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EXECELENTISSINO SR. DR.

JUIZ DA 80ª VARA DO TRABALHO DE


FLORIANÓPOLIS/SC

PROCESSO Nº: 009000-77.2020.5.12.0080

A SOCIEDADE EMPRESÁRIA PEDREIRA TNT LTDA, com qualificação já


descrita no processo em epígrafe (processo n. XXXXX-77.2014.5.2.0080), vem
respeitosamente à presença de Vossa Excelência apresentar:

RECURSO ORDINÁRIO

Com fulcro no art. 895, inciso I da CLT, em face do ex-empregado Gilson


Cardoso de Lima, com qualificação já descrita no processo. Inconformada com
a respeitável sentença. Para caso Vossa Excelência assim entenda reforme a
sentença de mérito, caso não seja deferido, remeta as razões do presente
recurso para ser apreciado por turma do Tribunal Regional do Trabalho.

Segue comprovante do recolhimento do depósito das custas e depósito


recursal.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local e Data.
Advogada/OAB
RAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO

Recorrente: SOCIEDADE EMPRESÁRIA PEDREIRA TNT LTDA


Recorrido: Gilson Cardoso de Lima

Colenda turma

Egrégio Tribunal

I – DO MÉRITO

DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE

A presente sentença merece reforma, pois o juiz deferiu adicional de


periculosidade na porcentagem de 50% do salário básico, sabemos que a
adicional periculosidade constante no art. 193 § 1º, preceito que o trabalho em
condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30%
sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou
participações nos lucros da empresa, merecendo a decisão de reforma nos
termos da legislação trabalhista.

DO DEPOSITO DO FGTS

O depósito do FGTS, que foi arbitrado pelo período que o empregado esteve
afastado por auxílio doença, este não é devido, pois conforme preceitua o
art. 15 § 5º da lei 8.036/1990, o depósito que trata o caput deste artigo é devido
apenas nas hipóteses de afastamento de serviço militar obrigatório e de licença
por acidente do trabalho, portanto não sendo devido o depósito pelo
afastamento por auxílio doença, recebido pelo trabalhador pelo período de dois
meses.

DA MULTA DO ART. 477

A multa do art. 477 da CLT é indevida, pois o pagamento das verbas devidas
pela extinção do contrato e a entrega dos documentos que comprovam a
comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes foi feito na sede
da empresa, no 10º dia após a extinção do contrato, portanto, dentro do prazo
fixado em lei.

DA INDENIZAÇÃO
Foi pleiteada a indenização pelos frutos de má-fé percebidos, mais conforme a
Súmula 445 do TST o art. 1.216 do Código Civil é inaplicável.

DOS DANOS MORAIS

Conforme a Súmula 439 do TST, nas condenações por dano moral, a correção
monetária é devida a partir da data da decisão de arbitramento ou de alteração
do valor, portanto os frutos de má-fé são inaplicáveis ao Direito do Trabalho.

DOS PEDIDOS

Diante de todo alegado, requer o conhecimento e provimento do presente


recurso para:

a) que o presente seja conhecido e provido;


b) requer a reforma da sentença a fim de determinar o adicional de
periculosidade em 30% (trinta por cento), nos termos da legislação
trabalhista;
c) requer que seja indeferido o pedido do depósito do FGTS pois o
auxílio-doença comum não gera obrigação para o empregador efetuar
o seu depósito
d) requer que seja indeferido o pedido da multa do art. 477, § 8º, da CLT;
e) requer ainda, a condenação do recorrido ao pagamento dos honorários
advocatícios a razão de 15%, conforme estabelece o art. 791-A, da
CLT.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local, Data
Advogada/OAB

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