacionais. Abaixo algumas questões
operacionais que poderão ser revistas ou
analisadas para obtenção de sucesso de uma
entidade.
Localização de Estado
Para uma empresa industrial, um dos tributos que mais influenciarão na
formação do preço e no resultado da empresa é administrado pelos estados:
o ICMS. Este tributo possui uma alíquota média de 18% em todos os estados,
o maior percentual de tributos indiretos. Então, uma das estratégias que
devem ser consideradas pela empresa é a questão da localização para
abertura da empresa ou estudar a possibilidade de mudança, avaliando os
RICMS (Regulamento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias) de cada
estado, com todos os seus anexos, para analisar algum incentivo fiscal para
os produtos da empresa, como atribuição de uma alíquota menor que 18%
para os produtos manufaturados pela empresa, redução de base de calculo
para aplicação da alíquota do ICMS, suspensão ou diferimento do ICMS
devido pelas industrias para as empresas comerciais, aproveitamento de
crédito presumido de ICMS em algumas aquisições ou regime especial de
tributação de ICMS, como destacar uma alíquota e recolher outra (TTD em
Itajaí, por exemplo).
Localização de Estado
Estas hipóteses já estão previstas nas legislações de cada estado,
outra possibilidade que a empresa poderá avaliar e solicitar ao
estado um incentivo (regime especial) para instalar sua empresa,
e os benefícios que esta companhia poderá trazer ao estado,
como geração de empregos, recolhimento do próprio ICMS,
recolhimento de IPVA sobre a frota de veículos da empresa,
movimentação da economia, entre outros que poderão ser
identificados através de um plano de ação ou de negócios. O fato
mais importante que deverá ser visto neste tópico é a
classificação fiscal dos produtos, pois será esta informação que
definirá a alíquota que será enquadrada os produtos da empresa.
Localização de Município
Uma indústria, quando “industrializa” para terceiros, e os mesmos
são consumidores finais, haverá a incidência de ISS. Como há um
impasse quanto a incidência do IPI e ISS, a Receita Federal em
conjunto com os municípios entendem que se a industrialização
quando efetuada com o objetivo de venda ou revenda, a incidência
será de IPI. Quando for efetuada para consumo, uso ou para não
contribuinte do IPI ou do ICMS, será considerado como prestação de
serviços, estando sujeito ao recolhimento do ISS aos municípios. O
ISS conforme visto acima, varia de 2% a 5%, podendo influenciar
diretamente no resultado da empresa, principalmente se o perfil de
clientes da empresa estiver concentrado na segunda opção. Por isso,
a procura por uma cidade que possua a alíquota mínima do ISS 2%
ou que conceda redução da base de calculo (Santana de Parnaíba) ou
permita alguns abatimentos (Caso de Barueri) é fundamental para
que a empresa obtenha sucesso.
Localização de Município
Como acontece com o estado, a empresa poderá
negociar diretamente com o município para obter
um regime especial municipal, principalmente para
municípios carentes, onde a instalação da empresa
poderá trazer benefícios para o desenvolvimento
da cidade, atrair outras empresas e outros
benefícios que poderão justificar o incentivo para a
empresa. Lembrando que para este tópico, o mais
importante para o enquadramento da alíquota é o
código de serviço que a empresa exercerá, para
não ter nenhuma surpresa após a mudança de
município e desembolsar até 3% a mais do
planejado.
Escolha de tributação
Logicamente que este tópico será a principal escolha que influenciará no
planejamento tributário da companhia, ou seja, a forma de tributação da
empresa: Real, Presumido ou Simples Nacional. Mas neste tópico
abordaremos este assunto em outra perspectiva: a de clientes. Quando a
empresa opta por algum regime tributário, a relação com os seus clientes
também será afetada. Se a empresa optar pelo Simples Nacional por
exemplo, a mesma não transferirá créditos de ICMS e IPI, fato que leva
muitas empresas a não ter como fornecedoras empresas que optam por
este regime, uma vez que não terá créditos destes tributos e também
elevará seu custo por ter de considerar todo desembolso sem nenhum
aproveitamento ou beneficio. O governo nos últimos anos passou a
permitir o aproveitamento do crédito de empresas optantes pelo Simples
Nacional, até o limite do ICMS que a empresa recolhe dentro do DAS, mas
que não impactou significativamente para que as empresas optantes pelo
regime unificado pudessem ganhar mercado e competitividade ao ponto
de competir com empresas que transmitem em média 30% de créditos
apenas de tributos indiretos.
Escolha de tributação
Empresas que optam pelo Simples Nacional,
normalmente oferecem preços inferiores ao das
empresas que transmitem créditos, mas mesmo assim
ainda encontram dificuldades de negociação com
empresas que não estão enquadrados na mesma
condição. Outra influencia que bordaremos mais adiante
com mais ênfase, será quanto a formação de preço, uma
vez que os impostos incidentes diretamente sobre a
venda influenciam diretamente no MARKUP da empresa,
podendo também influenciar na competitividade da
empresa, pois o preço é ainda o principal fator que
define as relações empresariais, seguido da qualidade
dos produtos.
INFLUÊNCIAS DOS TRIBUTOS NO
CUSTO DE FABRICAÇÃO
A opção tributária escolhida pela empresa influencia em várias áreas da
empresa e várias questões operacionais e financeiras. E não ficaria de fora
desta conta a alteração no valor do custo, uma vez que conforme citamos
outras vezes, os impostos recuperáveis não fazem parte do custo do
produto, pois são classificados em uma conta do ativo circulante e o
restante será classificado no estoque, também do ativo circulante, que mais
tarde ao ser vendido, torna-se custo e impacta diretamente no resultado da
empresa. Abaixo detalhamos quais créditos cada regime tributário pode
aproveitar, simulando inclusive uma aquisição de uma mercadoria no valor
de R$ 100,00, qual o valor de aproveitamento de crédito e qual o valor que
seria classificado no estoque, para esclarecer o impacto que esta conta terá
no bolso e resultado da empresa. Para esta simulação, consideramos que
neste valor está incluso o ICMS de 18% e o IPI com o percentual de 10%,
resultando em uma mercadoria de R$ 90,90 e um IPI de R$ 9,10, totalizando
os R$ 100,00 da nota fiscal.
INFLUÊNCIAS DOS TRIBUTOS NO
CUSTO DE FABRICAÇÃO
• Valor de aquisição: R$ 100,00
• (-) Créditos a Recuperar
• ICMS 18%: R$ 16,36
• IPI 10%: R$ 9,10
• PIS 1,65%: R$ 1,49
• COFINS 7,6%: R$ 6,90%
• Total dos créditos a recuperar: R$ 33,85

• Custo de aquisição das mercadorias: R$ 100,00 – R$ 33,85 = R$ 66,15.


• Por aproveitar o maior numero de créditos possíveis, o custo de
aquisição para empresas optantes pelo Lucro Real será sempre o
menor comparando ao Lucro Presumido e Simples Nacional, mas temos
de ressaltar também que na saída, na composição do preço do produto,
o peso dos impostos também será maior e ampliará o MARKUP de
tributos da companhia.
INFLUÊNCIAS DOS TRIBUTOS NO
CUSTO DE FABRICAÇÃO
Lucro Presumido: Uma empresa optante por este regime aproveita o crédito de ICMS por ser uma
empresa obrigada a optar pelo regime período apuração (RPA), no percentual do produto que virá
destacado em nota fiscal e também ao valor do IPI, uma vez que nossa empresa é do ramo industrial, e
utilizará estes produtos para aplicação no processo industrial, dando origem a um novo produto, a
empresa utilizará a não cumulatividade para estes tributos.

• Valor de aquisição: R$ 100,00


• (-) Créditos a Recuperar
• ICMS 18%: R$ 16,36
• IPI 10%: R$ 9,10
• Total dos créditos a recuperar: R$ 25,46
• Custo de aquisição das mercadorias: R$ 100,00 – R$ 25,46 = R$ 74,54.

O custo de aquisição de empresas optantes pelo Lucro Presumido comparado aos outros regimes é o
valor médio, ficando atrás apenas do Lucro Real, pelo fato das empresas do Lucro Real aproveitarem
9,25% de créditos de PIS e COFINS, e como as empresas do Presumido apuram estas contribuições
obrigatoriamente pelo regime cumulativo, ou seja, não compensa as operações anteriores, não possui
créditos destes tributos. Em compensação, no momento da saída, as empresa optantes pelo Lucro
Presumido possuem uma incidência de apenas 3,65% destas contribuições.
INFLUÊNCIAS DOS TRIBUTOS NO
CUSTO DE FABRICAÇÃO

• Simples Nacional: Apesar de haver um Regime Unificado de


Recolhimento de Tributos que visa favorecer as micro-empresas e
empresas de pequeno porte, as empresas que optam por este
regime sofrem com o não aproveitamento de créditos, tendo assim
de considerar todos os valores de aquisição como custo e partir
deste valor para formar seu preço, que em contrapartida terá uma
alíquota diferenciada na saída.

• Valor de aquisição: R$ 100,00


• (-) Créditos a Recuperar
• Custo de aquisição das mercadorias: R$ 100,00 – 0,00 = R$ 100,00
INFLUÊNCIAS DOS TRIBUTOS NO
CUSTO DE FABRICAÇÃO
Abaixo temos uma tabela comparativa do valor de aquisição para
cada regime e dos valores dos créditos que cada um poderá
aproveitar, para tornar claro diferença do custo por conta da opção
tributária:

Regime Valor de Aquisição Valor dos Créditos

Real R$ 66,15 R$ 33,85

Presumido R$ 74,54 R$ 25,46

Simples Nacional R$ 100,00 R$ -


INFLUÊNCIA DOS TRIBUTOS NO
RESULTADO DA EMPRESA

Após simularmos os valores de custo e aquisição dos


produtos e valores de créditos que cada empresa irá
aproveitar, o próximo passo é verificar o impacto do regime
no resultado da empresa. Para analisar o resultado,
partiremos do custo de aquisição acima para identificarmos
o CMV, e identificaremos o impacto dos tributos incidentes
sobre a venda até a linha do lucro bruto da DRE, que
consiste em subtrair o CMV e os impostos sobre venda do
valor do faturamento bruto. Para darmos continuidade a
este tópico, consideraremos uma venda do mesmo produto
anterior por R$ 150,00.
INFLUÊNCIA DOS TRIBUTOS NO
RESULTADO DA EMPRESA
• Lucro Real
• Faturamento Bruto .................................................. R$ 150,00
• (-) ICMS sobre vendas 18% ...................................... R$ 27,00
• (-) IPI sobre vendas 10% .......................................... R$ 15,00
• (-) PIS sobre vendas 1,65% ...................................... R$ 2,48
• (-) COFINS sobre vendas 7,60% ............................... R$ 11,40
• (=) Faturamento Líquido ......................................... R$ 94,12
• (-) CMV ................................................................... R$ 66,15
• (=) Lucro Bruto ...................................................... R$ 27,97
INFLUÊNCIA DOS TRIBUTOS NO
RESULTADO DA EMPRESA

• Lucro Presumido
• Faturamento Bruto .................................................. R$ 150,00
• (-) ICMS sobre vendas 18% ...................................... R$ 27,00
• (-) IPI sobre vendas 10% .......................................... R$ 15,00
• (-) PIS sobre vendas 0,65% ...................................... R$ 0,98
• (-) COFINS sobre vendas 3,00% ............................... R$ 4,50
• (=) Faturamento Líquido ......................................... R$ 102,52
• (-) CMV ................................................................... R$ 74,54
• (=) Lucro Bruto ...................................................... R$ 46,57
INFLUÊNCIA DOS TRIBUTOS NO
RESULTADO DA EMPRESA

• Simples Nacional
• Faturamento Bruto .................................................. R$ 150,00
• (-) DAS 4,50% ........................................................... R$ 27,00
• (=) Faturamento Líquido ......................................... R$ 123,00
• (-) CMV ................................................................... R$ 100,00
• (=) Lucro Bruto ...................................................... R$ 23,00
INFLUÊNCIA DOS TRIBUTOS NO
RESULTADO DA EMPRESA
• Lucro Real
• (=) Lucro Bruto ...................................................... R$ 27,97
• IRPJ 15%/CSLL 9% ............................................... R$ 6,71
• (=) Lucro Líquido .................................................... R$ 21,26

• Lucro Presumido
• (=) Lucro Bruto ...................................................... R$ 46,57
• IRPJ 1,20 %/CSLL 1,08% ....................................... R$ 3,42
• (=) Lucro Líquido .................................................... R$ 25,36

• Simples Nacional
• (=) Lucro Bruto e Líquido ..................................... R$ 23,00
• OBS: Para calculo do Simples Nacional, utilizamos o percentual de 4,50%, percentual da
tabela do anexo II (indústria) do Simples Nacional, para empresas que faturam até R$
180.000,00 no acumulado dos últimos 12 meses.
VALORES EFEVITOS A RECOLHER
PELA EMPRESA

Após verificarmos o impacto dos tributos nas questões acima, temos


outro detalhe muito importante, principalmente pelo impacto
financeiro que a companhia sofrerá, respondendo a seguinte
pergunta: Quanto efetivamente a empresa recolherá de tributos
optando pelo melhor regime?
Abaixo temos este resposta, apurada por tributo:
Lucro Real:
• ICMS: R$ 27,00 (Saída) – R$ 16,36 (Entradas) = R$ 10,64
• IPI: R$ 15,00 (Saída) – R$ 9,10 (Entradas) = R$ 5,90
• PIS: R$ 2,48 (Saída) – R$ 1,49 (Entradas) = R$ 0,99
• COFINS: R$ 11,40 (Saída) – R$ 6,90 (Entradas) = R$ 4,50
• IRPJ e CSLL: R$ 6,71
• Total: R$ 28,74
VALORES EFEVITOS A RECOLHER
PELA EMPRESA

Lucro Presumido:
• ICMS: R$ 27,00 (Saída) – R$ 16,36 (Entradas) = R$ 10,64
• IPI: R$ 15,00 (Saída) – R$ 9,10 (Entradas) = R$ 5,90
• PIS: R$ 0,98
• COFINS: R$ 4,50
• IRPJ e CSLL: R$ 3,42
• Total: R$ 25,44

Simples Nacional
• Valor do DAS: R$ 23,00
VALORES EFEVITOS A RECOLHER
PELA EMPRESA

• Resumo:
• Lucro Real: R$ 28,74
• Lucro Presumido: R$ 25,44
• Simples Nacional: R$ 23,00

• Como pudemos verificar acima, estes são os valores


efetivamente pagos pela empresa, após as apurações
finais de todos os tributos.
INFLUÊNCIA DOS TRIBUTOS NA
FORMAÇÃO DE PREÇOS

Os tributos de uma empresa impactarão diretamente


na formação do seu preço, uma vez que iniciamos os
cálculos do custo do produto (que já foi influenciado
pelos tributos para sua composição), acrescentaremos
a margem de lucro desejada pela empresa e
calcularemos o MARKUP de tributos para estipular o
preço de venda. Para um melhor entendimento,
estipulamos uma margem de lucro de 20% sobre os
custos de cada aquisição em cada regime simulado, e
utilizaremos o Markup Divisor para cálculos.
INFLUÊNCIA DOS TRIBUTOS NA
FORMAÇÃO DE PREÇOS
• Lucro Real:
• Custo de aquisição: R$ 66,15
• (+) Margem de lucro de 20% = R$ 66,15 x 20% = R$ 13,23

• (=) Base para calculo do preço: R$ 66,15 + R$ 13,23 = R$ 79,38

• Impostos Incidentes sobre a venda:


• ICMS: 18% IPI: 10% PIS: 1,65% COFINS: 7,60%
• Percentual Total de Tributos: 37,25%
• Markup: 1,00 - 0,3725 = 0,6275
• Preço de venda: R$ 79,38 / 0,6275 = R$ 126,50
INFLUÊNCIA DOS TRIBUTOS NA
FORMAÇÃO DE PREÇOS
• Lucro Presumido:
• Custo de aquisição: R$ 74,54
• (+) Margem de lucro de 20% = R$ 74,54 x 20% = R$ 14,91
• (=) Base para calculo do preço: R$ 74,54 + R$ 14,91 = R$ 89,45

• Impostos Incidentes sobre a venda:


• ICMS: 18% IPI: 10% PIS: 0,65% COFINS: 3%

• Percentual Total de Tributos: 31,65%


• Markup: 1,00 - 0,3165 = 0,6835
• Preço de venda: R$ 89,45 / 0,6835 = R$ 130,87
INFLUÊNCIA DOS TRIBUTOS NA
FORMAÇÃO DE PREÇOS
• Simples Nacional:
• Custo de aquisição: R$ 100,00
• (+) Margem de lucro de 20% = R$ 100,00 x 20% = R$ 20,00

• (=) Base para calculo do preço: R$ 100,00 + R$ 20,00 = R$ 120,00

• Percentual incidência do Simples Nacional: 4,50%


• Markup: 1,00 - 0,0450 = 0,9550
• Preço de venda: R$ 120,00 / 0,9550 = R$ 125,65

• Resumo:
• Lucro Real: R$ 126,50
• Lucro Presumido: R$ 130,87
• Simples Nacional: R$ 125,65
Imunidade Tributária
• Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas
ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
• VI - instituir impostos sobre: (Vide Emenda
Constitucional nº 3, de 1993)
• a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
• b) templos de qualquer culto;
• c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos,
inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de
assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei;

52
Código Tributário Nacional
• Art. 9º É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

• I - instituir ou majorar tributos sem que a lei o estabeleça, ressalvado, quanto à


majoração, o disposto nos artigos 21, 26 e 65;
• II - cobrar imposto sobre o patrimônio e a renda com base em lei posterior à data
inicial do exercício financeiro a que corresponda;
• III - estabelecer limitações ao tráfego, no território nacional, de pessoas ou
mercadorias, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais;
• IV - cobrar imposto sobre:
• a) o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos outros;
• b) templos de qualquer culto;
• c) o patrimônio, a renda ou serviços de partidos políticos e de instituições de
educação ou de assistência social, observados os requisitos fixados na Seção II
dêste Capítulo;
• c) o patrimônio, a renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas
fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação
e de assistência social, sem fins lucrativos, observados os requisitos fixados na
Seção II deste Capítulo;

53
Código Tributário Nacional
• Art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º é subordinado à
observância dos seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:

• I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a


qualquer título; (Redação dada pela Lcp nº 104, de 2001)

• II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus


objetivos institucionais;

• III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de


formalidades capazes de assegurar sua exatidão.

• § 1º Na falta de cumprimento do disposto neste artigo, ou no § 1º do artigo 9º, a


autoridade competente pode suspender a aplicação do benefício.

• § 2º Os serviços a que se refere a alínea c do inciso IV do artigo 9º são


exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das
entidades de que trata este artigo, previstos nos respectivos estatutos ou atos
constitutivos.
54
Recuperação de Créditos
Tributários
• No Brasil, a maioria dos tributos são lançados e recolhidos
por homologação, ou seja, a apuração é realizada pelo
próprio contribuinte e comunicada ao fisco através da
entrega de obrigações acessórias. Muitas vezes, a empresa
não se aproveita de créditos por falta de conhecimento dos
dispositivos legais, resultando em valores maiores de
tributos a pagar. É possível efetuar o aproveitamento destes
créditos sem a necessidade de uma ação judicial, com as
analises e reescrituração dos documentos fiscais,
retificação de obrigações acessórias e compensações dos
valores pagos a maior com tributos que irão vencer nos
próximos períodos, ou até solicitar a restituição dos últimos
5 anos da empresa, pois este é o limite legal para pleitear a
compensação ou restituição de tributos pagos
indevidamente.
Recuperação de Créditos
Tributários
Tributos passíveis de restituição ou compensação:

• ICMS
• IPI
• PIS
• COFINS
• IRPJ
• CSLL
• ISS (Processo administrativo)
Recuperação de Créditos
Tributários
ICMS
• Reescrituração dos livros de entrada e saída,
Apuração de ICMS;
• Retificação das GIAS;
• Retificação dos Sped’s ICMS/IPI.
• Poderá ser aproveitado como outros créditos
sem prévia autorização da Fazenda
• Pedido de restituição de forma administrativa
(alternativa)
Recuperação de Créditos
Tributários
IPI
• Reescrituração dos livros de entrada e saída,
Apuração de IPI;
• Retificação das DCP’s;
• Retificação dos Sped’s ICMS/IPI;
• Retificação da DCTF;
• Poderá ser aproveitado como outros créditos sem
prévia autorização da RFB através de Perdcomp;
• Pedido de restituição de forma administrativa
(alternativa).
Recuperação de Créditos
Tributários
PIS e COFINS
• Reescrituração dos livros de entrada e saída,
Apuração de PIS e COFINS.
• Retificação dos Sped’s Contribuições;
• Retificação de DCTF
• Poderá ser aproveitado como outros créditos
sem prévia autorização da RFB através de
Perdcomp;
• Pedido de restituição de forma administrativa
(alternativa).
Recuperação de Créditos
Tributários
IRPJ e CSLL
• Memórias de cálculos e LALUR;
• Retificação dos Sped’s ECF e ECD, e DIPJ;
• Retificação da DCTF
• Poderá ser aproveitado como outros créditos
sem prévia autorização da RFB através de
Perdcomp;
• Pedido de restituição de forma administrativa
(alternativa).
Recuperação de Créditos
Tributários
• Qual beneficio de cada tipo de compensação?

• Crédito extemporâneo x retificações

• Facilidade de crédito x Correções dos créditos

• Ambas podem atrair fiscalizações

• Remunerado com 5% a 20% do valor do crédito


Farmácia de Manipulação
• Pagam ISS ou ICMS?
• 1. Segundo decorre do sistema normativo específico (art. 155, II, § 2º, IX, b e 156, III da CF, art. 2º, IV da LC 87/96 e
art. 1º, § 2º da LC 116/03), a delimitação dos campos de competência tributária entre Estados e Municípios,
relativamente a incidência de ICMS e de ISSQN, está submetida aos seguintes critérios: (a) sobre operações de
circulação de mercadoria e sobre serviços de transporte interestadual e internacional e de comunicações incide
ICMS; (b) sobre operações de prestação de serviços compreendidos na lista de que trata a LC 116/03, incide ISSQN; e
(c) sobre operações mistas, assim entendidas as que agregam mercadorias e serviços, incide o ISSQN sempre que o
serviço agregado estiver compreendido na lista de que trata a LC 116/03 e incide ICMS sempre que o serviço
agregado não estiver previsto na referida lista. Precedentes de ambas as Turmas do STF.
• 2. Os serviços farmacêuticos constam do item 4.07 da lista anexa à LC 116/03 como serviços sujeitos à incidência do
ISSQN. Assim, a partir da vigência dessa Lei, o fornecimento de medicamentos manipulados por farmácias, por
constituir operação mista que agrega necessária e substancialmente a prestação de um típico serviço farmacêutico,
não está sujeita a ICMS, mas a ISSQN. REsp n. 881.035/RS – Rel. Min. Teori Albino Zavascki – 26/03/2008
• 1. Hipótese em que o Tribunal de origem entendeu incidir exclusivamente o ICMS sobre o preparo, a manipulação e
o fornecimento de medicamentos por farmácias de manipulação, pois haveria preponderância da mercadoria em
relação ao serviço.
• 2. O critério da preponderância do serviço ou da mercadoria, adotado pela redação original do CTN de 1966 (art. 71,
parágrafo único), foi logo abandonado pelo legislador. A CF/1967 (art. 25, II) previu a definição dos serviços pela
legislação federal. O DL 406/1968 revogou o art. 71 do CTN e inaugurou a sistemática da listagem taxativa, adotada
até a atualidade (LC 116/2003).
• 3. A partir do DL 406/1968 (art. 8º, § 1º), os serviços listados submetem-se exclusivamente ao ISS, ainda que
envolvam o fornecimento de mercadorias. A regra é a mesma na vigência da LC 116/2003 (art. 1º, § 2º). A
preponderância do serviço ou da mercadoria no preço final é irrelevante.
• 4. O Superior Tribunal de Justiça prestigia esse entendimento em hipóteses análogas (serviços gráficos, de
construção civil, hospitalares etc.), conforme as Súmulas 156, 167 e 274/STJ.
• 5. Os serviços prestados por farmácias de manipulação, que preparam e fornecem medicamentos sob encomenda,
submetem-se à exclusiva incidência do ISS (item 4.07 da lista anexa à LC 116/2003).
• Precedente da Primeira Turma.

62
LIMITES DO PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO
EVASÃO E ELISÃO FISCAL

ELISÃO FISCAL: São o conjuntos de ações que visam a diminuição da


incidência dos tributos, seja pela sua redução ou pela sua postergação de
forma licita, buscando na maioria das vezes a não incidência do fato
gerador

Exemplo: Adquirir um bem pelo leasing ao invés da compra por


financiamento

EVASÃO FISCAL: São meios ilícitos de afastar a cobrança dos tributos,


possuindo como foco mascarar o fato do gerador valendo-se de métodos
ilegais.

Exemplo: Abrir uma filial simulando que é uma empresa distinta da


mesma para pagar menos tributos.
Artigo 116 do CTN
Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato
gerador e existentes os seus efeitos:
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem
as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que
normalmente lhe são próprios;
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja
definitivamente constituída, nos termos de direito aplicável.

Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou


negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do
fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação
tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei
ordinária. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
Artigo 167 do Código Civil

Art. 167. É nulo o negócio jurídico simulado, mas


subsistirá o que se dissimulou, se válido for na
substância e na forma.
§ 1° Haverá simulação nos negócios jurídicos
quando:
II - contiverem declaração, confissão, condição
ou cláusula não verdadeira
Pontos de Vistas Doutrinários
• Data de publicação: 03/05/2012
• Ementa: PENAL. CRIME CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA. ARTIGO 1º ,
INCISO I , DA LEI 8.137 /90. ARTIGO 337-A, INCISO III, DO CÓDIGO
PENAL . SONEGAÇÃO FISCAL E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO.
REESTRUTURAÇÃO SOCIETÁRIA MEDIANTE CONDUTAS LÍCITAS, NÃO
FRAUDULENTAS, E QUE IMPORTEM NA REDUÇÃO DA
CARGA TRIBUTÁRIA. LIBERDADE FISCAL. PROCESSO PENAL.
JULGAMENTO CONJUNTO. CONVICÇÃO JUDICIAL. DÚVIDA RAZOÁVEL.
1. É recomendável o julgamento conjunto de recursos que
concernem aos mesmos fatos e cuja motivação judicial dos atos
decisórios impugnados tem idêntico fundamento. 2. Nada impede
que o órgão revisor se convença das razões lançadas pela instância
originária, e as adote como fundamento de decidir, pois é livre o
convencimento judicial. 3. A liberdade fiscal permite ao contribuinte
escolher a forma jurídica lícita que melhor aprouver à condução de
seus negócios. A opção por uma estrutura societária que importe em
redução da carga tributária não é um comportamento proibido.
Pontos de Vistas Doutrinários
O Direito Penal não pune a supressão ou redução da
carga tributária decorrente de comportamentos lícitos dos contribuintes,
sendo que os incisos constantes no artigo 1º da Lei 8.137 /90 delimitam as
condutas fraudulentas mediante as quais é proibido ao contribuinte
suprimir ou reduzir tributo ou contribuição social. 4. A transferência de
lucros, faturamento, maquinário, gerenciamento e, inclusive, força de
trabalho para formas societárias que o Direito quer favorecer no âmbito
fiscal, determinando que haja menor tributação, faz parte da liberdade
fiscal. O comportamento fraudulento, contudo, apenas passa a ocorrer
quando a alteração da estrutura empresarial é fictícia, geralmente
ocasionada pela criação de empresas "fantasma", a fim de simular uma
transferência de lucros, faturamento, maquinário, gerenciamento e força de
trabalho para um empreendimento faticamente inexistente. 5. Se há
comprovação de que a empresa estava em plena atividade, de que
mantinha um quadro de funcionários próprio (ainda que parcialmente
concomitante)...
Pontos de Vistas Doutrinários
EMENTA: TRIBUTÁRIO. AÇÃO ANULATÓRIA. ELISÃO. EVASÃO FISCAL. DISTINÇÃO. ATOS
ILÍCITOS. FRAUDE. GRUPO ECONÔMICO. DESCARACTERIZAÇÃO. EMPRESAS OPTANTES
PELO SIMPLES. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. DESVINCULAÇÃO DOS EMPREGADOS DE FATO.
NÃO PAGAMENTO DE CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS. VALIDADE FORMAL DO AUTO
DE INFRAÇÃO. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 1. O contribuinte pode selecionar os atos e
os negócios que afastem ou diminuam a tributação, desde que os meios utilizados para
alcançar o resultado econômico ou jurídico circunscrevam-se aos limites da
legalidade. A doutrina diverge quanto à terminologia e ao conteúdo do fenômeno,
porém a nomenclatura mais utilizada para designá-lo é elisão tributária. Em oposição a
essa categoria, coloca-se a evasão tributária. Os atos ou negócios jurídicos escolhidos
pelo contribuinte para alcançar a economia fiscal situam-se na senda da ilicitude,
estabelecida em figuras como a fraude, o dolo e a simulação, bem como nas figuras
típicas do direito tributário (sonegação, fraude e conluio). 2. O único critério seguro
para indicar se o procedimento configura elisão ou evasão é o que se vale do exame dos
meios (atos ou negócios jurídicos) escolhidos e praticados pelo contribuinte para excluir
ou diminuir a tributação. Caso a administração tributária se depare com atos ou
negócios jurídicos viciados por dolo, fraude, simulação, sonegação ou conluio, pode
desconsiderá-los, sem necessidade de anulação judicial, e qualificá-los de acordo com
a categoria jurídica e a norma de tributação pertinentes
Pontos de Vistas Doutrinários
3. O que interessa analisar, no caso dos autos, não é propriamente a existência de
grupo econômico de fato, admitida pela parte autora, mas a forma como a
empresa autora participava nas atividades das empresas contratadas para prestar
serviços, todas optantes do SIMPLES. 4. A organização sob a forma de grupo
econômico não implica, necessariamente, evasão fiscal, mas não elimina a
necessidade de que cada empresa possua estrutura autônoma, tanto formal
quanto material, ou seja, realmente exerça atividade econômica organizada de
forma independente da empresa controladora. Se essa situação não estiver
caracterizada, não existe verdadeira empresa, mas uma filial, uma extensão da
empresa controladora. 5. A fiscalização coligiu, no processo administrativo,
evidências consistentes e suficientes para demonstrar que as empresas optantes
do SIMPLES, pertencentes ao grupo econômico liderado pela autora e
prestadoras de serviços relacionados, quase em sua totalidade, com a atividade
fim da autora, consistiam em instrumento para a prática de evasão tributária,
visto que se destinavam a registrar formalmente os empregados da empresa
autora, com o intuito de reduzir a carga tributária incidente sobre a folha de
salários da autora.
Pontos de Vistas Doutrinários
6. Entre os fatos apurados por força da ação fiscal, cabe destacar: a) despesas lançadas na
contabilidade das empresas optantes foram pagas, de fato, pela empresa autora; b) o
faturamento das empresas optantes do SIMPLES era utilizado quase que exclusivamente para
o pagamento das despesas com mão-de-obra e encargos sociais e trabalhistas; c) várias
reclamatórias foram processadas em varas do trabalho localizadas em cidades onde não havia
estabelecimentos das empresas optantes pelo SIMPLES, mas a empresa autora possuía filiais;
d) a evolução qualitativa da mão-de-obra das empresas demonstra que a empresa autora,
mesmo com aproximadamente 20 estabelecimentos, declarava poucos empregados na sua
folha de salários, enquanto que as empresas optantes declaravam empregados em número
incompatível com as atividades econômicas realizadas; e) as empresas optantes pelo SIMPLES
não possuem autonomia financeira para realizar as atividades empresariais de forma
economicamente sustentável, sendo evidente a desproporcionalidade entre gastos com mão-
de-obra e faturamento, que, nas empresas optantes, varia entre 70% e 199%; f) as empresas
optantes não possuem autonomia patrimonial, já que não apresentam ativo permanente,
nem registro de despesas com imóveis, aluguéis, equipamentos ou materiais necessários à
realização de seus objetivos sociais e os custos e as despesas registrados limitam-se à mão-
de-obra e encargos sociais. 7. O art. 149, inciso VII, do CTN, autoriza o fisco realizar o
lançamento fiscal ou revisá-lo de ofício, caso fique comprovado que o sujeito passivo ou
terceiro, em benefício do sujeito passivo, agiu com dolo, fraude ou simulação.
Pontos de Vistas Doutrinários
8. A elisão, quanto à ocorrência do fato gerador, pressupõe a adoção de uma forma
alternativa, mas lícita, de molde a evitar a verificação do pressuposto de incidência. Na
fraude, a característica substancial é a infração a norma jurídica por meios indiretos, ou seja,
os atos praticados, considerados isoladamente, são válidos, embora se destinem a violar a lei.
A elisão tem como pré-requisito de sua concretização que o instrumental jurídico escolhido
possua inquestionável idoneidade para permitir o enquadramento razoável da situação de
fato. Na fraude, a invalidade é produto da infração à lei, que se consuma com a conjunção
dos diversos atos através da qual o fim proibido ou imposto pela lei é alcançado ou evitado.
Em suma, a fraude representa verdadeira violação indireta da norma jurídica, uma vez que
busca contornar os termos da lei, para que não seja aplicada. No tocante aos resultados, na
elisão produzem-se os resultados próprios do negócio jurídico utilizado, ao passo que na
fraude revela-se a intenção deliberada de obter o resultado por meio da infração à lei. 9. Está
devidamente comprovada a utilização de meio fraudulento na condução dos negócios das
empresas optantes pelo SIMPLES, objetivando eximir a empresa autora do pagamento total das
contribuições patronais incidentes sobre a folha de salários dos segurados empregados e
contribuintes individuais. A empresa autora, antes da efetivação da obrigação tributária, agiu
dolosamente para excluir ou modificar as suas características essenciais, com o escopo de
evitar o seu pagamento, por meio do artifício de contratar empresas optantes pelo SIMPLES, de
maneira a desvincular parte da remuneração paga aos empregados de fato de suas folhas de
pagamento.
Pontos de Vistas Doutrinários
10. Não prospera a alegação de nulidade do auto de infração. A motivação do ato administrativo
encontra-se perfeitamente exposta, indicando de forma clara e precisa a fraude como fundamento e os
dispositivos legais que preveem a obrigação tributária, possibilitando que a autora se valesse dos meios
de defesa inerentes ao devido processo legal. O fato de não haver a expressa referência ao art. 149, inciso
VII, do CTN, não torna inválido o lançamento, pois os fatos e os fundamentos estão detalhadamente
explicados nos relatórios fiscais que integram o lançamento fiscal, constatando-se que restou
suficientemente demonstrada a fraude perpetrada pela autora que acarretou o não recolhimento de
contribuições previdenciárias. Por conseguinte, não há falar em descumprimento do disposto no art. 10,
inciso IV, do Decreto nº 70.235/1972. 11. O art. 20, § 4º, do CPC, permite que se fixem os honorários com
base na equidade, valendo-se dos critérios elencados nas alíneas 'a', 'b' e 'c' do § 3º desse artigo. Assim,
ao passo que se deve ter em conta o grau de zelo do profissional, o lugar de prestação do serviço, a
natureza e importância da causa, o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para seu serviço,
também se deve remunerar dignamente o patrono das partes, impedindo-se o aviltamento da profissão.
12. O montante dos honorários fixado na sentença mostra-se irrisório, se confrontado com a
complexidade e o valor da causa (R$ 2.083.900,37). Nessas circunstâncias, o montante de R$ 25.000,00
(vinte e cinco mil reais) remunera adequadamente o patrono do vencedor na demanda, ao passo que não
onera em demasia a parte vencida.

(TRF4, AC 5000053-29.2010.404.7005, Primeira Turma, Relator p/ Acórdão Joel Ilan Paciornik, D.E.
03/10/2013)
Exemplos de Planejamentos
Tributários
- Terceirização de atividades meios para empresas de lucro real;
- Vendas de produtos industrializados a consumidor final;
- Separação de atividades contidas dentro da mesma empresa;
- Cisão Parcial da empresa, transformando-a em 2 distintas;
- Abertura de filiais em áreas que possuem benefícios fiscais;
- Importadoras devem estar enquadradas no lucro real, uma vez que pagam em torno
de 50% de tributos creditáveis;
- Franquias;
- Abertura de holdings para centralização do controle de todas as empresas;
- Abertura de holdings como forma de sucessão familiar;
- Divisão de empresas que efetuem vendas a consumidor final que possam ser
enquadradas no Simples Nacional;
- Empresas que efetuem intermediações de produtos com substituição tributária,
passem a comprar e vender efetivamente;
- Segregar locações de prestações de serviços em uma mesma operação.
Conceitos Básicos Fiscais
• Operação, CFOP, Remetente, Destinatário, Data
de Emissão, Data de Saída, CST, CSOSN, NCM,
Tabelas CST (ICMS,IPI,PIS,COFINS), CEST,
Unidade de Medida, Regime Tributário,
Desconto Condicional e Incondicional.
• Operação: Definir qual será a destinação/
movimentação realizada com determinada
mercadoria: Exemplo venda, uma remessa para
demonstração, uma doação, definir qual será a
destinação deste produto.
CFOP (Código Fiscal de
Operações e Prestações)
• É composto de 4 dígitos, onde o primeiro define o
destino/origem da mercadoria (dentro do estado,
fora do estado ou fora do país) e os 3 últimos
definem qual é a operação, que poderá ser uma
venda, uma remessa de amostra grátis, uma
devolução.
5.XXX – Saída para dentro do estado
6.XXX – Saída para outro estado
7.XXX – Saída para outro país
• 5.101 – Venda dentro do estado de produtos de
fabricação própria
• 5.102 - Venda dentro do estado de mercadorias
para revenda
• 6.101 - Venda interestadual de produtos de
fabricação própria
• 7.102 - Venda internacional de mercadorias para
revenda
• 6.403 – Venda interestadual de produtos
adquiridos para revenda sujeitos ao regime de
ICMS-ST
CST (Código de Situação Tributária))
Este código define se haverá ou não tributação
de determinado item na operação. No Caso do
ICMS, este código define até a origem do
produto. Este código é utilizado na emissão das
notas de entrada e de saída de produtos,
utilizado para definição da tributação:
ICMS, IPI, PIS, COFINS
CEST (Código Especificador de ST)
• Código utilizado para identificar as mercadorias passiveis
de enquadramento na substituição tributária, mesmo que a
operação não esteja sujeita ao regime;
• Será obrigatório a partir de julho de 2017;
• Regido pelo Convenio ICMS 92/2015 e demais alterações;
• O CEST é composto por 7 (sete) dígitos, sendo que:
I - o primeiro e o segundo correspondem ao segmento da
mercadoria ou bem;
II - o terceiro ao quinto correspondem ao item de um
segmento de mercadoria ou bem;
III - o sexto e o sétimo correspondem à especificação do
item.
CSOSN (Código de Situação Tributaria
da Operação no Simples Nacional)
• É equivalente a CST das demais empresas, porém
específico para empresas optantes pelo Simples
Nacional. O CSOSN específica a tributação do
ICMS, uma vez que os demais tributos são pagos
no DAS do Simples Nacional e a mesma não
repassa créditos dos outros tributos em notas
fiscais.
TABELA A - Código de Regime Tributário - CRT
1 - Simples Nacional
2 - Simples Nacional - excesso de sublimite da receita bruta
3 - Regime Normal
• 101 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito
• - Classificam-se neste código as operações que permitem a indicação da alíquota do ICMS
devido no Simples Nacional e o valor do crédito correspondente.
• 102 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito
• - Classificam-se neste código as operações que não permitem a indicação da alíquota do
ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e não estejam abrangidas nas
hipóteses dos códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900.
• 103 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta
• - Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional
contemplados com isenção concedida para faixa de receita bruta nos termos da Lei
Complementar nº 123, de 2006.
• 201 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e com cobrança do ICMS
por substituição tributária
• - Classificam-se neste código as operações que permitem a indicação da alíquota do ICMS
devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e com cobrança do ICMS por substituição
tributária.
• 202 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e com cobrança do ICMS
por substituição tributária
• - Classificam-se neste código as operações que não permitem a indicação da alíquota do ICMS devido
pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e não estejam abrangidas nas hipóteses dos códigos 103,
203, 300, 400, 500 e 900, e com cobrança do ICMS por substituição tributária.
• 203 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita bruta e com cobrança do ICMS por
substituição tributária
• - Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional
contemplados com isenção para faixa de receita bruta nos termos da Lei Complementar nº 123, de
2006, e com cobrança do ICMS por substituição tributária.
• 300 - Imune
• - Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional
contempladas com imunidade do ICMS.
• 400 - Não tributada pelo Simples Nacional
• - Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional não sujeitas
à tributação pelo ICMS dentro do Simples Nacional.
• 500 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária (substituído) ou por antecipação
• - Classificam-se neste código as operações sujeitas exclusivamente ao regime de substituição tributária
na condição de substituído tributário ou no caso de antecipações.
• 900 - Outros
• - Classificam-se neste código as demais operações que não se enquadrem nos códigos 101, 102, 103,
201, 202, 203, 300, 400 e 500.
Remetente e Destinatário
• Remetente: Empresa que inicia a operação
remetendo/movimentando uma mercadoria a
qualquer título.

• Destinatário: Receptor da mercadoria, destino


da mercadoria.
Data de Emissão e Saída
• Emissão: Data em que a nota fiscal foi
autorizada/ transmitida à Fazenda
• Saída: Data que efetivamente a mercadoria
circulou, embarcou para o destinatário
Observação: Pela lei fiscal não há prazo para a
circulação de mercadoria, exceto se a mesma tiver
o destaque de IPI, que estima que a nota é valida
para circulação por 3 dias.
A data da saída deve coincidir com a data do
transporte da mercadoria.
Unidade de Medida
• Define a forma com que os produtos são
vendidos, como caixas, unidades, pacotes,
entre outros. UNIDADE MEDIDA
Unidade Un/Um/Pc
Metro M
Litro L
Metro Q. M2
Quilograma KG
Desconto Condicional e Incondicional
• Condicional: Depende de condição futura,
como pagar uma fatura antes do vencimento,
também conhecido como desconto financeiro

• Incondicional: Independe de condição futura,


é informado em documentos fiscais, inclusive
é abatido da base de cálculo dos tributos.
Composição do Total da Nota Fiscal
• Valor dos Produtos
• (+) IPI
• (+) Frete
• (+) ICMS ST
• (+) Outras Despesas Acessórias
• (-) Desconto Incondicional
Importações
• Direta: Quando o contribuinte habilitado no
radar realiza a operação de nacionalização por
conta própria;
• Indireta: Quando ocorre a importação por
intermédio de terceiros, em duas modalidades
distintas: Por encomenda e Por Conta e
Ordem.
CALCULO DE IMPORTAÇÃO

DESCRIÇÃO DA OPERAÇÃO VALORES %

Valor do Produto $ 250,00

Outras Despesas

Quantidade (em m³) 150

Base de Cálculo do ICMS

Taxa de Cambio R$ 2,3449 R$ 136.779,88

Valor para Base R$ 87.933,75

TRIBUTOS A RECOLHER Alíquotas

Imposto de Importação R$ 1.758,68 2,00% (Valor Aduaneiro x Alíquota Aplicavél)

IPI R$ 13.453,86 15,00% (Valor Aduaneiro + Imposto de Importação x Alíquota Aplicavél)

ICMS R$ 24.620,38 18,00% (Valor Aduaneiro + Imposto de Importação + IPI + PIS + COFINS x Alíquota Aplicavél)

PIS R$ 1.450,91 1,65% (Valor Aduaneiro x Alíquota Aplicavél)

COFINS R$ 7.562,30 8,60% (Valor Aduaneiro x Alíquota Aplicavél)

Total dos Impostos R$ 48.846,13 56%

Custo de Aquisição R$ 136.779,88 155,55%

Impostos a Recuperar

IPI R$ 13.453,86

ICMS R$ 19.688,58

PIS R$ 1.450,91

COFINS R$ 7.562,30

TOTAL DE IMPOSTOS A RECUPERAR R$ 42.155,65

Custo do Produto R$ 94.624,22 69,18%


DADOS ADICIONAIS EMITENTE
NOTA FISCAL N.º 26
NOME / RAZÃO SOCIAL SAÍDA ENTRADA
L.S.Lopes Tax - ME 000.000
LOGOTIPO
ENDEREÇO BAIRRO / DISTRITO
Rua da Figueira, nº 32 Vila Diva
MUNICÍPIO UF
São Paulo SP 1ª VIA
DESTINATÁRIO/
FONE/FAX CEP
REMETENTE
(11) 2021-1111 03258-000 CGC/MF
DATA LIMITE PARA
EMISSÃO
NATUREZA DA OPERAÇÃO CFOP INSC ESTADUAL DO SUBSTITUTO TRIB INSCRIÇÃO ESTADUAL
INFORMAÇÕES Importação 3102
COMPLEMENTARES
DESTINATÁRIO/REMETENTE 00.00.00
NOME/RAZÃO SOCIAL CGC/MF OU CPF DATA DA EMISSÃO
China Express Corporation SS 14/03/2015
ENDEREÇO BAIRRO/DISTRITO CEP DATA DA SAÍDA/ENTRADA
Rua Xangai, nº 1253 - China - CH 14/03/2015
MUNICÍPIO FONE/FAX UF INSCRIÇÃO ESTADUAL HORA DA SAÍDA

EX 11:00

FATURA

DADOS DO PRODUTO
CÓDIGO SITUAÇÃO ALÍQUOTAS VALOR
PRODUTO DESCRIÇÃO DOS PRODUTOS CLASSIFICAÇÃO FISCAL UNIDADE QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL DO IPI
TRIBUTÁRIA ICMS IPI

lsl1 Polimeros CRS 39.01.90.90 100 kg 10.000 8,7933 87.933, 75 18% 15% 13.453,86

CÁLCULO DO IMPOSTO DADOS ADICIONAIS


BASE DE CÁLCULO DO ICMS VALOR DO ICMS BASE DE CÁLCULO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO VALOR TOTAL DOS PRODUTOS

139.779,88 24.620,38 87.933,75


VALOR DO FRETE VALOR DO SEGURO OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA

13.453,86 139.779,88

Nº DE CONTROLE
DO FORMULÁRIO
RESERVADO AO FISCO
TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOS

000.000
DI Nº 123563/58
NOME/RAZÃO SOCIAL FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO UF CGC/MF OU CPF Data: 11/03/2015
1. EMITENTE
II R$ 1.758,68
2. DESTINATÁRIO
ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL

QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA NÚMERO PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR Autenticação Mecânica

RECEBEMOS DE (RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE) OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO

NOTA FISCAL
DATA DO RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR
N.º 000.000
Importação por Conta e
Ordem
• A importação por conta e ordem é uma operação em que há a intermediação de uma
empresa importadora, a qual promove em seu nome por conta de um adquirente o
desembaraço aduaneiro. Esta operação configura-se como uma prestação de serviço da
empresa Trading ou importadora para o seu contratado “adquirente”. Na operação de
importação, a negociação é efetuada pelo adquirente diretamente com os fornecedores
estrangeiros, os pagamentos do cambio e dos tributos é realizado com recursos do
adquirente, mesmo que transferidos para o importador. Ambos devem se inscrever no
Siscomex e obter o Radar para efetuar esta operação, sob pena de não configuração desta
operação, conforme disposto nos artigos 86 a 88 da Instrução Normativa 247/2002. Esta lei
prevê pré requisitos que deverão ser observados para caracterização desta operação:

• - Existência de contrato entre importador e adquirente da operação descriminando a


operação por conta e ordem;
• - O envio da mercadoria pelo importador ao adquirente pelo mesmo valor da entrada da
mercadoria (o que veremos mais adiante que não é exatamente o mesmo valor);
• - Emissão de nota fiscal de serviço pelo importador no mesmo dia do envio da mercadoria ao
adquirente e citação das notas envolvidas na operação;
• - Registro na contabilidade do destinatário desta operação como estoque de terceiros.
Importação por Conta e
Ordem Resumo de Créditos
de Impostos
• PIS e COFINS
• Importador: Não terá o aproveitamento do crédito;
• Adquirente: Aproveitará o crédito caso o mesmo seja lucro real, conforme artigo 18º da Lei
10865/2004.
• IPI
• Importador: Terá o direito ao crédito, conforme solução de consulta 176/2010, e terá de
debitar o valor na saída com base no valor aduaneiro subtraído o IPI;
• Adquirente: Equiparado a indústria, terá o direito ao crédito do valor destacado em nota
fiscal emitida pelo importador.
• ICMS
• Importador: Não fará jus ao crédito e não fará o destaque em sua nota fiscal de entrada e
saída destas mercadorias.
Adquirente: Poderá se creditar do valor do ICMS, desde que comprove que o imposto foi
recolhido para São Paulo (através da guia de ICMS paga no desembaraço aduaneiro) e o
mesmo emita uma nota fiscal de entrada com o destaque do tributo.
Importação por Conta e Ordem
Emissão de Notas Fiscais
• Importador: Deverá emitir a nota fiscal com o CFOP 3.949, natureza da
operação “Importação por Conta e Ordem de Terceiros”, destacando em
campo próprio o IPI, somar o valor dos tributos ao valor da mercadoria e
discrimina-los em dados adicionais ou nos campos próprios caso o sistema
comporte esta informação.

• Importador: Emitirá na saída da mercadoria uma nota fiscal com o CFOP 5.949
e 6.949 ao adquirente da mercadoria, natureza da operação “ Saída de
Importação por Conta e Ordem”, com destaque do IPI sobre o valor da saída
incluindo o valor dos serviços prestados pelo importador, que será composto
de todos os gastos da entrada do produto subtraído o IPI pago no
desembaraço aduaneiro. No mesmo dia da saída da mercadoria, deverá emitir
uma nota fiscal de serviços prestados ao adquirente, mencionando a
operação, o numero do contrato e as notas fiscais envolvidas na operação.

• Adquirente: Ao receber a nota fiscal da importadora, a adquirente emitirá


uma nota fiscal de entrada com o CFOP 1.949 ou 2.949 “Importação por Conta
e Ordem”, mencionando nos campos de ICMS o valor pago no desembaraço
aduaneiro e o valor do IPI destacado na nota fiscal de entrada.
Substituição Tributária
• Conceito Teórico: É a atribuição a um terceiro, ligado
diretamente ou indiretamente ao fato gerador, a
responsabilidade pelo recolhimento do tributo das
cadeias/operações subsequentes, antecedentes ou
concomitantes.
• Formas de Substituição:
• Para Frente: Substituição das operações subsequentes,
que fatos geradores futuros;
• Para Trás (Diferimento): Substituição e recolhimento
das operações anteriores, já realizadas;
• Concomitante: Transporte de Cargas, serviço ligado ao
fato gerador.
CONCEITO PRÁTICO DE ST
• É a retenção de todo o tributo das cadeias
subsequentes das operações com o mesmo produto
por quem o coloca no mercado.
• Tributo Retido: ICMS
• Responsável por colocar o produto no mercado:
Industrializador, importador ou adquirente de produto
de outro estado
• Mercado: Estado, presumindo-se que o produto será
efetivamente consumido na unidade de federação
• Com o mesmo produto.
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA DO ICMS
Operações com a Incidência
da Substituição Tributária
• Venda para comércio varejista;
• Venda para comércio atacadista;
• Venda para integração no ativo imobilizado ou
para consumo em relação ao diferencial de
alíquotas em vendas interestaduais com
protocolo ou convênio;
• Transferência de propriedade mesmo sem a
movimentação física do produto.
Operações que não Incidem a
Substituição Tributária
• Vendas a consumidor final;
• Vendas para outro estabelecimento industrial;
• Vendas a não contribuintes;
• Vendas para outro estabelecimento substituto do
mesmo produto ou de outro incluso na lista;
• Transferências para outro estabelecimento do
mesmo titular atacadista, desde que não
varejista;
• Vendas a contribuintes que possuem regime
especial de substituto tributário.
Cálculo do ICMS ST - Internas
Cálculo do ICMS ST- Interestaduais
Efeito do Cálculo do IVA Ajustado
Emissão de Nota Fiscal Com ST
Vendas Para Dentro do Estado
• CFOP: 5401 – Venda de Produtos de Fabricação Própria com ST
• CFOP: 5403 – Revenda de Mercadorias com ST

Tributação
ICMS: Destacar em base de cálculo e valor do ICMS
Base de Cálculo de ICMS ST: Base de Cálculo do ICMS ST
ICMS ST : Valor do ICMS ST final que será cobrado do cliente e será
somado ao valor total da Nota Fiscal

Em Dados Adicionais:
“ICMS Recolhido por substituição tributária, conforme artigo XXX do
RICMS/2000” e a expressão “O destinatário deverá, com relação às
operações com mercadorias ou prestações de serviço recebidas com
imposto retido, escriturar o documento fiscal nos termos do artigo 278
do RICMS/SP”.
Emissão de Nota Fiscal Com ST
Vendas Para Fora do Estado
• CFOP: 6401 – Venda de Produtos de Fabricação Própria com ST
• CFOP: 6403 – Revenda de Mercadorias com ST
• CFOP: 6.404 - Revenda de Mercadorias com ST – ICMS Retido anteriormente

Tributação
ICMS: Destacar em base de cálculo e valor do ICMS
Base de Cálculo de ICMS ST: Base de Cálculo do ICMS ST
ICMS ST : Valor do ICMS ST final que será cobrado do cliente e será somado ao
valor total da Nota Fiscal

Em Dados Adicionais:
ICMS recolhido por substituição tributária, conforme Convênio/Protocolo ICMS
XX/XXXX

Observação: Quando a operação for interestadual, o ICMS ST deverá ser recolhido


antecipadamente através de uma GNRE, e a mesma deverá acompanhar a
mercadoria, exceto se a empresa tiver inscrição de substituto tributário
Emissão de Nota Fiscal Com
Diferencial de Alíquotas de
Produto com ST
• CFOP: 6401 – Venda de Produtos de Fabricação Própria com ST
• CFOP: 6403 – Revenda de Mercadorias com ST

Tributação e Dados Adicionais


ICMS: Destacar em base de cálculo e valor do ICMS
Base de Cálculo de ICMS ST: A Mesma base de cálculo do ICMS Próprio
ICMS ST : Valor da mercadoria x Alíquota Interna – Valor da mercadoria x Alíquota interestadual)

Em Dados Adicionais:
ICMS recolhido por substituição tributária, conforme Convênio/Protocolo ICMS XX/XXXX e a
expressão produto destinado a consumo/imobilizado

Observações: Quando a operação for interestadual, o ICMS ST deverá ser recolhido


antecipadamente através de uma GNRE, e a mesma deverá acompanhar a mercadoria, exceto se
a empresa tiver inscrição de substituto tributário
Emissão de Notas Fiscais de
Produtos Já Recebidos com ST
• CFOP: 5405 – Venda de Mercadorias com ST

Tributação e Dados Adicionais


Não haverá destaque de nenhum tributo em nota fiscal

Em Dados Adicionais:
“ICMS Recolhido por substituição tributária, conforme
artigo XXX do RICMS/2000”
Base de Cálculo do ICMS ST: Base do ICMS contido na
nota de entrada do produto
PARCELA do ICMS ST Cobrável: (Base do ICMS ST na
entrada – Valor da operação própria x Alíquota do
produto)
Principais Operações
• Recusa de recebimento
• Remessa para troca
• Devoluções de compras
• Devoluções de vendas
• Remessa para demonstração
• Amostra grátis, doação e bonificação
• Conserto
• Venda para entrega futura
• Remessa para industrialização
• Remessa para exposição e feira
Recusa de Recebimento
• Anotação atrás da nota fiscal pelo destinatário
ou pelo transportador, contendo o motivo, o
carimbo da empresa e assinatura do
responsável;
• Emitir uma nota fiscal de entrada, com o CFOP
1.202 ou 2.202, com os créditos de todos os
tributos da nota fiscal de saída;
• Natureza de Operação: Entrada por Recusa de
Recebimento/Não Entrega.
Remessa Para Troca
Remessa de produto para a troca, por estar
em desacordo com o pedido, avariado ou
qualquer outro motivo que implique em
substituição do produto após o recebimento,
sem a devida compensação financeira, pois
haverá o retorno de outro produto em
substituição do primeiro após o recebimento.
Nota Fiscal de Remessa Para Troca
• CFOP: 5.949 ou 6.949 – Remessa para Troca

Tributação e Dados Adicionais


ICMS Incidente sobre a operação deverá ser destacado
em campo próprio.

IPI: Não haverá o destaque do mesmo nesta operação

Identificar em dados adicionais a referência da nota fiscal


de compra que está sendo enviada para substituição.
Devoluções de Compras
• Devolução de produto recebido/aceito pela
empresa, e posteriormente devolvido por
qualquer motivo. Normalmente esta
operação implica diretamente em
desconto/abatimento financeiro do valor
devolvido, pois não haverá o envio de novo
produto, e caso isto ocorra será uma nova
operação.
Nota Fiscal de
Devolução de Compra
• CFOP: 5.201 ou 6.201 - Devolução de produtos adquiridos destinados a
industrialização
• CFOP: 5.202 ou 6.202 - Devolução de mercadoria adquirida para revenda
• CFOP: 5.553 ou 6.553 – Devolução de compra para o ativo imobilizado
• CFOP: 5.556 ou 6.556 – Devolução de compra para uso e consumo

Tributação e Dados Adicionais


ICMS Incidente sobre a operação deverá ser destacado em campo próprio;

IPI: O valor do IPI deverá ser destacado em dados adicionais e será somado ao valor total
da nota fiscal. Na emissão de nota fiscal eletrônica incluir o valor do IPI em outras
despesas acessórias para que este valor seja somado no total da nota fiscal da nota.

Identificar em dados adicionais a referência da nota fiscal de compra que originou a


devolução, com numero de nota fiscal e data de emissão.
Devolução de Compras de Produtos
com Substituição Tributária
• CFOP: 5.410 ou 6.410 - Devolução de produtos destinados a industrialização sujeitos ao regime de
substituição tributária do ICMS
• CFOP: 5.411 ou 6.411 - Devolução de mercadoria adquirida para revenda sujeitos ao regime de
substituição tributária do ICMS
ICMS Incidente sobre a operação deverá ser destacado em campo próprio;

Tributação e Dados Adicionais


O ICMS ST, a Base de Cálculo do ICMS ST e o valor do IPI deverão ser destacados em dados adicionais e
deverão ser somados com o valor total da nota fiscal. Na emissão de nota fiscal eletrônica incluir em outras
despesas acessórias para que este valor seja somado no total da nota fiscal da nota.

Recebidas com o CFOP 5.405: Não haverá o destaque do ST em dados adicionais, pois não houve a
cobrança do mesmo em nota fiscal.

Identificar em dados adicionais a referência da nota fiscal de compra que originou a devolução, com
numero de nota fiscal e data de emissão.
Devoluções de Vendas (Pessoa Física
ou Não Contribuinte, Sem I.E.)
• Quando há a venda para não contribuinte ou consumidor final
pessoa física, ambos estão dispensados de emissão de notas
fiscais e de possuir inscrição estadual, portanto a empresa
deverá emitir uma nota fiscal de entrada com o CFOP de
devolução de acordo com a saída originaria do produto.

• Quando for devolvido por empresa, deverá estar acompanhada


de uma declaração atestando que o mesmo não é contribuinte
do ICMS e por este motivo não houve a emissão de nota fiscal.
Devoluções de Vendas (Pessoa Física
ou Não Contribuinte, Sem I.E.)
• CFOP: 1.201/2.201 - Devolução de produtos industrializados
(Industria)
• CFOP: 1.202/2.202 - Devolução de mercadoria adquirida de
terceiros (Comércio)

Direito ao crédito de todos os tributos incidentes na venda,


como ICMS,IPI,PIS e COFINS (quando incidentes)
A alíquota do ICMS e IPI deverá ser a mesma da nota fiscal de
venda
Remessa Para Demonstração
• Envio de mercadoria para avaliação
para que o destinatário possa ter
conhecimento do produto, que
deverá retornar ao estabelecimento
remetente do mesmo.
Nota Fiscal de Demonstração
• CFOP: 5.912 ou 6.912– Remessa Para Demonstração
Tributação e Dados Adicionais

ICMS: Suspensão do ICMS conforme artigo 319 do RICMS/2000 –


Decreto 45.490/2000.
IPI: Destaque de IPI caso seja um produto industrializado pela empresa

A suspensão do ICMS ocorre apenas para remessas internas, quando a


mesma for interestadual, haverá a incidência normalmente

O produto deverá retornar dentro do prazo de 60 dias ao remetente,


sob pena de recolhimento do ICMS com juros e correções desde a
saída da mercadoria
Doação e Bonificação
• CFOP: 5.910 – Para ambas as operações
• Bonificação em Mercadorias: Adicional de
produtos enviados para estimular a compra;
• Doação: Cessão de bem sem contrapartida
financeira
• Tributação ICMS e IPI: Normal
OBS: O ICMS ST incidirá sobre a bonificação que
for destinada a venda
Amostra Grátis
• Amostra Grátis: É o envio de amostra em
valor diminuto ou nenhum valor comercial,
em quantidade suficiente e estritamente
necessária para dar conhecimento a
natureza, espécie e qualidade do produto.
Nesta operação não há a devolução do item.
Nota Fiscal de Amostra Grátis
• CFOP: 5.911 – Amostra Grátis
• Tributação e Dados Adicionais
• ICMS: Isenção do ICMS conforme artigo 3º do Anexo I do Livro VI do
Decreto 45-490-2000 - RICMS-SP-2000
• IPI: Isenção do IPI, conforme artigo 54, Inciso III do decreto 7212-
2010

• Observações
• - Aplica-se as saídas internas e interestaduais;
• - No produto deve contar a indicação: “Distribuição Gratuita”;
• - A quantidade distribuída não pode ser superior a 20% do
conteúdo de número de unidades da menor embalagem
comercializada pela empresa.
Conserto
• Envio de determinado produto/imobilizado
para reparo, manutenção ou conserto, onde
haverá a circulação da mercadoria com a
nota fiscal, tanto no envio quanto na
devolução do produto, e o prestador do
serviço deverá emitir uma nota fiscal de
serviços para cobrança do valor.
Nota Fiscal de Conserto
• CFOP: 5.915 – Remessa para Conserto
• Tributação e Dados Adicionais
• ICMS: Não incidência do ICMS conforme
artigo 7 IX do RICMS/SP 2000 - Decreto
45.490/2000.
• IPI: Não há a incidência por não se configurar
como produto industrializado.
Nota Fiscal de Retorno de Conserto
• CFOP: 5.916 – Retorno de Conserto
• Tributação e Dados Adicionais
• ICMS: Não incidência do ICMS conforme artigo 7
IX do RICMS/SP 2000 - Decreto 45.490/2000.
• IPI: Não há a incidência por não se configurar
como produto industrializado.
Observação: O Valor dos serviços devem ser
cobrados através de uma nota fiscal de serviço de
conserto, restauração, manutenção dentro outros.
Venda Para Entrega Futura
• Esta venda caracteriza-se pela emissão de
duas notas fiscais em dois momentos: a
primeira nota no efetivo fechamento do
negócio e a outra na efetiva saída da
mercadoria, para o mesmo adquirente.
• Há a incidência do PIS e COFINS na primeira
nota e a do ICMS e IPI na efetiva saída da
mercadoria na emissão da segunda NF.
Notas Fiscais de Venda Para Entrega
Futura
• 1ª NF: Deverá ser emitida no momento do fechamento do negócio
• CFOP: 5.922 ou 6.922 - Simples faturamento de Venda para Entrega
Futura

• Tributação e Dados Adicionais


• ICMS: Vedado o destaque do ICMS conforme Livro II, Artigo 59 do
Decreto 37.699/1997.
• IPI: Não incidência por não haver circulação de produto
industrializado neste primeiro momento
• Em dados adicionais a seguinte expressão: "Nota Fiscal de Simples
Faturamento em venda para entrega futura, emitida nos termos
do artigo 129, caput do RICMS/2000-SP".
Notas Fiscais de Venda Para Entrega
Futura
• 2ª NF: Deverá ser emitida no momento da saída efetiva do
produto
• CFOP: 5.116 ou 6.116 - Venda - Entrega Futura (Industria)
• 5.117 e 6.117 - Venda – Entrega Futura (Comércio)

• Tributação e Dados Adicionais


• ICMS e IPI: Tributados normalmente
• Em dados adicionais a seguinte expressão: “Nota Fiscal de
Remessa relativa a Nota Fiscal de Simples Faturamento nº
XXX de XX/XX/XXXX, emitida nos termos do artigo 129,§ 1º
do RICMS/2000-SP.
Remessa Para Industrialização
• Essa operação caracteriza-se pelo envio de
matéria prima, material secundário, material
de embalagens, subproduto ou qualquer
remessa para que seja realizado
industrialização/ beneficiamento, retornando
o produto após esta operação ao
estabelecimento remetente. Esta operação
possui o prazo de 180 dias para ser finalizada,
e caso não tenha a previsão para tal retorno,
deverá ser destacado o ICMS.
Notas Fiscais – Industrialização Por
Terceiros
Envio de matéria prima para o estabelecimento que realizará a
industrialização:

1ª NF – Natureza da Operação: Remessa para industrialização


• CFOP: 5.901 e 6.901 – Remessa para Industrialização

• Tributação e Dados Adicionais


• ICMS: Suspensão do ICMS conforme artigo 402 do Decreto 45-490-2000 -
RICMS-SP-2000
• IPI: Suspensão do IPI, conforme artigo 43, Inciso VI do decreto 7212-2010
Nota Fiscal de Industrialização
Retorno do estabelecimento industrial ao remetente do produto
2ª NF – Natureza da Operação: Retorno de industrialização efetuada
por terceiros
• CFOP: 5.902-5.902 – Retorno de Insumos Industrializados
5.124-5.124 – Industrialização por terceiros

• Tributação e Dados Adicionais


• ICMS: Suspensão do ICMS conforme artigo 402, paragrafo 1º, item 2
do Decreto 45.490-2000 - RICMS-SP-2000 (sobre os insumos
remetidos pela primeira nota) e Diferimento do ICMS sobre a mão de
obra conforme Portaria Cat 22-2007 (apenas para operações dentro
do estado).
• IPI: Suspensão do IPI, conforme artigo 43, Inciso VII do decreto 7212-
2010
• Retorno total/parcial de sua nota fiscal nº XX, emitida em
XX/XX/XXXX.
Observações Sobre a Nota
Fiscal de Industrialização
• O diferimento do ICMS se aplica apenas quando ambos os
contribuintes estiverem localizados dentro do estado de São Paulo;
• Não se aplica na industrialização de sucatas de metais;
• Para a aplicação dos benefícios tanto da remessa quanto do
retorno, a operação deverá ser realizada dentro do prazo de 180
dias, sob pena de recolhimento do ICMS por espontaneidade com
correções da data da circulação da mercadoria;
• Identificar o número da nota de entrada dos insumos na devolução
com ou sem industrialização, informando se a devolução é parcial
ou total.
• O Diferimento do ICMS aplica-se apenas à mão de obra, os
produtos utilizados no processo de transformação pelo
industrializador, incidirá o ICMS normalmente.
• A Suspensão do IPI se aplica quando não há utilização de produtos
próprios do estabelecimento que realizada a industrialização.
Remessa para Exposição ou Feira

• Envio de mercadorias ou produtos para


apresentação em feiras, exposições ou
eventos.
• A nota fiscal é emitida em nome da empresa
remetente, destacando em dados adicionais o
endereço do local da feira onde será o destino
da mercadoria.
• Esta operação é diferente da demonstração.
Remessa Para Exposição em Feiras

• CFOP: 5.914 ou 6.914 - Remessa de mercadoria para


exposição em feira

• Tributação e Dados Adicionais


• ICMS: Isento do ICMS, conforme artigo 33 do anexo I do
RICMS/2000 SP
• IPI: Saída com suspensão do IPI, conforme artigo 43, II do
RIPI/2010
• Em dados adicionais a seguinte expressão: “Mercadoria
destinada a exposição/feira realizada no (Local), localizado
em (Endereço completo), nos dias (período de inicio e fim).
Retorno de Remessa Para
Exposição em Feiras
• CFOP: 1.914 ou 2.914 – Retorno de remessa de
mercadoria para exposição em feira

• Tributação e Dados Adicionais


• ICMS: Isento do ICMS, conforme artigo 33 do anexo I do
RICMS/2000 SP
• IPI: Saída com suspensão do IPI, conforme artigo 43, II
do RIPI/2010
• Em dados adicionais a seguinte expressão: “Retorno de
Mercadoria destinada a exposição/feira realizada no
(Local), localizado em (Endereço completo), nos dias
(período de inicio e fim), enviada através de nossa nota
fiscal nº XX de XX/XX/XXXX.”

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