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Comprovada a quitaçã o do preço do negó cio jurídico pelo contrato de venda e compra
firmado, frise-se, com Iná cio, sem qualquer ressalva de saldo residual ou resíduo é devido.
A todo este respeito a jurisprudência desta Corte em casos análogos envolvendo a mesma ré: “Processo inserido na
Meta 2 do CNJ e redistribuído por força da Resolução 542/2011. Adjudicação Compulsória. Contrato quitado.
Sentença de procedência. Alegação da Imobiliária Continental da existência de resíduo inflacionário não pago pelos
autores. Abuso nessa cobrança, precedentes da 4ª Câmara. Recursos desprovidos.” (Apelação Cível 9092583-
12.2004.8.26.0000; Rel. Teixeira Leite; 4ª Câmara de Direito Privado; j. 25/08/2011) “Adjudicação compulsória -
Alegada recusa na outorga de escritura definitiva de lote, sob o argumento de que estariam em aberto resíduos
inflaciortários – Sentença de procedência - Recibos exibidos que dão quitação integral do preço, com observações
no sentido de que as prestações foram corrigidas com a diferença do 1PCR - Recurso da ré não provido, acolhido o
apelo dos autores para majoração da verba honorária.” (Apelação Sem Revisão 0064269-54.2000.8.26.0000; Rel. J.
G. Jacobina Rabello; 4a Câmara de Direito Privado; j. N/A; r. 24/03/2006) “Contrato de venda e compra de imóvel
com preço parcelado - Quitação da última prestação realizado sem ressalvas - Recusa da vendedora em outorgar
escritura definitiva que não se sustenta, devido a ser duvidosa a tese de que há saldo de correção monetária a ser
pago, até porque, pelo tempo decorrido, adquiriram os compradores direito ao usucapião do art. 183, da CF - Não
provimento.” (Apelação Sem Revisão 9068474-36.2001.8.26.0000; Rel. Enio Zuliani; 4ª Câmara de Direito Privado;
j. N/A; r. 13/03/2006) “Adjudicação compulsória. Comprovação da relação negocial com a ré Quitação do contrato
comprovada - Recibos devidamente quitados de acordo com o valor emitido pela ré Recebimento pela Imobiliária
sem nenhuma ressalva Autores aptos a obter a escritura Cumprimento integral do avençado. Sentença reformada
Recurso provido.” (Apelação Cível 9192453-88.2008.8.26.0000; Rel. Ramon Mateo Júnior; 7a Câmara de Direito
Privado; j. 11/12/2012).
A propósito, calha o voto do Des. De Santi Ribeiro, no julgamento da Apelação nº 994.06.023559-2, em
21/09/2010:
“A irregularidade do registro do imóvel, especialmente do loteamento a ser providenciado pela ré, não é óbice à
pretensão da autora. Assinale-se que o objetivo da adjudicação compulsória é o suprimento judicial da outorga
da escritura definitiva, ou seja, da vontade assumida no compromisso de compra e venda e não cumprida,
mediante sentença constitutiva com a mesma eficácia do ato não praticado. Não há questão dominial a ser
dirimida, de modo que, ainda que pendente a regularização do loteamento, o compromisso foi concretizado, a
autora cumpriu a sua parte no contrato, quitando integralmente o preço, de sorte que a regularização do
loteamento, que é incumbência da ré, não impossibilita a decisão substituindo a sua declaração não emitida, ou
seja, a outorga da escritura definitiva. Em suma, a ação de adjudicação independe das providências necessárias
para a regularização do loteamento e a sentença que dela se extrai "não obriga o oficial do Registro de Imóveis a
registrá-la, porquanto pode ele suscitar dúvida tocante a qualquer impossibilidade de transcrição" (Ricardo
Arcoverde Credie, Adjudicação Compulsória, Malheiros Editores, 9a edição, 2004,1.3.1.3, pág. 106).”