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Comunicação Pessoal

e Empresarial
ARTUR OSVALDO DOS SANTOS
ENTREVISTA
Objectivos
 Conhecer o conceito de entrevista;

 Distinguir os tipos de entrevistas;

 Conhecer o conteúdo e questões usadas nas


entrevistas.
O QUE É ENTREVISTA?
De um modo geral, entrevista é Mais especificamente, entrevista
uma conversa geralmente entre é a interacção interpessoal de
duas ou mais pessoas, o(s) duração limitada entre um ou
entrevistador(es) e o(s) mais entrevistadores e um

entrevistado(s). Trata-se, portanto, candidato a emprego, com o


de uma conversa com um fim propósito de identificar

determinado, onde o(s) conhecimentos, competências,

entrevistador(es) faz perguntas de aptidões e comportamentos que


modo a obter informação podem ser preditores do sucesso
necessária por parte do(s) no cargo subsequente.
(Cf. Cunha et. al.)
entrevistado(s).
TIPOS DE ENTREVISTA
As entrevistas podem ser 1. Entrevista individual
classificadas de acordo Quando o candidato é entrevistado

apenas por um entrevistador. Por um


com o modo como são lado, é mais satisfatória para o candidato,

realizadas. Elas podem não lhe requerendo constante

ajustamento a cada um dos


ser, pelo menos, quatro interlocutores. Porém comporta riscos,

nomeadamente: a decisão/rejeição fica


grandes tipos:
dependente do julgamento de uma ´so

pessoa; uma parcela de informação pode

ser esquecida pelo entrevistador, etc.


2. Entrevista sequencial
Quando o candidato é entrevistado Porém, também comporta
por várias pessoas, por exemplo, o
algumas desvantagens, riscos e
seu futuro director e o director de
requisitos, nomeadamente: o
RH.
Esse tipo de entrevistas tem algumas
processo pode ser demorado;
vantagens, nomeadamente: permitir implica que os entrevistadores
que o candidato melhor conheça as se organizem previamente
várias facetas da empresa; possa tendo em vista acordar o modo
apresentar os seus méritos
como cada um extrairá do
diversificados; que a empresa tome
candidato a informação mais
nota das caraterísticas dos candidatos
em vários domínios. pertinente, etc.
3. Entrevista em Duo 4. Entrevistas em grupo
Quando um grupo de candidatos é
Quando, na mesma
entrevistado por um ou mais
entrevista, há dois entrevistadores. Podem ser
apropriadas para avaliar candidatos
entrevistadores que
a funções que requeiram
indagam o candidato, o interacção social, capacidade de
persuasão, espírito de equipa,
responsável de uma
competências comunicacionais e
determinada área mais o de gestão do conflito. Para o
candidato, o processo pode,
director de RH.
todavia, ser intimidatório.
EXEMPLOS DE TIPOS DE QUESTÕES
UTILIZÁVEIS EM ENTREVISTA
Tipo Caracterização Exemplos
Comportamentais (acções Indaga o candidato sobre as acções que levou a «Fale-me do seu papel de chefia num determinado
passadas) cabo em determinada matéria momento de conflito entre os seus colaboradores.
O que aconteceu? Como actuou?»

Situacionais/Hipotéticas Indaga o candidato sobre o seu comportamento «Como procederia se um seu colaborador
em situações hipotéticas agredisse, após provocação, um colega de
trabalho?»
Abertas O candidato responde de acordo com o seu «Poderia descrever-me a sua experiência como
ritmo, o seu desejo e os seus interesses. director de vendas nos últimos dois anos?»
De resposta fechada O candidato é confrontado com diversas «Estas são três possíveis soluções para este
respostas previamente definidas, devendo problema. Qual seria a sua opção?»
optar por aquela (s) que mais se aproxime (m)
da sua resposta.
De indagação positiva Induz o candidato a escolher entre várias «Do seu ponto de vista, o que é mais importante
opções positivas para uma empresa – a satisfação dos clientes ou os
lucros?»
Simulações O candidato assume um determinado papel e Suponha que sou um seu cliente muito renitente.
exerce-o ao longo da entrevista Convença-me das vantagens do seu produto.
Dominó O candidato é convidado a responder a uma série - «Repreender um subordinado em público ou em
de questões sequencialmente, todas relacionadas privado – qual a sua opção?»
com a questão inicial - «Quais as vantagens dessas acções?»
- «Suponha que o seu subordinado reiterava a
POSSÍVEL CONTEÚDO DAS QUESTÕES
USADAS NAS ENTREVISTAS
Conteúdos Exemplos de pergunta Comentários
Credenciais, realizações e factos - «Qual a sua formação?» Mais frequentes nas entrevistas
biográficos - «Qual o orçamento que agora gere?» convencionais do que nas comportamentais

Conhecimento técnico - «Quantos e quais os programas de Modestamente usadas em ambos os tipos


processamento de texto é capaz de usar?» de entrevistas.
- «Que línguas fala e com que
proficiência?»

Descrições de experiências e - «Quais eram as suas responsabilidades e Usadas em ambos os tipos de entrevistas.
actividade incumbências nessa actividade?»
- «Quais os projectos que já coordenou?»

Informação auto-avaliativa (e.g., - «Quais são as principais forças e Mais frequentes nas entrevistas
gostos e desprazeres; forças e fraquezas?» convencionais do que nas comportamentais
fraquezas; objectivos: atitudes; - «o que pretende estar a fazer dentro de 5
filosofia de vida) anos?»

Descrições comportamentais - «Diga-me quando foi a última vez que Mais frequentes nas entrevistas
(e.g., questões focalizadas no teve que resolver um conflito entre dois convencionais do que nas comportamentais
comportamento passado ou colaboradores. Como procedeu?»
futuro) - «Suponha que um seu amigo se sente só e
raramente sai de casa. O que faria?»
O IMPERATIVO
Imperativo
Objectivos

 Conhecer o modo imperativo;

 Distinguir imperativo formal e informal;

 Usar correctamente o modo imperativo.


O que é modo imperativo?
É um modo verbal que serve para exprimir uma ordem, dar conselho, fazer convite,
solicitar, exortar, etc.

Existem dois tipos de imperativo:

Formal (Você, senhor, etc)

Forma afirmativa Forma negativa


Corresponde à 3.ª pessoa do singular do Corresponde à 3.ª pessoa do singular do
presente do conjuntivo. presente do conjuntivo.

Ex.: Senhor sair da sala. Senhor, saia da sala. Ex.: Sair da sala. Não saia da sala.
João comer frutas João, coma frutas. João comer frutas João, não coma frutas.
Informal (tu)

Forma afirmativa Forma negativa


Corresponde à 3.ª pessoa do singular do Corresponde à 2.ª pessoa do singular do
presente do indicativo. presente do conjuntivo.
Ex.: Sair da sala. Não saias da sala.
Ex.: Sair da sala. Sai da sala. João comer frutas. João, não comas frutas.

João comer frutas João, come frutas.


Obs.: O imperativo negativo por tu termina sempre
em “s”.
Imperativo de verbos regulares e irregulares
Verbo regular Tu Tu Você Nós Vocês
(afirmativo) (negativo) (formal)

Estudar (1.ª conjugação) estuda não estudes estude estudemos estudem

Beber (2.ª conjugação) bebe não bebas beba bebamos bebam

Partir (3.ª conjugação) parte não partas parta partamos partam

Verbo irregular Tu Tu Você Nós Vocês


(afirmativo) (negativo) (formal)

Dar (1.ª conjugação) da não dês Dê Demos Dêem

Trazer (2.ª conjugação) traz não tragas traga tragamos tragam

Vir (3.ª conjugação) vem não venhas venha venhamos venham


AR – e (amar - ame)

ER – a (beber - beba)

IR- a (partir - parta)


EXERCÍCIOS
1. Coloque os verbos entre parênteses no imperativo

a) ____________________ tudo como o professor pediu. (fazer – tu)


b) Não ______________ lixo no chão. (Deitar – tu)
c) _____________________ o ambiente para que tenhamos um mundo melhor. (preservar – você)
d) _______________ agora e ____________ a pagar em Janeiro. (comprar / começar – você)
e) Não ____________ para não seres julgado. (julgar – tu)
f) ____________ tu o problema deste trabalho. (encontrar – tu)
g) Não _______________ as esperanças, tudo vai melhorar. (perder – tu)
h) Não ______________ a fé num mundo melhor. (perder – nós)
i) __________tu também dessa campanha e ____ alimentos não perecíveis. (participar/ doar – tu)
j) ______________ diariamente para ter uma boa saúde. (exercitar-se – nós)
k) _______________ o teu filho para ser vacinado contra a rubéola. (trazer)
l) _______________ as nossas ofertas e ____________ de carro hoje mesmo. (aproveitar / trocar -
você)
m) ___________ as luzes, o show vai começar. (apagar – vocês)
FORMAS DE TRATAMENTO
Formas de tratamento
Objectivos
 Conhecer o conceito de formas de tratamento;

 Contrastar as várias formas de tratamento;

 Conhecer os pronomes que intervêm nas formas de tratamento;

 Demonstrar a importância das formas de tratamento em contextos

comunicacionais.

 Usar correctamente as formas de tratamento em vários contextos

comunicacionais;
O que são formas de tratamento?

As formas de tratamento são os meios linguísticos


que os interlocutores usam para estabelecer as
relações interpessoais e que representam as
maneiras pelas quais nos dirigimos uns a outros.
Continuação
De salientar que:
As sociedades estão divididas hierarquicamente,
por isso o tratamento que recebe um membro da
sociedade depende do papel que desempenha e
das suas características: idade, sexo, posição
familiar, hierarquia profissional, grau de

intimidade, etc.
Sendo assim, cada um deve tratar o outro de acordo
com as posições relativas que ambos ocupam na
escala social. O tratamento, sendo um código social,
quando se transgride, pode causar prejuízo no
relacionamento entre os interlocutores. É considerado
descortês o facto de uma pessoa se dirigir a um
superior hierárquico com excessiva familiaridade.
Tipos de formas de tratamento
1. Formal 2. Informal
Usa-se com pessoas que não são da nossa Pelo contrário, o tratamento informal é
intimidade, pessoas desconhecidas, etc. Trata-se aquele que os falantes usam com pessoas que
de uma linguagem que pode caracterizar-se pelo têm uma certa intimidade, como por
rigor sintáctico, pela riqueza do vocabulário de exemplo, entre amigos, família, conhecidos,
tipo erudito e pelo uso de formas de tratamento etc., em que a preocupação com a correcção
adequadas ao contexto. linguística é menor e o vocabulário utilizado
é simples, incluindo frequentemente palavras
Ex.: Senhor Director, pode emprestar-me o seu e expressões familiares, bem como o calão.
material, por favor?
Ex.: Se vires a Maria, dá-lhe este presente.
OBS.: Quer os verbos, quer os pronomes ficam
na 3.ª pessoa do singular ou do plural.
OBS.: Quer os verbos, quer os pronomes
ficam na 2.ª pessoa do singular.
3. Tratamento reverente (muito formal)

As formas de tratamento reverente são muito formais e usam-se para entidades que ocupam

cargos diversos, na hierarquia social. É o caso de Vossa Santidade, Sua Excelência, Vossa

Senhoria, Sua Eminência, Vossa Magnificência, Vossa Alteza, etc.

Embora se tenha a palavra “Vossa” na expressão, que é um pronome da 2ª pessoa plural, estas

formas de tratamento exigem sempre os verbos na terceira pessoa do singular.

Ex.: Vossa Excelência solicita ajuda?

Vossa Senhoria está satisfeito com os trabalhos?

Escrevi uma carta a Sua Excelência Ministro da Educação.


Na posição de sujeito, há três possibilidades:
1. Tratamentos pronominais 2. tratamentos nominais
Ex.: O senhor, a senhora, o
Ex.: tu, você, Vossa Excelência,
professor, o doutor, a Joana, etc.
Vossa Majestade, etc.

3. tratamentos verbais ou pela desinência verbal

Ex.: Quer um café?


Deseja passar?
As formas: Doutor, Mestre, Bacharel, etc.
Expressões como Doutor, Mestre, Bacharel, Engenheiro, etc., não são formas de
tratamento, são simplesmente títulos. Todavia, esses títulos devem ser acompanhados
das formas de tratamento “senhor” e “senhora”, seguido da menção do respectivo
cargo ou título.

Ex.: Senhor Doutor, Senhor Engenheiro, Senhor Ministro, Senhora Professora, etc.,
podendo a palavra “Senhor” ser abreviada: “Sr. Doutor”.

Obs.: Porém, essa abreviatura só é admitida quando seguido do nome, cargo ou


profissão.
Outras de tratamento/ formas de cortesia
As normas de cortesia valorizam qualquer comunicação. É desejo de todo o comunicador agradar ao

seu destinatário e esse desejo assume uma dimensão mais activa, quanto mais destacado for o estatuto

social do destinatário, na correspondência oficial. Seguem algumas formas de cortesia:

1. Senhor, tenha a bondade (amabilidade, gentileza…) de me emprestar o seu livro.

2. Dona Lígia, gostaria de lhe pedir um favor. (Dona Lígia, faça-me um favor)

3. Senhor Professor, queria pedir-lhe para sair. (Sr. Professor, posso sair?)

4. Temos a honra de convidar Vossa Senhoria para que se faça presente...

5. Temos a satisfação de comunicar a Vossa Excelência para que se digne…

6. Tomamos a liberdade de sugerir…


Sua Excelência ou Vossa Excelência?

É necessário frisar o uso dos pronomes possessivos “Sua” e “Vossa”


junto de uma forma de tratamento reverente, cujo emprego não é
arbitrário:
“Vossa Excelência” é um tratamento “Sua Excelência” usa-se em relação à
directo, isto é, para se dirigir à pessoa pessoa de quem se fala, isto é, quando se
com que se fala ou a quem se dirige. Por está a falar para uma outra pessoa a respeito
exemplo, se alguém tiver de fazer um
da pessoa que merece o título. Por exemplo,
pedido a uma entidade (Ministro, PCA,
se a entidade (Ministro, PCA, Reitor)
Reitor) e, se ele estiver presente, será
estiver ausente, deve dizer-se ao seu/a
tratado por Vossa Excelência;
secretário/a ou assessor/a:

Ex.: Trago um pedido a Vossa Excelência Ex.: Trago um pedido a Sua Excelência.
O pronome você
Você tem como origem remota em vossa mercê >vossemecê >voss'mecê >vomecê >
vom'cê >vômcê >você. (Cf. Houaiss 2015)
Portanto, este pronome, você, passou por um processo fonético evolutivo.
De salientar que:

Em Portugal, o você é um pronome usado para pessoas do mesmo nível, ou de


superior (em classe social, em idade e em hierarquia) para inferior e, em famílias de
classes mais altas, é usado como forma carinhosa de intimidade, emprego este
considerado fino;

Já no Brasil, o você é equivalente a tu, ou seja, usa-se nos mesmos contextos que tu.
Quadro dos pronomes pessoais e possessivos
Pronome Pronome Pronome Pronome Pronome Pronome Pronome
pessoal de pessoal de pessoal de pessoal pessoal com pessoal com a possessivo
Sujeito/Formas Complemento Complemento Reflexo preposição (a, preposição com
de tratamento directo indirecto para, de,
contra, ...)
Te Te Te Ti Contigo Teu/tua
Tu
Eu vi-te na Depois Magoaste-te. Isto é para ti. Fico contigo. Esta é a tua
Mutamba. telefono-te. sala.

Você O/a Lhe Se Si Consigo Seu/sua


Senhor Eu vi-o na Depois Magoou-se. Isto é para si. Fico consigo Esta é a sua
Senhora Mutamba. telefono-lhe sala.

Vocês Vos Vos Se Vocês Convosco Vosso/a/s


Senhores Eu vi-vos na Depois Magoaram-se Isto é para Fico convosco Esta é a vossa
Senhoras Mutamba telefono-vos vocês Fico com vocês sala
Fico com
Os/as Lhes Isto é para os/as
Eu vi-os na Depois os/as Senhores/as
Mutamba telefono-lhes Senhores/as
Combinação das formas verbais e pronominais nas formas de tratamento

A língua padrão não admite confusão entre as formas de tratamento,


misturando as formas verbais e trocando os pronomes pessoais ou os
possessivos. Não se pode, portanto, tratar a mesma pessoa ora por tu
ora por você. Vejamos o exemplo:

Quando falei de ti, você não estava. Pensava que sempre podia contar
contigo, pois o seu apoio tem sido determinante para a minha vida. Por
isso, telefono-lhe sempre que posso e, às vezes, vou à tua casa.
Quando falei de ti, tu não estavas. Pensava que sempre podia contar
contigo, pois o teu apoio tem sido determinante para a minha vida. Por
isso, telefono-te sempre que posso e, às vezes, vou à tua casa.
(CERTO ) – Informal por tu

Quando falei de si, o senhor não estava. Pensava que sempre podia
contar consigo, pois o seu apoio tem sido determinante para a minha
vida. Por isso, telefono-lhe sempre que posso e, às vezes, vou à sua
casa. (CERTO ) - formal por você/senhor
EXERCÍCIOS
1. Corrija os erros das seguintes frases:
a) Não te preocupas que você não és cúmplice.
b) Eu dei-te mas você não recebeste
c) Ontem liguei-te e você não atendeste.
d) Tu não se preocupaste em ligar para mim.
e) Já te disse que você és culpado.
f) Te esperei e você não vieste.
g) Quando te liguei, você já estavas a dormir.
h) Depois não diga que não te avisei.
i) Já te falamos para não sair, mas você é teimoso.
j) Senhor, posso pedir-te um favor?
k) Você deste-lhe motivo para ele te faltar ao respeito.
l) Não falei contigo é bom você não se meter.
m) Eu vi-te quando você tiraste.
n) Não se preocupes comigo, é bom preocupar-se com você mesmo.
o) Pode ir, ninguém te precisa mais.
p) Não te disse que podias ficar melhor?
q) Você tens que estudar, porque tu já és adulto.
r) Estou a falar contigo e você não respondes.
2. Identifique a forma de tratamento e, em seguida, ponha o texto para o tratamento inverso:

Eu queria escrever-te uma carta


amor,
uma carta que te dissesse
deste anseio
de te ver
deste receio
de te perder (…)
uma carta de confidências íntimas,
uma carta de lembranças de ti,
de ti
dos teus lábios vermelhos como tacula
dos teus cabelos negros como dilôa
dos teus olhos doces como maboque
do teu andar de onça
e dos teus carinhos (…)
Eu queria escrever-te uma carta
amor,
que a não lesses sem suspirar (…)
uma carta que ta levasse o vento que passa (…)
Eu queria escrever-te uma carta...
Mas ah meu amor, eu não sei compreender
por que é, por que é, por que é, meu bem
que tu não sabes ler
e eu - Oh! Desespero! - não sei escrever também
Carta de um contratado, António Jacinto (adaptado)
3. Identifique a forma de tratamento e, em seguida, ponha o texto para o tratamento inverso:

Caminhe placidamente entre o ruído e a pressa e lembra-se de quanta paz pode haver
no silêncio. Tanto quanto possível, sem se render, fique em bons termos com todas as
pessoas. Fale a sua verdade, tranquila e claramente. (…) Evite pessoas clamorosas e
agressivas, são tormento para o espírito. Se se comparar com outros, pode tornar-se
vaidoso e amargo, pois sempre haverá pessoas maiores ou menores do que você. Goze
as suas realizações tanto quanto os seus planos. Mantenha o seu interesse em sua própria
carreira, por humilde que ela seja: é uma posse real que tem, nas ocasiões em que o tempo faça
modificarem-se os destinos. Seja cauteloso em seus negócios, porque o mundo está cheio de
trapaças (…) Não seja cínico em relação ao amor, porque em face de toda aridez e de

todo o desencantamento, ele é perene como a relva. Aceite com tolerância o conselho
dos anos e abra mão, graciosamente, das coisas da juventude. Nutra o seu espírito da
força, para que o ampare em algum inesperado infortúnio. Mas não se angustie com
simples imaginação (…)

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