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CHOQUE HIPOVOLEMICO

DANIELI NEVES DA SILVA UL:20204303


NELSON CESAR FERRARI MESQUITA UL: 10208628
MERLISON PIERINI DOS SANTOS UL:20114486
TALITA NEVES MARIANO ANTUNES UL: 22213432
WALLAS DOS SANTOS FERNANDES UL:20112286
SUMÁRIO
• INTRODUÇÃO
• FISIOPATOLOGIA
• DIAGNOSTICO
• TRATAMENTO
• CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• INTERVENCÕES (NIC)
• CONCLUSÃO
INTRODUÇÃO
• O choque é uma condição clínica aguda representada pela incapacidade do sistema
cardiovascular em manter perfusão suficiente para atender a homeostase, de modo a
desencadearem-se profundas alterações do metabolismo celular que, se não corrigidas a tempo,
levam a disfunção de múltiplos órgãos e, finalmente a morte.
• Hipovolêmico: caracterizado por baixo volume intravascular ou baixo volume relativo à sua
capacitância, o que determina hipovolemia absoluta ou relativa. O volume contido no
compartimento intravascular é inadequado para perfusão tecidual. Há diminuição na pré-carga e
diminuição do débito cardíaco (DC). A resistência vascular sistêmica está tipicamente aumentada
na tentativa de compensar a diminuição do DC e manter a perfusão nos órgãos vitais.
• Pode ser dividido em: desidratação, hemorragia, sequestro de líquidos. Nestes doentes, a causa
mais frequente de perfusão orgânica e oxigenação inadequadas é a hipovolemia.
• Segundo Dr Carlos Gilberto Carlotti Júnio (2012), caracteriza-se por volume intravascular
inadequado relativo ao espaço vascular. A hipovolemia é a principal causa de choque em
crianças, resultante de desidratação, hemorragia e perdas para o terceiro espaço, decorrentes do
aumento da permeabilidade capilar (p.ex., sepse, queimaduras).
FISIOPATOLOGIA
• No choque ocorre um desbalanço entre a demanda de oxigênio e o consumo. A privação de
oxigênio leva à hipóxia celular e desarranjo do processo bioquímico a nível celular, que pode
progredir para nível sistêmico, incluem alteração do pH sérico, disfunção endotelial e estimulação
das cascatas inflamatória e anti-inflamatória
• O resultado é morte celular sequencial, dano em órgãos-alvo, falência múltipla de órgãos e
morte. A perfusão tissular sistêmica é determinada pelo débito cardíaco (DC) e resistência
vascular sistêmica. O DC é o produto da frequência cardíaca pelo volume sistólico. A resistência
vascular sistêmica (RVS) é controlada pelo tamanho do vaso, viscosidade sanguínea e é inversa
ao diâmetro do vaso.
• Não precisam necessariamente estar diminuídos. Um pode ter se elevado enquanto o outro está
desproporcionalmente diminuído, como no choque hiperdinâmico, em que a RVS está diminuída
e o DC aumentado.
• Hipovolêmico: Há diminuição da pré-carga devido à diminuição do volume intravascular.
Consequentemente, há diminuição do DC, inicialmente compensado por taquicardia. Conforme
esse mecanismo vai sendo superado, os tecidos vão aumentando a extração de oxigênio, o que
ocasiona aumento na diferença entre o conteúdo de oxigênio arterial e venoso e queda na
saturação venosa mista (SvO2). A resistência vascular sistêmica está tipicamente aumentada na
tentativa de compensar a diminuição do débito cardíaco e manter a perfusão de órgãos vitais.
DIAGNOSTICO
• Esse evento acontece quando existe uma redução no volume intravascular em torno
de 15 a 25%, o que representa uma perda de 750ml a 1.300mL de sangue em uma
pessoa de 70 kg.
• Pode ser causado por perdas de líquido externas, como na perda sanguínea
traumática, ou por deslocamento de líquidos internos, como na desidratação grave
ou edema grave.
• Hipotensão arterial pode estar presente, porém, não é fundamental no diagnóstico
de choque. Em razão disso, deve ser dada atenção especial aos sinais de
hipoperfusão tecidual (alteração do estado mental, alterações cardíacas como
taquicardia e, principalmente, alterações renais, como oligúria em pacientes sem
insuficiência renal prévia).
• Podem estar presentes história de trauma, hematoquezia, hematêmese, melena,
vômito, diarreia e as manifestações físicas incluem mucosas secas, hipotensão
postural e diminuição da pressão jugular venosa.
TRATAMENTO
• A sistematização do atendimento inicial é fundamental. Dá-se prioridade sempre ao
“XABCD”: (X) (exsanguination): a contenção de hemorragia externa grave deve ser
feita antes mesmo do manejo das vias aérea; A (airway) corresponde ao acesso às
vias aéreas de modo a mantê-las pérvias e proteger contra obstrução; B (breathing)
corresponde à adequada ventilação e oxigenação; e C (circulation) corresponde à
manutenção da circulação e deve-se sempre dar atenção às causas responsáveis
pela instabilidade hemodinâmica, de modo a procurar o tratamento definitivo do
problema.
• Acesso venoso calibroso deve ser providenciado. Se não for possível acesso
periférico, deve ser providenciado um acesso venoso central.
• Reposição volêmica agressiva: a pré-carga deve ser aumentada, a quantidade inicial
de fluidos deve ser sempre pelo menos 20ml/Kg e deve ser monitorizada pela
diminuição da taquicardia, melhora do volume urinário e do nível neurológico.
• Parâmetros para monitorizar a reposição volêmica: valores absolutos de pressões de
enchimento, como PVC e pressão de oclusão de artéria pulmonar, não são bons
parâmetros, pois os pacientes críticos têm alteração da complacência cardíaca.
• Falência respiratória: deve ser tratada, no mínimo, com suplementação de
oxigênio, e todos os pacientes com choque grave devem ser intubados e colocados
em ventilação mecânica para diminuir seu consumo de energia.
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
• O cuidado de enfermagem no choque exige avaliação sistemática e continua do
pacientes:
 Controlar a glicemia capilar;
 Verificar o monitor multiparamêtrico;
 Coletar exames laboratoriais;
 Realizar oxigenoterapia;
 Verificar a dor e realizar o controle;
 Determinar o decúbito dorsal, sempre de acordo com o tipo de choque
(hipovolêmico, cardiogênico e circulatório);
 Realizar acesso venoso calibroso;
INTERVENCÕES (NIC)
 Monitorar a ocorrência de perda repentina de sangue, desidratação grave ou sangramento
persistente
 Checar todas as secreções quanto a sangue franco ou oculto.
 Evitar perda de volume de sangue (p. ex., aplicar pressão ao local do sangramento).
 Monitorar a ocorrência de queda na pressão sanguínea sistólica para menos de 90 mmHg, ou
queda de 30 mmHg em pacientes hipertensos
 Monitorar os níveis sublinguais de dióxido de carbono.
 Monitorar o aparecimento de sinais/sintomas de choque hipovolêmico (p. ex., aumento da sede,
FC aumentada, RVS aumentada, DU diminuído, ruídos hidroaéreos diminuídos, perfusão
periférica diminuída, estado mental alterado ou respirações alteradas).
 Posicionar o paciente para uma perfusão excelente. Inserir e manter acesso IV de calibre grande.
 Administrar líquidos IV, como cristaloides ou coloides isotônicos, conforme apropriado.
 Administrar líquidos IV e derivados do sangue aquecidos, conforme indicação.
 Administrar oxigênio e/ou ventilação mecânica, conforme apropriado.
 Retirar gases do sangue arterial e monitorar a oxigenação dos tecidos.
 Monitorar o nível de hemoglobina/hematócritos.
 Administrar derivados do sangue (p. ex., papa de hemácias, plaquetas, ou plasma fresco
congelado), conforme apropriado.
 Monitorar exames coagulatórios, inclusive tempo da protrombina (TP), tempo parcial da
tromboplastina (TTP), fibrinogênio, degradação da fibrina/produtos fragmentados e contagens
plaquetárias, conforme apropriado.
 Monitorar exames laboratoriais (p. ex., lactato sérico, equilíbrio ácido-base, perfis metabólicos e
eletrólitos).
CONCULSÃO
• O cuidado em enfermagem deve ser prestado de forma humana e holística e sob a
luz de uma abordagem integrada, sem excluir o cuidado emocional, mais abrangente
e personalizado aos seus clientes, vislumbrando uma assistência de qualidade.

• A oferta inadequada de sangue oxigenado ao cérebro e demais órgão vitais é o fator


que mais rapidamente causa a morte do paciente vítima de trauma.

• O choque hipovolêmico pode ocorrer no intraoperatório, pós-operatório, em


situações de traumas e outras emergências, o volume de sangue circulante diminui e
vários receptores localizados nas paredes dos vasos indicam ao organismo que nós
temos uma perda súbita de sangue. Todos os sintomas de choque coloca a vida em
risco e precisam de tratamento médico de emergência.

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