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Com a nossa proposta, colocamos em causa o modo como as escolas e os professores são
capazes de construir respostas para enfrentar a grande diversidade de alunos que existe,
para tal é necessário que os mesmos tenham primeiramente, autonomia suficiente para
assumirem projetos curriculares capazes de desafiar os alunos a aprender do modo mais
correto para cada um deles.
Assim, com a realização deste projeto, pretendemos alcançar uma educação mais inclusiva,
e que albergue uma maior diversidade de atividades culturais, científicas, artísticas, entre
outras, que contribuem para o desenvolvimento integral dos alunos.
Deste modo, não se deve abdicar, nem da existência dos alunos, nas suas singularidades
cognitivas, culturais e experienciais, nem da existência do patrimônio cultural já construído,
o qual é decisivo para que estes ampliem a sua capacidade de pensar e agir no mundo e
sobre o mundo, condição necessária à transformação e empoderamento de si próprio.
Objetivo estratégico
A escolha deste objetivo estratégico justifica-se pelo facto de partilharmos da opinião que o
sistema educativo é um sistema que nos trata como se fossemos todos iguais, como se
tivéssemos os mesmos interesses, a mesma velocidade de aprendizagem, um sistema em
que nos dizem exatamente o que fazer sem incentivar a autonomia e o controlo próprio das
nossas tarefas.
Achamos bastante interessante criar este projeto enquanto estudantes do curso de Ciências
da Educação tendo em conta que o nosso projeto foca na diversificação curricular, onde
colocamos em causa o modo como as escolas, os professores, são capazes de construir
respostas para enfrentar a grande diversidade de alunos que existe, para tal era necessário
que os mesmos tivessem autonomia suficiente para assumirem projetos curriculares
capazes de desafiar os alunos a aprender e a crescer como pessoas mais inteligentes e
mais competentes, beneficiando do legado cultural que, hoje, têm ao seu dispor. Porém os
professores e as escolas “(...) vivem quotidianos profissionais marcados por tensões de
natureza diversa que os empurram para práticas curriculares quase sempre prisioneiras de
lógicas prescritivas e performativas, das quais dificilmente conseguem fugir”. (Figueiredo;
Leite; Fernandes, 2019).
Assim, pretendemos promover ainda mais com este projeto educativo, uma educação mais
inclusiva, e que albergue uma maior diversidade de atividades culturais, científicas,
artísticas, e desportivas, que contribuam para o desenvolvimento integral de crianças e
alunos.
Seguindo esta perspetiva não devemos abdicar, nem da existência dos alunos, nas suas
singularidades cognitivas, culturais e experienciais, nem da existência do patrimônio cultural
já construído, o qual é decisivo para que aqueles ampliem a sua capacidade de pensar e
agir no mundo, condição necessária à transformação e empoderamento de si próprio.
Análise swot
Utilizamos esta ferramenta, por um lado por ter uma ligação com o conceito de estratégia
que é importante para nós, também porque é o instrumento privilegiado que as escolas
utilizam para construir o seu projeto educativo e por essa razão, faz sentido tomarmos
contacto com esta abordagem para perceber como este instrumento tem sido mobilizado na
área da educação.
Então, a análise SWOT é uma técnica de planejamento estratégico utilizada para auxiliar
pessoas ou organizações a identificar forças, fraquezas, oportunidades, e ameaças
relacionadas ao planejamento de projetos.
Seguindo-se a análise SWOT que é uma técnica de planejamento estratégico utilizada para
auxiliar pessoas ou organizações a identificar forças, fraquezas, oportunidades, e ameaças
relacionadas ao planejamento de projetos, ou seja, com a análise swot fomos capazes de
identificar o que o Agrupamento de Escolas de Ermesinde tem de bom e de mau, para que
desse modo conseguíssemos perceber como iríamos planificar as nossas ações. No que
toca às ameaças e pontos fracos sentimos alguma dificuldade em encontrar factos que nos
remetesse para tal, porém conseguimos enumerar alguns.
Ameaças:
Em relação aos pontos positivos do agrupamento, acabamos por conseguir identificar mais
facilmente, tendo em conta que este agrupamento é bem-conceituado e recentemente
obteve o Selo de conformidade EQAVET - Quadro de Referência Europeu de Garantia da
Qualidade para o Ensino e a Formação Profissionais - pela Agência Nacional para a
Qualificação e Ensino Profissional (ANQEP).
Oportunidades:
Forças:
Objetivos operacionais
Ações
Rede PERT
A B C D E
10 20 30
Metas
Por um lado, os resultados estão relacionados com o público alvo, com aquilo que muda
naquelas pessoas. Porque é que os resultados são esperados? Porque há uma
intencionalidade, ou seja, nós definimos os objetivos estratégicos e operacionais,
desenvolvemos as ações com uma determinada intenção. Os resultados são expectáveis
porque os vamos medir em termos de graus de eficiência e eficácia. Eu podemos esperar
que o nosso projeto tenha estes resultados abaixo referidos porque fizemos a análise
SWOT e sabemos que recursos é que temos, que forças e fraquezas e sabemos qual é o
número de recursos que temos que alocar a cada atividade para obter aquele determinado
resultado, por essa mesma razão é que é esperado.
Resultados:
•Melhoria dos resultados escolares.
•Maior participação dos alunos no seu processo educativo.
•Um maior grau de satisfação dos elementos da ação educativa.
Por outro lado, um impacto é o que se espera alcançar, a ideia impacto está muito mais
ligada com aquilo que é desejável. Quando falamos do desejável, falamos de um lapso de
tempo de longo prazo que nós não sabemos quantificar, mas é aquilo que o projeto deseja
alcançar, em termos de mudanças fundamentais dos sistemas. Não podemos ser tão vagos
quanto dizer que um projeto deseja ter impacto na inclusão social como um todo. Um
projeto não pode ter um impacto de inclusão social num todo, porque ele é desenhado para
apenas determinado contexto.
Impactos:
•Mais oportunidades de sucesso educativo.
•Menor abandono escolar.
•Maior inclusão dos diferentes alunos.
Reflexão crítica
Para finalizar este relatório foi-nos proposta a realização de uma reflexão crítica acerca dos
resultados expectáveis do projeto.
Partilhamos da opinião que o nosso projeto contribuiu para a mudança social do nosso
público-alvo na medida em que houve uma maior consciencialização da diferença não só
cultural, mas dos diferentes ritmos de aprendizagem e especificidades de cada um.
Achamos que as ações proporcionadas ao nosso público-alvo, foram bem pensadas e
organizadas entre nós, contudo não é fácil instalar um projeto de diversificação curricular,
por causa das medidas prescritas pelo ministério da educação e pela falta de autonomia
concedida aos professores e até mesmo às escolas.
Assim, com o nosso projeto pretendemos ajudar a desenvolver o potencial de cada aluno,
mas em contrapartida observamos que nem todos estão preparados para receber este
projeto como uma mudança geradora de oportunidades e aprendizagens significativas para
todos os envolvidos no processo. Tencionamos proporcionar mudanças no modo operante
do sistema de ensino em determinadas escolas do nosso contexto e fazer com que este
mesmo projeto seja alargado de modo a gerar que todos que não conseguem enquadrar-se
no modelo fixo possam ver este modelo como recurso.
Os pontos críticos são as medidas prescritas pelo ministério que, como já referi, acabam por
proporcionar uma lógica top-down onde defendem modos de controlo das escolas e do
trabalho dos professores, e também a falta de material e de recurso humano para
trabalharmos em outras zonas de difícil acesso.
Em conclusão, achamos, enquanto grupo, que o nosso projeto, embora de difícil
implementação, pode apelar à diversidade e pode ser um bom recurso para os diferentes
alunos que não poderão ser identificados como um todo homogêneo e também para todos
os membros do processo educativo fornecendo-lhes uma “(…) autonomia, pretendendo ver
a solução numa descentralização e numa maior capacitação das escolas e dos professores”
(BOLÍVAR, 1999).
Bibliografia: