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ESCOLA SECUNDÁRIA DE NAMPULA

Trabalho em Grupo de IPP

Turma: B/4 C1 - 12ª Classe

Tema: Técnicas de avaliação

Docente:______________

Nampula, Setembro de 2023


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ESCOLA SECUNDÁRIA DE NAMPULA

Trabalho em grupo de IPP

Nome dos elementos: Turma: B4 /C1 - 12ª Classe

Amarinho Jorge Nº 07

Cristiano Braison Paulo

Idelson Castro Rosário Nº 57

Mapessa Iancubo Saíde Nº 78

Miro Mário Mussa Nº 81

Molde Abu Omar nº 83

Selemane Emiliano José Nº 110

Nampula, Setembro de 2023

Índice
1.Introdução................................................................................................................................5
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1.1.Objectivos.............................................................................................................................5

1.1.1.Objectivo geral...................................................................................................................5

1.1.2.Objectivos Específicos.......................................................................................................5

1.2.Metodologia..........................................................................................................................5

2.Principais técnicas de avaliação psicológica............................................................................6

2.1.Testes Psicológicos...............................................................................................................6

2.1.1.Classificação dos testes psicológicos.................................................................................6

2.1.2.Requisitos de um teste psicológico....................................................................................8

2.1.3.A escolha dos instrumentos...............................................................................................8

2.1.4.Cuidados na aplicação dos testes.......................................................................................9

2.1.5.A avaliação dos testes........................................................................................................9

2.2.Observação..........................................................................................................................10

2.2.1.Exame do estado mental..................................................................................................11

2.2.2.Observação.......................................................................................................................11

2.3.Entrevista............................................................................................................................11

2.3.1.Roteiro de entrevista........................................................................................................12

2.4.Aspectos Éticos da Avaliação Psicológica.........................................................................12

2.4.A situação actual de uso de instrumentos no mundo..........................................................14

3.Conclusão...............................................................................................................................16

4.Referencias Bibliográfica.......................................................................................................17
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1.Introdução
No presente trabalho da cadeira de avaliação Psicológica temos como objecto em
estudo os testes psicológicos, que são instrumentos ou técnicas de avaliação ou mensuração
de características psicológicas. O estudo dos testes psicológicos é de enorme importância no
processo de conhecimento do outro, não esquecendo que o processo de avaliação psicológica
requer o planeamento adequado, a execução cuidadosa do que foi planejado, a integração e
análise dos dados obtidos deste instrumento.

Os testes psicológicos são ferramentas utilizadas para a recolha de informações do


objecto que se pretende estudar, esses instrumentos sofrem uma classificação, sendo
classificado de diversas formas em diversas literaturas por diversos autores, sendo que no
presente trabalho classificaremos em teses com respostas correctas; em testes de
funcionamento cognitivo, conhecimento, habilidades ou capacidades; e testes nos quais não
há respostas correctas: Inventários, questionários, levantamentos, testes de personalidade,
motivações, preferências, atitudes, interesse, opiniões, reacções características.

1.1.Objectivos

1.1.1.Objectivo geral
 Compreender as principais técnicas de avaliação psicológica.

1.1.2.Objectivos Específicos

 Classificar os testes psicológicos


 Identificar os princípios éticos da avaliação psicológica
 Demostrar a situação actual dos testes psicológicos no mundo

1.2.Metodologia.

Para a concretização do presente trabalho recorremos a pesquisa bibliográfica como método


de estudo.
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2.PRINCIPAIS TÉCNICAS DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA.

2.1.Testes Psicológicos
Os testes psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de características
psicológicas, constituindo-se um método ou uma técnica de uso privativo do psicólogo, em
decorrência do que dispõe o 1° do art.º. 13 da lei no 4.119/62. (Resolução CFP 002/2003 apud
CUNHA, 2000).

Os testes psicológicos são procedimentos sistemáticos de


observação e registo de amostras de comportamentos e respostas
de indivíduos com o objectivo de descrever e/ou mensurar
características e processos psicológicos, compreendidos
tradicionalmente nas áreas emoção/afecto, cognição/inteligência,
motivação, personalidade, psicomotricidade, atenção, memória,
percepção, dentre outras, nas suas mais diversas formas de
expressão, segundo padrões definidos pela construção dos
instrumentos (idem).
Segundo Alchieri, Noronha & Primi (2003 apud MACHADO,2007), os testes
psicológicos são “instrumentos objectivos e padronizados de investigação do comportamento,
que informam sobre a organização normal dos comportamentos exigidos na execução de
testes ou se suas perturbações em condições patológicas”. Assim, percebe-se que o teste dá ao
profissional a possibilidade de observar o comportamento de forma padronizada e julgar se os
comportamentos que observa durante a execução deste encontram-se, segundo o próprio teste,
dentro das condições observadas na população normal pesquisada durante a sua fabricação.

2.1.1.Classificação dos testes psicológicos


Os testes psicológicos são classificado de diversas formas em diversas literaturas, porem
adoptamos a classificação de Adriane Picchetto Machado que classifica os testes psicológicos
em:

 Testes com respostas correctas: Funcionamento cognitivo, conhecimento,


habilidades ou capacidades;
 Testes nos quais não há respostas corretas: Inventários, questionários,
levantamentos, testes de personalidade, motivações, preferências, atitudes, interesse,
opiniões, reacções características.
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Exemplos de alguns testes psicológicos.

Testes da personalidade-comportamento
Adulto Infantil
CPS - Escalas de Personalidade de DFH III - O Desenho da Figura Humana
Comrey
EFEx - Escala Factorial de Extroversão ETPC - Escala de Traços de Personalidade para
Criança
EFN - Escala Factorial de Neuroticismo FTT- Teste Contos de Fada
HTP HTP
IFP - Inventário Factorial de SMHSC - Sistema Multimídia de Habilidades
Personalidade Sociais de Crianças
STAXI - Inventário de Expressão de
Raiva como Estado e Traço
TAT - Teste de Apercepção Temática
QUATI - Questionário de Avaliação
Tipológica
Testes de Habilidades - Aptidões - Inteligência

Adulto Infantil
WAIS III - Escala de Inteligência WISC III - Escala de Inteligência Wechsler para
Wechsler para Adultos Crianças
BPR 5 - Bateria de Provas de Raciocínio Colúmbia - Escala de Maturidade Menta
BFM 3 - Teste de Raciocínio Lógico R 2 - Teste Não-verbal de Inteligência para
Crianças
BFM 2 - Testes de Memória Raven - Escala Especial
RAVEN - Escala Geral Teste das Fábulas
Outros

Adulto Infantil
BBT - Testes de Fotos de Profissões Bender - Teste Gestáltico Viso-Motor de
Bender
EMEP - Escala de Maturidade para a IEP - Inventário de Estilos Parentais
Escolha Profissional
Escalas Beck TDAH - Escala de Transtorno do Deficit de
Atenção/Hiperactividade
ISSL - Inventário de Sintomas de Stress SDT - Teste do Desenho de Silver.
de Lipp.
IECPA- Inventário de Expectativas e
Crenças Pessoais Acerca do Álcool
Estilos de Pensar e Criar
Fonte: Machado,2007.
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2.1.2.Requisitos de um teste psicológico


Para que um teste possa ser utilizado pelos profissionais da Psicologia, ele necessita
responder a requisitos essenciais. O primeiro grande ponto a ser discutido é a "validade “do
teste em questão. Ao produzir um instrumento de avaliação, os autores devem estar certos de
que ele mensurará o que está se propondo. Em outras palavras, os autores precisam esclarecer
se o teste de atenção em questão realmente mede atenção.

Outro ponto refere-se à "fidedignidade “do teste. Este assunto envolve o fato de o
escore (resultado) obtido na aplicação se aproximar ao escore verdadeiro do sujeito. Ou seja,
ao aplicar um teste de atenção e obter o escore médio, significa que o indivíduo possui
realmente uma atenção dentro da média? A fidedignidade é a “confiabilidade” do instrumento
de testagem ou a sua “precisão”.

Ao formalizar um teste, os autores precisam estabelecer “regras” que sejam comuns a


todos os usuários: é a padronização, ou seja, a uniformidade dos procedimentos tanto de
aplicação quanto de pontuação do teste. Isso garantirá que todos os psicólogos que fizerem
uso do material em um mesmo sujeito, por exemplo, obterão o mesmo resultado.

Por fim, o teste utilizado pelo psicólogo deve corresponder à "realidade" em que está
sendo utilizado. Isso significa que ele deve estar adaptado às realidades social, económica e
política do Pais.

2.1.3.A escolha dos instrumentos


Conhecer os princípios que regem a elaboração dos testes é fundamental. Entretanto o
profissional, quando em sua prática, ficam em dúvida quanto ao qual instrumento deverá
utilizar para avaliar determinada característica. É importante ressaltar que não existem
instrumentos melhores ou piores. Visto que todos passaram por um processo científico de
elaboração e sim instrumentos mais indicados ou menos indicados para determinada situação.

Os pontos abaixo podem ajudar o profissional a pensar melhor e a escolher o teste mais
adequada para a ocasião (o conselho Regional de Psicologia (CFP) apud, MACHADO,2007):

 Que atributos ou características se quer avaliar: personalidade, atenção, inteligência


etc.;
 Quais as técnicas disponíveis e aprovadas: técnicas que constam na lista do CFP como
aprovadas;
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 Idade, escolaridade, nível socioeconómico etc. do testando: perfil da pessoa a ser


avaliada;
 Familiaridade com o instrumento: ter conhecimento prévio do material antes de sua
aplicação;

Dessa forma, há testes que não podem ser utilizados com pessoas de baixa escolaridade,
adultos, etc. e há instrumentos que exigem do profissional mais treino do que outros. Isso
deve ser pensado antes da formalização e da escolha dos materiais que se pretende utilizar.

2.1.4.Cuidados na aplicação dos testes


Na prática dos profissionais, percebem-se muitos erros e muitas dúvidas na hora da
aplicação. Como é uma situação que envolve pessoas e, dessa forma, são situações em que
factos inesperados podem ocorrer, é importante que o psicólogo observe alguns pontos
(CRONBACH,1996).

Antes da aplicação do teste, é importante que o profissional observe o avaliando (ou o


grupo de avaliando) nos seguintes aspectos: condições físicas (medicações, estado de cansaço,
problemas visuais e auditivos, alimentação etc.) e condições psicológicas (problemas
situacionais, alterações comportamentais), procurando identificarem possíveis situações que
possam influenciar na qualidade do desempenho do sujeito.

Durante a aplicação propriamente dita, é de responsabilidade a observação dos


princípios de padronização do teste: Deve-se no entanto, seguir rigorosamente as orientações
do manual sem assumir postura estereotipada e rígida. Para que se obtenha um desempenho
adequado dos avaliando, deve-se também observar a postura do psicólogo na hora da
execução: aplicar os testes de forma clara e objectiva, inspirando tranquilidade e evitando,
assim, acentuar a ansiedade situacional típica da avaliação.

O trabalho pode ser facilitado se o psicólogo habituar-se a registrar os eventos de


forma pormenorizada, ou seja, os comportamentos durante a aplicação. Isso facilitará na hora
da sistematização dos dados e ajudará o profissional na conclusão de seu trabalho.

2.1.5.A avaliação dos testes


Após a aplicação dos testes, a próxima etapa corresponde à avaliação dos mesmos.
Deve-se, neste momento, observar todos os princípios contidos no manual e segui-los com
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rigorosidade. A entrega dos resultados e a entrevista de devolução baseiam-se na boa


avaliação. Após isso, é importante observar o resguardo e o sigilo das informações,
assegurando a guarda adequada dos materiais. Trataremos desse assunto de forma mais
específica um pouco adiante.

A integração de todos os dados de uma avaliação psicológica (entrevistas, testes,


observações, dinâmicas) não é um trabalho fácil e exige do psicólogo muito treino e
competência.

Os 12 erros do uso de testes psicológicos

1. Utilizar testes não aprovados pelo CFP.


2. Usar cópias de testes.
3. Não encarar a Avaliação Psicológica como um processo.
4. Dispensar a entrevista.
5. Adaptar os testes de acordo com a sua vontade: alterar tempos, instrumentos, não
observando a padronização.
6. Não pedir ao candidato para assinar o teste.
7. Não registrar todas as informações pertinentes ao caso.
8. Aceitar remuneração incompatível com a sua prática.
9. Não esclarecer a respeito da Avaliação Psicológica ao cliente e ao usuário do serviço.
10. Não fazer entrevistas de devolução.
11. Não se aperfeiçoar em reciclagens, cursos, supervisões e congressos.
1. 12. Não guardar os materiais por cinco anos.

2.2.Observação
Dentre as ferramentas disponíveis para a utilização do psicólogo em um processo de
avaliação, a observação é uma das principais. “Observar é estudar, examinar, olhar com
atenção, pesquisar minuciosamente" (CRONBACH,1996).A observação é um método mais
aberto de avaliação psicológica e sem dúvida o primeiro instrumento que o profissional de
Psicologia aprende a utilizar.
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Observar significa tornar mensurável o comportamento que se expõe por parte do


sujeito que o manifesta. O comportamento observado também produz reacções (sentimentos,
respostas) no observador, que o auxiliam a formular hipóteses sobre o mesmo.

2.2.1.Exame do estado mental


Examinar o estado mental de um sujeito implica mensurar as qualidades psicológicas;

 Atenção: Capacidade de concentração do psiquismo frente a determinado estímulo;


 Senso percepção: Capacidade de receber um estímulo e transformá-lo em uma
imagem;
 Consciência: Estado de clareza psíquica;
 Orientação: Capacidade de situar-se em relação a si mesmo e ao ambiente;
 Memória: Capacidade de fixar, conservar, evocar e reconhecer um estímulo;
 Pensamento: Capacidade de elaborar, associar e criticar ideias. Traduz a aptidão de
elaborar conceitos, articulá-los em juízos e construir raciocínios de modo a solucionar
problemas;
 Linguagem: Conjunto de sinais convencionados utilizados para se expressar;
 Afectividade: Capacidade de experimentar sentimentos e emoções;
 Conduta: Tendência psicomotora da actividade psíquica.

2.2.2.Observação
Quando pretendemos observar alguém devemos ter em conta os seguintes aspectos;

 Aparência geral: Higiene, cuidados corporais e vestimenta, Aspecto físico e de


saúde, modo de comportar-se.
 Área sensorial e motora: Visão, audição, movimento corporal.

2.3.Entrevista
A entrevista psicológica é uma conversação dirigida a um propósito definido de
avaliação. Sua função básica é prover ao avaliador subsídios técnicos acerca da conduta do
candidato, completando os dados obtidos pelos demais instrumentos utilizados.

A entrevista é uma técnica de investigação científica em psicologia, sendo um


instrumento fundamental do método clínico. Compreende o desenvolvimento de uma relação
entre o entrevistado e o entrevistador, relacionada com o significado da comunicação. Revela
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dados introspectivos (a informação do entrevistado sobre os seus sentimentos e experiências),


bem como o comportamento verbal e não-verbal do entrevistador e do entrevistado (CUNHA
et all, 2000).

Apesar de suas vantagens, a entrevista está sujeita a interpretações subjectivas do


examinador (valores, estereótipos, preconceitos, etc.). Deve-se, portanto, planejar e
sistematizar indicadores objectivos de avaliação correspondentes ao perfil examinado.

2.3.1.Roteiro de entrevista
De forma geral, os dados a serem obtidos deverão ser observados de acordo com o
contexto onde o atendimento estará sendo realizado. Assim, em determinados contextos,
certas informações são imprescindíveis, enquanto em outros, algumas informações se tornam
irrelevantes.

A entrevista deve ser entendida como uma forma dinâmica, o que possibilitará o
conhecimento necessário aos objectivos da avaliação proposta. Consideramos como
importantes, nos mais diversos contextos, a investigação das seguintes informações:

 Dados de identificação, Dados socioculturais, História familiar, História escolar


 História e dados profissionais, História e indicadores de saúde/doença
 Aspectos da conduta social, Visão e valores associados a temática investigada
 Características pessoais, Expectativas de futuro.

2.4.Aspectos Éticos da Avaliação Psicológica


Toda sociedade possui regras de convivência humana. Sabemos que não podemos
andar sem roupas nas ruas, que não podemos matar uma outra pessoa e que devemos cuidar
bem de nossos filhos. Essa é a moral, ou seja, um conjunto de princípios que norteiam a acção
dos homens em sociedade. Cada sociedade, evidentemente, possui suas normas sociais fruto
da construção de sua história. A ética é, por sua vez, a ciência da reflexão crítica desses
princípios, os quais referem-se aos ideais da conduta humana.

Dessa forma, é fácil entender o que é a ética profissional: são deveres e princípios
morais no exercício de determinada profissão. Pressupõe a crítica sobre a consistência e a
coerência dos valores que norteiam o nosso trabalho.
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Os dois principais documentos que compõem os preceitos da Ética Profissional do


Psicólogo são o Código de Ética (cuja última versão é de 2005) e o Guia de Princípios Éticos
da APA (American Psycological Association), de 1953.³

Os objectivos do Código de Ética são:

 Estabelecer padrões de conduta esperados, fortalecendo o reconhecimento sócia da


categoria de psicólogos;
 Fomentar a auto-reflexão exigida de cada indivíduo acerca de sua práxis, de modo a
responsabilizá-lo, pessoal e colectivamente, por acções e consequências no exercício
profissional.

Os princípios fundamentais da prática profissional apontada neste documento são:

 Respeito, liberdade, dignidade, igualdade e integridade;


 Promover a saúde e a qualidade de vida;
 Responsabilidade Social;
 Aprimoramento Profissional Contínuo;
 Acesso ao conhecimento da ciência;

Complementando as ideias principais do Código, a APA determinou seis princípios básicos


para a formação e actuação do psicólogo³.

Primeiramente, a competência técnica, que envolve manter um alto padrão de


exigência em seus trabalhos, reconhecendo seus limites e oferecendo apenas serviços para os
quais está habilitado. Cabe ao profissional, também, apresentar comportamentos honestos,
justos e respeitosos na sua actuação. Deve ter consciência de seus valores e os efeitos que
estes podem ter na sua prática, evitando colocar seus próprios ideais mesclados em sua
actuação.

A responsabilidade científica e profissional aponta para a necessidade de o


profissional estar atento a sua actuação e colaborar com colegas, profissionais de outras áreas
e instituições, procurando ampliar a postura ética a todos os âmbitos atingidos pelo trabalho.

Respeitar a dignidade das pessoas, principalmente, em uma sociedade que tem mais
consciência de seus direitos, é fundamental. Reconhecer que as pessoas têm direito à
privacidade e à confidencialidade do que é discutido dentro do ambiente de atendimento. É
um princípio básico da actuação da Psicologia. Além disso, entender que as pessoas são
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autodeterminadas e que têm autonomia sobre suas atitudes; pontos os quais devem estar
sempre na mente do profissional durante o atendimento e após ele.

Relacionado ao que foi discutido no parágrafo anterior está a preocupação com o bem-
estar do outro. Isso significa que qualquer conflito que porventura possa ocorrer na prática
profissional deve ser resolvido da melhor forma possível, minimizando os riscos envolvidos.

Finalmente, a questão da responsabilidade social do trabalho, ou seja, a


responsabilidade científica diante da comunidade e da sociedade na qual está inserido. O
profissional da Psicologia deve ser responsável também na formulação de leis e políticas que
possam beneficiar a sociedade sem que envolvam, necessariamente, vantagens profissionais.

Almeida & Bartram (1999 apud CUNHA et all,2000), segundo o estudo, a postura
inadequada do profissional fere princípios de responsabilidade e ética: Utilizar testes
inadequados na sua prática; estar desactualizado na área de actuação; Desconsiderar os erros
de medida nas suas interpretações; Permitir a aplicação de testes por pessoal não qualificado;
Desprezar as condições que afectam a validade dos testes em cada cultura; Ignorar a
necessidade de arquivar o material psicológico colectado…

2.4.A situação actual de uso de instrumentos no mundo


Avaliação psicológica é função privativa do psicólogo, definida pela lei nº 4.119, de
1962, que regulamenta a profissão; e corresponde ao processo de colecta de dados e
interpretações de informações, por meio de teorias, métodos e instrumentos psicológicos. Tem
por finalidade obter maior conhecimento do indivíduo, do grupo ou situações, a fim de atingir
os objectivos definidos e, assim, auxiliar em processos de tomada de decisões (WECHSLER,
1999 apud CUNHA,).

O uso de instrumentos psicológicos é uma actividade ampla e fundamental, cuja


utilização pode se dar em vários contextos de actuação do psicólogo. A preocupação com a
utilização destes instrumentos tem sido um tema amplamente discutido por pesquisadores em
todo o mundo. Esse movimento de reflexão é decorrente dos inúmeros problemas
identificados na área de avaliação psicológica, o que parece pertinente, uma vez que a ciência
psicológica, assim como em outras, possui característica dinâmica e necessidade de
actualização constante, gerando o seu desenvolvimento em todos os âmbitos, bem como na
área de avaliação psicológica.
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Os problemas relativos à área, descritos nos mais variados estudos, referem-se à


precária formação dos profissionais, ao uso inadequado de instrumentos psicológicos, aos
instrumentos desactualizados e sem fundamentação científica, à falta de professores
especializados e à falta de consenso sobre como deve ser feita a formação do psicólogo nessa
área, no âmbito da graduação (NORONHA, 1999).

Nesse particular, vale destacar, que grande parte desses problemas é decorrente das
dificuldades que permearam a área da avaliação no início da década de 60, a crise ocorreu por
muitas razões, entre elas, as questões de ordem ideológica, na direcção de que os instrumentos
não eram adequados à realidade.

Em outra medida, o crescimento do número de cursos de psicologia, necessitava de


docentes qualificados, sendo que poucas instituições conseguiam manter o nível de qualidade
na preparação e utilização de instrumentos na avaliação psicológica, acarretando certo
comprometimento no ensino e, consequentemente o desinteresse e a falta de investimento na
construção e actualização dos testes psicológicos existentes (HUTZ & BANDEIRA, 2003
apud MACHADO, 2007).

Em suma podemos dizer que a situação actual dos instrumentos psicológicos, não e
boa porque os testes psicológicos não são devidamente empregados, e a falta de especialistas
na área,
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3.Conclusão
Após uma pesquisa exaustiva concluímos as principais técnicas de avaliação
psicológica são; os testes psicológicos, a observação, a entrevista. Em que os testes
psicológicos são instrumentos de avaliação ou mensuração de características psicológicas, que
revelam comportamentos e respostas de indivíduos com o objectivo de descrever ou mensurar
características e processos psicológicos, compreendidos tradicionalmente nas áreas
emoção/afecto, cognição/inteligência, motivação, personalidade, psicomotricidade, atenção,
memória, percepção, dentre outras, nas suas mais diversas formas de expressão, segundo
padrões definidos pela construção dos instrumentos.

O processo de aplicação destes instrumentos de avaliação ou mensuração psicológica,


deve estar de acordo com os princípios éticos e de acordo com os parâmetros do conselho
federal de psicologia, o uso destes instrumentos requer um cuidado profundo e cuidadoso,
pois implica a aplicação em seres vivos.
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4.Referencias Bibliográfica.
1. CRONBACH, L. J. Fundamentos da Testagem Psicológica. Rio Grande do Sul: Artes
Médicas, 1996.
2. CUNHA, J.A. et all. Psicodiagnóstico V. Ed. Artmed, Porto Alegre, 2000.
3. MACHADO. A. P e MORONA V; Manual de Avaliação Psicológica, Curitiba:
Unificado, 2007.
4. SANTOS, E; SILVA NETO, N.A.. A Ética no Uso dos Testes Psicológicos na
Informatização e na Pesquisa. Ed. Casa do Psicólogo, SP, 2000.
5. WECHSLER, S. M.; Guzzo, R. Avaliação Psicológica: Perspectiva Internacional. Ed.
Casa do Psicólogo, SP, 1999.

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