Você está na página 1de 4

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA VARA CÍVEL

DA COMARCA DE .

FULANO (qualificaçã o), por meio de seu advogado que a esta subscreve (mandato em
anexo), vem, com o respeito e as reverências de praxe ora deferidas a Vossa Excelência,
propor
TUTELA ANTECIPADA DE URGÊ NCIA ANTECEDENTE
Em face da (qualificaçã o) , conforme fatos e fundamentos jurídicos a seguir minudenciados:
DA ASSISTÊ NCIA JUDICIÁ RIA GRATUITA
Sendo certo que o Requerente está na inatividade e, consequentemente, nã o estando em
idade produtiva, almejando decisã o judicial justamente para nã o diminuir ainda mais seus
proventos mediante a atitude arbitrá ria e unilateral dos Requeridos, nã o possui condiçõ es
de arcar com o ô nus processual relativo aos pesados custos de um processo sem o sacrifício
de sua sobrevivência e de sua família, requer se digne Vossa Excelência de deferir-lhe o
Benefício da Justiça Gratuita, por força do art. 98 e ss do Có digo de Processo Civil/2015.
Insta ressaltar que entender de outra forma seria impedir os cidadã os de ter acesso à
Justiça, garantia maior dos mesmos no Estado Democrá tico de Direito.
PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃ O - IDOSO
Conforme documentos do Autor anexados a presente, conta com mais de 60 (sessenta)
anos, fazendo, por isso, jus ao benefício da prioridade na tramitaçã o de procedimentos
judiciais, nos termos do art. 1.048 do Có digo de Processo Civil e art. 71 do Estatuto do
Idoso, senã o vejamos:
“Art. 71: É assegurada a prioridade na tramitaçã o dos processos e procedimentos e na
execuçã o dos atos e diligências judiciais em que figure como parte ou interveniente pessoa
com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos, em qualquer instâ ncia.
§ 1º. O interessado na obtençã o da prioridade a que alude este artigo, fazendo prova de sua
idade, requererá o benefício à autoridade judiciá ria competente para decidir o feito, que
determinará as providências a serem cumpridas, anotando-se essa circunstâ ncia em local
visível nos autos do processo.
§ 2º. A prioridade nã o cessará com a morte do beneficiado, estendendo-se em favor do
cô njuge supérstite, companheiro ou companheira, com uniã o está vel, maior de 60
(sessenta) anos.
I. DA EXPOSIÇÃ O DA LIDE
Em busca por uma prestaçã o jurisdicional célere e efetiva, o Autor pleiteia a concessã o de
Tutela Antecipada de Urgência Antecedente em face do RÉ U dada iminência da modificaçã o
arbitrá ria e unilateral (MOTIVOS).
Assim sendo, nã o resta alternativa ao Autor, para nã o ser prejudicado em seus direitos
efetivamente lesionados, mediante esta ameaça anunciada, já que compõ e o fim do prazo
de 15 (quinze) anos impostos ardilosamente pela Suplicada, REQUER a este Douto Juízo
Tutela Antecipada Urgente Antecedente para fins de resguardar o direito adquirido do
mesmo, mantendo inalterado da forma como foi pactuada, até decisã o judicial final da
vindoura Açã o Anulató ria por vício de consentimento.
II. DA FUNDAMENTAÇÃ O JURÍDICA
II.I – Do Direito Pleiteado
É indubitá vel a existência de verossimilhança das alegaçõ es comprovadas com a aná lise
documental relativo ao (EXPLICITAR OS DOCUMENTOS ACOSTADOS).
É necessá rio depreender, Excelência, que o Autor está resguardado pelo seu Direito
Adquirido ao (MOTIVOS E FUNDAMENTAÇÃ O JURISPRUDENCIAL E DOUTRINÁ RIA).
O primeiro princípio transgredido foi o Pacta Sunt Servanda compondo o princípio da força
obrigató ria contratual, “os contratos existem para serem cumpridos”, o que é
flagrantemente desrespeitado, nos dizeres de Flá vio Tartuce:
Decorrente da ideia clássica de autonomia da vontade, a força obrigatória dos contratos
preconiza que tem força de lei o estipulado pelas partes na avença, constrangendo os
contratantes ao cumprimento do conteúdo completo do negócio jurídico. (Manual de Direito
Civil, 2016, Ed. Método, 6ª edição, p. 622)
O segundo princípio desrespeitado com a mudança unilateral da Suplicada foi o Princípio
da Funçã o Social do Contrato fundamentado no art. 421 do Có digo Civil ao dispor: “A
liberdade de contratar será exercida em razão dos limites da função social do trabalho”,
corroborado na compreensã o de que o conteú do contratual deve haver coerência com os
interesses sociais no sentido de repercutir seus efeitos na sociedade, alicerçado na
Dignidade da Pessoa Humana, senã o vejamos ainda nas liçõ es de Flá vio Tartuce:
Nesse contexto, o contrato não pode ser mais visto como uma bolha, que isola as partes do
meio social. Simbologicamente, a função social funciona como uma agulha, que fura a bolha,
trazendo uma interpretação social dos pactos. Não se deve mais interpretar os contratos
somente de acordo com aquilo que foi assinado pelas partes, mas sim levando-se em conta a
realidade social que os circunda. Na realidade, à luz da personalização e constitucionalização
do Direito Civil, pode-se afirmar que a real função do contrato não é a segurança jurídica,
mas sim atender aos interesses da pessoa humana. (Tartuce, Flá vio. 2016, p. 616).
Além desses, a conduta da Suplicada e seu Litisconsorte ferem os regramentos civilistas
acerca das características do contrato de adesã o, mais precisamente em seus arts. 423 e
424 do CC/02 ao tratar da interpretaçã o mais favorá vel ao Aderente, uma vez que a
limitaçã o se contrapõ e diretamente ao que fora anteriormente acordado quando no
preenchimento.
II.II – Dos Requisitos para a Concessã o da Tutela Antecipada Antecedente
a) Do fummus boni iuris – fumaça do bom direito
O “fummus boni iuris” consubstancia-se no fato dos Autores ..... ....., concretizando a
imposiçã o arbitrá ria e unilateral da alteraçã o realizada para ... .
É notó rio, Excelência, o direito de continuar recebendo os valores em conformidade ao
acertado no Termo. Em outras palavras, é dever dos responsá veis arcar com o acordado, e
nã o impor unilateralmente modificaçõ es atinentes ao tempo escolhido no ato da
transferência.
Portanto, Douto Juiz, é certo de que há a fumaça do bom direito no caso em tela e,
consequentemente, se coadunando com o art. 300 c/c 303 do Novo Có digo de Processo
Civil como um dos requisitos imprescindíveis para a concessã o da tutela necessá ria e
urgente aqui pleiteada, devendo ficar em destaque o fato de que se trata de verba de
sobrevivência protegida pelo Princípio da Dignidade da Pessoa Humana expresso na
Constituiçã o Federal (art. 1º, III).
b) Periculum in Mora – perigo da demora
O Autor teme que o perigo da demora a uma prestaçã o jurisdicional efetiva, qual seja a
deliberaçã o acerca da alteraçã o arbitrá ria e unilateral pelos Requeridos, se concretize
provocando prejuízos à segurança financeira almejada por anos de labor e contribuiçã o,
danos esses graves aos idosos e também de difícil reparaçã o em razã o da aplicaçã o da
mudança agora ... .
Antes mesmo da concretizaçã o da modificaçã o imposta pela Suplicada, na iminência de
lesã o substancial, o Autor busca a prestaçã o jurisdicional no tocante ao deferimento da
Tutela intentada no sentido de obter declaraçã o do Poder Judiciá rio relativo à sua
pretensã o de impossibilitar a alteraçã o e a consequente suspensã o dos pagamentos de
forma despó tica, pretensã o esta que será certamente confirmada na cogniçã o exauriente da
Açã o Principal vindoura.
Importante ressaltar que as regras contratuais foram alteradas por equívoco das contas do
Suplicado, inexistindo participaçã o de culpa ou responsabilidade dos Autores. Além disso,
deixa-se claro que somente apó s a escolha de boa-fé dos Autores, realizou-se a alteraçã o.
Temem que mais alteraçõ es sejam feitas, proporcionando maiores dessabores a fim de
prejudicar a verdade dos fatos relativo ao direito adquirido dos mesmos, bem como o risco
de sobrevivência dos mesmos ao sofrer reduçã o substancial de ganho em razã o da retirada
iminente do valor pago.
Portanto, o caso em tela preenche o requisito previsto no art. 300 do NCPC combinado com
o art. 303 do mesmo diploma legal, dada a contemporaneidade da urgência para fins de
concessã o de Tutela Antecipada Satisfativa de Urgência Antecedente, compondo medida
há bil para antecipar o mérito somente em contexto comprovado de plausibilidade do
direito e o perigo do dano.
III – DOS PEDIDOS
Diante do exposto e por tudo que ficou demonstrado, REQUER a Vossa Excelência:
1. Concessã o do Benefício da Justiça Gratuita e a Prioridade da Tramitaçã o com fulcro nos
arts. 98 ss do CPC, bem como o art. 71 do Estatuto do Idoso;
2. A procedência da presente açã o com a Concessã o da Tutela Antecipada Satisfativa de
Urgência Antecedente, inaudita altera parte, para suspender a modificaçã o a ser imposta
pela Suplicada com data limite para ..., continuando o pagamento com fulcro nos arts. 297,
303 e 304 do CPC/15;
3. A citaçã o e intimaçã o do réu para a Audiência de Conciliaçã o ou de mediaçã o na forma do
art. 334 do CPC com o deferimento da medida solicitada, sob pena de sua estabilizaçã o, o
que desde já se requer nos termos do art. 304 c/c art. 303, § 6º do CPC/15; nã o ocorrendo
autocomposiçã o, seja dado prazo para os mesmos apresentarem contestaçã o - art. 335 do
CPC;
4. Com a concessã o da tutela pleiteada, havendo recurso dos Réus, requer-se o prazo de 15
(quinze) dias ou outro maior que Vossa Excelência determinar, para aditar a petiçã o inicial;
5. Com o aditamento da presente inicial, nos termos do art. 303, § 1º, I do CPC, o autor
requererá a citaçã o dos réus para responder ao pedido definitivo;
6. Caso nã o entenda que existam elementos suficientes para a concessã o da tutela de
urgência, requer o prazo de 05 (cinco) dias para a emenda da petiçã o inicial, in casu,
conforme estipula o art. 303, § 6º do CPC/15;
7. Condenaçã o dos Réus ao pagamento de custas processuais e honorá rios advocatícios,
segundo dispõ e os arts. 82 e 85 do CPC;
Dá -se a causa o valor de R$: xxx,xxx (xxxxx).
Termos em que
Pede deferimento.
Local, data, ano
Advogado.

Você também pode gostar