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“Os primeiros que sistematizaram o conceito de liberdade foram os gregos. Na sua génese a
liberdade era usada para designar a diferença que existia entre os homens livres e os escravos.
Os gregos usaram o termo eleuteros, livre, para designar o homem não escravizado.” (MORA,
2001, p. 407).
A liberdade é um atributo do ser social, enquanto género humano, mas com a propriedade privada,
através da produção do trabalhador, e do estranhamento a liberdade se perde como objecto.
Os tempos são diferentes e a intensidade dos problemas varia de época para época, dessa
forma, tal afirmação de Ferry (2007, p.117), é passível de questionamentos. Primeiro, não
podemos comparar negativamente dois episódios situados em tempos distantes, pois não
temos nenhum testemunho vivo que nos garanta afirmar a supremacia da crise na emergente
modernidade em comparação à crise ética contemporânea. Segundo, as provas documentais
foram produzidas por homens situados em determinados lugares sociais e com posições
políticas e ideológicas a defender.
Actualmente em Moçambique há uma profunda crise, causada por uma ruptura que separa os
homens uns dos outros.
Não queremos, ao apresentar os problemas citados acima, firmar uma acepção pessimista
sobre o homem actual, mas enfatizar como ele vem se distanciando de um princípio relevante
para sua própria realização enquanto ser humano, a relação.
O que tem ocorrido em Moçambique é o ser voltado para si mesmo – “inversão”, o que,
paradoxalmente, lhe tem causado grandes aflições.
A Ética Social são os princípios filosóficos e morais que, de uma forma ou de outra,
representam a experiência colectiva de pessoas e culturas. Esse tipo de ética geralmente
age como uma espécie de “código de conduta” que governa o que é e o que não é
aceitável, além de fornecer uma estrutura para assegurar que todos os membros da
comunidade sejam cuidados (BOFF, 2003, p. 32).
A ética padrão é tipicamente orientada pela moral individual que determina o certo ou errado.
é um grande aliado para agirmos correctamente, pois além de ser algo colocado
obrigatoriamente para toda a sociedade, é um conjunto de regras que compreende
igualdade, direitos e obrigações para todos. Já que algumas pessoas têm dificuldade de
seguir os valores éticos por livre e espontânea vontade, a lei favorece para o seguimento
dessas regras, essenciais para o bom convívio social, sem que um ultrapasse os direitos
dos outros (FERREIRA, 1996, p. 13).
A conduta do ser humano faz com que cada um tenha uma concepção do que pode fazer e se
vai ser aceito pela sociedade e do que não se pode fazer, porque em razão dessas práticas
erradas sofrerá algum tipo de sanção social.
Existem alguns padrões gerais que os membros da maioria das sociedades devem aderir no
decorrer da interacção regular entre si. Às vezes, isso se reflecte em leis ou códigos legais
como proibições contra assassinato e roubo, por exemplo.
Textos religiosos como a Bíblia às vezes podem ser usados como base para o clima ético de
uma sociedade. Mais frequentemente, porém, são coisas que devem ser feitas ou não feitas
por nenhuma outra razão que sejam as “coisas certas a fazer”. A proverbial “regra de ouro” de
“faça aos outros o que gostaria que fizessem a você”. se encaixa bem neste modelo.
Bibliografia
FANON, Frantz. Pele negra, máscara branca, 2ª edição, Paisagem, Porto, 1975.
ORTEGA, Francisco. Por uma ética e uma política da amizade. São Paulo: Perspectiva,
2004.