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sistema digestivo

2 de março deiftar
2019 14:56

Digestão
Intracelular • Sem S. Digestivo (mais simples)
• Alguns invertebrados em ambientes húmidos, líquidos
Extracelular • Sistema Digestivo mais desenvolvido e complexo
• Vertebrados e alguns invertebrados

Função: fornecer ao organismo nutrientes e água que supremas necessidades para a realização das diversas funções ao nível do
metabolismo celular

Digestão: Transformação das macromoléculas (princípios nutritivos) em nutrientes de tamanho absorvível, através de processos físicos e
enzimáticos

Sistema Gastrointestinal
> Orgãos bem desenvolvidos e especializados no organismo
> Envolve 4 funções principais: motilidade (movimentos peristálticos), secreção, digestão e absorção

Adaptações Funcionais e Estruturais:


Funções específicas de cada porção
Esfíncteres e camadas musculares
Plexos nervosos intrínsecos
Capacidade absortiva
Proteção contra autodigestão
1. Secreção mucosa alcalina
2. Secreção de enzimas proteolíticas na forma inativa
3. Regeneração das células mucosas

Estruturas
Órgão Secreção Exócrina Funções Gerais
Boca • Muco • Mastigação: Digestão Mecânica e mistura com saliva
• Saliva c/Amilase • Digestão de amido em algumas espécies
• Inicio do reflexo da deglutição
Esófago • Muco • Transferência do alimento para o estomago por meio de ondas peristálticas (ou
vice-versa com ondas antiperistálticas)
• Lubrificação
Estômago • Acido Clorídrico • Armazenamento, mistura, dissolução (alimentos reduzidos à forma líquida) e
• Pepsina digestão de alimentos
• Muco • Regulação da passagem de alimento dissolvido para o ID
• Fator Intrínseco • Solubilização de partículas alimentares
• Controlo de populações microbianas ingerias com alimentos
• Digestão de prótidos
• Lubrificação e proteção epitelial
• Absorção de VitB12
Intestino Delgado • Enzimas • Digestão (etapas finais da digestão química) e Absorção (da maior parte dos
• Sais Água nutrientes)
• Muco • Mistura e Propulsão de conteúdos
• Digestão luminal e na superfície epitelial
• Conservação da fluidez dos conteúdos luminais
• Lubrificação e proteção
Intestino Grosso Muco • Armazenamento e concentração de materiais não digeridos ou digeridos mas
não absorvidos- formação de Fezes
• Absorção de água e iões
• Alguma digestão fermentativa, em grau dependente da espécie
• Mistura e Propulsão de conteúdos
• Lubrificação e proteção
Reto Defecação

Fisiologia II Teórica - Deborah Página 1


Reto Defecação
Gl. Salivares • Sais e Agua • Hidratação dos alimentos
• Muco • Lubrificação
• Amilase • Digestão de Glícidos
Pancreas • Enzimas • Secreção de enzimas e bicarbonato
• Bicarbonato • Funções endócrinas não digestivas
• Digestão de glícidos, lípidos, prótidos e ácidos nucleicos
• Neutralização de HCL que chega ao intestino delgado proveniente do conteúdo
gástrico
Fígado • Sais Biliares • Numerosas funções digestivas/metabólicas
• Bicarbonato • Secreção de bílis
• Resíduos Metabólicos e • Solubilização de gorduras hidrossolúveis
metais • Neutralização de HCl que chega ao intestino delgado proveniente do conteúdo
gástrico
• Excreção através das fezes de resíduos metabólicos e metais (vestígios)
Vesicula Biliar (se Armazenamento e concentração de bílis nos períodos interdigestivos
presente)

Classificação dos animais


Alimentação Sistema Digestivo Revestimento do estômago
Carnívoros Monogástricos Simples Simples
Omnívoros Monogástrico Composto
Herbívoros Monogástrico com IG funcional e policavitários Composto

Estomago Simples/Composto: relacionado com revestimento glandular e extensão desse


◊ Simples: completamente glandular. Ex: cão e gato
◊ Composto: glandular e aglandular. Ex: Boi, cavalo, porco

pH do estômago diminui ao longo da idade

Ruminantes e Pseudoruminantes
□ Não têm omaso
□ Reticulo com áreas glandulares

◊ "Browsers", desfolhadores, ramoneadores: alimentam-se de folhas, rebentos tenros. Ex: Corso (tubo digestivo menos desenvolvido)
◊ "Grasers", pastadores: alimentam-se de forragens de pasto (retiram do solo)

Ruminantes Neonatos:
→ Leite: Principal Alimento
○ Ingestão Limitada de forragem
→ Goteira Esofágica: sulco reticular que permite que leite passe diretamente do esófago para o omaso
○ Perde capacidade de reflexo com a idade

Rúmen
◊ Processo de obtenção de energia por FERMENTAÇÃO
○ Com enzimas MICROBIANAS que degradam celulose e fibra, proteinas e gorduras
○ Fermentação Ruminal: necessita de condições especiais: Digestão Microbiana
▪ Substrato - Humidade - Temperatura - Motilidade - Secreção/Remoção

Fermentação Proximal (microrganismos da fermentação são absorvidos)


Fermentação Distal (Ceco e Colon: microrganismos arrastados pelas fezes = não são aproveitados)
▪ Nos não ruminantes

Diferenças fisiológicas entre o TGI dos “Monogástricos” e Ruminantes


Monocavitários:
◊ Boa utilização de alimentos de qualidade (proteína e amido)
◊ Não há absorção dos produtos da fermentação no ID (exceto: coelhos)
◊ Competição entre homem e outras espécies
Ruminantes:
◊ Possibilidade de síntese de aminoácidos e proteínas a partir do C e N
◊ Enzimas digestivas de diferentes origens
◊ Elevados custos de manutenção (gaz, calor)
◊ Menor eficiência na utilização de alimentos de qualidade
◊ Possibilidade utilização de recursos de baixa qualidade

Produtos da Digestão
Endógena: Nutrientes: Glicose, aa, Acidos Gordos e Glicerol + Calor e água (não são aproveitados)
Fermentativa: Proteína Microbiana + AGV (acético > propiónico > butírico) + Metano e CO2 (não aproveitados) + calor e água
Vantagens:
• Maior eficiência na digestão microbiana
• Remoção de toxinas pelos micróbios
• Fornecimento de aa – proteína microbiana
• Aproveitamento de material pobre
• Menor competição com o homem
Desvantagens:
• Menor eficiência na digestão enzimática
• Maiores custos de manutenção
• Agressão ambiental

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Carnívoros Digestão Maioritária: Endógena Digestão por ação microbiana: mínima
Herbívoros Estômago pluricavitário: Estômago monocavitário:
fermentação microbiana fermentação microbiana na parte distal do TGI
extensa na parte proximal
do TGI
Ruminantes Digestão maioritária: Considerável fermentação microbiana na parte distal
enzimas endógenas do TGI

TGI do Coelho:

Digestão Endógena: Intestino Delgado


Digestão Microbiana: Ceco
Do ânus, saem 2 tipos de fezes:
- Duras (com partículas fibrosas)
- Moles (produtos do ceco que não sofrem alteração no I.Grosso) = CECOTROFOS

Cecotrofia: ingestão periódica de cecotrofos, ricos em microrganismos


Sujeitos a nova digestão (endógena)

TGI das Aves:


Com papo: armazenamento de alimento
Nos pombos: produz leite (leite do papo) para alimentar crias. A sua secreção é regulada pela prolactina, em ambos os sexos.

Qual o TGI mais eficiente?


Depende do tipo de alimento. É um reflexo do tipo da dieta, logo todos são eficientes.

SECREÇÕES
Muco
Secreção viscosa de água, eletrólitos e glicoproteínas (polissacáridos de peso molecular elevado ligados a pequenas quantidades de
proteínas)
Composição ligeiramente diferente nas diversas porções do TGI (na boca é mais aquosa, no estômago é mais viscosa por causa
das glicoproteínas)
Invariável: acção lubrificante e protetora

Suco Salivar
Características
→ Solução de 98-99% de água, componentes orgânicos, eletrólitos, leucócitos e células de descamassão
→ α-Amilase, inicia digestão de amido em alguns animais
→ Lipase salivar, digere lípidos após chegada ao estômago nos animais jovens
→ Muco, facilita a deglutição
→ Lisozima, enzima que destrói bactérias
→ Imunoglobulina A, inibe crescimento de bactérias
→ Eletrólitos: Na+, K+, Cl- , PO4 3- e HCO3-
→ pH = próximo da neutralidade --> Humanos 6,8 - 7,0; Porco 7.3; Cão e Gato 7.5; Ruminante 8-8.5

Composição
1. Agua
2. PRODUTOS ORGÂNICOS: Compostos por proteínas salivares de 4 tipos
P. Enzimáticas:
▪ AMILASE: Inicia a degradação do amido e do glicogênio, mas tem um papel pequeno porque se inativa rapidamente

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▪ AMILASE: Inicia a degradação do amido e do glicogênio, mas tem um papel pequeno porque se inativa rapidamente
pelo fluxo digestivo.
▪ LACTOPEROXIDASE: Ação antibacteriana destrói os microrganismos ao catalizar o peróxido de oxigênio.
▪ LISOZIMA : Ação antibacteriana, inibe o crescimento bacteriano, reduz a incorporação de glicose e produz ácido
láctico.
P. ricas em prolina:
▪ MUCINAS: Capacidade de formar uma pseudomembrana sobre superfícies finas e duras, tem uma função protetora.
São proteínas ácidas ricas em prolina.
P. Aromáticas:
▪ GUSTINA, que agudiza o gosto.
▪ ESTATERINA, que produz remineralização e evita a precipitação ou cristalização de sais de fosfato de cálcio
supersaturado nos ductos salivares
▪ HISTATINA, que liga-se à hidroxiapatita; idem acima
▪ LACTOFERRINA, intervém no retardo do crescimento bacteriano.
▪ ALBUMINA, que produz compostos aromáticos.
Imunoglobulinas (IgA).
3. PRODUTOS INORGÂNICOS: Cálcio, flúor, Sódio, Potássio, Bicarbonato, Fosfato, Cloro, Magnésio.

Unidade funcional secretora


Sistema convergente de ductos
1- com início em vários ácinos que convergem para ductos intercalares
2- estes, por sua vez, convergem para ductos intralobulares ou estriados
3- estes, ainda, para ductos interlobulares ou excretores
4- estes reúnem-se formando um ducto exterior único, para cada glândula, que termina na cavidade bucal

Ácinos ->Lúmen -> subs. orgânicas, alguns iões e muco -> ductos -> modificação pela absorção de agua e excreção de iões

Secreção das gl salivares


Ao aumentar taxa de saliva, aumenta taxa de iões,
principalmente Na+ e HCO3-

- Quantidade variável entre indivíduos: quantidade e tipo de alimento ingerido e consumo de agua e o teor em NA na dieta afetam a
quantidade de produção de saliva

Funções:
- Mecânica
- Protetora (Lisozima)
- Digestiva
- Tampão
- Higiénica
- Defesa (IgA)
- Gustativa
- Nutritiva (Nos Ruminantes: ureia na saliva é usada por microrganismos para formar compostos azotatos não proteícos)
- Termorreguladora (no cão: não tem gl sudoríparas, logo ao aumentar a secreção de saliva refresca cavidade bucal quando aumenta a
Tºcorporal)
- Excretora (de ião iodeto)

α-Amilase Salivar
- Concentração elevada em: Homem, Macaco, Alguns roedores (rato)
- Concentração baixa em: Maioria dos ruminantes, Porco, Muitos roedores
- Nula em: Carnívoros, Bovídeos

No estomago: pH gástrico diminui bastante, e enzima é quase toda destruída -> Actividade da amilase salivar é mantida no estômago
por tampões e proteção de substratos -> Aparece novamente no I. Delgado quando pH sobe.

Lipase Salivar
Responsável por alguma digestão de gorduras em recém-nascidos de: Homem, Roedores, Ruminantes ou em alguns animais adultos,
como resposta a aumento de gordura na dieta ou deficiência na secreção pancreática: Coelho e Rato

Secreção Gástrica
Produzida nas células mucosas, parietais (HCl e FI) e Principais (Pepsinogénio e enzimas)
Composição: Água e iões (H+, Cl- , Na+, K+, HCO3 -), Enzimas (pepsina, renina, gelatinase, lipase, tributirase), Mucoproteina, Factor
intrínseco
Funções:
- Mecânica
- Protetora
- Bacteriostática/defesa
- Digestiva
- Absorção de vit. B12
- Activação de enzimas (Pepsinogénio ->pepsina)
- Coagulação proteínas (HCl)

Secreção de HCl
Células parietais com CAH (enzima) -> Enzima conjuga-se com Co2 e H2O, formando H2CO3 -> dissocia-se em HCO3- e H+ -> H+
combina-se com Cl que é trocado por HCO3- entre sangue e as células parietais -> Forma-se HCl no lúmen do estomago

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Ativação do Pepsinogénio
Pepsinogénio + HCl no lúmen -> Pepsina ativa + polipeptídeo
Proteína pequena que transforma as proteinas em péptidos

Fator Intrínseco e absorção da Vit B12


Vit B12: ligada a outras proteinas que são degradadas no estomago -> Vit B12 liga-se ao FI -> I. Delgado (Ílio) -> absorção e dissociação
de ambos -> Vit B12 vai para o sangue, ligando-se a outra proteína de transporte -> órgãos onde é armazenada

Fatores gástricos agressivos e defensivos


Defensivos Agressivos
• Mucus • HCl, pepsina, aspirina
• Secreção alcalina • Estimulação Vagal
• Peptidases inativas • Stress
• Regeneração do epitélio
• Gástrico

Drogas que afetam a secreção Gástrica


• Cafeína estimula as cel. parietais
• Alcool e Cálcio estimulam as cel. parietais e a gastrina
• Nicotina estimula gastrina via nervo vagus

Secreção Pancreática
Funções:
- Mecânica
- Digestiva
- Tampão
- Neutralização

Composição: H2O, Iões, Subs. orgânicas (enzimas)

- Secreção dos componentes (cél. acinares e dos ductos)

Secreções exócrinas : enzimas

Secreção de Bicarbonato

Ativação das Enzimas pancreáticas:

Bílis
Funções:
- Mecânica (principal composto é a água)
- Digestiva (Acidos e sais Biliares importantes para digestão de gorduras)
- Tampão (ião, fosfato, …)
- Neutralização
- Excretora Exócrina:
• Hepatócitos: colesterol, acidos biliares, lípidos, bilirrubina e lecitina
• Ductos Biliares: Na, K, Cl, Ca, HCO3- (este ultimo diminui)

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Circulação Entero-Hepática:

Secreção Intestinal
- É quase líquido extracelular puro
- Rico em eletrólitos (Na, K, Ca, Cl, bicarbonato,…)
- Isosmótico em relação ao plasma
- Composição: muco, detritos celulares, amilase, enterocinase, enzimas, eletrólitos
Funções:
- Mecânica
- Digestiva
- Absortiva
- Neutralização
- Ativação de enzimas ( Proteolíticas Pancreáticas pela enterocinase)

Criptas de Lieberkuhn, células caliciformes: secretam muito HCO3-


Promovem contacto direto do alimento na mucosa/borda em escova (permite rápida absorção)
Controlo via nervo pélvico
Glândulas de Brunner: H do TGI
Promovem contacto direto do alimento na mucosa/ borda em escova
Controlo via nervo vago

Borda em escova
Enzimas TERMINAIS:
▪ Glicosidases (Lactase, isomaltase, maltase, sacarase e dextrinases)
▪ Proteases (oligopeptidases, dipeptidases, enterocinases)
▪ Esterases (lipase intestinal, esterases)

FISIOLOGIA DIGESTIVA
Digestão e Absorção
Classificação dos alimentos:
• Carbohidratos
• Proteinas
• Lípidos (Gorduras Neutras/Triglicéridos, Fosfolípidos, Colesterol - forma sais biliares por conjugação, produzem hormonas e são importantes
componentes de membranas celulares)
• Minerais e Vitaminas
• H2O

1. Digestão Mecânica/Física
2. Digestão Enzimática Endógena
3. Digestão Enzimática Microbiana
+ Importância Relativa com a idade

Digestão endógena vs. Digestão microbiana


- Muitas das enzimas são as mesmas
- Substratos iguais ou modificados (fermentação proximal ou distal)
- Fermentação: processo com mais etapas, mais lento, menos eficiente e menos específico.

Importância Relativa com a idade nos herbívoros:


- Alimentação é exclusivamente sólida, passados 3 meses

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- Alimentação é exclusivamente sólida, passados 3 meses
- Animais Adultos: mais enzimas microbianas
- Animais Jovens: mais enzimas endógenas

Digestão Enzimática Endógena


-Luminal + Membranosa (de contacto, pelas enzimas da borda em escova) + Intracelular

Mecanismos Absortivos do epitélio do ID:


- Difusão Simples e Facilitada
- Transporte Ativo primário e secundário
- Vesicular (endocitose)

Absorção de Carbohidratos

Transportadores de hexoses:
- Co-transportadores Na/glicose (transporte ativo): SGLT1 (ID) e SGLT2
- Transportadores facilitadores de Na+ independentes: GLUT1, 2, 3, 4, 5
Transportador Glicose Galactose Frutose
SGLT1 + + -
GLUT1 + + -
GLUT2 + + +
GLUT5 - - +

Absorção de Proteínas

Absorção de Gorduras:
Molécula de Gordura + Sal Biliar = Emulsificação (torna as gotículas de gordura hidrofílicas para haver absorção)

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(Nota: ver prática 1)

Absorção de Água e Iões:


1- Absorção de NaCl ativa: cria diferenças na Pressão Osmótica
2- Movimento de água por difusão simples no IG

Digestão Fermentativa

- Presente no herbívoros e omnívoros


- Compartimentos digestivos especializados (rúmen e IG)
- Presença de microrganismos em simbiose com o hospedeiro
- Ação das enzimas microbianas
Funções dos Microrganismos:
▪ Fermentação
▪ Digestão hidratos carbono estruturais
▪ Utilização de fontes de NNP (Azoto não proteico para Síntese de proteína microbiana
▪ Síntese de vitaminas (K e B)
- Fermentação Ruminal necessita de condições especiais (Humidade, Temperatura, pH, Motilidade e Secreção)

Microrganismos da fermentação (Rúmen)


- Protozoários (maioria ciliados)
- Bactérias (maioria anaeróbias) : maioria dos microrganismos

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Enzimas Bacterianas: celulase, xilanase, pectinase, amilase,…

- Fungos, Virus, Micoplasmas


Enzimas Fúngicas: Alimase, Peptidase, Lactase

Substratos da Fermentação
- Compostos de reserva (amido, glicogénio, proteinas, gorduras
- Compostos estruturais (celulose, hemicelulose, pectinas, lenhina)

Ácidos Gordos Voláteis


- Ácidos Orgânicos (lineares ou ramificados) com 1-7 carbonos
- Voláteis á temperatura ambiente
- Importantes: Acético, Propiónico, Butírico

Utilização de AGV nos bovinos:


- Fornecimento de energia aos músculos para síntese de proteinas
- Síntese de a.a na gl. Mamária
- Fornecimento de energia para o metabolismo de outras células

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Fermentação dos HC
A fermentação ocorre no rúmen com a formação:
• dos ácidos gordos voláteis (AGV): acético, propiónico e butírico
• dos ácidos gordos de cadeia ramificada: isobutírico, valérico e isovalérico
• de amónia (NH3)
• de metano (CH4)
• de dióxido de carbono (CO2)
• Outros
Alimento mais concentrado: maior disponibilidade de nutrientes aos microrganismos = maior produção de AGV e maior fermentação,
secreção de saliva e maior pH (riscos de acidose)

Fermentação dos Produtos Azotados:


▪ Proteína da dieta:
- Degradada maior parte por processos fermentativos do rúmen (ID sob a forma de proteína microbiana com composição
constante)
- Não degradada (pequena parte)

- Mais proteína degradada = maior síntese de azoto amoniacal


▪ Dieta deficiente em proteína ou resistente à degradação: baixa o amoníaco no rúmen, o que diminui o crescimento microbiano e a
degradação dos HC
□ Degradação proteica é mais rápida que a síntese de aa microbianos
□ Relação entre energia e proteína rúmen é muito importante no crescimento microbiano
□ Acumulação de NH3 ⇒ [ ] ótima excedida ⇒ Absorvida no sangue, transportada para o fígado e convertida em ureia
▪ Se o pH do rúmen diminuir, a absorção da amónia é também reduzida.
▪ A amónia é absorvida pelas paredes do rúmen e imediatamente convertida em ureia no fígado, entrando em circulação
▪ A amónia é maioritariamente utilizado pelos microrganismos do rúmen
□ Parte volta ao rúmen via saliva ou diretamente via parede do rúmen
□ A maior parte excretada na urina ⇒ perdida
□ O que é que acontece à ureia no rúmen?
Rapidamente hidrolisada a amónia cuja [ ] pode aumentar
◊ Para que seja incorporada na proteína microbiana com eficiência
[amónia] inicial tem de estar abaixo do ótimo
disponibilidade de uma fonte de energia

Fermentação de Gorduras
▪ Absorção de AGV (retículo-rúmen)
□ pH 6-7 = AGV ionizados
Quanto menor o pH, maior a taxa de absorção: difusão simples das formas não ionizadas e facilitada das ionizadas
São absorvidos até C10

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Problemas da fermentação:
○ Timpanismo: formação de espuma gasosa no rúmen. Animal não consegue mais eructar
▪ Fruto de alimentação errada ou consumo muito rápido de alimentos ou de alimentos predisponentes como leguminosas
○ Acidose: queda rápida de pH.
▪ Dietas facilmente fermentescíveis (formação de acido lático)

MOTILIDADE DO TGI
Caracteristicas:
○ Movimentos próprios da musculatura lisa
Intervenientes:
○ Musculo liso, mucosa e vilosidades
Motilidade e transito digestivo:
○ Elevada Motilidade = Elevado Transito = Menor tempo que alimento passa dentro do trato
Ingestão, mastigação, peristaltismo,…

Transito Digestivo depende de 2 fatores: Teor de fibra e o seu tamanho


○ Maior TF = Menor Tempo de Retenção (Maior motilidade)
○ Maior Tamanho = Menor Tempo de Retenção (Maior motilidade)

Funções:
(movimento do digesta, contacto com secreções, digestão física)
○ Propulsão: Transporte de alimentos ao longo do TGI e eliminação das fezes
○ Mistura:
▪ Dispersão Mecânica (Trituração, maceração e mistura)
▪ Circulação: contacto com secreções digestivas, superfície absortiva e população microbiana
○ Retenção (reservatório): estomago, vesicula biliar e colon.

Motilidade GI
1. Movimentos de mistura/segmentação
▪ Mistura do quimo com enzimas e outras secreções
▪ Estimulo para a sua origem: digestão mecânica
▪ Duração: 5 a 30 segundos
▪ Diferentes em cada porção do TGI
2. Movimentos Propulsivos/Peristaltismo/Antiperistaltismo
▪ Estímulos: distensão, irritação química/física do revestimento epitelial do intestino
Padrões de Motilidade:
1. Contrações Tónica (isoladas e limitadas)
2. Contrações Segmentares (com 2 sentidos)
3. Contrações Propagadas (Peristálticas) (com 1 sentido)
4. Contrações Inibidas

Controlo Miogénico: mediado por ritmo elétrico básico (REB) intrínseco


• REB = despolarização cíclica das membranas das células musculares lisas
○ propaga-se via ligações de células adjacentes
○ propaga-se aboralmente
• Células musculares lisas TGI são “ligadas – lig. gap ou nexos” eletricamente -> Funcionam como sincício
• Potenciais de repouso: -50 mV -> flutuam espontaneamente-> ondas lentas de despolarização <-> REB
• Ondas lentas de despolarização são “sincronizadoras” das contrações do músculo liso TGI

Frequência de REB varia com a região TGI e depende do local, espécie e atividade dos sistemas de controlo
Esófago: ? (contração é devida apenas ao alimento)
Estômago: 3/min
Duodeno: 11/min
Ílio: 8/min
Colon: 3-6/min
Atividade elétrica do musculo liso GI
1- Ondas Lentas
○ Em geral NÃO causam contração muscular
○ Controlam o aparecimento de potenciais em ponta
○ A: 5 a 15 mV
2- Potenciais em Ponta
○ Gerados nos picos das ondas lentas
○ Promovem a entrada de iões cálcio gerando contração muscular
Controlo Reflexo da atividade TGI

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Controlo Reflexo da atividade TGI

► Motilidade Gástrica
○ Ondas peristálticas em direção ao piloro (3min)
○ Movimentos de mistura e peristaltismo mais vigorosos próximo ao piloro
○ Quimo: libertação em pequenas porções no duodeno ou forçado de volta ao estomago para posterior mistura
Fundo do estomago: Armazenamento
Corpo e antro: mistura
Contração do piloro: saída do quimo limitada
○ Esvaziamento Gástrico: Os alimentos líquidos têm menor tempo de permanência do que os sólidos

Controlo da motilidade gástrica:


○ Reflexo Vagovagal: diminui tônus da parede muscular = relaxamento fundo
○ Parassimpático: aumenta força de contração
○ Simpático: diminui força de contração
○ Plexo Mioentérico: ondas lentas (contrações)

► Motilidade do Rúmen
○ Ciclos Contrateis retículo-ruminais: contrações cíclicas e espontâneas da parede reticulo-ruminal com duração de 10s a 20s e frequência de
1/min.
Funções:
□ Fermentação
□ Mistura da saliva e microrganismos com os alimentos
□ Prevenção de acumulações locais de AGV
□ Favorece a absorção de produtos finais
□ Eructação e regurgitação
□ Propulsão (para o omaso)
▪ Ciclo Primário: simples, de mistura
□ Inicia-se por uma contração bifásica do reticulo
□ 1ªFase de mistura, 2ªfase de evacuação
□ Contrações do saco dorsal e fundo de saco dorsal
▪ Ciclo Secundário: eructativo
□ Libertação de gases
□ Inicia-se no saco ventral posterior

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► Vômito (mov. De defesa)
○ Reflexo controlado e coordenado pelo centro de vômito (bulbo)
○ Estimulos provenientes de várias partes do corpo são transmitidos por aferentes vagais e simpáticos até ao centro do vômito:

► Motilidade do Intestino Delgado


○ Movimentos de Mistura: estiramento da parede intestinal
○ Peristaltismo:
▪ Velocidade = 0,5 a 2 cm/segundo (maior no intestino proximal)
▪ Baixa intensidade (distâncias curtas)
▪ Função adicional de espalhar o quimo sobre a mucosa intestinal
▪ Estímulos: Chegada de quimo ao duodeno, Reflexo gastroentérico, Fatores hormonais (gastrina, CCK)
Após Absorção de nutrientes:
○ Início da peristalse (cada onda começa distal)
○ Material não digerido e absorvido, bactérias e restos celulares seguem para o IG
Esfíncter Ileocecal:
○ Controla entrada do quimo para o ceco
○ Impede fluxo retrógrado
○ Habitualmente permanece ligeiramente contraído
○ Reflexo gastroileal: peristaltismo ileal intensificado

► Motilidade do Intestino Grosso


○ Presença de alimento no estômago: Ativação do reflexo gastrocólico + Inicia peristalse
○ Reflexos Entero-entéricos: Reflexo Gastrocólico + Reflexo Colonocolônico (Distensão de uma porção do colon, com relaxamento das outras)
○ Movimentos no IG/Funções:
▪ Absorção de água e eletrólitos
▪ Armazenamento de material fecal
○ Tipos de movimentos:
▪ Movimentos de mistura / Haustrações
▪ Movimentos propulsivos / Movimentos de Massa

Regulação
Regulação Extrínseca:
□ Divisões Simpática e Parassimpática do Sistema Nervoso Autónomo
□ Sistema Nervoso Central
□ Sistema endócrino
Regulação Intrínseca:
□ regulação autónoma baseada em condições locais
□ Sistema Nervoso Intrínseco<=> Sistema Nervoso Entérico (Neurónios dos plexos)
□ Sistema Endócrino Intrínseco (Mediadores químicos locais)

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Processos Envolvidos:
Estimulos Mecânicos e químicos (recetores de estiramento, osmolaridade, presença de substrato no lúmen)
1. Controlo extrínseco pelo SNC (Neural)
2. Controlo intrínseco por sistemas locais
Controlo Neural
○ Controlo Intrinseco: plexos nervosos próximos ao TGI inicial reflexos curtos e mediados pelo SNE
○ Controlo Extrínseco: Reflexos longos vindos de dentro ou fora do TGI, envolvendo SNC e SNA
Regulação das Funções do TGI:
○ Contração e relaxamentos da musculatura lisa e esfíncteres
▪ Secreção de enzimas para digestão;
▪ Secreção de água e eletrólitos
▪ Absorção de nutrientes
○ Células reguladoras e reguladas no TGI: Intrínseca/entérica
○ Células reguladoras fora do TGI (Endócrinas, Neurónios com corpo celular no SNC): Extrínseca
Recetores:
▪ Estão na MUCOSA e nas CAMADAS MUSCULARES
○ Substratos+ Osmolaridade e pH -> Quimiorecetor -> REFLEXO -> Ativação ou inibição das Gl. Digestivas
○ Estiramento + Presença de Substrato e produtos finais da digestão -> Mecanorecetores -> REFLEXO -> Mistura e propulsão de conteúdo do
lúmen

Reflexo Curto: Circuito de informação sensorial restrita à parede GI


○ Informação recebida pelos neurónios sensoriais e enviada, via interneurónios, aos nerónios motores nos plexos intramurais
Reflexo Longo:
○ Informação aferente captada pelas fibras sensoriais simpáticas/parassimpáticas, enviando a informação ao SNC e provocando respostas que
envolvem o SNA.

Sistema Nervovo entérico:

Inervação do trato GI
1. Plexos Nervosos Intrínsecos
▪ Localização: submucosa (plexo submucoso) e entre camadas musculares circular e longitudinal (plexo mientérico)
▪ Controlo:

Fisiologia II Teórica - Deborah Página 14


▪ Controlo:
□ Motilidade: plexo mientérico
Excitatório - Acetilcolina, Substância P
Inibitório - VIP, óxido nítrico
□ Secreção: plexo submucoso (através da secreção de neurotransmissores nas varicosidades)
Excitatório - Acetilcolina
2. Nervos Extrínsecos
▪ Inervação parassimpática: via fibras pré-ganglionares nos nervos vago e pélvico, com sinapse nos neurónios ganglionares no sistema
nervoso entérico.
□ Excitatória através da libertação de acetilcolina = Estímulo das atividades motoras e secretórias.
□ Nervo vago: porção superior do TGI, parede do estômago, intestino delgado e colon ascendente
□ Nervo pélvico: porção inferior do TGI, colon transverso, descendente e sigmoide
▪ Inervação simpática: via fibras pós-ganglionares a partir dos gânglios celíacos e mesentéricos superior e inferior
□ Inibitório através da libertação de noradrenalina = Inibição das atividades motoras e secretórias, Contração da muscular da
mucosa e de alguns esfíncteres via circuitos neurais do SNE.

Controlo Endócrino das funções GI


○ Sistema extenso e variado, complexo com cél. distribuídas difusamente situadas ao longo da mucosa TGI
▪ Produzidas por células APUD
○ Libertação de hormonas : em resposta a estímulos químicos na mucosa, reflexos neurais, hormonas (sem inibição por feedback dessas
hormonas)

Regulação das Funções do TGI


□ A motilidade e secreção são autónomas
□ As contrações são iniciadas espontaneamente
□ O controlo extrínseco é dividido em 3 fases: cefálica, Gástrica e Intestinal

Regulação da Secreção de Saliva


□ SN central, SN autónomo, S Endócrino
○ SNC -> Centro nervoso superior -> “centro salivar”, na medula oblonga, que processa informação veiculada por:
▪ Estímulos locais, mecânicos e químicos, detetados por recetores na boca, esófago e estômago
▪ Estímulos associados ao alimento -> reflexos condicionados
○ Sistema Nervoso Autónomo
▪ Estímulos simpáticos -> vasoconstrição glandular -> menos secreção
▪ Estímulos parassimpáticos -> vasodilatação glandular -> mais secreção
□ Hormonal: Gastrina, colecistocinina e aldosterona, podem intervir na regulação da secreção salivar

Reflexos Condicionados: São os que necessitam de experiência prévia, repetitiva e associativa entre alimentação e olfação/visão.

Regulação da secreção de Suco Gástrico

□ Fase Cefálica (neural controlo) 45%

□ Fase Gástrica 45 %
○ Distensão do estômago estimula os Mecanorecetores (fundica, pilórica)
▪ reflexo local secretor (reflexo curto) + reflexo vago-vagal (reflexo longo) = estimula a secreção gastrina
□ Fase Intestinal 10 %
○ Aminoácidos e polipéptidos no duodeno estimulam a secreção
▪ mecanismo Nervoso (reflexo local)
▪ mecanismo Hormonal (secretina)

Secreção de HCl: por Acetilcolina, gastrina e histamina

Fisiologia II Teórica - Deborah Página 15


Regulação da secreção de Suco Pancreático

□ Fase cefálica (neural control) 15 %

□ Fase Gástrica 10 %

□ Fase Intestinal 75 %

□ Exposição a inseticidas organofosforados (inibidores da acetilcolinesterase) ou toxinas específicas de escorpiões causam um aumento nos níveis de
liberação de acetilcolina nas terminações nervosas, podendo causar pancreatite.

Regulação da Secreção Biliar

□ Ácidos biliares (agente colerético): Aumenta secreção de bílis e de HCO3 : circulação enterohepatica-
□ Controlo Hormonal:
○ Secretina : Aumenta secreção de bílis e de HCO3-, estimula a musculatura da vesícula biliar
○ CCK : estimula a contração da vesícula biliar, estimula o relaxamento do esfíncter de Oddi
□ Controlo Neural : SNA

Regulação da Secreção Intestinal

□ Regulação Mecânica: Distensão da parede intestinal


□ Regulação Química: Agentes irritantes, como toxinas bacterianas, especialmente no jejuno.
□ Regulação Nervosa: é o mecanismo mais importante.
○ Reflexos locais: estímulos táteis ou irritativos.
○ Estimulação Vagal: aumenta a secreção no duodeno mas não afeta jejuno e íleo.
○ Drogas parassimpatomiméticas: Acetilcolina e fisiostigmina.
○ Estimulação simpática não altera a secreção.
□ Regulação humoral: aumentam a secreção
○ Secretina, CCK, Gastrina, Glucagon, VIP (Peptídeo Intestinal Vasoativo), GIP (Peptídeo Inibidor Gástrico)

Fisiologia II Teórica - Deborah Página 16


sistema
cardiovascular
doodads
14 de abril de 2019 13:57

Funções:
• Transporte de gases, nutrientes, resíduos químicos e mensageiros químicos (hormonas)
• Homeostase (pH, balanço hídrico e eletrolítico do plasma, por exemplo, e temperatura corporal)
• Proteção: Imunidade de hemóstase
Importância: Processo de troca de gases - Difusão
1. Mecanismo de trocas diretas com o meio
Eficiente em alguns organismos simples
○ muito pequenos
○ muito delgados
○ muito inativos
○ todas
2. Animais mais evoluídos - Processos de circulação
○ Sem sistema circulatório
▪ Circulação do meio externo impulsionada por cílios, flagelos ou contração muscular.
▪ Fungos e pequenos animais com cavidade gastrovascular
□ Vivem em ambiente aquático/húmidos sendo estruturados de modo a que as moléculas
sejam trocadas diretamente com o meio através das suas superfícies celulares
○ Sistema circulatório aberto
▪ Capilares em contacto com líquido que banha as células
▪ Um coração simples bombeia sangue (hemolinfa) através de vasos abertos
▪ O sangue banha os tecidos, sendo de novo recolhido pelo coração através da abertura de
válvulas unidirecionais, que impedem o refluxo de sangue.
▪ Em artrópodes e muitos moluscos
○ Sistema circulatório fechado
▪ O sangue é bombeado por um coração
▪ Mantém-se encerrado em vasos, trocas ocorrem através de capilares
▪ Moluscos, cefalópodes, anelídeos e animais de esqueleto ósseo, etc.

Sistema Fechado Sistema Aberto


• Sangue em vasos • Sangue banha diretamente os tecidos
• Coração muito musculado: altas pressões • Coração menos musculado: baixas pressões
• Fluxo regulado a cada órgão • Fluxo menos regulado
• Retorno rápido ao coração • Retorno lento ao coração
• Exemplos: vertebrados, equinodermes anelídeos e • Exemplos: artrópodes, urocordatos, muitos moluscos
cefalópodes.

Tipos de Bombas
• Peristálticas:
○ Contrações orientadas e coordenadas das paredes dos vasos
○ Musculo Liso
○ Ex: insetos e vermes
• Câmaras contrácteis
○ Com válvulas
○ Musculo Cardíaco
○ Ex: coração de vertebrados
• “Câmaras” tubulares
○ Exercendo os músculos separados, do lado externo ao vaso, uma acção bombeadora decorrente da
sua própria movimentação (relaxamento/contração)
○ Musculo Esquelético
○ Ex: Veias de vertebrados

Tipos de Corações (de acordo com origem do estímulo):


• CORAÇÕES NEUROGÉNICOS: Batimento determinado pelo sistema nervoso (origem exógena)

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• CORAÇÕES NEUROGÉNICOS: Batimento determinado pelo sistema nervoso (origem exógena)
○ e.g. anelídeos, crustáceos, aracnídeos
• CORAÇÕES MIOGÉNICOS: Automatismo (ritmo intrínseco): células cardíacas modificadas com função de
gerar impulsos autonomamente

Nos mamíferos: Coração com DUPLA bomba ( o SV atua em circuito fechado através de um sistema e depois do
outro )
Bombas Cardíacas
Fluxo= Pressão/Resistência
• Rede sistémica é maior do que a rede pulmonar
• Baixa resistência nos vasos pulmonares
• Elevada resistência nos vasos sistémicos
○ As pressões geradas pelas duas bombas (esquerda e direita) são diferentes (esquerda é maior)

Especialidades:
→ Coração dos Repteis:
○ Crocodilianos: Igual aos mamíferos e aves exceto quando estão submersos
▪ Ligação Direta entre 2 vasos, onde sangue é desviado para a grande circulação sem passar pelos
pulmões
○ Não Crocodiliano: 2A e 1V (parcial=mistura)
→ Coração dos Anfíbios: 2A+1V (mistura de sangue)
→ Coração dos peixes: 1A (Com dilatação= seio venoso)+1V (com dilatação= cone arterioso)

Distribuição do fluxo varia com o órgão e a cada momento:

Organismo ajusta quantidades de sangue de acordo com necessidades:pelo aumento ou diminuição da


tonicidade/calibre/diâmetro
○ Fluxo é constante, independentemente do estado de repouso/exercício, quantidade varia.

Distribuição do Volume de Sangue

Fisiologia II Teórica - Deborah Página 18


Distribuição do Volume de Sangue

Vasos Sanguíneos:
→ Arteriais
○ Artérias
▪ Resistência baixa, vias de trânsito rápido
▪ Transportam sangue a partir do coração
□ Toda a energia provém do coração = CONTRAÇÃO PASSIVA das artérias
▪ RETRAÇÃO ELÁSTICA (adapta-se à pressão elevada)
○ Arteríolas
→ Venosos
○ Veias
▪ Transportam sangue até ao coração
▪ Paredes contêm as 3 camadas (média muito mais delgada, menos tecido elástico, colagenoso e
musculo liso)
▪ Muito distensíveis e compressíveis ( Colapsam perante uma descida de pressão)
▪ Possuem válvulas unidirecionais
▪ Respondem à diminuição de pressão sanguínea com vasoconstrição
○ Vénulas
→ Capilares
▪ Vasos menores e mais numerosos
▪ Ligam arteríolas a vénulas
▪ Camada simples de epitélio escamoso simples
▪ Semipermeáveis para trocas entre plasma e líquido intersticial (extensa área superficial-
ramificação muito intensa de trocas de gases, líquidos, nutrientes, e resíduos entre o sangue e as
células vizinhas) e Área de secção enorme
▪ Comportam ~5% volume total de sangue: Sangue permanecem nos capilares (1-2s)
▪ Entre células endoteliais capilares: fenestrações (“janelas”), diapedese (leucócitos)
▪ Através de células endoteliais capilares: transporte vesicular, partículas lipossolúveis
▪ Difusão: exige um gradiente de concentração! (e.g., gases, substratos, resíduos metabólicos)
□ Sistema Otimizado: Distância de difusão pequena (parede fina), Grande área superficial em
relação ao volume e Baixa pressão e taxa de fluxo lenta
▪ Filtração e Reabsorção: exige um gradiente de pressão! (e.g., líquidos)
□ Movimento passivo pelos poros: Água e solutos (Apenas pequenas moléculas passam
facilmente)
□ Equilibra o líquido extracelular: Plasma e Líquido intersticial
□ Filtração na extremidade arterial
□ Reabsorção na extremidade venosa
○ CAPILARES CONTÍNUOS (MB contínua)
▪ Encontrados nos músculos esqueléticos
▪ Paredes constituídas por células endoteliais contínuas com junções tight no topo
▪ Movimentam líquidos por pinocitose e exocitose: trocas limitadas
○ CAPILARES FENESTRADOS (MB contínua)
▪ Duas ou mais células endoteliais adjacentes ligadas por poros
▪ Rins, glândulas endócrinas, intestinos
○ CAPILARES DESCONTÍNUOS (MB descontínua)
▪ Possuem poros e Luz muito larga: Altamente permeáveis
▪ Encontrados em fígado, baço, hipófise anterior, medula óssea, e glândulas paratiróides
○ LINFÁTICOS: com válvulas (S. Aberto)

Vasos sanguíneos não são tubos rígidos


Complacência (volume em relação à pressão)
○ Veias são reservatórios de volume e muito complacentes
○ Artérias são reservatórios de pressão e menos complacentes

Microcirculação: ANASTOMOSES
→ Canais de passagem - ligam diretamente metarteríolas a vénulas
→ Canais colaterais (shunts capilares) - “bypassam” : leitos capilares e atuam como ligações diretas entre
arteríolas e vénulas
○ Controlam perdas de calor
○ Possuem paredes espessas
○ Vasos sem trocas
Altamente inervadas, são musculares no extremo arteriolar e elásticas no extremo venular

Fisiologia II Teórica - Deborah Página 19


○ Altamente inervadas, são musculares no extremo arteriolar e elásticas no extremo venular
→ Composta de capilares, terminais arteriolares, metarteríolas, e vénulas
○ Metarteríola - vaso que emerge de uma arteríola, atravessa um leito capilar, e drena numa vénula
○ Esfíncter pré-capilar - células musculares lisas que formam uma argola junto da metarteríola e capilar
▪ Regula o fluxo de sangue aos capilares
▪ Não inervados
▪ Contraem e dilatam em resposta a alterações locais nas concentrações de CO2 eO2, pH,
temperatura, e agentes químicos - AUTORREGULAÇÃO

→ Controlo autónomo do músculo liso arteriolar:


○ Alfa- adreno-receptor ---> constrição
○ Beta2- adreno-receptor---> dilatação
→ Controlo local de arteríolas e esfíncteres pré-capilares:
○ Por metabolitos: CO2, H+, K+, lactato, aumento de temperatura ,adenosina (cardíaca, não esquelética)
○ Por vasodilatadores locais: Prostaciclina (origem endotelial), Óxido nítrico (EDRF, origem endotelial)
○ Por vasoconstritores locais: Endotelinas (origem endotelial),Tromboxano, Serotonina (plaquetas)

Circulação Coronária: Acontece quando o coração está relaxado (diástole)

HEMODINÂMICA
Estudo dos princípios físicos que governam o fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos e coração
○ Sangue é bombeado sob grande pressão e flui (fluxo) por uma rede que oferece resistência
➢ Pressão sanguínea: força com que o sangue é “empurrado” contra as paredes dos vasos sanguíneos (mm Hg)
➢ Resistência periférica: fricção oferecida pelos vasos e que se “opõe” ao fluxo de sangue
○ Fluxo de sangue: volume de sangue que flui por um vaso ou grupo de vasos por unidade de tempo
(ml/min)
▪ Depende de:
1) Gradiente de Pressão (deltaP)- coração
2) Resistência ( R ) - vasos sanguíneos
a) Viscosidade, Comprimento do vaso e diâmetro desse
Diâmetro do vaso é a principal determinante da resistência vascular!
▪ Fatores:
Fatores Locais: Fatores não Locais:

▪ Como Alterar o Fluxo? Pressão, Resistência --> Fluxo

Fisiologia II Teórica - Deborah Página 20


▪ Lei de Poiseuille: Governa Fluxo de Líquidos (Q) em Tubos Cilíndricos

➢ Fatores que Influenciam o Tónus Arteriolar:


○ PO2 baixo, pH baixo, Adenosina, ADP, Epinefrina (E2), Histamina, Baixa pressão, Fluxo sanguíneo rápido,
FRDE (NO) -> VASODILATAÇÃO
○ Norepinefrina (alfa), Epinefrina (alfa), Serotonina, Angiotensina II, Vasopressina (ADH), Alta pressão, Fluxo
sanguíneo lento -> VASOCONSTRIÇÃO
➢ Variação da Velocidade Sanguínea: A área total da secção dos vasos aumenta com a distancia ao coração
○ Consequentemente, a velocidade de fluxo diminui e depois aumenta a partir dos capilares
➢ Variação da Pressão sanguínea: à medida que a área seccional x aumenta, a pressão diminui nas arteríolas
○ À medida que a área seccional-x diminui nas vénulas, a pressão não é retomada por dissipação devido
ao atrito nos capilares.

Circulação Venosa:
Diferencial de pressão
Presença válvulas
Músculo liso do vasos
Musculo esquelético
Aspiração das aurículas durante inspiração

DINÂMICA CAPILAR

Pressão Oncótica plasmática: única que contribui para a reabsorção, as outras é para a filtração

2 FATORES QUE CONTRIBUEM PARA QUE SAIA SEMPRE MAIS LÍQUIDO DO QUE ENTRA:
• P Filtração > P. Absorção
• Maior área de filtração em relação à de absorção
Como equilibra essa desproporção? LINFA

Fisiologia II Teórica - Deborah Página 21


Como equilibra essa desproporção? LINFA
Nota: sangue venoso é mais viscoso pois tem menos liquido e mais células

SISTEMA LINFÁTICO
Funções:
○ Drenagem de líquido intersticial (linfa)
○ Transporte do lípidos absorvidos no TGI
○ Imunidade - defesa contra agentes patogénicos
▪ Partes “independentes”
1) Rede de vasos linfáticos
2) Vários tecidos e órgãos linfoides
○ Recolha do excesso de líquido filtrado nos capilares “em fundo de saco”
▪ Edema - várias causas (quando recolha não é eficiente)
○ Defesa do organismo contra infeções
○ Transporte de lípidos absorvidos nos intestinos
○ Retorno de proteínas filtradas

○ Vasos altamente permeáveis (sem junções apertadas)


○ Ausentes em: cartilagem, osso, epitélio ou tecido nervoso

Linfa: composição é semelhante à do sangue, excetuando-se a existência de glóbulos vermelhos, o que faz a linfa
ser de coloração transparente. Contem glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos e por ela circulam além das
impurezas retidas do meio intersticial, proteínas, hormonas, glóbulos brancos e, ocasionalmente, dos intestinos ao
fígado, nutrientes (moléculas de gordura).

Vasos Linfáticos: Uma vez lançada a linfa na corrente sanguínea, linfócitos e outras células mediadoras de
imunidade são transportadas para os tecidos, “patrulhando-os” em busca de antigénios estranhos, após o que, e
gradualmente, regressam aos vasos linfáticos, recomeçando o ciclo
Capilar Linfático:
• Capilares em “fundo de saco”
• Células endoteliais nos extremos capilares apresentam ligeira sobreposição
• Filamentos ligam os capilares aos tecidos envolventes
• Altamente permeáveis
• Permitem a entrada fácil do líquido intersticial
• Possuem “mini-válvulas” unidirecionais
• Unem-se entre si formando vasos linfáticos maiores

Fluxo de linfa:
Líquido intersticial -> Capilares linfáticos -> Vasos linfáticos -> Canais/ductos linfáticos -> Veias subclávias
Mecanismos de circulação da linfa:
1- Formação de nova linfa que impulsiona a já existente.
2- Pressão dos músculos sobre os vasos.
3- Os vasos, por se encontrarem próximos das artérias, sofrem a influência dos batimentos cardíacos.
4- A linfa da região abdominal (cisterna de quilo / ampola de Pequet) é sugada para o coração pelo vácuo
formado na caixa torácica pelos movimentos respiratórios.
5- Os vasos linfáticos possuem movimentos de contração. As válvulas, neles existentes, impedem o refluxo
possibilitando o transporte da linfa em uma única direção.
6- A linfa das regiões acima do coração sofre a atracão da força da gravidade

Fisiologia II Teórica - Deborah Página 22


CORAÇÃO
○ Bomba muscular que gera a força necessária ao movimento de sangue
○ Parede:
▪ Endocárdio: Reveste internamente as câmaras do coração e as válvulas cardíacas
▪ Miocárdio: Camada muscular espessa intensamente irrigado
▪ Pericárdio: Pericárdio visceral (epicárdio) cavidade e fibroso -> protetor

Miocárdio
• Comparativamente, o músculo cardíaco tem capacidade limitada para suportar uma falta de O2, o que é
compatível com a sua função: Significativa carência de O2 resultaria em fadiga muscular e paragem da
contração
• Características:
○ Elevado número de mitocôndrias
○ Mioglobina - proteína que armazena O2
○ Perfusão sanguínea abundante
• Células musculares cardíacas: Células ligadas topo-a-topo e lateralmente por espessamentos transversos do
sarcolema, designados por discos intercalados que contêm:
junções Gap (ou sinapses): zonas de baixa resistência elétrica entre células
permitindo que PA’s sejam transmitidos de uma célula cardíaca para outra
Desmossomas: unem as células e servem de pontos de ligação para as
miofibrilhas
○ Ligadas eletricamente funcionando como uma unidade: SINCÍCIO FUNCIONAL (não é estrutural porque
as células estão individualizadas)
Sincício das células auriculares que estão
ligadas e contraem em conjunto
Sincício das células ventriculares que estão
ligadas e contraem em conjunto
○ Vários tipos:
1. contracteis ou efectoras
2. marca-passo, P, pacemaker
3. Purkinje (não têm capacidade de contração nem de formação de estímulo, servem para
condução do estímulo)
4. Transição (à volta dos nós, sendo semelhantes às P e contráteis)

• Coração contrai de um modo “tudo-ou-nada”: todas as células contraem (ou não) como uma unidade, não
sendo possível recrutamento
• Músculo cardíaco está sob controlo miogénico: como unidades isoladas de músculo liso (cardíaco), sendo
que 1% de células cardíacas são células do tipo marca-passo.
• Propriedades do Músculo Cardíaco:
○ Inotropismo: contração
○ Cronotropismo: frequência
○ Dromotropismo: condução

Nota Clínica:
• Angina de peito: dor que resulta da redução do fornecimento de sangue ao músculo cardíaco
• Enfarte do miocárdio: resulta de interrupção prolongada de fluxo de sangue numa parte do músculo
cardíaco, causando carência de O2 e morte celular

SISTEMA DE FORMAÇÃO E CONDUÇÃO DO IMPULSO CARDÍACO


• Condução célula a célula
• Exibem potenciais de repouso instáveis (autoexcitam-se)
• Alteração da permeabilidade do potássio – PA
• Fase de despolarização entra Ca em vez de Na
• Duração mais longa - impede tetanização

Sistema de formação cardíaca: forma os PA's e retransmite-os através do órgão


• Constituído por células musculares cardíacas modificadas que formam:
○ 2 NÓDULOS (contidos dentro das paredes da aurícula direita) e um centro terciário (SA, AV, centro
terciário nos septos IVs)
○ 1 FEIXE DE CONDUÇÃO (feixe auriculoventricular, com origem no nódulo AV, e que se divide formando
os ramos direito e esquerdo)

Condução do PA Cardíaco:

Fisiologia II Teórica - Deborah Página 23


Nódulo Sinoatrial
○ No miocárdio atrial direito - Marcapasso : células musculares cardíacas que geram PA’s espontâneos
com a frequência maior
▪ Actividade modulada pelo SNAutónomo

TODOS OS CENTROS GERAM IMPULSOS SIMULTANEAMENTE?


○ As células musculares cardíacas têm a capacidade de gerar PA’s espontâneos
○ Nódulo SA fá-lo com uma frequência maior = MARCAPASSO do coração
Hierarquia: SA > AV > Centros Terciários

Nódulo Atrioventricular
○ Única ligação elétrica aurículas <-> ventrículos
○ No nódulo AV, os PA’s propagam-se mais lentamente do que no restante sistema de condução (por
causa do esqueleto cardíaco)
○ Atraso de ~0,11 s na condução desde que os PA’s atingem o nódulo AV até passarem para o feixe AV
○ O atraso total de ~0,15 s permite fim da contração auricular antes do início da contração ventricular
○ Actividade modulada pelo SN Autónomo

Fibras de Purkinje
▪ Propagação muito mais rápida do que o resto porque:
○ Grande diâmetro
○ Menos Mitocôndrias
○ Contração menos enérgica
○ Discos intercalares bem desenvolvidos (o que facilita a comunicação dos estímulos)
○ Numerosas sinapses

Células Marca-passo
○ A taxa de despolarização mais rápida impõe o “passo” à totalidade do coração

Velocidade de excitação
○ Para bombeamento eficiente, é necessária a coordenação da velocidade de excitação
▪ Aurículas -> Ventrículos
▪ Cada câmara contrai como uma unidade
▪ Aurículas contraem simultaneamente e ventrículos contraem simultaneamente

Fisiologia II Teórica - Deborah Página 24


Eletrocardiograma:
• Soma da actividade elétrica de todas as fibras musculares cardíacas.

• Anomalias
○ Onda P: A Hipertrofia atrial causa um aumento na altura e/ou duração da Onda P
○ Complexo QRS: Anormalidades no sistema de condução geram complexos QRS alargados
○ Onda T: A inversão da onda T indica processo isquémico. Onda T de configuração anormal indica
hipercaliemia; Arritmia não sinusal = ausência da onda P
• Aplicações:
• Isquemia miocárdica e infarto • Efeito de medicamentos
• Sobrecargas (hipertrofia) atriais e ventriculares • Alterações eletrolíticas
• Arritmias • Funcionamento de marca-passos
eletrônicos

• Distúrbios Cardíacos Relacionados:


○ Arritmias cardíacas - Uma arritmia cardíaca é uma anormalidade na frequência, regularidade ou na
origem do impulso cardíaco, ou uma alteração na sua condução causando uma sequência anormal
da activação miocárdica
○ Deficiências na formação ou na condução
○ Bloqueios de 1o, 2o e 3o graus
○ Taquiarritmias, fibrilação (auricular ou ventricular)
○ Marca-passo ectópico ou reentrada

CICLO CARDÍACO
• Processo de bombagem repetitivo que inicia com o começo da contração muscular cardíaca e acaba com
o início da nova contração
• Contração ---> Sístole , esvaziamento
• Relaxamento ---> Diástole , enchimento rítmicos das câmaras cardíacas
Nota: Sístole dura 0,3 e Diástole dura 0,5

Fases do Ciclo Cardíaco


1. Fases da musculatura cardíaca (2)
2. Fases do ciclo e estado do músculo esquelético (3: contração das aurículas, contração dos ventrículos e
pausa cardíaca)
3. Fases do ciclo cardíaco e trabalho (5)

Pressões nas câmaras e estado das válvulas


Curva de Pressão Aórtica e INCISURA DICRÓTICA
Quando o sangue é ejetado do ventrículo esquerdo para a aorta:
1. Paredes da aorta distendem
2. Durante a ejeção, a pressão aórtica permanece ligeiramente inferior à

Fisiologia II Teórica - Deborah Página 25


2. Durante a ejeção, a pressão aórtica permanece ligeiramente inferior à
pressão ventricular
3. Quando a pressão ventricular diminui abaixo da pressão aórtica, o sangue
tende a refluir ao ventrículo, devido à retração elástica das paredes da
aorta
4. Tendência contrariada pelo fecho da válvula semilunar aórtica
5. E a pressão dentro da aorta aumenta ligeiramente, produzindo um nó ou
incisura dicrótica na curva de pressão aórtica - pequena oscilação na
fase de declínio na onda do pulso causada por vibrações geradas
quando a válvula aórtica fecha abruptamente
6. A pressão aórtica diminui gradualmente durante o resto da diástole
ventricular, à medida que o sangue flui para os vasos periféricos

Sons Cardíacos:
○ Os sons cardíacos estão associados ao fecho das válvulas
▪ 1ºSOM: válvulas auriculoventriculares = início da Sístole Ventricular
▪ 2ºSOM: válvulas semilunares fecham = início da Diástole Ventricular
○ Anomalias

Parâmetros Cardíacos:
• VOLUME VENTRICULAR NO FINAL DE DIÁSTOLE (VD) = volume tele-diastólico
○ Volume de sangue nos ventrículos mesmo antes de esvaziamento - volume máximo
• VOLUME VENTRICULAR NO FINAL DE SÍSTOLE (VS) = volume tele-sistólico
○ Volume de sangue deixado nos ventrículos após contração - volume mínimo

Reserva Cardíaca aumenta:


300-400%, adulto jovem saudável;
500-600%, atleta de alta competição;
200%, pessoa fisicamente inativa

SISTEMA CARDIOVASCULAR FETAL


• O coração humano completa sua formação em 4 semanas (final da 3a até o final da 7a) - o embrião tem 25
mm e o coração apenas 3 mm de comprimento)
• É o primeiro órgão a alcançar desenvolvimento funcional completo.
• Começa a funcionar no início da 4a semana

Ligações/Shunts da circulação fetal:


• 1. Ducto arterial
• 2. Ducto venoso
• 3. Forame oval (AD ->AE)

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• 3. Forame oval (AD ->AE)

Mistura Parcial de sangue:


• Sangue da Placenta: maior teor
em O2
• Sangue no coração
• Sangue para circulação: menor
teor em O2
• Sangue Venoso

Ajustes da circulação ao nascimento


• A entrada de oxigênio nos pulmões induz vasoconstrição do ducto arterial.
• A aeração dos pulmões ao nascimento está associada com:
1. Queda acentuada na resistência vascular pulmonar devido à expansão dos pulmões.
2. Acentuado aumento no fluxo sanguíneo pulmonar (aumentando a pressão atrial esquerda a valores
acima da pressão da veia cava inferior).
3. Adaptação progressiva da parede dos vasos pulmonares (decorrente de estiramento à medida que o
pulmão aumenta de volume)

REGULAÇÃO DA ATIVIDADE DO CORAÇÃO


• Regulação do Débito Cardíaco - Frequência Cardíaca
○ TºC do sangue, pH, Concentrações iónicas, Hormonas, Fome, Dor, Exercício, Febre, Ansiedade

Efeitos Cronotrópicos
Alterações na taxa cardíaca::
○ Cronotropia positiva - aumento na taxa cardíaca
○ Cronotropia negativa - diminuição na taxa cardíaca
Regulação da Função Cardíaca
• Intrínseca (autorregulação)
○ Heterométrica: Regulação do débito cardíaco em decorrência de alterações no comprimento da fibra
muscular cardíaca

Mecanismos que aumentam o retorno venoso o volume tele- Retorno Venoso (RV): quantidade de sangue proveniente das
diastólico veias que entra na aurícula direita durante a diástole
• Aumento do volume sanguíneo • Se aumenta o RV---> aumenta volume tele-diastólico (VD)
• Bomba torácica, que cria pressão intratorácica negativa • Quanto maior VD ---> maior a distensão das paredes
e, assim, aumenta o retorno venoso ventriculares
• Vasoconstrição, que aumenta a pressão de enchimento • Grau de distensão das paredes ventriculares = pré-carga
venoso • Débito cardíaco varia diretamente com a pré- carga
• Bomba muscular, que aumenta a pressão de
enchimento venoso
Pré-Carga:
• Influencia o débito cardíaco por duas vias: Lei de
Starling e Distensão do nódulo SA
• Quanto maior o retorno venoso, maior o volume tele
diastólico, maior a pré-carga, maior o débito cardíaco

Lei do coração de Starling: Relação entre pré-carga e volume Distensão do Nódulo SA:
de ejecção
• A lei do coração de Starling descreve a relação entre as

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• A lei do coração de Starling descreve a relação entre as
variações de eficácia da bomba e as variações na pré-
carga
• nos limites fisiológicos, quanto mais cheios estão os
ventrículos durante a diástole, mais sangue ejetam
durante a sístole
* A distensão do nódulo SA aumenta a permeabilidade das
membranas celulares aos iões Ca.

○ Homeométrica: Regulação resultante de alterações de contractilidade independentes do comprimento


Autorregulação Homeométrica:
• Aumenta a frequência de estimulação do coração sob volume tele-
diastólico constante
• Aumenta a pós-carga para o coração na forma de resistência
vascular sistémica aumentada
Reflexos cardíacos:
• Efeito de Starling – Aumento da força de
contração: quando ocorre um aumento do
retorno venoso (pré-carga).
• Efeito de Anrep – Aumento da força de
contração: quando ocorre um aumento na
pressão aórtica (pós-carga).
• Efeito Bowdich – Aumento da força de
contração: quando ocorre aumento da
frequência cardíaca.

• Extrínseca
○ Neural
○ Hormonal

→ Automatismo – não é essencial para o coração bater


→ Mecanismos de resposta a curto prazo - respondem em segundos, como é o caso do Sistema
Nervoso Autónomo
→ Mecanismos de resposta a médio prazo - respondem em minutos ou horas, que é o caso das
várias hormonas que interferem sobre a pressão
→ Mecanismos a longo prazo - rim e sistema RAA

Regulação extrínseca:

Controlo Extrínseco (Nervoso)


○ Os Centros de Controlo do SNC
• Centro cardiorregulador do bulbo raquidiano-onde estão integrados os sensores dos PA's
□ Centro cardio-acelerador - Ativa neurónios motores simpáticos; norepinefrina. Aumenta
atividade cardíaca
□ Centro cardio-inibidor - Ativa neurónios motores parassimpáticos; acetilcolina. Diminui
atividade cardíaca
• Recebe informação AFERENTE sobre: TºCorporal, emoções, sentimentos, tensão proveniente do
cérebro e hipotálamo, informação de recetores nas paredes do arco aórtico e seios da artéria
carótida, …
○ O Sistema de Deteção:
• Barorrecetores - transmitem informação sobre o grau de distensão das artérias por alterações
ocorridas na pressão sanguínea
• Quimiorrecetores - transmitem informação sobre alteração da composição química do sangue
○ O coração é enervado por fibras nervosas simpáticas (mais influente) e parassimpáticas
• Efeitos reguladores - acelera ou desacelera a frequência cardíaca e aumenta ou diminui a
contractilidade, o volume de ejeção
• Estimulação simpática pode aumentar DC de 50 a 100% acima dos valores de repouso
• Estimulação parassimpática pode diminuir DC de 10 a 20% os valores de repouso

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• Estimulação parassimpática pode diminuir DC de 10 a 20% os valores de repouso

Efeitos produzidos pelo SN Simpático:


1. Norepinefrina (neurotransmissor)
2. Estimulação dos recetores beta adrenérgicos
3. Recetores beta podem ser bloqueados por drogas (propranolol)
Influencia do SN Simpático no Potencial Pacemaker: Estimulação simpática aumenta a frequência cardíaca e
a força de contração muscular --> maior débito cardíaco --> menor volume tele-diastólico.
Influência do SN Parassimpático no Potencial Pacemaker:
○ Estimulação parassimpática tem efeito inibidor, diminuindo a frequência cardíaca
○ ACh, NT produzido por neurónios parassimpáticos, liga-se a canais, aumentando a condutância da
membrana ao ião de K+
• PMR hiperpolariza ==> Frequência cardíaca diminui, porque a despolarização demora mais
tempo a causar um PA

Controlo Extrínseco (Hormonal) - Controlo da Pressão Sanguínea


○ Rins (renina)
○ Hipotálamo (ADH)
○ Adrenais (Aldosterona, Epinefrina, Norepinefrina)

Interação Intrínseca e Extrínseca

REGULAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL


- Controlo Hormonal

Controlo da Pressão Arterial Média


• Mecanismos a curto-prazo (de acção rápida)
○ Reflexo barorreceptor
○ Reflexo quimiorreceptor
○ Resposta esquémica do SNC ( Quimiorrecetores centrais (resposta a grandes variações de pH, O2 ou
CO2))
○ Mecanismo da medula adrenal (Hormonal)

Reflexo Barorreceptor: Resposta Esquémica (A) e Reflexo Quimiorrecetor (B)

Sistema Baro-Reflexo:

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Sistema Baro-Reflexo:
Mecanismo da Medula Adrenal:

• Mecanismos a longo-prazo (de acção lenta)


○ Mecanismo renina-angiotensina-aldosterona
○ Mecanismo da vasopressina (ADH)
○ Mecanismo natriurético atrial
○ Mecanismo da transferência de líquidos
○ Resposta stress-relaxamento

Mecanismo renina-angiotensina-aldosterona Mecanismo da Vasopressina (ADH)

Mecanismo natriurético atrial: Mecanismo da transferência de líquidos:


• Variação da pressão nos capilares
○ Maior Pressão sangue ( hidrostática) -> Maior
pressão de filtração -> Menor pressão
sanguínea
○ Menor Pressão sangue ( hidrostática) -> Maior
pressão de reabsorção -> Maior pressão
sanguínea

Resposta stress-relaxamento:
• Característica própria dos vasos
○ Menor Volume (hemorragias) -> Menor P.
Arterial -> Menor força nas paredes dos
vasos -> Maior Vasoconstrição
○ Maior Volume (hemorragias) -> Maior P.
Arterial -> Maior força nas paredes dos
vasos -> Menor Vasoconstrição

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