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CENTRO UNIVERSITÁRIO FACEX

GRADUAÇÃO EM DIREITO
DIREITO CIVIL III

ELABORAÇÃO DE UM TEXTO PARA ANALISAR DIREITOS REAIS SOBRE COISAS


ALHEIAS

MARIANA EMILLY DANTAS DE SOUZA

Sob a orientação do professor Leonardo Zago, discente da disciplina de Direito Civil III
como atividade parcial para compor a nota da segunda unidade

NATAL/RN
2023
Os direitos reais sobre coisa alheia são prerrogativas conferidas a alguém sobre um
bem que pertence a outra pessoa. Dentre eles, destacam-se o usufruto, que permite o
uso e gozo do bem; a servidão, que possibilita o uso de parte do bem alheio; e o penhor,
que envolve a entrega de um bem como garantia em uma transação. Esses direitos são
regulamentados pelo ordenamento jurídico para garantir a segurança e a aplicação
efetiva dos direitos de propriedade.

O direito de gozo na superfície refere-se ao direito real que permite a alguém utilizar o
solo de outrem para construir ou plantar, por tempo determinado, mediante pagamento
de uma pensão. Esse direito está previsto no Código Civil brasileiro nos artigos 1.369 a
1.377 e é conhecido como "direito de superfície". O detentor desse direito, chamado de
superficiário, tem a faculdade de utilizar a superfície do terreno, mantendo o proprietário
(senhorio direto) como dono do solo. O direito de superfície é uma modalidade
específica de direito real de gozo.

O instituto da servidão está regulamentado nos artigos 1.378 a 1.389 do Código Civil. A
servidão é um direito real que confere a alguém, chamado serviente, o ônus de suportar
um encargo sobre seu imóvel em benefício de outro, denominado dominante. Essa
carga pode ser de não fazer algo (servidão negativa) ou permitir o uso do imóvel de
determinada maneira (servidão positiva).
Os artigos do Código Civil tratam dos tipos de servidões, estabelecem regras sobre seu
exercício, limitações e formas de extinção. Em suma, a servidão é uma limitação
imposta a um imóvel em prol de outro, buscando equilibrar interesses entre proprietários
vizinhos.

O usufruto é disciplinado nos artigos 1.390 a 1.411 do Código Civil.. Ele é um direito real
em que alguém, chamado usufrutuário, tem o direito de usar e fruir temporariamente de
um bem alheio, com a obrigação de conservá-lo. O proprietário desse bem, denominado
nu-proprietário, mantém a titularidade, mas durante o usufruto, o usufrutuário desfruta
dos benefícios, como rendimentos ou colheitas.
Sua principal característica será em torno da temporariedade, constituindo direito sobre
coisa alheia, sendo ademais inalienável e impenhorável.

O instituto do uso está regulamentado nos artigos 1.412 a 1.413 do Código Civil
brasileiro. O uso é um direito real que confere a alguém, chamado usuário, a faculdade
de utilizar temporariamente um bem alheio, com a obrigação de conservá-lo e utilizar
todas as utilidades para atender às suas próprias necessidades e às de sua família.
Esses artigos estabelecem as condições e limitações do direito de uso, incluindo sua
constituição, duração, e as responsabilidades do usuário. É uma forma de conceder a
alguém parte do uso de um bem sem transferir a propriedade, visando atender a
necessidades específicas do beneficiário do direito de uso.

Os artigos 1.414 a 1.416 do Código Civil, referem-se a dispositivos legais que abordam
aspectos específicos sobre direitos reais de habitação. O artigo 1.414 estabelece o
direito real de habitação, conferindo a uma pessoa o direito de residir em um imóvel
alheio com a necessidade de expressa autorização ou contrato. Já o artigo 1.415 trata
das limitações desse direito, incluindo condições e restrições. O artigo 1.416, por sua
vez, aborda a possibilidade de renúncia ao direito de habitação.

Direito real de aquisição, direito do promitente comprador do imóvel, os arts1.417 a


1.1418 do Código Civil, trata- se de um contrato pelo qual as partes se comprometem a
levar a efeito um contrato definitivo de venda e compra, uma promessa.
O direito real de garantia refere-se a um direito que confere ao credor uma garantia real
sobre um bem do devedor, como uma hipoteca em um imóvel. Essa garantia visa
assegurar o cumprimento da obrigação, permitindo ao credor buscar a satisfação do seu
crédito através da excussão do bem dado em garantia.

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