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Dividendos Easynvest

31 de Maio de 2021 | Murilo Breder, CGA, CNPI

Comprar Frequência de DY projetado


Empresa Código Alocação Entrada
até distribuição próx. 12 meses

Ambev ABEV3 15% 01/06/21 R$ 20 Dezembro 2,8%

B3 B3SA3 15% 09/03/21 R$ 22 Trimestral 5,0%

BrasilAgro AGRO3 15% 09/03/21 R$ 37 Outubro 3,7%

Coca-Cola COCA34 15% 09/03/21 R$ 52 Trimestral 3,1%

Taesa TAEE11 15% 09/03/21 R$ 45 Maio, Out e Nov 10,9%

Vale VALE3 15% 09/03/21 R$ 130 Semestral 9,5%

Copel CPLE11 10% 09/03/21 R$ 40 Dezembro 12,6%

Retorno esperado em dividendos (dividend yield) da carteira para os próximos 12 meses 6,5%

As teses de investimentos podem ser encontradas clicando em seus respectivos códigos na tabela acima.

Rentabilidade da Carteira
O foco é no longo prazo. Estamos em uma maratona e não em uma corrida de 100 metros. Mesmo
assim, nossas primeiras semanas têm sido excelentes. Desde o início, no dia 09 de março, a
carteira Dividendos Easynvest acumula um retorno de +17,9% contra +16,5% do IDIV e +13,4% do
IBOV no mesmo período.
Dividendos Easynvest

Mudanças para junho


A virada para o mês de junho conta com a primeira alteração em nossa carteira recomendada
desde seu início em 09 de março. De agora em diante, a gigante Ambev passa a integrar nosso
portfólio no lugar da Cyrela. O percentual alocado em Copel também foi reduzido de 15% para 10%.
Dessa forma, as Ações ABEV3 entram na carteira Dividendos Easynvest com 15% de alocação.

Em maio de 2018, Jorge Paulo Lemann chegou a dizer que era um “dinossauro apavorado” e que
lutava para se reinventar. Como um dos responsáveis pelo surgimento da Ambev, essa mesma
preocupação se aplicava à companhia de cerveja naquela época. Três anos depois, apesar da
forte concorrência, estabilidade do setor e aumento de custo, a Ambev parece ter encontrado
uma nova avenida de crescimento. O resultado do 1T21 surpreendeu positivamente o mercado
após a companhia reportar várias linhas do balanço acima do consenso e apresentar bom
crescimento no volume de vendas mesmo sem o Carnaval.

Zerando nossa posição em construção civil


Montar uma carteira de Ações recomendadas é como montar uma seleção de futebol:
infelizmente muitos bons jogadores ficam de fora pois é preciso selecionar os jogadores que se
complementam dentro de campo e que estão em melhor momento. Como o time é enxuto,
muitas vezes para um novo jogador ser convocado, outro precisa ficar de fora.

Cyrela é uma excelente jogadora, uma das melhores empresas de construção civil da Bolsa e
com valuation atrativo. No entanto, as empresas do setor não vem performando bem
recentemente devido à uma piora no cenário macroeconômico. E com o mercado já enxergando
uma Selic acima de 6% em algum momento de 2022, a parte longa da curva de juros segue
elevada.

Para completar o cenário mais adverso no lado macro, tivemos a notícia de que os produtos na
construção caminhavam para registrar, em maio, o maior patamar de inflação acumulada em 12
meses dos últimos 28 anos. Essa notícia é ruim pois as empresas que já fizeram lançamentos no
ano (como é o caso de Cyrela) ficam sem saber até que patamar o custo da produção vai subir e
afeta também as que ainda não lançaram já que, por essa mesma falta de visibilidade sobre os
custos, postergam seus lançamentos. Com o dólar e o preço das commodities ainda em
patamares elevados, o aumento dos preços deve persistir no curto prazo.

No lado micro, apesar de um trimestre mais fraco de lançamentos devido ao fechamento dos
estandes em março, o resultado do 1T21 veio bom, acima das expectativas tanto em termos de
receita líquida como margem bruta e lucro líquido.

No entanto, o fato de Cyrela ter acabado de distribuir dividendos em abril, somado ao problema
da inflação, é possível que a companhia adote uma postura mais conservadora e segure novos
dividendos por enquanto.

Empresa boa e barata, mas volátil. Com um timing complicado no curto prazo e uma menor
expectativa de dividendos pela frente versus uma blue chip brasileira com gestão consagrada e
excelente histórico de pagamento de proventos, voltando a ficar nos holofotes do mercado
financeiro. Na minha visão, faz sentido escolher pela segunda opção e trocar CYRE3 por ABEV3.
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Diminuindo a alocação em Copel


O caso de Copel é diferente do de Cyrela. A Copel vem passando por uma série de transformações
em 2021. A companhia anunciou sua política de dividendos, desdobrou suas Ações na proporção
de 1 para 10 e recentemente criou suas UNITs. A ideia com a criação das UNITs é facilitar a saída do
BNDES, que está na iminência de vender metade dos 24% que possui de participação na estatal
paranaense.

O BNDES já teria até contratado bancos para assessorar a operação, que deve avançar em junho.
Enquanto a oferta de Ações (follow-on) para dar saída ao BNDES não ocorre, uma maior pressão
negativa sobre as Ações de Copel deve perdurar.

A Copel pós-BNDES será uma companhia com mais liquidez e uma governança corporativa melhor
já que a oferta também permitirá que a empresa avance em seu plano de migração do Nível 1
para o Nível 2 de governança corporativa, uma vez que o governo do Paraná havia colocado a
operação com o BNDES como uma condição para dar seu apoio à melhora de padrão de
governança. Porém, enquanto isso não ocorre, aproveito para reduzir levemente a posição de 15%
para 10% e realocar estes 5% na recém-chegada Ambev.

O investidor que tiver paciência poderá ser premiado com um caminhão de dividendos pelo
caminho. Com a política de dividendos estabelecida, a expectativa é que a companhia distribua
50% de seu lucro líquido ao final de 2021. Considerando o valor de mercado atual da companhia,
isso poderia representar um impressionante retorno em dividendos (dividend yield) de 13%.

Reduzindo o risco do portfólio


Um efeito colateral benéfico dessa nossa primeira alteração é uma menor volatilidade esperada
do portfólio. A volatilidade anualizada de Cyrela desde março de 2020 é de 61%, mais do que o
dobro da volatilidade do Ibovespa no mesmo período (29%).

Apesar da volatilidade de Ambev (38%) ser superior à do índice desde março de 2020, ela é bem
inferior do que a de Cyrela e também é menor do que a volatilidade de Copel no mesmo período
(41%), o que reduz diretamente a volatilidade da carteira como um todo. Sendo assim, a
volatilidade anual esperada para a carteira Dividendos Easynvest agora é de 18%.

Além do racional da alteração já detalhado acima, a redução da volatilidade da carteira está


alinhada ao nosso objetivo de construção de uma renda passiva no longo prazo sem a
necessidade de nos expormos a riscos desnecessários.
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Uma “vaca leiteira” chamada Taesa


“Vaca leiteira” é um expressão traduzida do inglês, cash cow. Essa expressão representa um
produto ou serviço que gera altos retornos financeiros, e que, ao mesmo tempo não precisa de
grandes aportes financeiros para a sua manutenção. Uma cash cow é um negócio tão bom que
gera tanto caixa e que tem uma posição tão consolidada no mercado que ele praticamente
ganha dinheiro por si mesmo.

Uma outra analogia que o mercado gosta de usar é o de usar o leite da vaca ao invés de
simplesmente vendê-la. Assim como é preciso ordenhar a vaca para encher o balde, no nosso
caso, o que enche o nosso balde são os dividendos recebidos das Ações.

A Taesa é uma clara cash cow. Imagine o que é acordar com 200% do CDI no bolso. Para muitos
investidores não será preciso sequer imaginar. Afinal, a Taesa pagou no último dia 28, de uma só
vez, o equivalente a 7% de retorno em dividendos (dividend yield).

A companhia tem ainda o costume de distribuir dividendos nos meses de outubro e novembro.
Porém, diante da bolada recém-distribuída, os montantes devem ser bem menores, com um novo
balde de dinheiro voltando a aparecer só em maio do ano que vem. Contudo, a expectativa de
elevadíssimos dividendos ainda segue principalmente para Copel e Vale.

Tem sido muito legal receber os feedbacks dos investidores que seguem a estratégia.
Lembrem-se, de acordo com o relatório anterior, de reinvestir os dividendos recebidos. É só assim
que a mágica dos juros compostos faz efeito no longo prazo.

A estratégia mais simples é usar o dividendo recebido para recomprar mais Ações da mesma
empresa que distribuiu os proventos. Outra estratégia é usar os dividendos para comprar Ações
daquela empresa que você ainda acredita em seus fundamentos mas que por acaso tenha ficado
para trás em relação ao mercado.
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Até que preço comprar


Nesta carteira recomendada nós utilizamos a expressão ‘Comprar até’ ao invés do tradicional
‘Preço Alvo’. Apesar da sutil diferença na escolha de palavras, a expressão carrega uma
interpretação diferente e muito importante que deve ser devidamente compreendida pelos
investidores.

Utilizando a análise fundamentalista e uma visão de médio e longo prazo para a escolha de
ativos, as empresas não têm um ‘valor justo’ definitivo. Esse valor vai se alterando ao longo tempo,
para cima ou para baixo, conforme a empresa vá entregando ou decepcionando as nossas
expectativas.

Sendo assim, a coluna ‘Comprar até’ não deve ser compreendida como um stop gain. Ou seja, o
valor informado na penúltima coluna não deve ser considerado como uma referência para se
desfazer das Ações. Nessa situação, nossa recomendação é que o investidor simplesmente
aguarde o preço voltar a negociar abaixo do valor estipulado antes de fazer novas compras.

Quando as Ações ultrapassam nosso preço limite sugerido de compra, sempre retornaremos às
planilhas em busca de um novo potencial de alta. Caso não encontremos fundamentos
suficientes que justifiquem uma revisão nos preços, iremos deixar claro em nosso relatório mensal
que a companhia não faz mais parte dos ativos recomendados.

Objetivo
O objetivo desta carteira é superar o índice de Dividendos (IDIV) em longo prazo por meio de
empresas pagadoras de dividendos, buscando um recebimento acima de 6,0% em proventos
anualmente. Para isso, a equipe de análise da Easynvest se vale do uso da análise
fundamentalista em busca de empresas com bom potencial pela frente e sempre visando a
formação de um portfólio equilibrado em busca da melhor relação entre risco e retorno.

Perfil do investidor

Conservador Moderado Experiente

O investimento em Ações para o longo prazo exige que o investidor tenha capacidade financeira
e emocional de absorver as oscilações de curto prazo. No caso das empresas pagadoras de
dividendos, é preciso ter coragem para comprar as empresas após as quedas, já que, mantido o
montante de dividendos pagos, isso se traduz em maior dividend yield. Por outro lado, a
distribuição recorrente de dividendos ao longo do ano traz uma melhor estabilidade e
previsibilidade à carteira.
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Responsável pela carteira


Murilo Breder
Integrante da nova geração de analistas, possui passagens por
instituições respeitadas como Banco Safra e a casa de análise
independente Levante Ideias de Investimentos. Finalista em competições
nacionais de mercado financeiro ainda durante a faculdade, é Engenheiro
Civil de formação pela UFMG, com direito a um ano de intercâmbio nos
Estados Unidos (Los Angeles e Nova York), e possui as certificações CNPI e
CGA.

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