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2 de março deiftar
2019 14:56
Digestão
Intracelular • Sem S. Digestivo (mais simples)
• Alguns invertebrados em ambientes húmidos, líquidos
Extracelular • Sistema Digestivo mais desenvolvido e complexo
• Vertebrados e alguns invertebrados
Função: fornecer ao organismo nutrientes e água que supremas necessidades para a realização das diversas funções ao nível do
metabolismo celular
Digestão: Transformação das macromoléculas (princípios nutritivos) em nutrientes de tamanho absorvível, através de processos físicos e
enzimáticos
Sistema Gastrointestinal
> Orgãos bem desenvolvidos e especializados no organismo
> Envolve 4 funções principais: motilidade (movimentos peristálticos), secreção, digestão e absorção
Estruturas
Órgão Secreção Exócrina Funções Gerais
Boca • Muco • Mastigação: Digestão Mecânica e mistura com saliva
• Saliva c/Amilase • Digestão de amido em algumas espécies
• Inicio do reflexo da deglutição
Esófago • Muco • Transferência do alimento para o estomago por meio de ondas peristálticas (ou
vice-versa com ondas antiperistálticas)
• Lubrificação
Estômago • Acido Clorídrico • Armazenamento, mistura, dissolução (alimentos reduzidos à forma líquida) e
• Pepsina digestão de alimentos
• Muco • Regulação da passagem de alimento dissolvido para o ID
• Fator Intrínseco • Solubilização de partículas alimentares
• Controlo de populações microbianas ingerias com alimentos
• Digestão de prótidos
• Lubrificação e proteção epitelial
• Absorção de VitB12
Intestino Delgado • Enzimas • Digestão (etapas finais da digestão química) e Absorção (da maior parte dos
• Sais Água nutrientes)
• Muco • Mistura e Propulsão de conteúdos
• Digestão luminal e na superfície epitelial
• Conservação da fluidez dos conteúdos luminais
• Lubrificação e proteção
Intestino Grosso Muco • Armazenamento e concentração de materiais não digeridos ou digeridos mas
não absorvidos- formação de Fezes
• Absorção de água e iões
• Alguma digestão fermentativa, em grau dependente da espécie
• Mistura e Propulsão de conteúdos
• Lubrificação e proteção
Reto Defecação
Ruminantes e Pseudoruminantes
□ Não têm omaso
□ Reticulo com áreas glandulares
◊ "Browsers", desfolhadores, ramoneadores: alimentam-se de folhas, rebentos tenros. Ex: Corso (tubo digestivo menos desenvolvido)
◊ "Grasers", pastadores: alimentam-se de forragens de pasto (retiram do solo)
Ruminantes Neonatos:
→ Leite: Principal Alimento
○ Ingestão Limitada de forragem
→ Goteira Esofágica: sulco reticular que permite que leite passe diretamente do esófago para o omaso
○ Perde capacidade de reflexo com a idade
Rúmen
◊ Processo de obtenção de energia por FERMENTAÇÃO
○ Com enzimas MICROBIANAS que degradam celulose e fibra, proteinas e gorduras
○ Fermentação Ruminal: necessita de condições especiais: Digestão Microbiana
▪ Substrato - Humidade - Temperatura - Motilidade - Secreção/Remoção
Produtos da Digestão
Endógena: Nutrientes: Glicose, aa, Acidos Gordos e Glicerol + Calor e água (não são aproveitados)
Fermentativa: Proteína Microbiana + AGV (acético > propiónico > butírico) + Metano e CO2 (não aproveitados) + calor e água
Vantagens:
• Maior eficiência na digestão microbiana
• Remoção de toxinas pelos micróbios
• Fornecimento de aa – proteína microbiana
• Aproveitamento de material pobre
• Menor competição com o homem
Desvantagens:
• Menor eficiência na digestão enzimática
• Maiores custos de manutenção
• Agressão ambiental
TGI do Coelho:
SECREÇÕES
Muco
Secreção viscosa de água, eletrólitos e glicoproteínas (polissacáridos de peso molecular elevado ligados a pequenas quantidades de
proteínas)
Composição ligeiramente diferente nas diversas porções do TGI (na boca é mais aquosa, no estômago é mais viscosa por causa
das glicoproteínas)
Invariável: acção lubrificante e protetora
Suco Salivar
Características
→ Solução de 98-99% de água, componentes orgânicos, eletrólitos, leucócitos e células de descamassão
→ α-Amilase, inicia digestão de amido em alguns animais
→ Lipase salivar, digere lípidos após chegada ao estômago nos animais jovens
→ Muco, facilita a deglutição
→ Lisozima, enzima que destrói bactérias
→ Imunoglobulina A, inibe crescimento de bactérias
→ Eletrólitos: Na+, K+, Cl- , PO4 3- e HCO3-
→ pH = próximo da neutralidade --> Humanos 6,8 - 7,0; Porco 7.3; Cão e Gato 7.5; Ruminante 8-8.5
Composição
1. Agua
2. PRODUTOS ORGÂNICOS: Compostos por proteínas salivares de 4 tipos
P. Enzimáticas:
▪ AMILASE: Inicia a degradação do amido e do glicogênio, mas tem um papel pequeno porque se inativa rapidamente
Ácinos ->Lúmen -> subs. orgânicas, alguns iões e muco -> ductos -> modificação pela absorção de agua e excreção de iões
- Quantidade variável entre indivíduos: quantidade e tipo de alimento ingerido e consumo de agua e o teor em NA na dieta afetam a
quantidade de produção de saliva
Funções:
- Mecânica
- Protetora (Lisozima)
- Digestiva
- Tampão
- Higiénica
- Defesa (IgA)
- Gustativa
- Nutritiva (Nos Ruminantes: ureia na saliva é usada por microrganismos para formar compostos azotatos não proteícos)
- Termorreguladora (no cão: não tem gl sudoríparas, logo ao aumentar a secreção de saliva refresca cavidade bucal quando aumenta a
Tºcorporal)
- Excretora (de ião iodeto)
α-Amilase Salivar
- Concentração elevada em: Homem, Macaco, Alguns roedores (rato)
- Concentração baixa em: Maioria dos ruminantes, Porco, Muitos roedores
- Nula em: Carnívoros, Bovídeos
No estomago: pH gástrico diminui bastante, e enzima é quase toda destruída -> Actividade da amilase salivar é mantida no estômago
por tampões e proteção de substratos -> Aparece novamente no I. Delgado quando pH sobe.
Lipase Salivar
Responsável por alguma digestão de gorduras em recém-nascidos de: Homem, Roedores, Ruminantes ou em alguns animais adultos,
como resposta a aumento de gordura na dieta ou deficiência na secreção pancreática: Coelho e Rato
Secreção Gástrica
Produzida nas células mucosas, parietais (HCl e FI) e Principais (Pepsinogénio e enzimas)
Composição: Água e iões (H+, Cl- , Na+, K+, HCO3 -), Enzimas (pepsina, renina, gelatinase, lipase, tributirase), Mucoproteina, Factor
intrínseco
Funções:
- Mecânica
- Protetora
- Bacteriostática/defesa
- Digestiva
- Absorção de vit. B12
- Activação de enzimas (Pepsinogénio ->pepsina)
- Coagulação proteínas (HCl)
Secreção de HCl
Células parietais com CAH (enzima) -> Enzima conjuga-se com Co2 e H2O, formando H2CO3 -> dissocia-se em HCO3- e H+ -> H+
combina-se com Cl que é trocado por HCO3- entre sangue e as células parietais -> Forma-se HCl no lúmen do estomago
Secreção Pancreática
Funções:
- Mecânica
- Digestiva
- Tampão
- Neutralização
Secreção de Bicarbonato
Bílis
Funções:
- Mecânica (principal composto é a água)
- Digestiva (Acidos e sais Biliares importantes para digestão de gorduras)
- Tampão (ião, fosfato, …)
- Neutralização
- Excretora Exócrina:
• Hepatócitos: colesterol, acidos biliares, lípidos, bilirrubina e lecitina
• Ductos Biliares: Na, K, Cl, Ca, HCO3- (este ultimo diminui)
Circulação Entero-Hepática:
Secreção Intestinal
- É quase líquido extracelular puro
- Rico em eletrólitos (Na, K, Ca, Cl, bicarbonato,…)
- Isosmótico em relação ao plasma
- Composição: muco, detritos celulares, amilase, enterocinase, enzimas, eletrólitos
Funções:
- Mecânica
- Digestiva
- Absortiva
- Neutralização
- Ativação de enzimas ( Proteolíticas Pancreáticas pela enterocinase)
Borda em escova
Enzimas TERMINAIS:
▪ Glicosidases (Lactase, isomaltase, maltase, sacarase e dextrinases)
▪ Proteases (oligopeptidases, dipeptidases, enterocinases)
▪ Esterases (lipase intestinal, esterases)
FISIOLOGIA DIGESTIVA
Digestão e Absorção
Classificação dos alimentos:
• Carbohidratos
• Proteinas
• Lípidos (Gorduras Neutras/Triglicéridos, Fosfolípidos, Colesterol - forma sais biliares por conjugação, produzem hormonas e são importantes
componentes de membranas celulares)
• Minerais e Vitaminas
• H2O
1. Digestão Mecânica/Física
2. Digestão Enzimática Endógena
3. Digestão Enzimática Microbiana
+ Importância Relativa com a idade
Absorção de Carbohidratos
Transportadores de hexoses:
- Co-transportadores Na/glicose (transporte ativo): SGLT1 (ID) e SGLT2
- Transportadores facilitadores de Na+ independentes: GLUT1, 2, 3, 4, 5
Transportador Glicose Galactose Frutose
SGLT1 + + -
GLUT1 + + -
GLUT2 + + +
GLUT5 - - +
Absorção de Proteínas
Absorção de Gorduras:
Molécula de Gordura + Sal Biliar = Emulsificação (torna as gotículas de gordura hidrofílicas para haver absorção)
Digestão Fermentativa
Substratos da Fermentação
- Compostos de reserva (amido, glicogénio, proteinas, gorduras
- Compostos estruturais (celulose, hemicelulose, pectinas, lenhina)
Fermentação de Gorduras
▪ Absorção de AGV (retículo-rúmen)
□ pH 6-7 = AGV ionizados
Quanto menor o pH, maior a taxa de absorção: difusão simples das formas não ionizadas e facilitada das ionizadas
São absorvidos até C10
MOTILIDADE DO TGI
Caracteristicas:
○ Movimentos próprios da musculatura lisa
Intervenientes:
○ Musculo liso, mucosa e vilosidades
Motilidade e transito digestivo:
○ Elevada Motilidade = Elevado Transito = Menor tempo que alimento passa dentro do trato
Ingestão, mastigação, peristaltismo,…
Funções:
(movimento do digesta, contacto com secreções, digestão física)
○ Propulsão: Transporte de alimentos ao longo do TGI e eliminação das fezes
○ Mistura:
▪ Dispersão Mecânica (Trituração, maceração e mistura)
▪ Circulação: contacto com secreções digestivas, superfície absortiva e população microbiana
○ Retenção (reservatório): estomago, vesicula biliar e colon.
Motilidade GI
1. Movimentos de mistura/segmentação
▪ Mistura do quimo com enzimas e outras secreções
▪ Estimulo para a sua origem: digestão mecânica
▪ Duração: 5 a 30 segundos
▪ Diferentes em cada porção do TGI
2. Movimentos Propulsivos/Peristaltismo/Antiperistaltismo
▪ Estímulos: distensão, irritação química/física do revestimento epitelial do intestino
Padrões de Motilidade:
1. Contrações Tónica (isoladas e limitadas)
2. Contrações Segmentares (com 2 sentidos)
3. Contrações Propagadas (Peristálticas) (com 1 sentido)
4. Contrações Inibidas
Frequência de REB varia com a região TGI e depende do local, espécie e atividade dos sistemas de controlo
Esófago: ? (contração é devida apenas ao alimento)
Estômago: 3/min
Duodeno: 11/min
Ílio: 8/min
Colon: 3-6/min
Atividade elétrica do musculo liso GI
1- Ondas Lentas
○ Em geral NÃO causam contração muscular
○ Controlam o aparecimento de potenciais em ponta
○ A: 5 a 15 mV
2- Potenciais em Ponta
○ Gerados nos picos das ondas lentas
○ Promovem a entrada de iões cálcio gerando contração muscular
Controlo Reflexo da atividade TGI
► Motilidade Gástrica
○ Ondas peristálticas em direção ao piloro (3min)
○ Movimentos de mistura e peristaltismo mais vigorosos próximo ao piloro
○ Quimo: libertação em pequenas porções no duodeno ou forçado de volta ao estomago para posterior mistura
Fundo do estomago: Armazenamento
Corpo e antro: mistura
Contração do piloro: saída do quimo limitada
○ Esvaziamento Gástrico: Os alimentos líquidos têm menor tempo de permanência do que os sólidos
► Motilidade do Rúmen
○ Ciclos Contrateis retículo-ruminais: contrações cíclicas e espontâneas da parede reticulo-ruminal com duração de 10s a 20s e frequência de
1/min.
Funções:
□ Fermentação
□ Mistura da saliva e microrganismos com os alimentos
□ Prevenção de acumulações locais de AGV
□ Favorece a absorção de produtos finais
□ Eructação e regurgitação
□ Propulsão (para o omaso)
▪ Ciclo Primário: simples, de mistura
□ Inicia-se por uma contração bifásica do reticulo
□ 1ªFase de mistura, 2ªfase de evacuação
□ Contrações do saco dorsal e fundo de saco dorsal
▪ Ciclo Secundário: eructativo
□ Libertação de gases
□ Inicia-se no saco ventral posterior
Regulação
Regulação Extrínseca:
□ Divisões Simpática e Parassimpática do Sistema Nervoso Autónomo
□ Sistema Nervoso Central
□ Sistema endócrino
Regulação Intrínseca:
□ regulação autónoma baseada em condições locais
□ Sistema Nervoso Intrínseco<=> Sistema Nervoso Entérico (Neurónios dos plexos)
□ Sistema Endócrino Intrínseco (Mediadores químicos locais)
Processos Envolvidos:
Estimulos Mecânicos e químicos (recetores de estiramento, osmolaridade, presença de substrato no lúmen)
1. Controlo extrínseco pelo SNC (Neural)
2. Controlo intrínseco por sistemas locais
Controlo Neural
○ Controlo Intrinseco: plexos nervosos próximos ao TGI inicial reflexos curtos e mediados pelo SNE
○ Controlo Extrínseco: Reflexos longos vindos de dentro ou fora do TGI, envolvendo SNC e SNA
Regulação das Funções do TGI:
○ Contração e relaxamentos da musculatura lisa e esfíncteres
▪ Secreção de enzimas para digestão;
▪ Secreção de água e eletrólitos
▪ Absorção de nutrientes
○ Células reguladoras e reguladas no TGI: Intrínseca/entérica
○ Células reguladoras fora do TGI (Endócrinas, Neurónios com corpo celular no SNC): Extrínseca
Recetores:
▪ Estão na MUCOSA e nas CAMADAS MUSCULARES
○ Substratos+ Osmolaridade e pH -> Quimiorecetor -> REFLEXO -> Ativação ou inibição das Gl. Digestivas
○ Estiramento + Presença de Substrato e produtos finais da digestão -> Mecanorecetores -> REFLEXO -> Mistura e propulsão de conteúdo do
lúmen
Inervação do trato GI
1. Plexos Nervosos Intrínsecos
▪ Localização: submucosa (plexo submucoso) e entre camadas musculares circular e longitudinal (plexo mientérico)
▪ Controlo:
Reflexos Condicionados: São os que necessitam de experiência prévia, repetitiva e associativa entre alimentação e olfação/visão.
□ Fase Gástrica 45 %
○ Distensão do estômago estimula os Mecanorecetores (fundica, pilórica)
▪ reflexo local secretor (reflexo curto) + reflexo vago-vagal (reflexo longo) = estimula a secreção gastrina
□ Fase Intestinal 10 %
○ Aminoácidos e polipéptidos no duodeno estimulam a secreção
▪ mecanismo Nervoso (reflexo local)
▪ mecanismo Hormonal (secretina)
□ Fase Gástrica 10 %
□ Fase Intestinal 75 %
□ Exposição a inseticidas organofosforados (inibidores da acetilcolinesterase) ou toxinas específicas de escorpiões causam um aumento nos níveis de
liberação de acetilcolina nas terminações nervosas, podendo causar pancreatite.
□ Ácidos biliares (agente colerético): Aumenta secreção de bílis e de HCO3 : circulação enterohepatica-
□ Controlo Hormonal:
○ Secretina : Aumenta secreção de bílis e de HCO3-, estimula a musculatura da vesícula biliar
○ CCK : estimula a contração da vesícula biliar, estimula o relaxamento do esfíncter de Oddi
□ Controlo Neural : SNA
Funções:
• Transporte de gases, nutrientes, resíduos químicos e mensageiros químicos (hormonas)
• Homeostase (pH, balanço hídrico e eletrolítico do plasma, por exemplo, e temperatura corporal)
• Proteção: Imunidade de hemóstase
Importância: Processo de troca de gases - Difusão
1. Mecanismo de trocas diretas com o meio
Eficiente em alguns organismos simples
○ muito pequenos
○ muito delgados
○ muito inativos
○ todas
2. Animais mais evoluídos - Processos de circulação
○ Sem sistema circulatório
▪ Circulação do meio externo impulsionada por cílios, flagelos ou contração muscular.
▪ Fungos e pequenos animais com cavidade gastrovascular
□ Vivem em ambiente aquático/húmidos sendo estruturados de modo a que as moléculas
sejam trocadas diretamente com o meio através das suas superfícies celulares
○ Sistema circulatório aberto
▪ Capilares em contacto com líquido que banha as células
▪ Um coração simples bombeia sangue (hemolinfa) através de vasos abertos
▪ O sangue banha os tecidos, sendo de novo recolhido pelo coração através da abertura de
válvulas unidirecionais, que impedem o refluxo de sangue.
▪ Em artrópodes e muitos moluscos
○ Sistema circulatório fechado
▪ O sangue é bombeado por um coração
▪ Mantém-se encerrado em vasos, trocas ocorrem através de capilares
▪ Moluscos, cefalópodes, anelídeos e animais de esqueleto ósseo, etc.
Tipos de Bombas
• Peristálticas:
○ Contrações orientadas e coordenadas das paredes dos vasos
○ Musculo Liso
○ Ex: insetos e vermes
• Câmaras contrácteis
○ Com válvulas
○ Musculo Cardíaco
○ Ex: coração de vertebrados
• “Câmaras” tubulares
○ Exercendo os músculos separados, do lado externo ao vaso, uma acção bombeadora decorrente da
sua própria movimentação (relaxamento/contração)
○ Musculo Esquelético
○ Ex: Veias de vertebrados
Nos mamíferos: Coração com DUPLA bomba ( o SV atua em circuito fechado através de um sistema e depois do
outro )
Bombas Cardíacas
Fluxo= Pressão/Resistência
• Rede sistémica é maior do que a rede pulmonar
• Baixa resistência nos vasos pulmonares
• Elevada resistência nos vasos sistémicos
○ As pressões geradas pelas duas bombas (esquerda e direita) são diferentes (esquerda é maior)
Especialidades:
→ Coração dos Repteis:
○ Crocodilianos: Igual aos mamíferos e aves exceto quando estão submersos
▪ Ligação Direta entre 2 vasos, onde sangue é desviado para a grande circulação sem passar pelos
pulmões
○ Não Crocodiliano: 2A e 1V (parcial=mistura)
→ Coração dos Anfíbios: 2A+1V (mistura de sangue)
→ Coração dos peixes: 1A (Com dilatação= seio venoso)+1V (com dilatação= cone arterioso)
Vasos Sanguíneos:
→ Arteriais
○ Artérias
▪ Resistência baixa, vias de trânsito rápido
▪ Transportam sangue a partir do coração
□ Toda a energia provém do coração = CONTRAÇÃO PASSIVA das artérias
▪ RETRAÇÃO ELÁSTICA (adapta-se à pressão elevada)
○ Arteríolas
→ Venosos
○ Veias
▪ Transportam sangue até ao coração
▪ Paredes contêm as 3 camadas (média muito mais delgada, menos tecido elástico, colagenoso e
musculo liso)
▪ Muito distensíveis e compressíveis ( Colapsam perante uma descida de pressão)
▪ Possuem válvulas unidirecionais
▪ Respondem à diminuição de pressão sanguínea com vasoconstrição
○ Vénulas
→ Capilares
▪ Vasos menores e mais numerosos
▪ Ligam arteríolas a vénulas
▪ Camada simples de epitélio escamoso simples
▪ Semipermeáveis para trocas entre plasma e líquido intersticial (extensa área superficial-
ramificação muito intensa de trocas de gases, líquidos, nutrientes, e resíduos entre o sangue e as
células vizinhas) e Área de secção enorme
▪ Comportam ~5% volume total de sangue: Sangue permanecem nos capilares (1-2s)
▪ Entre células endoteliais capilares: fenestrações (“janelas”), diapedese (leucócitos)
▪ Através de células endoteliais capilares: transporte vesicular, partículas lipossolúveis
▪ Difusão: exige um gradiente de concentração! (e.g., gases, substratos, resíduos metabólicos)
□ Sistema Otimizado: Distância de difusão pequena (parede fina), Grande área superficial em
relação ao volume e Baixa pressão e taxa de fluxo lenta
▪ Filtração e Reabsorção: exige um gradiente de pressão! (e.g., líquidos)
□ Movimento passivo pelos poros: Água e solutos (Apenas pequenas moléculas passam
facilmente)
□ Equilibra o líquido extracelular: Plasma e Líquido intersticial
□ Filtração na extremidade arterial
□ Reabsorção na extremidade venosa
○ CAPILARES CONTÍNUOS (MB contínua)
▪ Encontrados nos músculos esqueléticos
▪ Paredes constituídas por células endoteliais contínuas com junções tight no topo
▪ Movimentam líquidos por pinocitose e exocitose: trocas limitadas
○ CAPILARES FENESTRADOS (MB contínua)
▪ Duas ou mais células endoteliais adjacentes ligadas por poros
▪ Rins, glândulas endócrinas, intestinos
○ CAPILARES DESCONTÍNUOS (MB descontínua)
▪ Possuem poros e Luz muito larga: Altamente permeáveis
▪ Encontrados em fígado, baço, hipófise anterior, medula óssea, e glândulas paratiróides
○ LINFÁTICOS: com válvulas (S. Aberto)
Microcirculação: ANASTOMOSES
→ Canais de passagem - ligam diretamente metarteríolas a vénulas
→ Canais colaterais (shunts capilares) - “bypassam” : leitos capilares e atuam como ligações diretas entre
arteríolas e vénulas
○ Controlam perdas de calor
○ Possuem paredes espessas
○ Vasos sem trocas
Altamente inervadas, são musculares no extremo arteriolar e elásticas no extremo venular
HEMODINÂMICA
Estudo dos princípios físicos que governam o fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos e coração
○ Sangue é bombeado sob grande pressão e flui (fluxo) por uma rede que oferece resistência
➢ Pressão sanguínea: força com que o sangue é “empurrado” contra as paredes dos vasos sanguíneos (mm Hg)
➢ Resistência periférica: fricção oferecida pelos vasos e que se “opõe” ao fluxo de sangue
○ Fluxo de sangue: volume de sangue que flui por um vaso ou grupo de vasos por unidade de tempo
(ml/min)
▪ Depende de:
1) Gradiente de Pressão (deltaP)- coração
2) Resistência ( R ) - vasos sanguíneos
a) Viscosidade, Comprimento do vaso e diâmetro desse
Diâmetro do vaso é a principal determinante da resistência vascular!
▪ Fatores:
Fatores Locais: Fatores não Locais:
Circulação Venosa:
Diferencial de pressão
Presença válvulas
Músculo liso do vasos
Musculo esquelético
Aspiração das aurículas durante inspiração
DINÂMICA CAPILAR
Pressão Oncótica plasmática: única que contribui para a reabsorção, as outras é para a filtração
2 FATORES QUE CONTRIBUEM PARA QUE SAIA SEMPRE MAIS LÍQUIDO DO QUE ENTRA:
• P Filtração > P. Absorção
• Maior área de filtração em relação à de absorção
Como equilibra essa desproporção? LINFA
SISTEMA LINFÁTICO
Funções:
○ Drenagem de líquido intersticial (linfa)
○ Transporte do lípidos absorvidos no TGI
○ Imunidade - defesa contra agentes patogénicos
▪ Partes “independentes”
1) Rede de vasos linfáticos
2) Vários tecidos e órgãos linfoides
○ Recolha do excesso de líquido filtrado nos capilares “em fundo de saco”
▪ Edema - várias causas (quando recolha não é eficiente)
○ Defesa do organismo contra infeções
○ Transporte de lípidos absorvidos nos intestinos
○ Retorno de proteínas filtradas
Linfa: composição é semelhante à do sangue, excetuando-se a existência de glóbulos vermelhos, o que faz a linfa
ser de coloração transparente. Contem glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos e por ela circulam além das
impurezas retidas do meio intersticial, proteínas, hormonas, glóbulos brancos e, ocasionalmente, dos intestinos ao
fígado, nutrientes (moléculas de gordura).
Vasos Linfáticos: Uma vez lançada a linfa na corrente sanguínea, linfócitos e outras células mediadoras de
imunidade são transportadas para os tecidos, “patrulhando-os” em busca de antigénios estranhos, após o que, e
gradualmente, regressam aos vasos linfáticos, recomeçando o ciclo
Capilar Linfático:
• Capilares em “fundo de saco”
• Células endoteliais nos extremos capilares apresentam ligeira sobreposição
• Filamentos ligam os capilares aos tecidos envolventes
• Altamente permeáveis
• Permitem a entrada fácil do líquido intersticial
• Possuem “mini-válvulas” unidirecionais
• Unem-se entre si formando vasos linfáticos maiores
Fluxo de linfa:
Líquido intersticial -> Capilares linfáticos -> Vasos linfáticos -> Canais/ductos linfáticos -> Veias subclávias
Mecanismos de circulação da linfa:
1- Formação de nova linfa que impulsiona a já existente.
2- Pressão dos músculos sobre os vasos.
3- Os vasos, por se encontrarem próximos das artérias, sofrem a influência dos batimentos cardíacos.
4- A linfa da região abdominal (cisterna de quilo / ampola de Pequet) é sugada para o coração pelo vácuo
formado na caixa torácica pelos movimentos respiratórios.
5- Os vasos linfáticos possuem movimentos de contração. As válvulas, neles existentes, impedem o refluxo
possibilitando o transporte da linfa em uma única direção.
6- A linfa das regiões acima do coração sofre a atracão da força da gravidade
Miocárdio
• Comparativamente, o músculo cardíaco tem capacidade limitada para suportar uma falta de O2, o que é
compatível com a sua função: Significativa carência de O2 resultaria em fadiga muscular e paragem da
contração
• Características:
○ Elevado número de mitocôndrias
○ Mioglobina - proteína que armazena O2
○ Perfusão sanguínea abundante
• Células musculares cardíacas: Células ligadas topo-a-topo e lateralmente por espessamentos transversos do
sarcolema, designados por discos intercalados que contêm:
junções Gap (ou sinapses): zonas de baixa resistência elétrica entre células
permitindo que PA’s sejam transmitidos de uma célula cardíaca para outra
Desmossomas: unem as células e servem de pontos de ligação para as
miofibrilhas
○ Ligadas eletricamente funcionando como uma unidade: SINCÍCIO FUNCIONAL (não é estrutural porque
as células estão individualizadas)
Sincício das células auriculares que estão
ligadas e contraem em conjunto
Sincício das células ventriculares que estão
ligadas e contraem em conjunto
○ Vários tipos:
1. contracteis ou efectoras
2. marca-passo, P, pacemaker
3. Purkinje (não têm capacidade de contração nem de formação de estímulo, servem para
condução do estímulo)
4. Transição (à volta dos nós, sendo semelhantes às P e contráteis)
• Coração contrai de um modo “tudo-ou-nada”: todas as células contraem (ou não) como uma unidade, não
sendo possível recrutamento
• Músculo cardíaco está sob controlo miogénico: como unidades isoladas de músculo liso (cardíaco), sendo
que 1% de células cardíacas são células do tipo marca-passo.
• Propriedades do Músculo Cardíaco:
○ Inotropismo: contração
○ Cronotropismo: frequência
○ Dromotropismo: condução
Nota Clínica:
• Angina de peito: dor que resulta da redução do fornecimento de sangue ao músculo cardíaco
• Enfarte do miocárdio: resulta de interrupção prolongada de fluxo de sangue numa parte do músculo
cardíaco, causando carência de O2 e morte celular
Condução do PA Cardíaco:
Nódulo Atrioventricular
○ Única ligação elétrica aurículas <-> ventrículos
○ No nódulo AV, os PA’s propagam-se mais lentamente do que no restante sistema de condução (por
causa do esqueleto cardíaco)
○ Atraso de ~0,11 s na condução desde que os PA’s atingem o nódulo AV até passarem para o feixe AV
○ O atraso total de ~0,15 s permite fim da contração auricular antes do início da contração ventricular
○ Actividade modulada pelo SN Autónomo
Fibras de Purkinje
▪ Propagação muito mais rápida do que o resto porque:
○ Grande diâmetro
○ Menos Mitocôndrias
○ Contração menos enérgica
○ Discos intercalares bem desenvolvidos (o que facilita a comunicação dos estímulos)
○ Numerosas sinapses
Células Marca-passo
○ A taxa de despolarização mais rápida impõe o “passo” à totalidade do coração
Velocidade de excitação
○ Para bombeamento eficiente, é necessária a coordenação da velocidade de excitação
▪ Aurículas -> Ventrículos
▪ Cada câmara contrai como uma unidade
▪ Aurículas contraem simultaneamente e ventrículos contraem simultaneamente
• Anomalias
○ Onda P: A Hipertrofia atrial causa um aumento na altura e/ou duração da Onda P
○ Complexo QRS: Anormalidades no sistema de condução geram complexos QRS alargados
○ Onda T: A inversão da onda T indica processo isquémico. Onda T de configuração anormal indica
hipercaliemia; Arritmia não sinusal = ausência da onda P
• Aplicações:
• Isquemia miocárdica e infarto • Efeito de medicamentos
• Sobrecargas (hipertrofia) atriais e ventriculares • Alterações eletrolíticas
• Arritmias • Funcionamento de marca-passos
eletrônicos
CICLO CARDÍACO
• Processo de bombagem repetitivo que inicia com o começo da contração muscular cardíaca e acaba com
o início da nova contração
• Contração ---> Sístole , esvaziamento
• Relaxamento ---> Diástole , enchimento rítmicos das câmaras cardíacas
Nota: Sístole dura 0,3 e Diástole dura 0,5
Sons Cardíacos:
○ Os sons cardíacos estão associados ao fecho das válvulas
▪ 1ºSOM: válvulas auriculoventriculares = início da Sístole Ventricular
▪ 2ºSOM: válvulas semilunares fecham = início da Diástole Ventricular
○ Anomalias
Parâmetros Cardíacos:
• VOLUME VENTRICULAR NO FINAL DE DIÁSTOLE (VD) = volume tele-diastólico
○ Volume de sangue nos ventrículos mesmo antes de esvaziamento - volume máximo
• VOLUME VENTRICULAR NO FINAL DE SÍSTOLE (VS) = volume tele-sistólico
○ Volume de sangue deixado nos ventrículos após contração - volume mínimo
Efeitos Cronotrópicos
Alterações na taxa cardíaca::
○ Cronotropia positiva - aumento na taxa cardíaca
○ Cronotropia negativa - diminuição na taxa cardíaca
Regulação da Função Cardíaca
• Intrínseca (autorregulação)
○ Heterométrica: Regulação do débito cardíaco em decorrência de alterações no comprimento da fibra
muscular cardíaca
Mecanismos que aumentam o retorno venoso o volume tele- Retorno Venoso (RV): quantidade de sangue proveniente das
diastólico veias que entra na aurícula direita durante a diástole
• Aumento do volume sanguíneo • Se aumenta o RV---> aumenta volume tele-diastólico (VD)
• Bomba torácica, que cria pressão intratorácica negativa • Quanto maior VD ---> maior a distensão das paredes
e, assim, aumenta o retorno venoso ventriculares
• Vasoconstrição, que aumenta a pressão de enchimento • Grau de distensão das paredes ventriculares = pré-carga
venoso • Débito cardíaco varia diretamente com a pré- carga
• Bomba muscular, que aumenta a pressão de
enchimento venoso
Pré-Carga:
• Influencia o débito cardíaco por duas vias: Lei de
Starling e Distensão do nódulo SA
• Quanto maior o retorno venoso, maior o volume tele
diastólico, maior a pré-carga, maior o débito cardíaco
Lei do coração de Starling: Relação entre pré-carga e volume Distensão do Nódulo SA:
de ejecção
• A lei do coração de Starling descreve a relação entre as
• Extrínseca
○ Neural
○ Hormonal
Regulação extrínseca:
Sistema Baro-Reflexo:
Resposta stress-relaxamento:
• Característica própria dos vasos
○ Menor Volume (hemorragias) -> Menor P.
Arterial -> Menor força nas paredes dos
vasos -> Maior Vasoconstrição
○ Maior Volume (hemorragias) -> Maior P.
Arterial -> Maior força nas paredes dos
vasos -> Menor Vasoconstrição