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Uma organização, afinal, é formada de pessoas; sem elas, a empresa simplesmente não existe.
Desse modo, partindo da ideia de que as pessoas são seu principal ativo, a gestão e o
desenvolvimento delas necessariamente são as principais ações que a gestão precisa focar.
Essa, aliás, constitui a definição de empregabilidade utilizada normalmente na gestão
estratégica de pessoas.
É na gestão das pessoas que a empresa gerará sua maior vantagem competitiva. Cada ação
nessa direção a coloca mais perto de seus objetivos, desde que essas ações estejam alinhadas
com os objetivos.
A gestão estratégica de pessoas surgiu mais recentemente, só a partir dos anos 1980 essas
práticas começaram a ser implementadas nas diversas organizações. Isso ocorreu devido à
concorrência com os produtos japoneses, o que impulsionou a necessidade de alavancar
vantagens competitivas dentro das empresas, gerando, com isso, estratégias mais refinadas e
(principalmente) baseadas em recursos.
Essa nova visão da gestão dos antigos “RHs” tornou o processo de gestão mais voltado para a
estratégia e menos centrado nas funções transacionais existentes. Seu olhar, portanto, passou
a estar mais centrado no conceito de capital humano.
A gestão estratégica de pessoas está baseada na ideia de uma gestão proativa, que não fica
parada ou concentrada apenas em seu departamento, ou seja, em suas funções básicas de
controle de pessoas. Ela agora passa a observar o todo, procurando as necessidades e agindo
sobre elas independentemente do lugar em que apareçam.
Esta é a nova função da gestão estratégica de pessoas: olhar para o todo e propor, com a alta
administração, soluções que alavanquem o atingimento de objetivos por parte da empresa. É
de um profissional com estas características que as empresas modernas precisam: alguém
que tenha uma visão do todo e que evite o insulamento da gestão de pessoas, não focando
apenas a gestão de seu pedacinho de chão, e sim de todo o território que é a empresa.
Outra grande mudança da visão tradicional e para a estratégica de gestão de pessoas é que
cada gestor passa a ser responsável (ou, no mínimo, corresponsável) pela gestão dos
colaboradores. Não é apenas o departamento de gestão de pessoas que verifica as
necessidades de cada colaborador e encontra os meios para desenvolvê-las. Atualmente, isso é
responsabilidade dos gestores que lidam com esses colaboradores em seu dia a dia. Ao
compartilharem essa reponsabilidade, eles podem identificar e buscar caminhos mais
apropriados para o desenvolvimento de seus colaboradores, formando sucessores e
desenvolvendo talentos para as oportunidades que surgirem dentro da empresa.
Algumas dessas pontes já são bem conhecidas de estudiosos e gestores. Uma delas é a forma
como a gestão estratégica dos recursos humanos lida com os processos que geram satisfação
nos colaboradores.
Algumas dessas pontes já são bem conhecidas de estudiosos e gestores. Uma delas é a forma
como a gestão estratégica dos recursos humanos lida com os processos que geram satisfação
nos colaboradores.
Essas questões são tratadas até hoje. Estudos, como o de Judge, Bono, Thoresen e Patton
(2001), por exemplo, relacionam a satisfação diretamente com os resultados alcançados pelos
colaboradores, indicando que essa relação existe e é estatisticamente provada sua veracidade.
Quando as ações não têm esse alinhamento ou simplesmente não são planejadas, os objetivos
consequentemente não são atingidos. Nessa questão, é sempre importante frisar a seguinte
frase do livro Alice no país das maravilhas:
Quando essas questões forem desenvolvidas ou revisadas na empresa, será importante que os
gestores de pessoas procurem participar desse processo, incorporando a gestão estratégica de
pessoas à sua cadeia de valor. Com essa atitude, a gestão estratégica de pessoas passa a ser
considerada parte da própria estratégia da empresa, trazendo um ganho de longo prazo
inestimável para a organização.
Nesse contexto, pode haver duas visões sobre a atuação dos departamentos de gestão de
pessoas em uma empresa:
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People Analystics
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Cadeia de valor
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Gestão de pessoas tradicional x gestão de pessoas estratégica
Ênfase nas Pessoas: Coloca as pessoas como o ativo mais importante da organização,
reconhecendo suas habilidades e talentos.
Estrutura Flexível: Adota uma estrutura mais horizontal e flexível, incentivando a
colaboração.
Decisões Descentralizadas: Delega autoridade e toma decisões descentralizadas para
permitir maior agilidade.
Função Estratégica: O departamento de recursos humanos desempenha um papel
estratégico, alinhando a gestão de pessoas aos objetivos organizacionais.
Abordagem Proativa: Antecipa desafios futuros, desenvolvendo e retendo talentos
para atender às necessidades da organização.