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TOXICIDADE DOS ANESTÉSICOS LOCAIS

 Principais fatores associados a emergências durante a anestesia local:


- medo/ansiedade: visão de instrumental, medo de agulha, experiências negativas, dor inesperada;
- alergias: parabenos (conservantes presente em todos os tubetes de plástico ou de vidro com Prilocaina 3%) ou
bissulfito de sódio (antioxidante de vasoconstritores adrenérgicos do tipo aminas simpaticomiméticas);
Obs.: Mepivacaína sem vasoconstritor em tubete de vidro = para uso em pacientes alérgicos aos dois componentes;
Prilocaína + Felipressina em tubete de vidro = para pacientes alérgicos somente ao bissulfito;
- toxicidade;
Toxicidade:

 Sinais pré convulsivos de toxicidade


(objetivamente observados):
- fala arrastada;
- calafrios;
- contrações musculares;
- tremor dos músculos da face e das
extremidades distais;
- delírio generalizado;
- tontura;
- distúrbios visuais (incapacidade de
focalizar);
- distúrbios auditivos (zumbido);
- sonolência;
- desorientação;
 Sintomas pré convulsivos de
toxicidade (subjetivamente sentidos):
- sensação de pele quente e rubor;
- estado agradável semelhante a um
sonho;
- dormência da língua e região perioral;
Resultado de ação anestésica direta sobre as terminações nervosas > tecidos altamente vascularizados > não está
relacionada a depressão do SNC;
 Fase convulsiva:
Episódio tônico-clônico generalizado > depende do nível de acidose > depressão
respiratória (decorrente da depressão do SNC);
o Ação no sistema cardiovascular:
- mais resistente que o SNC;
- reduz a excitabilidade do miocárdio, velocidade de condução e força de
contração: redução do debito cardíaco;
- utilizada no tratamento de arritmias: miocárdio hiperexcitável;
o Ação na vasculatura periférica:
- em nível abaixo da superdosagem: pequeno aumento ou nenhuma alteração da PA, aumento da FC e DC;
- em níveis próximos, porem abaixo da superdosagem: leve hipotensão;
- níveis de superdosagem: acentuada hipotensão;
- níveis letais: colapso cardiovascular pela vasodilatação periférica maciça e diminuição da contratibilidade e da
frequência;
o Toxicidade tecidual local:
- musculo esquelético;
- injeções intramusculares: trismo;
- drogas de longa duração: maior dano muscular;
- completa regeneração muscular: até 2 semanas;
o Ação no sistema respiratório:
- níveis inferiores a superdosagem: ação relaxante sobre o musculo liso brônquico;
- níveis de superdosagem: parada respiratória decorrente da depressão do SNC;
 Hipertermia maligna:
- desordem farmacológica na qual uma variante genética altera a resposta do indivíduo e algumas substâncias;
- algumas substancias anestésicas podem desencadear;
- sintomas e sinais: taquicardia, taquipneia, PA instável, acidose metabólica e respiratória, cianose, rigidez muscular,
febre de 42ºC, morte (63-73%);
- pacientes com histórico não se podem usar anestésicos locais e anestésicos gerais;
Tratamento para hipertermia maligna:
- Dantrolene sódico: 2 a 2,5mg/kg a cada 5 minutos (bloqueia a liberação de cálcio);
- resfriamento do paciente: temperatura alta;
- hiperventilação com oxigênio 100%: pela depressão respiratória;
- para arritmia cardíaca: Lidocaína;
 Para evitar uma toxicidade anestésica:
1. Anamnese, avaliação de sinais vitais:
o PA, FC, FR:
- obrigatório em toda consulta inicial;
- antes de toda sessão no caso de idosos, gestantes, portadores de doenças cardiovasculares, ansiosos antes de
procedimentos invasivos;
- diagnostico diferencial em casos de emergência;
o Contra indicação ao uso de anestésicos locais:

2. Respeitar a dosagem máxima dos AL:


3. Aspiração previa:
- reduz a possibilidade de injeção intravascular e deve ser sempre realizada antes de depositar um volume de
anestésico local em qualquer área;
- aspirar em no mínimo 2 planos;

o Injeção rápida de anestésico local intravascular:


- contrafluxo: o fluxo sanguíneo nas artérias é revertido por causa da alta pressão produzida pela velocidade de
injeção;
4. Injeção lenta:
- é o fator mais importante na prevenção e superdosagem – é até mais importante que a aspiração previa;
- a velocidade de administração de anestésico local recomendada é de 1mL/min – tubete de 1,8mL;

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