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Nome: Anabela

LAUDO PSICOLÓGICO

1. IDENTIFICAÇÃO

NOME: Sra. Anabela Chipande.

ESCOLARIDADE: Ensino superior incompleto

IDADE: 40 anos

FINALIDADE: Avaliação Psicológica

2. DESCRIÇÃO

Em decorrência do litígio pela guarda dos menores Ângela Sitoe, de 13 anos e Neto
Sitoe, de 7anos, e dos subsequentes conflitos ocorridos com a separação e a definição de
guarda dos filhos do casal, fez-se necessário realizar uma avaliação psicológica no
requerido Sra. Anabela Chipande, genitora dos menores supracitados. Para tanto,
aspectos emocionais, familiares e da dinâmica da personalidade foram investigados,
no sentido de proporcionar uma maior e melhor compreensão comportamental e
psicológica do referido.

3. PROCEDIMENTO

Para a avaliação, realizou-se a aplicação de testes psicológicos, visando investigar a


personalidade, com referência, principalmente, a aspectos como: relacionamento
interpessoal, autoconceito, atitudes, comportamento e família. A avaliação psicológica
englobou a aplicação dos seguintes testes psicológicos: Sacks e Levy (1998), QUATI
(2003), Wartegg (2007), Figura Humana (1964), e PMK (2003). Primeiramente foi
efetuada uma entrevista inicial para situar a realidade atual e focalizar os
aspectos necessários de investigação. Posteriormente, aplicaram-se os testes citados e
em seguida realizou-se uma segunda entrevista para nos inteirarmos de como a situação
estava, já que os menores ficaram com o genitor. O sujeito sempre se mostrou solícito a
participar dos procedimentos apresentados.

4. ANÁLISE
Verificou-se que a requerida é uma pessoa perseverante, comprometida com o que está
evolvida, objetiva e criativa. Apesar de ter iniciativa diante de obstáculos e dificuldades,
ao encontrá-los tende a evitar estas situações ao máximo, quando não pode, age de
maneira racional, procurando resolver os problemas por meios impetuosos e obstinados.
Apresenta certa rigidez de atitude, procurando, à sua maneira, controlar as situações à
sua volta, mas consegue impor limites necessários.

Foi verificado também, que apesar de ser extrovertida, há a indicação de uma


dificuldade em interagir com as pessoas, que pode estar relacionada a esta rigidez de
atitude que possui. Pode ser afectiva, contudo, não consegue expressar este afecto de
maneira completa. É importante ressaltar que foi observada uma tentativa, por parte da
requerida em superar essa dificuldade.

Observou-se também, que a mesma possui uma grande preocupação com o bem-estar de
ambos os filhos e mantém uma boa relação com seu filho menor. Demonstra amá-los e
querer resguardá-los dos conflitos sempre existentes numa separação conjugal e
reconhece o erro em alguns actos que realizou durante esse processo de separação.

5. CONCLUSÃO

Os aspectos citados podem não contribuir para o estabelecimento de uma melhor


relação com seus filhos, principalmente com a filha mais velha Ângela, mas não são
factores que definam que isto não aconteça no futuro. Por vezes, muitas mães têm essas
características, o que não impede uma convivência harmônica com os filhos. Ângela,
13 anos - e devo destacar, no momento - apresenta uma marcante hostilidade para com a
figura materna paterna e não quer ficar em sua companhia.

Por isso, há hoje, uma impossibilidade de uma convivência pacífica e saudável com a
mãe. Em razão desses sentimentos negativos que são atribuídos a ela, sugere-se que a
criança, em companhia de seu irmão, no sentido de preservar a convivência fraterna em
ambos, devem ficar com o genitor. Porém, a presença materna não pode e não deve ser
retirada do convívio familiar, para que esta relação tão abalada possa se restabelecer.
Ademais, é importante colocar que o mínimo de diálogo entre os genitores faz-se
necessário, para que os filhos não sofram ainda mais com os conflitos existentes,
podendo assim ser mantida uma harmonia que facilitará um desenvolvimento saudável
das crianças.

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