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SUMÁRIO

1. JURISDIÇÃO 3
2. CARACTERÍSTICAS 3
3. PRINCÍPIOS 4
4. ESPÉCIES 5
5. EXERCÍCIOS 5
6. GABARITO 6

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COMPETÊNCIA E JURISDIÇÃO

1. JURISDIÇÃO

Pela própria figura da separação dos poderes, podemos entender que o


estado exerce três grandes funções divididas tipicamente entre seus
órgãos, administrar, legislar e julgar. Cada poder exerce uma dessas
funções de forma prioritária, mas não exclusiva.
Podemos conceituar a JURISDIÇÃO como a atuação no estado em um
caso concreto, buscando solucionar uma lide e buscar a paz social.

Em relação ao nosso assunto, é de extrema importância que você saiba


a diferença entre estes institutos:

☛ ATRIBUIÇÃO: Definida como a capacidade atribuída à autoridade administrativa para a


prática de determinada função. Com isso, entenda que o Delegado de Polícia possui atribuição e não
competência, já que o termo competência será restringido aos órgãos jurisdicionais.

☛ CIRCUNSCRIÇÃO: espaço territorial onde a Autoridade Policial desenvolve as suas


atribuições.

2. CARACTERÍSTICAS

EXCEÇÃO: Uma delas é a possibilidade de concessão, de ofício, de


Habeas Corpus, sempre que a pessoa estiver presa mediante abuso de
poder ou ilegalidade (art. 654, §2º, CPP) – para a sua prova, você não precisa
saber todas as exceções, mas tenha em mente que elas existem, que essa
regra não é absoluta.
Depois de ajuizada a ação, cessa o princípio da inércia e passa a valer o
impulso oficial, ou seja, não há mais necessidade de provocação das
partes. Cuidado com essa afirmação!!! Mesmo não sendo necessária a
provocação das partes para a tramitação processual, em alguns casos, o
seu desenvolvimento dependerá dela, ex: perempção.

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➤ SUBSTITUTIVIDADE: A vontade das partes é substituída pela vontade
do estado (vontade da lei).

➤ DEFINITIVIDADE: Em certo período, a decisão tomada pelo juiz não


mais admitirá recurso, será definitiva, imodificável (fará coisa julgada).

CUIDADO!!! Sentença condenatória nunca fará coisa julgada material, pois, a qualquer momento
caberá revisão criminal, desde que preenchidos os requisitos, nos termos dos arts. 621 e 622, CPP.

3. PRINCÍPIOS
● INVESTIDURA – Para que a jurisdição seja exercida, a pessoa deverá
estar investida do Poder Jurisdicional, ou seja, o Estado detém o poder e
poderá delegá-lo a quem possuir capacidade para o seu exercício. Essa
capacidade se dá através de uma posse como magistrado, que poderá
ocorrer por concurso público (art.93, I, CF) ou através do quinto
constitucional (art.94, CF).

● INDELEGABILIDADE – Quem for investido do Poder Jurisdicional,


não poderá delegá-lo, seja em relação a outro órgão ou outro poder, seja
em relação a outra pessoa, ou até mesmo em relação a outro órgão
jurisdicional que não possui a sua competência.

● INEVITABILIDADE – Pode ser aplicado em dois diferentes momentos:


✔ 1º – iniciado o processo, as partes estarão vinculadas à relação
processual;
✔ 2º – depois da vinculação obrigatória à participação no processo, os
sujeitos estarão obrigados a suportar as decisões judiciais, concordando
ou não com elas.

● INAFASTABILIDADE DE JURISDIÇÃO – Art.5º, XXXV, CF: “a lei não


excluirá da apreciação do judiciário lesão ou ameaça a direito”. Toda
pessoa que se sentir violada em seus direitos, terá a possibilidade de
pleitear sua demanda no poder judiciário e ter a prestação dessa tutela
jurisdicional, mas cuidado!!! O direito de buscar a solução no judiciário não
quer dizer que essa solução será sempre favorável para quem buscou. Terá
aplicação também quando afirmamos que o estado só cumpre o seu papel
quando, efetivamente, tutela o direito das partes.

● JUIZ NATURAL: Busca evitar a possibilidade da parte escolher o juiz


que julgará sua causa, ou o oposto, que o Estado determine quem será o
juiz de uma causa. Em processo penal, o julgador que atuará em um

NÃO TEM TRIBUNAL DE EXCEÇÕES


determinado feito, deverá ser previamente escolhido por lei, ou pela
própria Constituição.

● TERRITORIALIDADE: A jurisdição se limita ao território brasileiro.


Todo juiz terá jurisdição em todo o território nacional, mas a competência
de cada um será determinada sobre vários critérios.

4. ESPÉCIES

Para a sua prova, trataremos das espécies que mais “caem” em concursos
públicos.
▪ INFERIOR: exercida pelo órgão que atua inicialmente no processo.
▪ SUPERIOR: exercida em grau recursal.

CUIDADO!!! Os tribunais poderã o ser tanto inferiores como superiores a depender da


pró pria competê ncia originá ria. Ex: prerrogativa de função.

▪ COMUM: Será a residual, tudo que não for especial, será comum.
▪ ESPECIAL: em processo penal, será formada por duas espécies:
↳ JUSTIÇA ELEITORAL (art.118 a 121, CF);
↳ JUSTIÇA MILITAR (art. 122 a 124, CF).

5. EXERCÍCIOS

01 - No que se refere a jurisdição e competência criminal, julgue os


itens a seguir.
I. A justiça comum, a justiça eleitoral e a justiça militar exercem a
jurisdição penal.
II. Os tribunais de justiça dos estados, assim como o Superior Tribunal
de Justiça e o Supremo Tribunal Federal, exercem jurisdição criminal.
III. Compete ao juiz singular processar e julgar o crime de infanticídio.

Assinale a opção correta.

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A) Apenas o item I está certo.
B) Apenas o item II está certo.
C) Apenas o item III está certo
D) Apenas os itens I e II estão certos.
E) Todos os itens estão certos.

02 - O juiz de uma causa deve ser imparcial, legalmente investido e


competente, o que se harmoniza com a previsão de órgão colegiado
em primeiro grau de jurisdição para o processo e julgamento dos
crimes praticados por organizações criminosas.

CERTO ( ) ERRADO ( )

03 - Pelo princípio do juiz natural, todo cidadão tem direito de ser


julgado por um juízo previamente estabelecido por lei, e não ad hoc
criado ou tido como competente.

CERTO ( ) ERRADO ( )

6. GABARITO
01 – D
02 – C
03 – C

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